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História Masmorra de Luxo - Três.


Escrita por: Crytter

Notas do Autor


Olá meus queridos!
Queria agradecer a todos que favoritaram e principalmente aos que comentaram me incentivando!
Sem mais delongas, vamos ao capítulo!

Capítulo 3 - Três.


Diferente de uma horcrux feita em um animal, a horcrux feita em um humano faz com que as almas tenham compartilhamento entre si:

            • A expectativa de vida em um humano que se tornou horcrux tornasse ligeiramente maior.

                        ○ O falecimento geralmente é de causa natural.

                        ○ O envolvimento físico entre ambas as partes aumenta a expectativa de vida da horcrux.

            • Legilimência não pode ser realizado por nenhuma das duas partes

                         ○ As mentes lutam entre si tentando dominância.

            • As duas partes podem entrar na mente um do outro a distância.

                        ○ Pode haver uma comunicação entre os mesmos pelos sonhos.

            • As duas partes não podem ferir uma a outra, pois feriria a si mesmo no processo.

Contudo se o humano que se tornou uma horcrux falecer de forma não natural, o criador poderá perder partes de si como: Conhecimento; Força (Física e/ou Mágica); Habilidades (Física e/ou Mágica); Lembranças; Sentimentos.

Aviso: A falta de criação e destruição de horcruxes humanas torna as informações rasas. As informações sobre a mesma são baseadas em criações passadas, não podendo confirmar que todas as horcrux humanas terão as mesmas reações.

 

Harry havia lido esta parte de livro tantas vezes naquela manhã que poderia falar exatamente tudo o que estava escrito, palavra por palavra. Ele não era apenas uma peça que permitia a imortalidade de Riddle, não. Se ele morresse o Lord poderia ser afetado de inúmeras maneiras.

Não era apenas perder a imortalidade que fazia Tom prender o garoto naquela casa. Riddle tinha muito a perder se o garoto fosse assassinado. Um objeto era fácil de esconder em um cofre ou na sala precisa, mas uma pessoa não era a mesma coisa.

Mesmo que Harry entendesse porque Riddle estava fazendo aquilo com ele, não faria com que Harry permitisse ser tratado daquela forma. O jovem não seria machucado fisicamente, mas estava sendo machucado psicologicamente ao ser privado de seu livre arbítrio.

 

*

 

- Senhorita Granger, sente-se. - Disse o Lord.

A morena havia acabado de adentrar a sala do ministro da magia. Há poucas horas havia recebido uma carta dizendo que sua presença era solicitada com urgência pelo ministro. Ela teve certo receio em comparecer por ser uma nascida-trouxa, mas Draco garantiu a ela que nada de ruim aconteceria.

Assim que a morena se sentou, e o Lord não falou nada, ela decidiu perguntar.

- Então, o que era tão urgente senhor Riddle? - Por mais que o Lord não gostasse de seu nome, sabia que era melhor para população que ele fosse chamado por Tom Riddle do que Voldemort, era menos assustador para todos.

- Não precisa ficar tão tensa senhorita. - Riddle se ajeitou melhor na cadeira. - Antes de falarmos sobre o assunto preciso que a senhorita jure que não falará com ninguém que não seja do círculo interno sobre o assunto.

- Círculo interno? Então tem a ver com o Harry! Eu sabia que você tinha feito algo com ele! - A morena estava um pouco exaltada, Harry ainda era um assunto extremamente sensível para ela.

- Conversaremos sobre o assunto apenas após seu juramento mágico. - Riddle continuou esperando que a morena fizesse de uma vez o juramento, toda a paciência dele era geralmente esgotada no convívio social que tinha com Harry.

- Eu juro que o assunto que será discutido não será comentado com ninguém além das pessoas previamente permitidas. - Hermione dizia enquanto segurava sua varinha apontando para o teto. Um pequeno rastro de magia saiu da varinha do Lord e rodou a morena, antes de voltar para a varinha do mesmo.

- Ótimo, agora podemos conversar. - O Lord cruzou os dedos e apoiou os cotovelos na mesa antes de continuar. - Sim, Harry Potter está vivo e perfeitamente bem.

- Eu sabia que você estava mantendo ele preso! - Hermione disse exaltada.

