História Maybe Forever - Just Friends

Sentei na cama com o celular na orelha, estava tentando retornar a ligação pro Justin, o que raios ele está achando da vida? Que eu vou obedecer? Depois de cinco tentativas consecutvas e falhas, joguei o celular na cama frustada, ele só pode estar de brincadeira com a minha cara.
Entrei no closet e peguei o pijama, vesti minhas roupas íntimas, o shorts e a blusa, olhei pra cama e lá estava o moletom de Bradon, peguei-o e sem mesmo colocá-lo perto do rosto já senti seu cheiro, coloquei a mesma sentindo o quentinho me abraçar, olhei para as pratilheiras de frente da minha cama em busca de um novo livro, levantei peguando "Vinte garotos em um verão" e voltei-me a sentar, o relógio marcava sete e quinze, e meu estômago começou a dar sinal de vida.

Ja havia se passado uns vinte minutos desde que comecei a ler e o livro me deixou apaixonada, meus olhos estavam vermelhos e inchados, depois da morte do Mat. Ele deixou a Ana, e isso me partiu o coração, funguei enxugando os olhos.

-Mi Hija-Consuelo bateu na porta.

-Ta aberto -resmunguei sem tirar os olhos do livro.

-Justin está aí, está lhe esperando lá em baixo...-falou depois de entrar.

Meus olhos pararam instantaneamente, e senti a raiva me dominar, ele realmente veio, por um instante achei que ele estava brincando comigo, respirei fundo contando até dez esvaziando minha mente.

-Você está chorando? -perguntou entrando um pouco mais.

-Não é nada, foi só o Mat que morreu-falei passando a manga da blusa nos olhos.

-Quem? Oh meu Deus, sinto muito mi hija - falou me abraçando.

-Elo é só o personagem do livro.- sorri balançando a cabeça.


-Oh, menina, que susto -soutou uma risada-E o que eu falo pro Justin ?

-Faz um favor? -perguntei fechando o livro, marcando a página antes.

-Claro- assentiu com o melhor sorriso

-peça que vá embora, diga-o que estou indisposta e já estou deitada!

-Não está não -uma voz grave e sínica se pronunciou da porta.

Olhei por trás de Consuelo e lá estava ele parado, com um olhar de superioridade, Justin entrou no quarto parando de frente a cama.

-Mas o que?- falei confusa -o que está fazendo aqui?

-Eu te falei uma hora, nada a mais, nada a menos. -cruzou os braços abaixo do peito.

-Primeiro de tudo, como é que você subiu aqui?

-Sua mãe me mandou subir- sorriu sínico.

-Tudo bem Elo, qualquer coisa eu te chamo. -falei pra mulher parada a minha frente, que assentiu e saiu meio receosa.

-vai sair de pijama? -perguntou irônico.

-Não vou à lugar nenhum.

-Eu não perguntei se você ia ou não, eu afirmei. -foi rude

-Afinal de contas, qual o seu problema?

-você é meu problema, consegue me irritar em um grau que eu tenho vontade de estourar seus miolos.

-o bom é que isso é recíproco. -Falei sentando.

-o que aquele cara estava fazendo aqui? -perguntou sentando na cadeira da penteadeira.

-Que garoto? Bradon?

-seja lá qual for o nome dele.

-Como sabe que ele estava aqui? Anda me vigiando?

-Não preciso quando você se agarra com ele na porta da sua casa. - sorriu sínico.

-Primeiramente não te devo satisfação alguma, mas já que está tão curioso vou te fazer um favor, Bradon estava aqui fazendo um trabalho da escola...

-A é mesmo? Sobre o que? Anatomia?- me interrompeu -Sua mãe sabe que ele estava aqui?- arqueou uma sobrancelha.

Agora pronto, esse ogro vai querer controlar minha vida agora, era só oque me faltava!

-Sabe, e a sua mãe também, e por sinal elas o adoraram -falei dando meu melhor sorriso.
-Como é? -indagou.

-Claro quem não o adoraria?! -cai pra trás na cama ficando deitada.

-Podia pelo menos se agarrar dentro de casa- bufou.

Levantei um pouco do corpo o apoiando nos cotovelos, Justin escorregou mais na cadeira ficando todo folgado, colocou a mão no rosto parecendo pensar.

-Isso é ciúmes? -perguntei divertida.

