História Maybe in another life - Capítulo onze

Capitulo onze

Coloquei um short jeans e uma camisa básica branca, prendi meu cabelo em um rabo de cavalo e coloquei um tênis nos pés, peguei minha bolsa e meu celular e descia as escadas.

— Já está indo querida? – meu pai deixou o notebook de lado e veio em minha direção.

— Sim, meu taxi já está chegando! – ele franziu a testa.

— Você não iria com Justin? – mordi meu lábio. — Vocês ainda estão brigando por causa daquele outro garoto?

— Eu não estou brigando com ninguém! – dei de ombros, escutei a buzina. — Oh! Meu taxi! Tchau pai, te amo. – dei um beijo em sua bochecha.

— Tem dinheiro? – ele gritou quando cheguei na porta.

— Sim! – respondi fechando-a atrás de mim. Me virei vendo Justin dispensando meu taxi.

— Você iria de taxi? – ele falou assim que o taxi saiu.

— Sim – dei de ombros.

— A gente tinha combinado de ir juntos.

— Ah é? A gente também combinou de ir embora juntos, mas parece que você se esqueceu de me avisar que tinha um compromisso depois do treino! – ele passou a mão no cabelo.

— Eu me esqueci, desculpe! – dei de ombros. — Como você voltou?

— Com Peter.

— Claro que sim! Como não pensei nisso antes! – ele deu a volta no carro.

— Se for para você ficar com essa cara, eu vou chamar outro taxi – comecei a discar o número do taxi.

— Entra logo no carro. – ele bateu a porta do motorista.

— Pode ir, eu vou chamar o taxi de volta.

— Para de ser teimosa e entra no carro Luna! – ele abriu a porta por dentro para mim. — Eu deixo você colocar o CD do Jason! – olhei para ele. — Vamos lá Luna! – revirei meus olhos entrando no carro.

— Não pense que vai me convencer assim sempre depois que vacilar comigo. – brinquei vendo-o rir fraco. — Vai ser My world! – avisei, fazendo ele choramingar, no final acabou que ele cantou todas as músicas até chegarmos ao boliche.

— Hey! – falei assim que chegamos na porta.

— Hey! – eles responderam.

— Vamos entrar! – Mabel chamou. — Precisamos pegar uma pista! – seguimos ela para dentro, depois de ter pego nossos sapatos nós escolhemos nossa pista.

— Então são Justin, Luna, Aria contra John, Mabel e Alex. – Cici disse.

— Você não vai jogar? – perguntei colocando minha bolsa na nossa mesa.

— Não, eu não gosto muito de boliche.

— Você deveria ter falado, teríamos escolhido outro lugar – Justin disse, já escolhendo a bola que iria jogar.

— Eu gosto de assistir! – comentou sorrindo.

 E, isso era realmente verdade. Durante toda a partida Cici gritou igual uma louca, e mudava sua torcida para o time que estava ganhando a cada rodada, no final quem acabou ganhando foi o time de John e ele não parava de provocar Justin sobre isso.

— Eu disse que era o melhor! – falou de um jeito brincalhão, colocando uma batatinha na boca.

— Já entendemos John! – Cici revirou os olhos.

— Vamos! – Justin me chamou, já se levantando.

— Vamos! – peguei minha bolsa, me levantando me despedi de todos e segui Justin para o carro.

‘’ O jogo acabou de acabar, quer sair para comer algo? ‘’ – era Peter.

‘’ Estou com Justin’’

‘’ O boliche, tinha me esquecido, tudo bem nos vemos amanhã’’

— Quem é? – guardei meu celular na bolsa.

— Minha mãe! – sorri para ele. — Ela quer saber se vamos demorar, por causa do jantar e tudo mais.

— O que vai fazer amanhã? – mordi meu lábio.

— Eu vou sair com Peter! – olhei para a janela, já esperando ele ficar bravo.

— Vocês estão ficando ou algo assim? – olhei para ele por alguns minutos e depois voltei a olhar para a janela.

— Estamos saindo. – respondi, não ouvindo mais nada dele por um tempo.

— O que você acha se nós assistirmos uns filmes na minha casa amanhã à noite, depois que você sair com Peter.

