História Maybe (MoonSun) by feomarzo - Totalmente comprometida

MOONBYUL

Quando o avião começou a se mover, Moonbyul fechou os olhos com força. Joohyun riu baixo ao observar o quão fofa é a garota sentada ao seu lado era. Ela não imaginava que a fotógrafa tivesse medo de avião. Depois de meses trabalhando juntas, a modelo só tinha sido apresentada ao lado mais ‘masculino’ e charmoso da fotógrafa. Esse novo lado dela fez o coração de Joohyun bater mais forte. O avião começou a acelerar e se preparar para o voo. Moonbyul estava prendendo a respiração desde que a máquina começou a se mover. Ao finalmente sair do chão, Moonbyul sentiu uma nova sensação que fez com que ela segurasse a mão de Joohyun com força. A modelo olhou para baixo, mirando suas mãos interligadas e sorriu, soltando o ar pelo nariz. Assim que o avião estabilizou no ar, Moonbyul se acalmou o suficiente para abrir os olhos e aproveitar a vista de milhares de quilômetros de distância do chão. Isso a fez desejar ter asas para que pudesse fotografar as coisas àquela altura. Quando ela era mais nova, ela sempre rezou para que pudesse virar um pássaro para poder voar para longe e viver outra vida. O contraste do mesmo desejo de quando ela era criança para agora fez seu coração doer. Ela se sentiu feliz e triste ao pensar sobre isso. Oh, como ela desejava que pudesse voltar ao passado e proteger a jovem Moonbyul do toda a maldade.

Depois de muitas horas, era finalmente o momento de pousarem. A turbulência fez com que o avião tremesse e chacoalhasse. Da mesma forma que fez na hora de levantar voo, Moonbyul segurou a mão de Joohyun mais uma vez em busca de conforto.

“Você pode soltar agora.” Joohyun disse gentilmente ao sorrir para a mais nova.

“O que?” Moonbyul perguntou ao sentir o medo diminuir e se permitindo respirar.

“Minha mão... É seguro soltar agora. Nós aterrissamos.” Ela explicou.

“Ah. Desculpa.” A fotógrafa disse com um sorriso tímido e nervoso.

Moonbyul recebeu sinal verde para dirigir o ensaio fotográfico na quarta-feira. Trabalhar com tantos fotógrafos talentosos e experientes a deixou extremamente nervosa, mas ela não permitiria que o medo afastasse essa oportunidade incrível. Uma modelo famosa e respeitada como Joonhyun recomendá-la para o trabalho era algo de muita responsabilidade.

Seu dia como fotógrafa principal foi bom e terminou com aplausos. Uma coisa que todos sabiam sobre Moonbyul era que ela era muito gentil e educada com todos. Desde o diretor geral até a simples copeira, ela tratava todos no set com o mesmo respeito.

Durante sua infância e adolescência ela estivesse cara a cara com a crueldade diversas vezes e isso mudou toda a sua visão de mundo. Claro que ela não poderia sair daquele mundo cruel sem traumas e alguns problemas, isso ficava óbvio com os seus problemas de conter a raiva. Mas apesar de tudo, ela ainda conseguia ser uma pessoa muito amável. Ela detestava seus defeitos tanto quanto as outras pessoas detestavam, mas ela não poderia se livrar deles.

Em meio a tantas novas experiências, aos lindos cenários e pessoas maravilhosas que a cercavam, Moonbyul ainda se pegava checando o celular a cada cinco minutos. Ela estava esperando uma mensagem de Solar. Um “ok” ou “divirta-se” ou até mesmo um “eu te odeio” seria melhor que ser ignorada pela bailarina. Estava claro que Moonbyul tinha algumas tendências autodestrutivas. A fotógrafa tinha desejado Solar de volta desde o dia em que terminaram; então por que diabos ela estava agindo daquela forma?

“Moonbyul?” Joohyun perguntou com curiosidade.

“Sim?” A fotógrafa disse rapidamente ao guardar o celular no bolso.

“Você vai sair com a gente?” A modelo repetiu a pergunta.

“Ah... Sim, claro.” ela respondeu com um sorriso forçado.