- Se me interromper mais uma vez, direi ao senhor Potter que você não queria ir vê-lo. - Disse o Lord irritado.

Hermione deu um olhar totalmente em choque com a frase do homem, mas manteve-se em silêncio esperando que o mesmo falasse tudo o que queria dizer antes que ela falasse qualquer outra coisa.

- Senhor Potter está na minha casa, eu não posso permitir que ele saia por motivos particulares. - O Lord deu um olhar para que a garota em hipótese alguma questionasse esse motivo. - Ele gostaria de te ver. A única forma disto seria se eu te levasse até a minha casa. A senhorita aceita o convite?

- Sim, eu aceito o convite. - Hermione estava tentando esconder a felicidade de ver ser amigo outra vez. - Mas quem exatamente são as pessoas com quem eu posso comentar sobre isso?

- Lucius, Narcisa e Draco Malfoy, Rabastan e Rodolfo Lestrange são as pessoas vivas que sabem que Harry está vivo e na minha casa. - Tom percebeu a gafe que cometeu quando o olhar de Hermione mudou ao chamar Harry pelo primeiro nome. - Esteja de volta às dezenove horas para que eu possa aparatar com você para a minha casa.

- Estarei aqui no horário.

Hermione não demorou a sair da sala do ministro e seguir para o átrio. Ela tentava se conter muito, para não dar pulinhos de alegria no meio do Ministério. Seu andar rápido e animado fez com que ela chegasse rápido em casa.

Assim que saiu da lareira, viu um loiro preocupado sentado no sofá, com o tornozelo direito sobre o joelho esquerdo e balançando muito o pé suspenso em um claro nervosismo.

- Draco! O Harry está vivo!

A morena não demorou a se jogar sobre o loiro que não esperava por aquilo. Ele foi quase enforcado pelos braços da jovem ao redor de seu pescoço. E como uma resposta automática ele cruzou os braços na cintura dela, fazendo com que os dois ficassem mais próximos.

- I-Isso é ótimo… - O loiro não sabia como reagir, ele sabia a muito tempo que Harry estava vivo, e se sentia péssimo por esconder esse segredo de Hermione.

- Não precisa fingir que não sabia. - A morena soltou o abraço apertado, e se ajeitou melhor no sofá para poder conversar com o loiro. - Eu sei que tem muitas coisas que você não pode me contar, mas ele disse que eu poderia falar sobre isso com o círculo interno. - Hermione tinha um sorriso doce nos lábios.

- T-Tem certeza de que pode? - Draco ainda estava com receio de tocar no assunto.

- Sim, ele falou que Lucius, Narcisa e Draco Malfoy fazem parte do círculo interno, então sim, eu posso falar sobre isso com você. - A morena acariciou a bochecha do loiro, para então dar um rápido selar.

- E ele só falou isso? Que o Potter estava vivo? - Draco realmente ficava confuso com as coisas que o Lord fazia, mas era o Lord, ele era confuso.

- Não. Harry quer me ver! Eu finalmente posso ter total certeza que o Harry está vivo! - Os olhos da morena brilhavam em total felicidade.

- Você tem certeza que vai? O Potter está na casa do Lord. - Draco fazia carinho nas costas da morena enquanto conversavam. - O Lord pode te machucar lá, pode te prender lá com o Potter.

- Draco, se coloque no lugar do Harry. Faz o que? Quase dois meses que a guerra acabou? Imagine ficar dois meses preso em uma casa e a única companhia que tem é o homem que quis você morto a vida inteira. Se sua melhor amiga pudesse te visitar você não faria de tudo para ter certeza que ela ficaria bem enquanto estiver lá? - Hermione era sempre muito racional.

- Você tem razão. - Draco apoiou a testa no ombro da morena, e sentiu os dedos dela acariciando sua nuca. - Mas tenha cuidado. Até hoje não sabemos porque ele está mantendo o Potter vivo.

- Eu sei porque, e é pelo mesmo motivo que Harry foi sozinho atrás de Voldemort naquele dia. - Draco levantou a cabeça e encarou a morena confuso, não entendia como ela poderia saber algo que nem o círculo interno sabia sobre o Lord.

- Só não me diz que o Potter está perdidamente apaixonado pelo Lord que eu vou me sentir seriamente culpado por ter estragado o cérebro dele. - O loiro estava tentando tirar a tensão do ar.