-Ciúmes? De você? -ergueu ambas sobrancelhas me encarando.

-É o que parece! -dei de ombros e relaxei os braços voltando a deitar.

Começamos a ouvir uma música alta tocar, olhei pro Justin que arqueou uma sobrancelha, enquanto a música tocava.

-Não vai atender? - perguntei o óbvio.

-Gosto dessa música - deu de ombros logo pegando o aparelho do bolso.

Voltei a deitar fitando o teto, fechei os olhos por um momento enquanto Justin ficava calado com o aparelho no ouvido.

-Não vou não Dude. - respondeu e eu comecei a prestar atenção.

-Tenho uns assuntos para cuidar-parou por um momento - não preciso de ninguém, dou conta, aproveita pra se divertir e fazer o Chaz parar de ser cabaço - falou rindo mostrando seus dentes alinhados.

Depois de pouco tempo Justin se despediu com alguns palavrões e desligou.

-Já pode ir cuidar dos seus assuntos -Falei sem tirar os olhos do teto.

-Estou fazendo isso- falou e eu sentei rapidamente.

-Ta falando de mim?

-Vejo que não é tão burra. -Sorriu sínico

-Pode ir então, não preciso de babá.

-Mesmo porque eu não cuidaria de uma criança irritante como você - continuou com aquele sorrisinho sínico.

Minha vontade era de tirar ele daqui a ponta pé, e até que não seria uma má ideia. Meu estômago começou a roncar alto começando a dar sinal de vida, olhei pra minha barriga e coloquei a mão por cima na tentativa falha de abafar o som.


-Ta com fome? - Justin perguntou.

-Não- falei rapidamente.

-To ouvindo sua barriga roncar daqui!

-Não é nada demais.

-Vamos comer? -perguntou sorrindo simples.

-Serio, não quero.- apertei minha barriga.

Desde que mudamos eu me descontrolei na comida, minha mãe já voltou a falar do meu peso e eu já estou me sentindo mal novamente, esses dias quando terminava de arrumar as últimas coisas da mudança no meu quarto, achei meu caderninho do milagre, onde anotava tudo o que comia e meu peso de todos os dias.

-Vai, a gente pode ir numa lanchonete?! -insistiu e meu estômago fez barulho novamente.

-Ta bem -me dei por vencida. -mas vou trocar de roupa.

-Em falar em roupa, de quem é essa Blusa? - me parou antes que eu entra-se no closet.

-Minha ué - me desviei e entrei procurando algo pra vestir.

-A claro, e desde quando você usa roupa e perfume masculino? -falou um pouco alto pra eu ouvir.

-Não sei, tem um tempinho já! -falei brincando.

-Tão engraçada- fingiu rir.

Troquei o shorts do pijama por uma calça jeans, a blusa fina e o moletom de Bradon deram lugar a uma blusa meia manga rendada branca, e sapatilha preta.

-Summer a gente só vai numa lanchonete, não pra uma festa, não precisa dessa demora. -Justin bufou impaciente.

-Ja estou indo, calma ai. -falei passando por ele entrando no banheiro.

Penteei o cabelo o prendendo em rabo de cavalo alto, passei rímel e um gloss, sempre gostei de me arrumar pra sair, não exageradamente como minha mãe, mas nunca deixo de me cuidar, peguei meu óculos de grau em cima da escrivaninha e minha bolsa.

-'Tô pronta- falei pra ele que mechia no celular.

-Se arrumou toda só pra sair comigo? -arqueou uma sobrancelha.

-Não, me arrumei pra sair - respondi pegando meu celular, e, parando na porta.-Vai ficar ai me encarando?- perguntei e ele balançou a cabeça levantando.

Descemos as escadas quando minha mãe me chamou da sala de estar.

-Mãe vou sair com Justin. -falei entrando no ambiente recebendo sua atenção brevemente.

-A onde vão? -perguntou voltando a mecher no notebook em seu colo.

-Não sei- menti- Dar uma volta no parque!

-Tudo bem, não volte tarde, amanhã você tem aula, e ballet. - não tirou o olho do eletrônico.

-Como é? - indaguei surpresa

-Mra. Viollet abriu um estúdio aqui em Los Angeles, encontrei-a por esses dias no shopping, e ela adorou a ideia de você voltar com as aulas.

-Mãe, não quero voltar, e minhas pontas estão todas moles. - tentei argumentar

-Isso não é problema, ja comprei materiais novos, quando voltar peça a Consuelo que lhe entregue.

