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História Mayu - A Garota Louca - parte II


Escrita por: dpsilva

Capítulo 33 - A Garota Louca - parte II


Fanfic / Fanfiction Mayu - A Garota Louca - parte II

Em meio ao silêncio que predominava naquela rua deserta um som estrondoso ecoou. As únicas 4 pessoas presentes ali reconheceram o barulho.

-Ouviu isso?! - sussurrou Ayumi.

-Foi um tiro? - questionou Mayu.

-Tenho certeza. E veio da casa da Haruka.

Mayu arregalou os olhos temendo que sua presa estivesse na mira de outro. Claro, ela não deixaria que um qualquer tocasse Haruka, afinal era sua, e só sua, vingança. Até mesmo Ayumi só tinha permissão para executar a riquinha numa situação emergencial.

-Vamos! - disse ela - Ninguém vai tocar aquela vagabunda antes que eu mesma arranque fora seu útero!

Ao mesmo tempo, na viatura, Hiro e Masami observavam atentos. O detetive imóvel, vidrado, enquanto sua parceira mexia no seu cinto, apreensiva. Hiro só saiu da sua posição estática quando ouviu o som do tiro.

O casal de entreolhou.

-Um disparo? - disseram ao mesmo tempo.

-Foi perto. - presumiu o detetive.

-Hiro, olha! - Masami apontou para a dupla que deixou o carro e correu em direção à casa da Haruka. Mayu disparada na frente enquanto Ayumi tentava acompanhá-la - Estão entrando na mansão dos Nishizawa!

-Precisamos segui-las! - declarou Hiro no mesmo instante.

-Podemos entrar na mansão assim sem um mandato? - questionou preocupada.

-Masami, ouvimos um tiro! - respondeu berrando. Logo depois seguiu em direção à mansão.

Masami passou muito tempo estudando e treinando para ser uma boa policial, contudo nunca antes participou de um trabalho em campo. Estava nervosa por ser sua primeira missão, aflita por saber quem deveria prender e preocupada com seu namorado que não estava em seus melhores dias. Ela sentiu um aperto em seu peito que só sentia quando pressentia que algo ruim fosse acontecer. Seu corpo gelou e ela temeu o que poderia estar esperando-a.

-Vamos! - disse Hiro. A mulher obedece.

Ayumi e Mayu, sem perceberem que estavam sendo seguidas, passaram pelo grande portão prateado que Satoru e Itou deixaram aberto. Hiro e Masami vinham mais atrás com cautela.

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Itou desabou molhado em lágrimas e sujo com o sangue do Satoru que respingou quando Haruka o baleou. Suas mãos trêmulas largaram o taco de baseball ensanguentado e ele olhou para elas horrorizado, sentindo vontade de vomitar, em seguida para o corpo de Akari.

-Bom, bom, bom. - disse Haruka sorrindo e olhando para o cadáver desfigurado e cheio de hematomas da sua ex amiga - Ela teve o que mereceu. Contudo eu não me importaria se você tivesse batido com mais força, ela só parou de se mexer depois do décimo quinto golpe.

A vil garota analisou a situação olhando para os dois corpos no chão da sua garagem e qual deveria ser o próximo passo. Teve uma ideia ao ver ferramentas de jardinagem perto da mesa de carpintaria onde haviam outras tralhas de trabalho, além de um galão de gasolina e aparatos de mecânica do seu pai amante de carros clássicos.

Itou não se mexia, estava tão aterrorizado que sua mente estava em outro lugar. Haruka bateu palmas tentando chamar a atenção do garoto.

-Ei! Acorda! Pegue aquela pá. Você vai enterrar eles no jardim dos fundos onde os jardineiros estavam preparando a terra. Esses dois vão servir de adubo para as nossas novas cerejeiras.

Itou não esboçou nenhuma reação.

-Anda logo antes que o Hiroshi chegue! - berrou.

Ainda sem reação.

Nishizawa agarrou bruscamente o garoto pela camisa e o sacudiu.

-Eu não tenho tempo pra isso! Levanta esse rabo do chão ou eu juro que meto uma bala no seu saco! - foi uma ameaça na esperança de uma reação, mas é claro que ela mataria Itou de qualquer maneira, já que seu plano não envolvia deixar testemunhas.