Quando estavam juntas, Solar e Moonbyul sempre falaram sobre viajar. Solar queria conhecer Paris e Nova Iorque, enquanto Moonbyul gostava da ideia de visitar a Noruega e a Islândia. Elas prometeram que ganhariam dinheiro suficiente para conhecer diferentes países juntas. Ela se lembrou da pequena viajem que fizeram ao Japão e como elas se beijaram como namoradas de uma vida inteira ao observarem a cidade da Torre de Tóquio. A fotógrafa sentia uma saudade desesperadora disso, ela gostaria de poder beijar Solar naquele lugar como naquela época. Mas agora tudo era diferente. Elas não eram mais as mesmas jovens apaixonadas. Elas nem estavam se falando.

Depois de uma longa noite de comemoração regada a muita bebida alcoólica, Moonbyul e Joohyun, que estavam hospedadas no mesmo andar, decidiram voltar para os seus quartos.

“Essa noite foi divertida.” Moonbyul comentou ao lembrar-se da noite de bebedeira com o pessoal e rindo.

“Sim. Vai ser difícil voltar pra casa.” Joohyun disse sorrindo ao ver a fotógrafa rir.

“Eu realmente estou feliz por você ter vindo.” A modelo confessou segurando a mão de Moonbyul enquanto o elevador continuava a subir.

A fotógrafa olhou para as mãos juntas. Ela não era idiota, ela sabia onde isso estava levando. Antes que ela pudesse dizer alguma coisa, Joohyun se inclinou e a beijou. Bastou um segundo para a fotógrafa pensar nos erros que cometeu nos últimos meses e virou o rosto, os lábios da modelo encontram sua bochecha. Lentamente e sem jeito, Joohyun se afastou e olhou para Moonbyul, que estava com os olhos fechados. Quando abriu os olhos, Moonbyul olhou para a mulher na sua frente.

“Eu... Me desculpe.” Ela disse.

“Não, eu que peço desculpas. Eu não deveria ter-”

“O problema não é você. Eu só... Eu acho que estou... Eu tenho alguém.” Foi tudo que Byulyi conseguiu dizer.

“Ah.” A modelo disse. Ela não tinha ideia, até porque a fotógrafa concordou em saírem para jantar em um encontro.

“Sim... Está tudo realmente complicado agora, mas... Eu...” ela fez uma pausa sem saber como se explicar. Agora que Solar sabia de tudo que ela havia feito, a fotógrafa se recusava a adicionar outro item à sua lista de confissões. Uma parte dela estava ligada à Solar e ela não tinha verdadeiramente percebido isso até aquele momento.

“Eu sinto muito mesmo.” Byul adicionou.

Joohyun suspirou com vergonha de si mesma.

“Tudo bem.” Ela respondeu. Depois de alguns momentos de silêncio, ela falou novamente: “Eu tenho tido um azar e tanto ultimamente.” Ela brincou.

“Porque diz isso?” Moonbyul perguntou quando o elevador parou no andar delas e elas saíram.

“Bom, antes de você começar a trabalhar com a gente, eu tinha uma queda pela antiga fotógrafa e infelizmente ela é hétero. E agora você. Talvez eu devesse parar de ter crushs por fotógrafas.” Ela disse terminando a frase com uma risada. Byul riu junto.

‘Espera... a fotógrafa que trabalhava com ela antes de mim não era... Seulgi...?’ Moonbyul se perguntou.

“Bom, eu te vejo amanhã.” Joohyun disse sorrindo calorosamente ao ir para o quarto.

“Até amanhã.” Moonbyul acenou para ela.

Um mês passou rápido. Nos últimos 30 dias, Moonbyul ganhou experiência em mais de um aspecto em sua vida e vivenciou diversas coisas novas. Ela bebeu vinho em um restaurante cinco estrelas de Paris, fotografou a vida em país estrangeiro, e ela participou de um projeto no qual conviveu com incontáveis pessoas talentosas. A viagem inteira foi algo que ela agradecia demais. Ela desejou que pudesse viver assim para sempre. Ao embarcar no avião, ela checou novamente o celular. Ela suspirou pesadamente ao pensar em Solar. O que ela estaria fazendo? Porque elas estavam perdendo tanto tempo? Claro que elas tinham seus defeitos, mas agora ambas estavam querendo superá-los. Ela queria a bailarina de volta, então porque estava tão hesitante? Ao sentar-se no seu lugar no avião, a nova determinação de voltar com sua ex manteve o medo longe de sua mente. Assim que o avião aterrissou, ela saiu do aeroporto com as malas e pegou um táxi. Ao entrar, ela deu o endereço de Solar.

