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História Mayhem - Bathory Erzsebet


Escrita por: norrara

Notas do Autor


🔪 Oi gente. Voltamos.

Capítulo 3 - Bathory Erzsebet


Fanfic / Fanfiction Mayhem - Bathory Erzsebet

 

AQUECIA AS MOEDAS COM FOGO E JOGAVA PARA QUE SUAS MÃOS QUEIMASSEM.

 

Assim que Cara adentrou o apartamento, desfez o rabo de cavalo e se deparou com a melhor amiga e colega de quarto, sentada no sofá com um balde de pipoca assistindo a Hannibal atentamente. O que era estranho, pois além da loira adorar pipoca, adorava Anthony Hopkins e, por coincidência, adorava Hannibal. Cara estreitou os olhos, mas Royalty nem mesmo notou sua presença. Ela acendeu as luzes e a negra se virou, sorrindo.

- Oi, Cara – cumprimentou suavemente, deixando a pipoca de lado. – Como foi o estágio?

- Normal – a loira respondeu vagarosamente, estranhando a situação. – E o seu dia como foi?

- Sai do turno da manhã na loja, vou me dedicar apenas a parte de telemarketing. Legal, né? Ai, eu amo essa sua blusa.

- Anda logo, Williams, o que você quer?

A negra se levantou em um pulo e ajudou a amiga a pendurar o casaco no cabideiro, saltitante e sorridente. Cara revirou os olhos e sentou-se, tirando os sapatos e tentando acompanhar o filme, mas Royalty se pôs na frente da televisão, comendo pipoca e observando Cara.

- Como assim “o que eu quero”?

- Você colocou Hannibal no DVD e fez pipoca. Acha que eu não te conheço? Dividimos o apartamento há três anos, sua sabichona!

Royalty virou a cabeça para um lado, sorrindo e pensando na sua situação. Bajular Cara não era uma ideia brilhante, só um chute infantil e irracional, mas ela persistiria.

- Quero ser você por algumas semanas – ela foi direta.

Cara franziu a testa e imitou o gesto de Royalty, com a cabeça para um lado, não entendendo. A negra se levantou e começou a andar de um lado para o outro, formulando as sentenças na sua cabeça, tentando fazer aquilo parecer menos surreal e louco, mas até para ela, que considerava o certo a fazer, a ideia era meio sem nexo. No entanto, decidida a pôr o plano em prática, Royalty parou na frente da amiga e se ajoelhou na frente do sofá. Respirou fundo antes de olhar para Cara.

- É bem simples: me deixe passar por você no seu estágio.

- O que? – a loira exclamou descrente.

- Liam Payne foi solto alguns meses atrás e eu pensei que ele fugiria para longe ao invés de se submeter às sessões com um psicólogo, mas, ao que tudo indica, ele aceitou e o asilo o mandou para a Grey.

A expressão de Cara continuava a mesma – impressionada, descrente, aflita, estarrecida, pretérita. A loira piscou os olhos e respirou fundo, tentou projetar um riso de descrença, mas sabia que a amiga falava sério então se engasgou com o oxigênio ali presente. Cara sabia da obsessão de Royalty por vingança, ela tinha presenciado muitas vezes o choro e as explosões de raiva da negra e até o entusiasmo dela com a saída de Liam Payne do asilo, mas o assunto tinha ficado para trás depois daquele dia. Cara não achou que ela tivesse espionando ele ou algo assim.

Como Royalty tinha aquela informação? Todas as vezes que ela havia dito que precisava ficar até tarde na loja e que não dormiria em casa... O que ela andava fazendo? A sede de vingança já tinha chegado a tal ponto que a negra era capaz de sacrificar seu trabalho para ir fazer o tal do Liam Payne sofrer e pagar pelo que fez? Cara apostava que sim.

Mas ela não era assim. Por mais que Royalty fosse sua melhor amiga, fazer aquilo era loucura. Cara sabia que sim por que ela quem cuidava dos loucos. Colocar um estágio brilhante, uma oportunidade dessas no lixo para saciar um desejo de Royalty não estava nem mesmo em consideração. Não. Não. Não e não. Cara não iria fazer parte daquele plano de voltar ao passado e juntar caquinho por caquinho do ódio que Royalty sentia naquele tempo e impulsiona-la a fazer Liam Payne parar atrás das grades para sempre. Não.