-Mas eu não quero, além do mais, não tenho tempo, ja vou começar a mandar as cartas para as universidades.

-Ja cuidei disso também, Kimberlly já mandou há algumas semanas, não tem desculpa.

-Tudo bem!- me dei por vencida - Qual o cronograma?

-Kimberlly fez uma planilha deixei com Consuelo.

-Tudo bem, estou indo, não demoro. -falei indo em direção a porta,

Justin já estava parado ao lado de fora, encostado num Porsche preto, e ainda mechia no celular.

-Não tem um carro simples? -perguntei parando ao seu lado

-Esse é simples- deu de ombro.

Entramos no carro, e eu logo tratei de colocar o sinto de segurança, as poucas recordações que tenho de Justin no volante não são as melhores. Saímos do condomínio ainda em silêncio a não ser pela música baixa que tocava no rádio, a mesma tocava música clássica instrumental, franzi o nariz me perguntando quando Justin em sã consciência escutaria esse tipo de música, eu reconheci ser Benoit Jutras por minha mãe me criar ouvindo esse tipo de música.

"Agora, um pedido mais que especial de Sra.Sarah McCaal, Edith Piaf"

A voz baixa e suave do locutor falou ao acabar o som, olhei pra Justin que me retribuiu com os olhos arregalados, prendi a risada na garganta quando começou a tocar a orquestra inicial...

"Non, Rien de rien. Non, Je ne regrette Rien "

Cantarolei junto a letra balançando a cabeça negativamente, era o toque do meu celular, que por falar nisso eu necessitava urgentemente de mudar, peguei o aparelho mexendo na configuração procurando outro toque pra eu colocar.

-Ah, porque mudou de rádio? -fingi estar magoada com ele.

-Ah pelo amor, essas músicas são insuportáveis. -reclamou ainda procurando outra rádio.

-Você é quem estava com ouvindo a Classic radio station. -falei rindo.

-Ja é estranho o suficiente meu rádio 'tá tocando esse tipo de música, e ainda você sabe o nome da rádio? -Me olhou brevemente como se eu fosse estranha.

-Isso é normal quando se faz Ballet por seis anos- falei me lembrando que teria que voltar a rotina amanhã.

Fui clicando nas músicas da minha playlist ouvindo alguns segundos das batidas inicial pra colocar como toque, todas as músicas dessa pasta são clássicas, parece meio contraditório eu dizendo que não gosto e tendo uma playlist, mas tenta ter uma mãe como dona Simone, eu deixava como toque para caso acontecesse de receber ligações perto dela, e pensando bem quase não acontece já que passo raríssimos minutos perto dela.

-O que está fazendo? -Justin perguntou deixando na funny radio station, eu ouço muito essa estação, toca músicas para jovens, e as tendências.

-Procurando um toque novo pro meu celular- respondi bufando por não encontra nada do que eu estivesse afim de ouvir como toque.

-Serio isso? -parou em um sinal vermelho.

Assenti.

-me de isso.- pegou o aparelho da minha mão rapidamente

-Ei me de isso- tentei pegar mas ele trocou de mão deixando longe.

-Vamos ver o quão ruim é seu gosto músical- falou entrando em uma lista geral de músicas.

-Eu tenho um ótimo gosto Okay?! - falei me esticando pra pegar, falhamente- você 'tá bagunçando tudo garoto, 'tava separado por gênero.

-Deixa de ser chata e me deixe ver.

Me encostei no banco novamente bufando, e ouvimos algumas buzinas.

-Justin o sinal abriu.- falei e ele pisou no acelerador intercalando o olhar entre o celular e a avenida.

"Beauty queen of only eighteen
She had some trouble with herself"¹

Cantarolei assim que começou a tocar "She will be loved"- Maroon 5 - na radio, mas logo Justin estacionou desligando o carro.

-Eu estava ouvindo -resmunguei pra ele que deu de ombro e saiu do carro.

Fiz o mesmo que ele ajeitando a bolsa na lateral do corpo, estávamos caminhando lado a lado enquanto Justin ainda mexia no meu celular e eu olhava para os lados, estávamos próximo a Venice Beach, e como não está tão tarde ainda há gente fazendo exercícios, alguns garotos andavam de Skate e Bicicleta.
Senti a mão do Justin me puxar pelo ombro mostrando que eu estava indo pelo caminho errado, estava distraída o suficiente olhando para as pessoas, ri comigo mesma por ser tão dispersa, pouco a frente um estabelecimento com o letreiro grande escrito Burger's Bell piscando em branco e azul escuro chamou minha atenção, e Justin logo adentrou o mesmo.