- Não! - A morena riu e deu um tapa leve no peitoral do loiro. - Harry é uma horcrux de Voldemort, foi feito sem querer, mas ele é. Voldemort deve ter descoberto de alguma forma, e depois que nós destruímos todas as outras… - Hermione não quis continuar a falar, a ideia de que Harry seria um eterno prisioneiro do Lord assustava a morena.

- O Lord não pode guardar uma pessoa em um cofre, então está mantendo o Potter seguro longe de tudo e todos que podem machucá-lo… - Draco concluiu o pensamento.

- É por isso que nunca acreditei que o Harry estava morto. - A morena apoiava a mão no ombro do loiro, apertando levemente a camisa que o outro usava.

- Eu confio que você é inteligente o suficiente para ir e voltar sem se machucar. - Draco segurou o queixo da morena e deu um beijo calmo nela. - Mas se você voltar e disser que quer terminar comigo eu mesmo mato o Potter! Ai!

Hermione deu outro tapa no loiro, mas agora a morena não conseguia parar de rir.

- Hogwarts inteira é burra! Harry e eu nunca tivemos nada! - Hermione dizia com um falso tom de magoada.

- É que vocês dois andavam sempre grudados, Mione, não pode ficar brava comigo por pensar isso. E você sabe que…

Hermione não deixou que o loiro terminasse a frase roubando mais um beijo dele. Ela sabia o que ele iria dizer, e não gostava nenhum pouco quando ele se menosprezava daquela forma. Ela não queria ouvir mais nenhuma vez que Draco se achava fraco, e que nenhuma garota em sã consciência iria gostar dele. Um riquinho mimado, que sempre teve tudo o que queria, e que nunca iria contra o pai.

A morena havia aprendido como o loiro era inseguro, mesmo com a máscara que ele sempre teve em Hogwarts. Era apenas uma máscara. Da mesma forma que ela sempre usava o conhecimento adquirido em livros para esconder o medo de não conhecer o mundo que ela pertencia.

 

*

 

Às dezenove horas Hermione estava na sala de Riddle, e o homem aparatou os dois para frente da mansão, fora dos limites das barreiras mágicas. Não demorou para que o Lord colocasse a assinatura mágica de Hermione como permitida a adentrar a mansão.

Em silêncio o Lord guiou a morena até a frente da porta do quarto de Harry, um dos muitos quartos da mansão, mas o único daquele corredor.

- Nem pense em tentar tirá-lo dessa casa, você vai machucá-lo. - Tom encarava a morena com seu olhar gélido enquanto a alertava.

- Eu não pretendia tirá-lo daqui. - Hermione disse com calma, tentando parecer a mais convincente possível.

- Você é uma grifinória, tentaria qualquer coisa idiota. - Tom concluiu e saiu de perto da morena, deixando ela sozinha na frente da porta de Harry.

A morena respirou fundo, imaginando como Harry poderia estar fisicamente bem, mas mentalmente destruído. Talvez estivesse usando roupas esfarrapadas. Não sabia o que esperar ao abrir aquela porta. Bateu algumas vezes antes de falar.

- Harry, sou eu, a Hermione.

A porta foi destrancada e um pequeno vão se fez, a morena não demorou a entender que era um convite para entrar. Ela ficou impressionada com o fato do quarto ser gigante, algo que ela deveria esperar pelo tamanho da casa.

A cama de Harry era provavelmente maior do que um king size. Havia uma janela gigante que dava para os fundos da mansão, neste espaço havia uma espécie de mini sala de estar. Com um sofá acoplado na janela, uma mesinha de centro, um divan e uma poltrona.

- Harry…

A morena chamou quando viu o moreno sentado no sofá abaixo da janela, ele não olhava para ela, o olhar dele era fixo para fora da mansão. Hermione se aproximou do moreno, e sentou-se ao seu lado.

- Com quem foi meu primeiro beijo? - O moreno ainda olhava para o lado de fora da janela.

Quem poderia culpar Harry por estar desconfiado? Poderia facilmente ser um dos comensais dele usando poção polissuco, apenas para deixar Harry mais feliz. Poderia até mesmo ser o próprio Riddle.