- Não.

- Cara, é a minha única chance – Royalty começou.

- Não vou compilar com isso, Ro! Tudo bem se se sente a vontade em arriscar o seu emprego por uma vingança, mas eu não vou arriscar o meu!

- Mas ninguém vai descobrir! Escuta só – Royalty levantou-se e seguiu a amiga até a cozinha do apartamento. Cara se serviu de um copo d’água. – Eu bato o ponto por você, entro na Grey, atendo Liam e o diagnostico com transtorno mental, ele vai preso novamente no asilo ou na cadeia, tanto faz, você aparece nos jornais e todos te aplaudem por colocar um assassino na cadeia.

- Brilhante esse seu plano - mas eu não vou atender Liam Payne, sou só uma estagiária.

- “E demonstra um conhecimento e profissionalismo de uma funcionária contratada, por isso colocamos essa missão nas suas mãos responsáveis”. Sim, era isso o que estava na carta.

- Que carta?

- A carta que chegou dizendo que você iria ser a psicóloga de Liam Payne.

A loira deixou o queixo cair por um segundo e correu para a sala, revirando os papéis em cima da mesa de centro. Passou os olhos rapidamente na carta que havia chegado para ela da Gwen Grey e, se possível, ficou ainda mais impressionada.

- Não pode ser.

- Mas é – Royalty disse, chamando a atenção de Cara. – Por favor, Cara. Ninguém nunca vai descobrir isso.

- Ro, se prender ele é o que você quer então por que não me deixa fazer isso? – Cara perguntou, levantando-se e indo até a negra que se encontrava de braços cruzados na porta do cômodo. – Por que quer tanto fazer isso?

- Porque quero ficar cara a cara com ele, para saber se é mesmo culpado ou se é só um coitado que sofre por uma doença mental.

- Sabe que não concordo com você ficar cara a cara com o assassino da sua melhor amiga, não sabe?

- Cara, eu preciso disso. Preciso fazer algo com o rancor que eu guardo. Eu juro de mindinho que não farei nada, controlarei meu ódio, não vou fazer você perder o emprego. Pode até ser promovida! – Royalty se afastou, cansada de olhar nos olhos da loira. Sentou-se no sofá e colocou a cabeça entre as mãos. Aquele discurso não convencia nem a ela mesma. – Sei que parece loucura. Estou totalmente ciente disso, mas Liam Payne é o meu fantasma e preciso supera-lo.

- Ele é perigoso – Cara murmurou.

- Você acabou de ser promovida para psiquiatra, Cara, ninguém vai estranhar sua falta no escritório e ninguém vai sentir sua falta no consultório. É o plano perfeito - eu me passo por você e faço algumas sessões com ele. Você volta e continua o seu estágio normalmente.

- E o seu emprego, sabichona?

- Era para ser recíproco, né? – Royalty riu e se virou para Cara, séria. – Eles não vão nem perceber a minha falta diante de todas as outras atendentes.

- Não que eu esteja considerando isso, mas, você não é nem formada em psicologia nem nada, Royalty. Não vai saber o que fazer – Cara argumentou.

- Eu tenho uma vantagem: eu conheço Liam Payne desde que eu tinha nove anos. Já tenho tudo na minha cabeça, Cara – ela disse firme, e se voltou para a loira, adotando uma expressão séria e confiante. – Só preciso pôr em prática.

- Você é uma vadia e eu prometo que quando tudo isso der errado, vou dar um tapa na sua cara macia!

Royalty fez uma careta, mas Cara bufou.

- Está bem, Ro. Você vai ter a honra de falar com o psicopata! – Ela disse, jogando longe a pontada de culpa que iria começar a crescer. – Mas se você fizer algo de errado, eu juro que irão ter consequências.