— Por mim tudo bem, mas não posso chegar muito tarde, papai está reclamando de estar chegando muito tarde nos últimos dias. – pelo canto do olho consegui ver Justin revirando os olhos.

— Dois Big Dream! – Bryan colocou os sorvetes na nossa frente e saiu.

— Você acha que um dia esse lugar vai fechar? – perguntei mexendo no meu sorvete.

— Não. – ele respondeu rápido.

— Eu quero trazer meus filhos aqui um dia. – Justin sorriu.

— Eles vão amar! – sorri para ele. — Você vai voltar para cá depois da faculdade? – encolhi meus ombros, eu não queria voltar naquele assunto tão cedo não sem estar preparada para ele.

— Eu não sei.

— Você não vai voltar. – olhei para ele. — Você está seguindo os planos que fizemos e isso está certo Luna. – Justin deu de ombros.

— Eu quero ficar em New York até um ano depois de me formar, se eu não conseguir nada eu vou voltar.

— Qual é Luna, nos dois sabemos que você vai conseguir algo antes mesmo de terminar a faculdade. – comi um pedaço do meu bolo. — Eu tenho um jogo no final do mês, contra a escola da cidade vizinha, você vai ir? – suspirei com a mudança de assunto.

— Sim, vai ser aqui ou na escola deles?

— Na escola deles, eu levaria você, mas eu tenho que ir no ônibus com o time.

— Eu vou falar com meu pai...

— Não, minha mãe vai, você pode ir com ela! – assenti, Justin ainda não está preparado para falar com meu pai e eu não sei quando estaria, mas eu estaria do lado dele sempre.

— Você não vai ficar mesmo? – perguntei, quando ele parou o carro na frente da minha casa.

— Não. – ele me olhou. — Não adianta me olhar desse jeito Luna. – revirei meus olhos para ele.

— Você pode ficar até eu me arrumar e quando eu descer você vai embora! – falei, querendo na verdade ter mais tempo para convencer ele.

— Luna...

— Por favor, eu não quero ficar sozinha, mamãe deve estar preparando tudo e papai deve estar trabalhando até o último minuto. – olhei a hora no meu celular. — Ainda falta uma hora e meia para o jantar, dá tempo de assistirmos algo.

— Eu escolho! – sorri para ele, descemos do carro e caminhamos juntos para a entrada da casa.

— Não vá escolher nada de...

— SURPRESA! – parei na porta olhando para a sala cheia de balões e pessoas.

— Terror... – terminei de falar. — O que é isso?

— Uma festa surpresa querida! – mamãe me abraçou de lado. — Venha Justin entre!

— Eu não...  – minha mãe puxou ele para dentro e trancou a porta, nem dando tempo para que ele pudesse responder.

— Mãe! – sussurrei puxando-a para perto. — Eu falei que não queria festa.

— Luna, você não achou que eu deixaria passar em branco, achou? – ela sorriu para mim. — Agora vá dizer oi aos seus amigos! – ela me empurrou, sumindo na direção da cozinha.

— Você sabia disso? – me virei para Justin, que parecia tão surpreso quanto eu.

— Não, eu sei que você odeia surpresas! – concordei com a cabeça.

— Nós não contamos a ele! – Cici apareceu ao meu lado, junto com Mabel e Alex.

— Ele iria contar para você – Mabel concluiu.

- Cadê John e Aria? – perguntei não vendo os dois.

— Aria tinha um jantar para ir com seus pais, e John deve estar roubando doces na cozinha. – assenti.

— Querida! – me virei para minha tia. — Parabéns, meu amor.

— Obrigada tia! – abracei ela de volta.

—Oh Justin você está tão lindo! – Justin sorriu fraco para minha tia. — Eles são tão fofos juntos! – senti meu rosto queimar de vergonha e eu não me atrevi a tirar os olhos do quadro na parede.

— Está na hora dos parabéns! – papai gritou. — Venha Luna! – revirei meus olhos caminhando para a mesa onde estava o bolo, fiquei encarando o bolo até eles terminarem de cantar, sorri fraco, cortando o primeiro pedaço do bolo.

— A porta da cozinha está aberta! – sussurrei para Justin quando entreguei o bolo para ele.