Era isso.

Solar estava totalmente comprometida e ela também.

SOLAR

“Vocês quatro tem que entrar exatamente dois passos e meio antes das outras ou do contrário vão estragar tudo! Eu preciso ficar repetindo isso?” a diretora de dança disse pela terceira vez.

“Não, senhora.” Solar e as outras bailarinas responderam.

Solar já teve instrutores exigentes antes, mas nenhum deles se comparava a essa. Ela sabia que essa companhia era conhecida pelas performances maravilhosas e sem defeitos, mas ela não imaginava que cada ensaio fosse ser tão exaustivo.

Assim que o ensaio terminou, Solar correu para o trabalho.

“Desculpe pelo atraso.” Ela disse ao colocar o avental.

“Tudo bem. Não se preocupe com isso.” Changsub disse antes de sorrir para a bailarina.

“Como foi o ensaio?” ele perguntou depois que a fila de clientes diminuiu.

“Foi bom.” Solar respondeu automaticamente. “Ruim.” Ela adicionou. “Difícil. Pesado. Eu não sei.” Ela terminou de falar e suspirou derrotada.

“Você quer... falar sobre isso?” o rapaz perguntou.

“Não. Pelo menos não agora.” Ela respondeu.

“Ok. Que tal amanhã?” ele perguntou enquanto limpava o balcão.

“Amanhã?” Solar foi pega de surpresa pela sugestão.

“Sim... a menos que você esteja ocupada. Eu tenho sentido que você está bem estressada ultimamente. Se você me permitir, eu adoraria te levar para sair.” Ele respondeu.

Por um momento, Solar pensou em Moonbyul. Ela se sentiria culpada por aceitar esse convite do rapaz. Espera. Elas não estavam mais juntas. E Moonbyul tinha ido a encontros com outras pessoas. Uma leve sensação de raiva da ex surgiu antes da bailarina responder.

“Amanhã seria perfeito.” Ela aceitou o convite fazendo com que Changsub sorrisse de orelha a orelha.

*

Changsub estava no carro esperando por Solar no lado de fora do prédio. Toda a coisa a fez lembrar de Moonbyul. O objetivo daquele encontro era tirar da mente dela tópicos que a deixavam estressada, então o fato de que a ex continuava surgindo em seus pensamentos fez com lágrimas de frustração se acumulassem em seus olhos. Solar tentou suprimir aquelas emoções negativas e começou a andar em direção ao carro. Assim que ela se aproximou o suficiente, ele saiu e abriu a porta pra ela. A bailarina sempre se sentiu atraída por pessoas bem educadas e gentis, então Changsub abrir a porta a deixou encantada.

“Então, para onde está me levando?” ela perguntou curiosa.

“Bem, eu acho que a melhor forma de se livrar das frustrações é ir a um parque de diversões.” Ele disse sorrindo.

“Parque de diversões?” ela questionou.

“Sim! Eles têm jogos de tiro e jogos em que você pode jogar bolas em alvos, além de brinquedos e comida.” Ele explicou; o rapaz ficou com uma leve vergonha por ter escolhido aquele local.

Solar riu um pouco, mais pra si mesma. Ele realmente pensou bastante sobre onde levá-la. Ela achou aquilo muito fofo.

“Parece muito bom pra mim.” Ela disse tentando assegurá-lo da escolha.

Eles tinham acabado de sair de um brinquedo quando Changsub percebeu que Solar estava olhando pra um carrinho de pipoca, então ele comprou pipoca pra ela. Os dois estavam andando pelo parque admirando as luzes brilhantes em contraste com o céu noturno. Solar fingiu não perceber que Changsub estava olhando pra ela.

E quem poderia culpá-lo? Ela era linda. Antes que encarasse demais, ele quebrou o silêncio.

“Obrigado por ter aceitado sair comigo.” O sorriso dele era sincero e caloroso ao dizer aquilo.

“Obrigada por ter me convidado.” Ela disse olhando pra ele, sorrindo da mesma forma.