- Foi com o Cedric quando você tinha quatorze. - Hermione respondeu sem nem pensar muito, já que se lembrava muito bem de quando Harry contou isso a ela. - Você ficou chateado quando descobriu que o Cedric saia com você e com a Cho.

- Já pode parar de falar, não precisa me lembrar de como eu fui idiota. - Harry não demorou a abraçar Hermione, ele sentia tanta falta da amiga que não queria soltá-la. - Senti sua falta, Mione.

- Eu também senti a sua falta Harry.

Os dois passaram mais algum tempo abraçados, apenas sentindo a saudade que tinham se esvair. Harry não queria soltar a morena, queria continuar sentindo o cheiro de livro e rosas que ela sempre tinha. Mas seria muito complicado conversar daquele jeito, então decidiu soltá-la.

- Você está bem? - Hermione olhava nos olhos de Harry, mais do que preocupada. - Quero saber a verdade, não minta.

- Fisicamente estou bem. Ele nunca me machucou, as vezes até deixa eu escolher o que vamos comer no jantar. - Harry disse com um sorriso calmo que se desfez. - Psicologicamente estou péssimo. Eu não posso sair dos domínios da mansão, tem um feitiço que me impede de sair.

Harry se encostou melhor no sofá e respirou fundo antes de continuar, era horrível falar sobre como se sentia.

- Esse maldito colar ou gargantilha, não sei o nome disso. - O moreno apontou para a gargantilha em seu pescoço. - Isso não sai, só o Voldemort pode tirar. Ele não quer que eu acabe me matando. Mas eu não quero falar sobre isso, me conta, como estão as coisas lá fora! Você e Ron? Finalmente estão namorando?!

O olhar de Harry brilhava em saber as novidades do mundo externo. Não das notícias que o Profeta Diário escrevia, ele queria saber como seus amigos estavam. E Hermione queria saber mais como o moreno estava, mas sabia que se ele não queria falar sobre isso, era melhor não forçar.

- Nós tentamos por algumas semanas, mas não deu certo. Ele ficava sempre dizendo que você mereceu morrer por ter sido idiota de ir atrás do Voldemort sozinho, que você queria ser a estrela. - Hermione contou chateada por se lembrar. - Ele te culpa porque a Gina morreu quando tentamos lutar. A Molly sempre brigava com ele, ela dizia que você tentou resolver tudo sem que ninguém se machucasse.

Hermione precisou de alguns minutos para se recuperar, não queria cair no choro. Ela não havia enterrado ninguém da família dela, mas ainda doía pensar que havia apagado a mente dos seus pais sobre ela. Ela nunca poderia voltar para a família.

- Já imaginava que ele iria dizer que era culpa minha se alguém da família dele morresse. Ele sempre me culpava quando qualquer coisa acontecia, como se eu tivesse algum poder para impedir. - Harry abraçou os joelhos antes de continuar a conversa com a morena.

- Não se culpe. As coisas não estão ruins como você acha. - A morena começou a acariciar o braço de Harry. - De todas as coisas que ele fez, a única que foi ruim, foi impedir os trouxas de entrarem no mundo mágico. Ouvi dizer que ele está até construindo um orfanato para os nascidos trouxas que foram negados pela família.

- Eu li todos os jornais, sei que o mundo bruxo está até bem. - Harry estava atordoado. - O problema é que, toda a minha vida foi terrível por causa dele Mione. É como se tudo o que eu passei não fosse para nada! Eu poderia ter crescido com os meus pais, ter sido feliz! - Os olhos verdes agora estavam cheios de lágrimas que não demoraram a cair.

- Ninguém poderia imaginar que seria assim Harry. - A morena limpava algumas das lágrimas que caiam do rosto do moreno. - Provavelmente se soubéssemos que tudo ficaria desse jeito não teríamos entrado em uma guerra.

- E agora eu sou uma maldita horcrux! - Harry estava cansado de ter que ficar quieto, era bom ter alguém para desabafar. - Ele não vai me deixar sair daqui Mione, nunca.


Notas Finais


Gostaram?
A conversa entre o Harry e a Hermione não terminou ainda, então muito coisa ainda vai acontecer nessa conversa.

Queria avisar que comecei meu estágio e minhas aulas da universidade voltaram, então provavelmente demore mais do que uma semana para ter atualização, mas sempre que eu escrever um capítulo eu vou atualizar!


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