História Maybe in another life - Parte 2 - 7

CAPITULO SETE DA SEGUNDA PARTE.

Suspirei quando o barulho vindo do andar de baixo do apartamento de Justin me acordou, olhei no celular e não eram nem oito horas ainda. Desde que voltamos do canada estávamos ficando no lugar de Justin, durante o dia as vezes eu ficava no meu apartamento, mas de noite Justin acabava me convencendo a ficar com ele usando o barulho que faríamos como desculpa, como se Luana não fizesse barulho quando Luke passava as noites no nosso apartamento.

Me levantei, e corri para o banheiro, depois de lavar meu rosto e arrumar meu cabelo, troquei de roupa e desci as escadas com meu celular na mão, olhando as mensagens de mamãe sobre o planejamento do casamento e sobre os orfanatos que eles estavam visitando.

- Você acordou – Justin disse quando me viu descendo as escadas.

- Sim – respondi simples, eu não estava de bom humor, eu odiava ser acordada ainda mais quando eu fui dormir tarde e não tinha nada para fazer no outro dia.

- Você vai para o restaurante comigo? – Ele perguntou me entregando a xicara com chá quando sentei na bancada da cozinha.

- Não – tomei um gole do meu chá – eu vou para casa, tenho uma reunião com uma editora que quer traduzir meus livros para o português.

- Porque não faz isso aqui, ou lá em baixo – encarei Justin.

- Tem gente trabalhando lá em baixo e aqui também – olhei para a caixa no canto da cozinha, Justin estava trocando praticamente tudo da cozinha. – Preciso de silencio.

- Tudo bem – ele sorriu para mim – eu te busco para o jantar – concordei com a cabeça, dei um selinho nele antes de sair. – Você está bem? – Ele perguntou antes de me soltar.

- Sim, só estou com dor de cabeça – selei seus lábios novamente – te amo.

- Te amo – ele respondeu antes de eu sumir de seu apartamento.

Quando cheguei em casa estava tudo silencioso, então corri para tomar um banho e me preparar para a reunião. A reunião acabou bem, e talvez no final do ano meus livros seriam publicados em espanhol e português.

- Hey, não achei que você estaria voltando para cá tão cedo – Luana disse quando entrei na cozinha.

- Que caixa são essas? – Perguntei quando me sentei na bancada da cozinha, no corredor perto da porta dela tinha umas caixas.

- Ah, eu iria falar com você – ela começou – mas você nunca está aqui de qualquer forma – ela encolheu os ombros – Luke está vindo morar aqui.

- E o apartamento dele? – Perguntei.

- Fica muito longe do escritório, e não compensa ele pagar sendo que ele sempre está aqui ou eu estou lá.

- Esse apartamento também é meu – rebati – nós deveríamos ter conversado sobre isso antes de você decidir trazer seu namorado para morar com a gente.

- Você nem fica aqui Luna, eu realmente não sei porque você não leva suas coisas para o apartamento de Justin de uma vez – me encostei na cadeira.

- Você está me expulsando do nosso apartamento? – Ela suspirou.

- Olha, eu não quero brigar, eu só achei que já que você está se casando em dois meses, não seria um problema Luke vir morar comigo – suspirei tentando me acalmar.

- Tudo bem, faça o que quiser – sai da cadeira indo para meu quarto.

- Se isso for te incomodar, eu posso fala...

-Não, tudo bem – fechei a porta do quarto, hoje o dia estava ficando cada vez melhor. Me sentei na minha escrivaninha e abri uma página no Word e comecei a digitar, eu precisava esfriar minha cabeça e a forma de fazer isso sem dúvidas era escrevendo algo. Eu não vi o tempo passar, e quando percebi já eram sete horas, e eu tinha começado um novo romance e estava empolgada com o enredo dele.

- Hey – a porta do meu quarto abriu e Justin entrou. – O jantar está na cozinha. – Meu estomago escolheu essa hora para acordar fazendo Justin rir. Salvei tudo o que tinha escrito e desliguei o notebook.

- Luana E Luke saíram? – Perguntei quando chegamos na cozinha.

- Sim – ele se aproximou selando nossos lábios várias vezes. – Coma. – Revirei meus olhos para ele.

...

- Luna – Justin chamou do andar de baixo, larguei o livro que estava lendo na poltrona de frente para a janela de seu quarto. Desci as escadas, vendo ele parado no meio da cozinha.

- Subiu cedo – sorri para ele.

- Eu queria fazer um jantar para nós – ele apontou para a pia – mas a cozinha está toda bagunçada – olhei para a pia vendo um prato, xicara e uma frigideira que eu tinha usado para fazer panquecas para mim de tarde. O resto estava totalmente limpo.

- Tem três coisas na pia, Justin – disse, e ele me olhou sério.

- Não é difícil você limpar o que você suja – ele jogou de volta para mim, respirei fundo e caminhei até a pia, com ele me seguindo pelo olhar, lavei tudo e guardei.

- Faça o seu jantar – passei por ele, e subi as escadas correndo, eu não iria me estressar com o chilique dele por limpeza, me sentei na poltrona novamente e voltei a ler meu livro, uma hora depois Justin entrou no quarto.

- Você não vai jantar? – Ele perguntou quando não me mexi.

- Não estou com fome – não tirei meus olhos do livro e escutei seu suspiro antes da porta do quarto bater. – Idiota – sussurrei para o vento.