Eles continuaram andando pelo parque, sem um destino especifico, até que Solar soltou um “Oun que fofo” quando viu um animalzinho de pelúcia pendurado como prêmio de um jogo de martelo.

“Você quer?” Changsub perguntou, pegando Solar de surpresa porque ela não tinha percebido que tinha falado tão alto.

“Que? Não, de boa.” Ela disse.

“Não. Sério, você quer?” ele perguntou de novo.

“Chang, tudo bem, é sério.” Ela insistiu. Seu braço tentou segurar o dele quando o rapaz começou a andar em direção ao jogo. Ela podia dizer que ele estava determinado a ganhar aquele prêmio pra ela.

“Você realmente não precisa fazer isso, Changsub.” Ela disse rindo enquanto ele pagava pela ficha.

“E qual a outra forma de provar minha masculinidade para você?” ele disse sarcasticamente fazendo Solar rir ainda mais.

O jogo consistia em esmagar uma lata de refrigerante com um golpe de marreta de forma que ela ficasse fininha o suficiente para passar por uma fenda. Ele tentou diversas vezes. A cada tentativa Solar dizia que ele não precisava fazer aquilo e toda vez ele dizia: “Não, não. Eu vou conseguir. Você vai ter aquela pelúcia.”

Quando ele finalmente conseguiu esmagar a lata o suficiente, ele bateu palmas e levantou as duas mãos em punho no ar comemorando antes do homem entregar o hamster de pelúcia.

“Aqui está seu prêmio, Solar-ssi.” Ele entregou o hamster a ela.

“Muito obrigada.” Solar riu antes de arrumar o cabelo dele, que tinha ficado bagunçado.

A tensão que surgiu pegou os dois de surpresa.

‘Whoa... Eu quero beijá-lo?’ Solar se perguntou.

‘Whoa... Ela quer me beijar tanto quanto eu quero beijá-la?’ Changsub entrou em um leve pânico.

Já fazia uns quatro meses que Changsub estava querendo beijar Solar. Eles trabalham junto há cerca de um ano. Ele se apaixonou por ela aos poucos. O pobre coitado estava tão caído por ela que até achava a risada de golfinho a coisa mais irresistível do mundo. Solar, por outro lado, estava em um relacionamento quando eles se conheceram. E nos meses que se seguiram ela estava tentando superar o término, então ela nunca realmente considerou ter algo romântico com ele.

Até agora.

Em algum momento durante o encontro, Solar comentou sobre o síndico abusado e quando foi deixá-la em casa, Changsub insistiu em subir com ela. Os dois pararam diante da porta do apartamento.

“Eu realmente me diverti muito hoje.” Ele disse em tom gentil que fez com que Solar corasse.

“Eu também.” Ela respondeu. Era verdade. Esse encontro era exatamente o que ela estava precisando. Moonbyul tinha feito com que ela se sentisse tão pequena e usada. Era bom ser mimada por alguém que genuinamente se importava com ela.

Eles ficaram parados com sorrisos bobos no rosto. O sorriso de Changsub se desfez quando ele percebeu que ela estava olhando para a boca dele. Devagar, para não assustá-la, ele deu um passo à frente. Gentilmente, a mão dele segurou a nuca dela, puxando-a para mais perto. Os lábios se tocaram suavemente.

A sensação era diferente.

Os lábios dele não tinham a mesma suavidade e o mesmo gosto dos de Moonbyul.

Changsub se afastou pra olhar pra ela, tentando checar se o beijo não tinha deixado Solar desconfortável. Então, sem nenhum aviso, a bailarina o puxou de volta. Eles entraram no apartamento cambaleando, ainda se beijando enquanto iam para o quarto. Changsub encostou a porta do quarto e quase desmaiou ao se virar e ver Solar tirando a blusa, revelando o sutiã preto de renda. Não conseguindo lidar com a distância entre eles, o rapaz se aproximou de novo e começou a beijá-la. Solar passou a mão pelo cabelo dele. Não era tão longo e macio quanto de sua ex. Ela fez o possível pra reprimir aquele pensamento ao permitir que a língua dele entrasse em sua boca.

Ele beijava bem.  ‘Graças a Deus.’ Ela pensou.

