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História Mata essa saudade - 46


Escrita por: fanficsdeamor

Capítulo 46 - 46


As palavras da minha mãe não saia da minha cabeça, o que me fazia se sentir pior. 
Peguei o carro e voltei pra minha origem. Paraisopolis! Subi até uma construção que tinha ali, feita de pedras como se fosse uma gruta, e com vídros coloridos, um lugar que dava pra ver Paraisopolis inteira! Sentei e comecei a respirar fundo, como se estivesse sugando o ar puro pra dentro de meus pulmões... E quando digo ar puro, estou falando o doce ar que lembra cada pedaço da minha infância. Fiquei um bom tempo ali pensando, encostada na parede e olhando tudo; as crianças brincando no campo, algumas meninas no parquinho, adultos voltando do trabalho, comércios com entra e sai de clientes e mãe andando com criança no colo, uma menininha segurando a mão de um menininho, creio que sejam irmãos pela aparência semelhante, e o que me chamava atenção é o sorriso que carregava no rosto. Eu chorava mais e mais, soluçava ao pensar em toda a revira volta que minha vida deu em menos de uma semana pra cá, meus olhos estavam pesados de tantas lágrimas que desceram e então, dormi sentada e com o rosto úmido de minhas lágrimas que insistiram em escorrer, um sono profundo. 
Acordei com água caindo sobre mim, ótimo, estava chovendo, dei graças a Deus por ter deixado meu celular em casa, mas também nem ligaria dele pifar, minha cabeça não está voltada pra isso no momento, continuei deixando a chuva me ensopar por inteiro, não estava tão forte mas também não estava só garoando, o céu já estava escuro e eu mal sabia o horário que fosse, mas previ estar um pouco tarde. Continuei olhando tudo em minha frente, mas agora esqueci a bronca que meus pais havia me dado e foquei meu pensamento no Gui, no meu bebe, por um momento acariciei minha barriga, e sorri. Continuei olhando para o céu e para Paraisopolis inteira, e o que me vinha na cabeça é quando o Gui veio me buscar pro meu aniversário, desde então foi tudo tão rápido... Veio um Flashback de nos pintando a Gstyle aqui de Paraisopolis. 
"ele tentava abrir a lata que eu não havia conseguido, e espirrou tinta em nós dois, ele me encarou com aqueles olhos castanhos e um sorriso lindo, eu fui levantar e ele puxou meu braço, eu o olhei e ele pediu desculpas, se podíamos começar de novo devido ao mal entendido que tivemos. Ele chegou perto de mim e meu coração acelerou, mas eu apenas respondi que sim, e ele me perguntou se eu queria autografo, o jeito bobo dele me fazia rir." 
Uma voz me tirou do meu transe.
"Imaginei que você estava aqui" - e sentou ao meu lado. 
Eu poderia reconhecer essa voz mesmo há 1km de distância.
Letícia: o que está fazendo aqui? - falei cruzando minhas pernas de índio brincando com uma pequena pedra que estava a minha frente -
Gui: vim te pedir em casamento. - ele falou com um sorriso no rosto - 
Soltei um longo suspiro após rir sarcasticamente. 
Gui me olhou como se esperava uma resposta. 
Letícia: não quero que case por obrigação de ter um filho, quero que seja verdadeiro. - falei sem nem olhá-lo -
Gui: e quem disse que estou querendo casar por obrigação? Eu sei que eu deveria pedir em um lugar melhor e mais decorado, com todo aquele romance e clima de casal apaixonados. Sei que eu deveria pedir com um chão forrado de pétalas de rosa e não com poças de água, sei que no alto deveria ter balões em forma de coração ao invés chuva caindo, mas creio que isso representa o nosso amor. Temos tudo para sermos perfeito e mesmo assim continuamos na mesma. Talvez nossa relação ja estivesse resfriando, e esse bebe - ele passou a mão na minha barriga - seja a nossa esperança desse amor continuar quente. Eu sou louco por você, e posso ter todos os defeitos do mundo, posso não demonstrar da forma que você mereceria, posso ser o homem mais sortudo desse mundo por te lá e não ter dado valor... Mas a partir de agora vai mudar, não só por nós, mas porque meu filho ou filha vai nascer em menos de um ano. Eu sou completamente louco, pirado, maluco por você. Aceita casar comigo? - ele parou agachado em minha frente - 