— Eu sei! – sorri fraco. — Não custa nada ficar um pouco, afinal sua mãe disse que vai separar um pote para mim com esses doces brasileiros. – revirei meus olhos para ele.

— Claro, você está aqui por causa dos doces.

— Você achou que fosse por você? Luna você não é tudo isso! – brincou e coloquei minha mão no meu peito me encolhendo.

— Essa doeu! – ele revirou os olhos levando a colher com bolo para a boca.

— Luna sua tia está te chamando! – mamãe me chamou, sorri para Justin e fui para onde titia estava, pelo canto do olho consegui ver meu pai se aproximando de Justin.

— Deixe eles conversarem querida! – tia Pattie segurou meu braço quando eu quis até Justin.

Justin Bieber

Eu estava preste a sair de fininho depois que Luna foi falar com minha mãe, eu não queria estar ali, ficar perto de Ralph não me fazia bem, mas eu fiquei um pouco por causa de Luna, só por causa de Luna.

— Será que podemos conversar? – parei meu caminho para a cozinha, me virando para Ralph.

— Não temos nada para conversar! – voltei a andar para a cozinha.

— Seu pai deixou uma carta para você Justin. – parei tenso. — Ele queria que eu entregasse quando você tivesse...

— Cadê? – me virei para ele. — Cadê a carta?

— No meu escritório. – ele começou a andar para o escritório e eu segui ele. — Ele queria que você lesse quando fizesse dezoito...

— Eu quero ela agora! – cortei ele.

— Tudo bem – ele contornou a mesa dele abrindo a primeira gaveta ele tirou a carta me entregando, peguei ela. — Justin! – ele chamou mais já tinha batido a porta atrás de mim.

O caminho para casa pareceu demorar uma eternidade mesmo eu estando de carro. Fechei a porta do quarto já resgando o envelope da carta.

Justin

Se você está lendo isso é porque o tratamento não ajudou muito, mas está tudo bem, eu já esperava por isso. Você provavelmente está com raiva de mim por ter feito você esperar tanto por respostas e se eu bem conheço eu garoto, está lendo essa carta antes dos dezoito, porque foi o único jeito de Ralph fazer você entender tudo.

Não quero que você odeie seu tio, ele não fez nada de errado Justin, ele fez o que eu pedi para ele fazer, quando eu descobri sobre o câncer, eu só consegui pensar em você e sua mãe, eu não queria deixar vocês com uma empresa que poderia falir em alguns anos e vocês dois ficariam sem nada, eu sempre pensei sobre vocês depois que eu morresse. Nós recebemos uma proposta de crescer fora do pais, isso iria ser bom para nós, só que um de nós teria que ir, eu fiz seu tio ir, Justin; ele não queria separar você e Luna, mas principalmente, ele não queria me deixar Justin, mas ele fez porque eu convenci ele que só descansaria em paz se ele fosse e me garantisse que você e sua mãe teriam um futuro confortável, e que ele sempre cuidaria de vocês. Quando você fizer dezoito anos a minha parte na empresa vai ser passada para você e você pode fazer o que quiser com ela. Só te peço, não odeia seu tio, ele ama você como se fosse filho dele Justin, assim como eu amo Luna como se fosse minha. Eu tenho certeza que ela vai cuidar muito bem de você e sua mãe.

Por favor Justin, seja feliz, curta sua vida, sem drogas garoto, e nem engravide ninguém, sua mãe me mataria de novo se isso acontecer. Eu amo você mais que tudo Justin, e onde quer que eu esteja eu sempre vou amar você e sua mãe, e sempre vou olhar por você.

E volte para o time de basquete ou eu juro que vou puxar o seu pé.

Te amo garoto.

Deixei a carta na cama e corri para fora da casa, corri para a casa de Luna entrando pela cozinha, ainda conseguia ouvir a festa rolando, mas não importei eu corri para o escritório abrindo a porta, e tio Ralph estava olhando para o jardim de pé no canto do cômodo.

— Justin! – ele pareceu surpreso com meu retorno, apenas corri para ele como se eu tivesse cinco anos de volta, ele me envolveu em seus braços enquanto eu chorava alto não importando com nada, só deixando a dor ir. — Tudo bem garoto. – ele beijou minha cabeça, não me largando, papai tinha razão, tio Ralph iria cuidar de mim.