Pela primeira vez desde que nos encontramos Justin e eu fomos dormir sem falar um com o outro e o dia não estava correndo bem também, fazia uma hora que eu estava tentando escrever mais o barulho no andar de baixo estava ficando cada vez mais alto, e para piorar Justin colocou música.

- Você pode abaixar o volume por favor – pedi na ponta da escada, ele fez o que eu pedi, subi novamente para o quarto mais meia hora depois perdi a paciência e juntei minhas coisas.

- Onde você está indo? – Justin perguntou quando desci as escadas com minha bolsa no ombro.

- Para um lugar eu tenha um maldito silencio – bati a porta atrás de mim, suspirando no elevador.

‘’me desculpe, volte, vou fazer silencio’’ – senti meus olhos arderem com a mensagem de Justin.

‘’ preciso de espaço’’

‘’você vai voltar? ’’ – Joguei o celular na bolsa, começando a caminhar para o parque, eu ficava chocada que mesmo o parque estando no meio da cidade, a agitação dela parecia não existir quando eu sentava lá, para ver as pessoas andando, as crianças brincando com seus cachorros. Caminhei até o banco que eu sempre sento quando quero respirar um pouco e me sentei.

‘’ tudo certo para o fim do mês que vem? ’’ – Mamãe perguntou

‘’sim’’ – respondi simples, depois que Justin inaugurasse o restaurante no começo do mês, nos estavam indo para o canada para visitar um orfanato com meus pais e ver alguns preparativos para o casamento. Suspirei pensando se nós estávamos realmente prontos para dar esse passo.

- Uma garota tão bonita como você, não deveria estar tão triste – olhei para o meu lado vendo o dono da voz, um senhor de idade.

- Paul deixe a moça, ela tem um anel em seu dedo – a senhora ao seu lado sorriu para mim.

- Mas um motivo para ela não estar triste, me diga garota quem foi o idiota que te deixou assim – sorri fraco para ele.

- Problemas com meu noivo – os dois riram

- Isso sempre acontece – ela disse – eles são sempre o problema – ri com ela.

- Vocês que são teimosas de mais – ele rebateu, eu conseguia ver o amor transbordando nos olhos dos dois.

- Com o tempo, vocês aprendem a respeitar nosso espaço, então tudo melhora – ela sorriu para ele.

- Querida, nunca durma brigada com seu homem – ele disse para mim – vocês podem brigar, mas nunca devem ir dormir brigados um com o outro.

- Obrigada pelos conselhos. Eu sou Luna.

- Prazer Luna, eu sou paul, e essa é minha adorável esposa Nara – sorri para eles – vamos indo, essa menina precisa ir encontrar seu homem – ele se levantou, ajudando ela a se levantar, ela caminhou até mim e me levantei.

- O sexo depois de uma briga é maravilhoso – ela sussurrou antes de me abraçar. Ri vendo eles se afastarem, paul comprou um sorvete e deu a ela, e eu sorri com a cena. O caminho até em casa foi mais longo do que eu me lembrava, e assim que entrei encontrei Justin sentado no sofá olhando para a janela.

- Hey – sussurrei, ele virou sua cabeça em minha direção e ficou de pe.

- Não achei que fosse voltar – mordi meu lábio inferior, não sabendo o que dizer.

- Me desculpe/eu sinto muito – falamos ao mesmo tempo e rimos.

- Sinto muito por ter surtado por causa da bagunça – ele caminhou até mim – e pelo barulho hoje cedo.

- Tudo bem, eu exagerei também – ele suspirou colando nossas testas.

- Eu odeio brigar com você – concordei com ele e Justin tomou meus lábios, antes que eu pudesse pensar, estava contra a parede, envolvi minha perna em sua cintura e Justin me deu impulso para subir no seu colo, nossas bocas brigando por espaço, nossos corpos se esfregando, sua ereção esfregando contra meu centro coberto somente pela calcinha fina.

- Justin – sussurrei quando ele soltou minha boca para ir para meu pescoço.

- Morri mil vezes essa noite de não poder tocar em você – ele sussurrou no meu ouvido, gemi quando senti seu dedo entrando em mim – porra, você está pronta.

- Por favor – puxei seu cabelo, trazendo sua boca para mim, antes que eu pudesse reagir Justin estava dentro de mim, minhas costas batendo na parede, gritei, jogando minha cabeça para trás, mas Justin a segurou para não bater na parede, sem parar de entrar e sair de mim, todos os meus nervos estavam a ponto de explodir, Justin mudou o ângulo do seu quadril e eu gemi seu nome quando com o movimento meu clitóris foi deliciosamente esfregado por seu corpo.

- Maldição babe – ele rosnou na minha boca. E eu me perdi no seu próximo impulso ficando mole em seus braços, Justin veio logo em seguida, e nos dois escorregamos para o chão.

- Nara estava certa – sussurrei entre respirações.

- Quem é Nara? e certa sobre o que? – Ele me olhou confuso.

- Sexo de reconciliação é maravilhoso – Justin jogou a cabeça para trás rindo. – Devemos brigar mais vezes.

- Não, eu odeio isso – ele me olhou serio desta vez.

- De mentirinha – passei minhas unhas por seu abdome.

- Você vai ser minha morte – ele sorriu, me puxando para seu peito. Eu nunca queria sair de seus braços novamente e por mais que o sexo de reconciliação fosse maravilhoso, não valia a pena brigar com Justin, era como se eu tivesse perdendo um pedaço de mim e eu não queria sentir isso nunca mais.