Eu apenas o olhava com visível felicidades mas não sabia o que responder... Sim, eu sabia o que responder, mas preferia raciocinar cada palavra que me pronunciou, e guarda las, dentro de mim. 
Gui: Aceita? Diz que sim... - começou a chegar mais perto e segurar o meu rosto com as duas mãos, me dando um beijo calmo e molhado. -
Ele separou os beijos e sussurrou em meu ouvido "Aceita minha linda?" E descia os beijos para o meu pescoço. 
Letícia: s-sim... - falei gaguejando por conta do arrepio que me havia tomado -
Gui: Não entendi... - ele falou entre um beijo e outro no meu pescoço, um beijo molhado e intenso enquanto uma das maos repousava no meu joelho e outra na minha nuca - 
O empurrei e ele me encarou confuso que caiu de bunda em uma poça a minha frente.
Letícia: aceito! Sim! Clarooooo! - sorri largamente e pulei em cima dele o abraçando - 
Gui me rodou ficando por cima de mim, roubou um beijo intenso e molhado por conta da chuva que se apertava. 
Eu separei o beijo e ele me encarou. 
Letícia: eu te amo. - acariciei sua bochecha -
Gui: Eu também te amo. - me selou -
Ele levantou de cima de mim e me puxou também.
Letícia: O que foi? - perguntei confusa -
Gui: rápido, temos que sair dessa chuva, você não pode ficar doente, tem o meu filho pra cuidar. - ele falou me puxando construção abaixo pela escada -
Assim que chegamos em frente ao nossos carros ele me selou. 
Gui: me encontre em casa, to te esperando lá. - me deu outro selinho e entrou correndo no carro -
Fiz o mesmo e ele me deu passagem para eu ir na frente, acho que queria se certificar que eu iria pra casa dele. 
Após um tempo, chegamos e ele desceu na frente. Ele me chamou mas eu tive receio então apenas tirei o cinto e fiquei sentada no carro imóvel.
Ele viu que eu não ia então veio até meu carro, eu destravei e ele entrou.
Gui: vamos entrar? O que foi? - perguntou -
Letícia: eu ouvi a conversa com a sua mãe, não quero causar brigas. - suspirei -
Gui: Amor, ta tudo bem! Foi bronca de mãe, mas ela já ta mais tranqüila... Vamos entrar, precisamos conversar. - disse colocando a mão na minha coxa -
Letícia: não, tudo bem... Eu vou pra casa e conversamos depois. - eu liguei o carro - 
Gui: não! - diz emburrado -
Letícia: sim Gui! - digo com uma voz calma -
Gui: então me espera, vou pegar roupa e iremos pra sua casa, vou dormir lá! - ele diz e sai do carro não me dando tempo pra responder - 
Vejo que não tenho escolha e então desligo o carro e espero ele. Depois de um tempo ele desce com uma bolsa.
Gui: pronto, vamos. - ele diz entrando no carro -
Eu suspiro e ligo o carro novamente. Eu dirijo concentrada enquanto ele come alguns chocolates que tem no meu porta luva. 
Letícia: você vai repor depois. - digo seria -
Ele me olha feio e com a boca cheia de chocolate.
Gui: pra que tanto doce? Você come escondido? - ele me encarou -
Letícia: não. - respirei fundo e menti. -
Era verdade, eu comia escondido, me sentia culpada e colocava tudo pra fora mas eu não podia falar pra ele, então apenas neguei. 
Chegamos em casa e esperei ele sair do carro pra trancar, entramos correndo pois ainda chovia muito forte.
Assim que entramos ouço minha mãe descer as escadas.
Carla: Onde você estava?????? Olha a hora que é e você chega agora???? Ainda mais nessa chuva Letícia! Você tem um filho agora pra cuidar e já quer pegar pneumonia????? Meu neto é frágil!!!! - ela dizia alterada mas preocupada - 
Sua expressão não era mais aquela de decepção, e sim uma expressão de cuidado, de carinho, de afeto! 
Eu e Guilherme se entreolhamos e eu abri a boca pra falar mas ela me interrompeu. 
Carla: Não quero saber de nada! Suba logo e vai tomar um banho quente! - disse mandona -
Eu fui até ela e dei um beijo em sua testa.
Gui: boa noite Sogra! - diz ele divertido -
Carla: vá tomar um banho também! Seus irresponsáveis! QUARTO DE HOSPEDE PRA VOCÊ VIU SENHOR GUILHERME! - ela gritou da sala enquanto subíamos a escada -
Ele riu e piscou pra ela. 

 


Notas Finais


Espero que gostemmmm! 😍


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