O lugar não estava vazio, mas não estava tão cheio, a maioria dos cliente eram jovens, muitos ali deveriam ter minha idade, alguns acompanhados de amigos, outros em casais, e dois ou três sozinhos, tinha algumas mesas que aparentemente foram acabadas de ser deixadas, ainda com bandeija com restos dos outros clientes, uma garçonete uniformizada por um shorts justo de cintura alta, e uma blusa branca polo e a logo da loja no bolsinho sob o peito preso por suspensórios, ela usava patins enquanto limpava e organizava as mesas ágil e cheia de habilidades.

-Vá escolher um lugar e eu faço os pedidos.-Justin falou e eu assenti.

Caminhei entre as mesas e me sentei numa encostada na grande janela e recém limpa, sem nada pra fazer comecei mexer nas rendas da blusa colocando a unha entre elas.

Eu não sei quem é mais estranho, Justin, que está sempre bipolar, briga comigo, depois age como se fossemos amigos, volta a agir todo estressadinho e logo em seguida me beija, ou eu, que sempre estou irritada com ele, mas sempre cedo, sempre dou uma chance, e até mesmo relevo as grosserias dele.


-Não vai comer? -Justin me tirou dos meus devaneios.

Ele já estava sentado à minha frente, com duas bandejas sobre a mesa, por ele já estar comendo o que tinha em uma deduzi que a outra fosse minha, um hambúrguer demasiado grande, uma porção grande de batata e refrigerante, comecei pela batata, enquanto ele ainda fitava meu celular.

-O que tanto olha? -perguntei chamando sua atenção.

-Estou surpreso, você tem um gosto melhor do que eu imaginava.- me olhou sorrindo.- quando na minha vida eu imaginaria que você ouve isso...

" I only call you when it's half past, five
The only time that I'll be by, your, side"

Colocou a música em um volume que todos nós olharam, senti meu rosto ficar quente e parecia que Justin mal se importava se estivesse incomodando alguém

-Justin desliga isso. - falei segurando sua mão por cima da mesa. -'Tá todo mundo olhando.

Ele desligou e começou a rir, eu abaixei a cabeça negando, que vergonha, quando me dei conta ainda tava segurando a mão dele, e senti meu rosto esquentar mais ainda, e logo soltei.

-toma -me esticou o eletrônico. -Criei uma playlist de umas músicas de verdade, e coloquei um toque legal no seu celular.

Peguei olhando a playlist, tinha bastante rap, a maioria dos cantores eu conheço ou já ouvi algo sobre, havia, Flo Rida, Chris Brown, Tupac, Lil Wayne, e alguns outros...

-Que toque colocou? -perguntei colocando o aparelho em cima da mesa.....

[...]

-Ainda não acredito que colocou meu nome como Sherek.-falou balançando a cabeça negativamente.

Ja havíamos terminado de comer, e caminhavamos pelo calçadão de Venice, a noite estava sendo muito agradável, passava pouco das nove, e Justin estava sendo uma companhia e tanto, ele segurava a embalagem do lanche que não conseguimos terminar de comer, na verdade que eu não consegui, deixei um pouco mais que a metade do lanche e pouco da batata essa que o Justin comeu.

-Tem apelido melhor? -pergutei rindo- Desde que te conheci não tem uma vez que você não foi grosso. - dei de ombros

-Que mentira isso ai-falou se defendendo

-É a mais pura verdade, chego até a achar que você é bipolar. -Brinquei e recebi uma língua em troca. - Quanta maturidade. -ri de seu gesto.

-Hoje até que eu fui uma boa companhia -reclamou e eu apenas concordei com a cabeça.

-Ainda não acredito que você colocou aquela música como toque. -falei me lembrando e rindo.

Ele configurou meu celular e colocou um treixo da música "Body Party" -CIARA- exclusivamente pra o contato dele.

-Não deixa de ser uma verdade.

-A pelo amor, tem como apagar esse comentário da mente? - falei balançando a cabeça repetidas vezes.