Cara saiu da sala com a desculpa de que estava cansada e, finalmente Royalty pode pensar em tudo que faria para matar Liam Payne. Quando entrou no seu quarto percebeu a bagunça que Liam fizera com ele. Antes o quarto era calmo, tinha todas as coisas em seus respectivos lugares, todos os seus ursinhos na prateleira, os livros... Agora seu quarto se encontrava sem nenhum tipo de padrão, todas as coisas estavam em lugares aleatórios, os seus ursos – os quais ela dera um nome para cada um quando ainda era criança – estavam jogados pelo chão, e seus livros, em meio aquela enorme bagunça, não podiam ser encontrados. Sentou-se no pouco espaço da cama, e juntou o notebook as pernas.

No Google, ela tentou estudar mais sobre a localização do psicopata nas proximidades. Payne morava no bairro vizinho, mas, até então, eles não tinham se esbarrado. O que era até bom, Royalty pensava, porque queria executar o plano per-fei-ta-men-te.

Podia até ser que a negra estivesse tão psicótica quanto ele, mas ela chamava isso de justiça. Melanie morreu anos atrás e um futuro inteiro foi apagado cruelmente, Royalty nunca superaria o fato de ninguém ligar para isso. Nem que o trabalho sujo rendesse à vingança. Ela observava inquietamente à foto de Liam Payne quando dormiu.

Quando acordou, estava parcialmente virada de lado, com o notebook em cima de suas pernas e seus braços totalmente embaixo de seu corpo. Assim que Royalty levantou, sentiu a extensão das costas latejarem. Tudo o que ela menos precisava naquele momento era uma noite mal dormida. Sabia que Cara não estava mais em casa, porque já eram 08:00AM e não se podia ouvir o balançar impaciente das chaves da loura. Saiu do quarto lentamente, passou pela sala, chegou à cozinha e sentou-se no balcão. Royalty comeu algo rápido e voltou mais rápido ainda para o quarto.

Trocou todas aquelas peças jeans que vestia pelas peças mais leves que pode encontrar em meio à bagunça. Primeiro Royalty jogou todas as roupas que estavam espalhadas no chão, em uma pequena montanha de “trapos”, depois segurou o tanto de livros que pôde e os colocou em cima de sua escrivaninha. Depois que conseguiu ver seu quarto, passou a pegar todos os ursinhos de pelúcia espalhados pelo chão e coloca-los em cima de sua enorme cama. Não fazia a menor ideia de que ainda possuía todos os seus ursos da infância, Toddy estava ali, Ceuci, Nichols, Marshmallow... Royalty se concentrou na pilha de roupas que estava ao lado de seus pés, pegou cada roupa que aparentava estar limpa, (o que ela considerava limpa era sem nenhum tipo de mancha provocada por comida, ou algum cheiro suspeito) e as dobrou cuidadosamente, as colocando dentro do guarda-roupa. Quando esticou as pernas, que doíam de ter que ficar tanto tempo sentada, viu o que havia – o que ainda havia – embaixo de sua cama. Puxou uma das caixas com tanta rapidez, que deixou as coisas caírem aos seus pés. Arrependeu-se imensamente quando pegou o álbum de fotos e o abriu. Todas as possíveis fotos que tinha tirado com Melanie estavam ali. Elas em um sítio fora da cidade, elas em um dos melhores parques aquáticos que já foram em Wolverhampton, elas em sua casa, elas, elas, elas...

Royalty deixou que algumas gotas de suas lágrimas caíssem no papel e as enxugou antes que destruíssem a raridade que era aquela foto. Deveria ficar receosa, emotiva, sentimental, mas só ficou com raiva. Como Liam Payne poderia ter feito aquilo? Royalty, apesar de ter visto todos esses anos passarem, ter visto o interrogatório do Terror de Wolverhampton, não conseguia ver como Payne tinha feito aquilo e muito mais. Royalty afastou a caixa de sua visão e buscou outra mais embaixo da cama, que era bem mais leve.

Retirou os pequenos pacotes de plástico bolha e revelou o que realmente havia na caixa. Ali estavam as pequenas – ou enormes – lembranças de Ro, de tudo o que ela vivia. Virou a caixa de cabeça para baixo de uma vez, fazendo com que tudo que se pendurava na caixa caísse; todas as fotos, as roupas, os cadernos. Royalty pegou o primeiro caderninho, um com capa azul de veludo, com uma caneta pendurada ao lado do caderno, abriu lentamente, e folheou as páginas com todo o receio possível, parando em uma página diferente das outras. Uma página que tinha cores por todos os lados.