Ao subirem na cama, ele se afastou para tirar a camisa. Solar ficou impressionada com o abdômen trincado e levou sua mão para acariciá-lo de imediato, Changsub voltou a beijá-la. Ele se acomodou entre as pernas dela e as mãos de Solar começaram a passear pelas costas musculosas dele, lentamente ela começava a relaxar diante da ideia da situação em que se encontrava. Mas então, seus olhos abriram repentinamente quando ele abriu o sutiã dela. Ele continuou a beijá-la enquanto retirava a peça, jogando o sutiã pra longe. Quando a mão direita dele começou a massagear o seio dela, Solar se sentiu quente, não por estar excitada, mas sim por nervosismo ao perceber que não era aquilo que ela realmente queria. Ainda era cedo demais. Eles estavam indo rápido demais.

Ela podia dizer não agora? E se ele não parasse? E se ele ficasse com raiva?

Sentindo a mudança repentina em Solar e uma tensão desconfortável no ar, Changsub parou para olhá-la.

“Você está bem?” ele perguntou um pouco sem fôlego.

“Eu... Desculpe. Nós podemos parar?” ela perguntou receando a resposta dele.

“Sim, é claro.” ele falou em um tom cheio de compreensão ao se sentar sobre os joelhos.

Solar se sentou também, cruzando os braços para esconder os seios expostos. Changsub rapidamente se levantou e pegou a blusa dela que estava no chão.

“Aqui.” Ele disse ao entregar a blusa.

“Obrigada.” Ela respondeu se vestindo.

“Você está bem?” ele perguntou de novo, fazendo Solar se sentir um pouco culpada.

“Sim. Eu sinto muito.” Ela falou ao cobrir o rosto com as mãos.

“Hey, está tudo bem, sério.” Changsub gentilmente pegou as mãos dela e as abaixou. “Nós podemos só ficar conversando. Ou eu posso ir embora, se você quiser.” Ele sugeriu.

“Você quer ir embora?” ela perguntou.

Solar estava mais do que surpresa com a reação dele, o rapaz estava lidando muito bem com tudo aquilo.

“Eu gostaria de ficar, mas se você quiser que eu vá embora, eu vou.” Ele disse.

A expressão constrangida no rosto de Solar se tornou um sorriso.

“Sobre o que você quer conversar?” ela perguntou e Changsub sorriu.

“Qualquer coisa.” Ele disse. “Que tal eu te perguntar algumas coisas, você responder e então depois você me pergunta algumas coisas também?” ele sugeriu e Solar assentiu.

“Okay.”

“Certo... hmm... você tem irmãos?” ele perguntou primeiro.

“Um irmão.” Ela respondeu. Com a ajuda de Moonbyul, Solar tinha reencontrado o irmão dois anos atrás. Foi naquele momento em que ela verdadeiramente entregou o coração para sua ex.

“Oh... mais velho ou mais novo?” Changsub perguntou intrigado. Solar nunca tinha mencionado nada sobre a família, então ele achava essa informação era muito interessante.

“Mais velho.”

“Legal... Quando você era criança o que queria ser quando crescesse?” ele perguntou.

“Uma bailarina.” Ela respondeu rindo. Muitas pessoas desistem dos sonhos de infância em algum momento da vida, mas ela nunca desistiu.

“Uau! Então você sempre quis ser bailarina?” ele disse surpreso.

“Exatamente.” Ela sorriu.

“E agora você é. Isso é muito legal.” Ele disse ao gentilmente apertar a mão dela. “Okay... onde... você  sente cócegas?” ele continuou perguntando.

“Que? Eu não sinto cócegas.” Solar mentiu.

“Fala sério, todo mundo sente cócegas.” Ele rebateu.

“Bem, eu não. E mesmo se eu sentisse, porque eu iria te contar?” ela perguntou.

“Solar-ssi, se você continuar mentindo me faz querer provar que você sente cócegas sim.” Ele brincou.

“Você não ousaria.” Ela disse.

Changsub olhou pra ela e suspirou.

“É isso, não tem outro jeito.” Ele disse ao começar a fazer cócegas nela.

Os gritos de Solar preencheram o silêncio do apartamento. Ela podia atingir notas que Mariah Carey sentiria inveja.

“PARE!” Solar gritou arfando, buscando o ar que faltava de tanto rir.