-algodão doce moça? -um homem de meia idade com um carrinho decorado todo infantil nos perguntou.

-Não, muito obri....

-Um Rosa -Justin me cortou tirando a carteira do bolso.

O homem em nossa frente fez o doce rapidamente e junto encheu uma bexiga em formato de coração.

-Pra sua namorada. -falou me entregando.

-Não somos namorados-falei tão rápido que quase me engasguei. -Ele é apenas meu amigo. -Falei ficando vermelha e tímida

- Só amigos-justin repetiu.

Depois disso continuamos andando em silêncio vez ou outra nos encarando quando nossa mão se tocava para pegar um pedaço do doce.

-Você e aquele garoto estão namorando? -quebrou o silêncio.

-Quem? Bradon? -peeguntei o encarando.

- Não me interessa o nome dele- falou meio rude, e por instinto eu encolhi os braços

E voltamos a estaca zero novamente.

-Não exatamente. -Dei de ombro.

-Como assim? - Parou me fazendo parar junto- É sim ou não, não tem meio termo pra isso.

-A gente tá ficando sério- bufei.

Por um momento eu não quis falar isso pra ele, queria dizer que éramos só amigos.

-Então se eu te beijar não tem problema? - Foi se aproximando.

-Tem- falei colocando a mão no peito dele pra manter uma distância segura.

-Tem? E porque? - Colocou a mão na minha nuca e na minha bochecha, eu sentia a respiração próximo ao meu rosto.

-Justin, não faz isso por favor - fechei os olhos sentindo meu peito subi e descer numa frequência maior

-Isso o que? -perguntou com a voz baixa.

-É sério, a gente pode ser amigos não podemos?! -Tentei me afastar mas meu corpo não obedecia.

Abri os olhos encarando o garoto a minha frente, seus olhos estavam escuros e hipinotizadores, seu maxilar travado e a respiração curta e ritmada.

-Fala que não quer que eu te beije? -falou colocando as mãos na minha costa fazendo eu aproximar meu corpo do seu. -Mas olhando dentro dos meus olhos.

Fechei os olhos por mais um momento tentando organizar meus sentimentos, toda vez que estou com ele nada é normal, balancei a cabeça tentando por tudo no lugar, Bradon, estava com ele a momentos antes, ele me faz sentir tão bem, ele me trata bem, ele é estavel e gosta de mim, isso seria injusto com ele.

-Não quero- Abri os olhos o encarando-o, E por um momento eu cheguei a me questionar se não estava querendo mesmo.

Ele me soltou e continuamos a andar, o silêncio tomou conta e eu estava me sentindo constrangida, o tempo começou a mudar e um vento me fez arrepiar, cruzei os braços sobre o peito me apertando um pouco.

-Toma -Justin parou tirando o moletom e me entregando.

-Não tem problema, pode ficar. -recusei e sorri.

-Se você não aceitar vou dirigir o mais rápido que eu puder com a janela aberta e com o ar-condicionado ligado. -continuou com a mão estendida em minha direção.

Balancei a cabeça negativamente e peguei a blusa a vestindo, chegamos no carro e o silêncio ainda estava constrangedor, dedilhei a perna sem saber o que fazer.

-Porque 'tá tão inquieta? -quebrou o silêncio.

-Sei lá, ficou tudo tão quieto derrepentemente.- dei de ombro.

-O silêncio está te incomodando?

-Muito- suspirei alto.

-Então fala algo ué.

Justin me surpreende a cada dia mais, não sei lidar com isso, achei que ele estaria zangado ou algo do tipo, mas pelo visto esta bem calmo.

-Chegamos - me cutucou.

-ãh? Já ? -perguntei olhando pra fora.

-uhum- desceu do carro me acompanhando até a porta.

-obrigado pelo passeio. -sorri sincera. - por incrível que pareça gostei da companhia -brinquei e ele sorriu.

-Então amigos? -perguntou esticando a mão.

-Amigos. -apertei a mão dele sorrindo. -Sua blusa. -falei começando a tirar.

-Pode ficar, ficou boa em você. -falou abaixando a mesma.

Sorri abrindo a porta observando tudo escuro.

-Até mais, Summer -me surpreendeu me dando um beijo no canto da boca.


Meus olhos mal cabiam nos orifícios oculares, ele riu e voltou para o carro, e eu entrei fechando a porta olhando para o escuro, tentando me recuperar do furacão chamado Justin.