Passou levemente o dedo por cima das pinturas de giz. “Por um dia com mais cores”, Royalty sabia muito bem o que aquilo significava. Melanie era cor na vida de Ro, e quando a menina morreu, algumas semanas depois Royalty percebeu como tudo estava escuro e pegou o primeiro caderno que viu e escreveu aquilo, o que ela queria realmente dizer era: Por mais um dia com Melanie! E também, por menos dias com Liam, porque claramente aquele menino era a cor preta, todo coberto por algo obscuro, ele era totalmente o oposto de Mel, e Royalty sentia toda a raiva possível por Payne, não conseguia ficar feliz quando ele tinha o nome envolvido em algo. Mas ficou.

Embaixo de cadernos e objetos pequenos que guardavam lembranças melancólicas, havia uma superfície reluzente de metal. Royalty olhou para frente mesmo sabendo que estava sozinha e pegou a arma. Na sua frente, o revólver parecia um objeto divino e um sorriso surgiu porque agora ela tinha a chance de poder matar Liam Payne!

 

Liam pôde relaxar os músculos embaixo do chuveiro, quando deixou todo o sabonete deslizar pelo seu corpo. Pegou a toalha e a amarrou em sua cintura. Quando saiu do banheiro, molhando o piso com as gotas que escorriam de sua perna, ficou lentos segundos observando o painel, vendo tudo o que tinha recolhido de Royalty pendurado em sua parede. Claro que ainda faltavam muitas coisas para pelo menos ter a negra na ponta de sua faca. Liam deixou a toalha cair no meio do quarto, vestiu uma calça moletom e se jogou na cadeira do computador.

Payne, acima de tudo, sabia que estava se entregando demais a esse “caso”, estava passando suas noites de sanidade em claro procurando saber tudo sobre uma garota que dali a algum tempo estaria morta. Estava tendo toda a facilidade de encontrar algo através de Cara que, aliás, seria sua futura psicóloga. Liam se tornou o cara mais feliz do mundo quando soube daquela notícia, poderia usar Cara como um caminho para a negra, usá-la e descarta-la logo mais. Para ele, na verdade, estava tudo indo fácil demais. Quando Liam soube que tinha que matar Royalty Williams, pensou em algo como 007, que ele seria um James Bond – claro, que um bem melhor – mas agora na experiência viva, Liam procurando as perguntas, e achando as respostas antes mesmo de raciocinar.

Batidas na sua porta o despertaram de seus devaneios hollywoodianos. Abaixou o notebook e foi até a porta, Liam parecia realmente um cara normal naquele momento. Tinha uma das mãos enfiadas no bolso da calça, os cabelos bagunçados e um ar de cidadão medíocre quando puxou a porta encontrou seu vizinho, Austin. Liam tentou expor um lindo sorriso e olhar diretamente para o homem. Austin não era o tipo de cara que Liam faria uma amizade e muito menos bateria um papo, ele era como um idiota cercado por roupas que pareciam de lojas só que eram compradas em esquinas.

Logo depois de Liam encarar o homem friamente o homem deu um passo à frente.

- Bem, Payne, é que sabe, nós moramos no mesmo lugar e eu e uns amigos estamos indo curtir a noite e... Não é só porque você era um assassino que não devemos ser amigos e... Meus amigos e eu achamos que seria bom você sair um pouco, já... Que... E você acabou de sair do asilo, não haveria nenhum problema em curtir com alguns caras – Austin riu, enquanto Liam o olhava com um sorrisinho cínico. – E, bem, você quer vir conosco?

Liam parou para analisar na atitude do homem, ele tinha ido ali falar com um “ex-assassino”, e chama-lo para sair com mais alguns amigos, que em conjunto acharam que seria bom para Payne sair um pouco e curtir a noite. Provavelmente todos os amigos de Austin seriam falsos, no máximo ricos que achavam que ele também era rico. No entanto, aquele era uma ótima oportunidade de socializar um pouco e achar aliadaos, ele pensou.

- Em um minuto...

Entrou rapidamente dentro da casa, caçou a primeira calça jeans que achou, a blusa e o casaco, calçou os tênis, e saiu. Não se importava muito com a aparência, mas não era um desleixado. Austin continuava lá. Liam terminou de ajustar o relógio no pulso e deu um sorrisinho. Austin sorriu de volta e pediu para que Payne o seguisse, e assim o moreno fez. Liam tinha os olhos grudados no jovem à sua frente, Sei Lá O Que Austin andava lentamente e Liam já estava aos nervos por ter que se arrastar até o lado de fora, quando avistou um pequeno grupo de meninos – que aparentavam ser tudo que Payne disse, ricos, idiotas e idiotas de novo. Suspirou rapidamente, porque sabia que teria que prender o ar quando perto deles, para não precisar aspirar àqueles cheirinhos de perfumes de mulherzinha.

 

Royalty saiu da cozinha com um pequeno pote de sorvete na mão, ainda faltavam cinquenta minutos para Cara chegar do trabalho. Ultimamente sua vida tinha se resumido em Liam e dormir, dormir e Liam! Por mais que quisesse se concentrar em algo na sua vida, Payne sempre vinha a sua mente. Ela podia estar no banho e: Payne. Payne. Payne. Payne! Podia estar dormindo, aconchegada em sua cama, com um de seus ursinhos e todos os seus sonhos tinham: Liam! Liam! Liam! Liam!

Ligou em um dos canais da tevê a cabo e deixou no filme que acabara de começar. Tinha zumbis e, Royalty gostava de zumbis, não tanto quando gostava de E.T’s. Era algo que ela tinha da infância, em uma das vezes que foi visitar os avós a poucos quilômetros de Wolverhampton, seu pai parou em uma lojinha de brinquedos e lhe comprou o que parecia ser um disco voador, e a partir daí Royalty começou a ter uma pequena queda por E.T’s! Todas as histórias que viverá na infância estavam guardadas em sua mente, todos os momentos...

Williams era uma daquelas pessoas que normalmente não resistia às tentações, ainda mais quando tinha um objetivo, deixou o sorvete de lado e agarrou o notebook no colo. Abriu três abas, Facebook, Jornal de Wolverhampton e deixou na página inicial do Google. Começou pela rede social, buscou Liam Payne de todas as formas: Liam Payne, Payne Liam, Assassino, Idiota, LJ Payne... Mas não havia nenhum. Provavelmente seria um daqueles caras que se privou de tudo, ou que possuía uma conta “fake”. Depois passou para o Jornal de Wolverhampton e ficou totalmente impressionada quando viu que ninguém falava da volta às ruas do “terror de Wolverhampton”. Royalty queria realmente saber tudo o que podia sobre o assassino. Buscou Liam Payne no Google e decidiu ler tudo que apareceu.

A barba do homem estava mal feita. Havia um blog dedicado a ele, por um fotógrafo amador que o seguia. Pelo que Ro havia lido, o fotógrafo havia estado com Liam minutos antes dele matar Charlotte e Jade e a confissão o revoltara. Royalty virou amiga daquele homem de instantâneo. As fotos de Liam eram recentes, ela sabia, pois ele parecia bem mais com o homem que ela vira saindo do asilo do que com o garoto de cabelos cacheados que estudava na mesma escola que ela.

Homem. Haviam se passado cinco anos desde que eles se viram pela última vez e Liam agora era um homem. Estava marcado nos seus músculos definidos, no formato da sua boca carnuda, a barba crescida embaixo do queixo e o olhar mais maduro. Talvez ele tenha crescido por dentro, largado as vozes e a vida de crimes psicóticos, mas Royalty sabia que não. Ela se lembrava do sorriso de Liam no interrogatório e era o mesmo que ele havia mostrado na saída do asilo.

Ele era o mesmo. Não havia mudado. Ainda era um assassino sem coração, sem alma e a mente dele já estava toda fodida por causa das vozes.

Já ela, não era mais a mesma Royalty Williams conservada para parecer uma garota perfeita e adorada. Ro havia jogado a aceitação da sociedade para o lado há muito tempo. Agora ela era ela. E a verdadeira Royalty era bem mais obscura e vingativa. O ódio que estava guardando iria explodir a qualquer momento. Ela recuaria? Não.

E se Liam Payne disse que ele era um profeta de Deus, então Royalty estava determinada a exterminar o cristianismo. 



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