Antes que Haruka pudesse tentar outro artifício para provocar uma ação no garoto, a mesma foi surpreendida por Mayu e Ayumi. No susto Nishizawa atirou na direção das duas, atingindo Mayu, mas não em cheio. Ayumi instintivamente também disparou sua arma. O tiro não acertou Nishizawa mas a distraiu, dando tempo para Yamazaki partir pra cima, derrubando-a. Mayu conseguiu dar um tapa na mão da sua inimiga, tirando-lhe a pistola que foi ao chão, contudo a vil garota usou a outra mão para socar Yamazaki no rosto. Mayu revidou. As duas continuaram no combate corporal, rolando pelo chão, impedindo Ayumi de executar Nishizawa, pois ela tentava mirar na vil garota mas temia atingir sua amada.

Haruka conseguiu ficar em cima da Mayu, imobilizando-a, e com o pé deu uma rasteira em Ayumi, a derrubando. Porém no ato de golpear Saito, Nishizawa soltou um dos braços da Yamazaki, que aproveitou para empurrar a riquinha para longe.

Haruka tenta pegar sua pistola mas é segurada pela perna por Mayu e cai. Yamazaki consegue chutar a arma para longe.

Haruka se viu sem muitas opções, Mayu estava mais perto da sua pistola e Ayumi quase se recuperando da queda. A única saída que Nishizawa encontrou foi fugir, e foi o que ela fez. Levantou-se rapidamente e correu através da porta que dava num corredor até o resto da mansão.

Ayumi conseguiu se recompor. Praguejou por não conseguir impedir Nishizawa de fugir, mas esqueceu de tudo ao ver que Mayu estava sangrando pelo braço esquerdo.

-Merda, ela te acertou? - a ruiva veio acudi-la.

-Eu tô bem. Pegou de raspão. - Mayu tirou o sapato e usou sua meia para envolver a ferida e conter o sangramento - Precisamos ir. Não podemos deixar ela escapar.

As duas pararam para olhar em volta. Só agora tinham percebido que Itou estava ali, estático, como se não tivesse acontecido uma luta e troca de tiros bem na sua frente. Também notaram os corpos de Satoru e Akari.

-Que merda! Parece que a Haruka esteve ocupada. - Mayu se espantou com aquela carnificina.

-Devemos nos preocupar com ele? - se referia a Itou.

Yamazaki abanou a mão próximo ao rosto do garoto.

-Ele está em choque, acho que a Haruka o quebrou. - disse Mayu - Vamos deixá-lo aí, não vai a lugar nenhum, depois cuidamos dele.

Mayu se apoiou no braço bom para se levantar mas não antes de pegar para si a arma que Nishizawa derrubou.

-Agora vamos pegar a Haruka!

-Não!!! - gritou Hiro. Na porta ele apontava a pistola para sua sobrinha. Suas mãos tremiam e seu olhar estava repleto de ódio.

-Tio?! - no susto, ela, juntamente com Ayumi, também apontou sua arma - O que está fazendo aqui?!

-Já chega Mayu! Eu sei de tudo! Sakura Hashimoto... Diretor kojima... a explosão na Nipon Mumei... Foi tudo você!

Mayu não conseguiu dizer nada. Ficou paralisada. Ela tinha sido descoberta.

-E você... - disse para Ayumi - Também faz parte disso?! Depois de minha irmã ter te acolhido!

-Bom, senhor... A gente faz tudo por quem a gente ama, não é? - disse com desprezo.

Ayumi não estava disposta a deixar qualquer um impedir que o plano desse certo, e que ela não pudesse sair dali ilesa com sua namorada. A ruiva estava próxima de alcançar sua meta de ser feliz com sua pessoa especial, e a seu ver, aquele homem era um obstáculo colossal, então ela não pensou duas vezes antes de atirar nele. O som do disparo fez Hiro instintivamente empurrar Masami, que vinha chegando, porém ele não conseguiu desviar da bala, que atingiu seu peito. O detetive foi ao chão.

-Ayumi não!!! - gritou Mayu.

A ruiva apertou um botão na parede, que fez um som estranho e abriu o portão da garagem.

-Precisamos fugir! - anunciou Saito.

-Você atirou nele... - disse Yamazaki com olhos cheios de lágrimas.

Ayumi correu para fora onde havia um imenso jardim. Mais na frente estava a porta principal da mansão. Mayu não quis segui-la. Pensou em voltar para acudir seu tio. Chegando perto, ela viu Hiro desabotoando sua camisa e revelando que o disparo foi contido por um colete a prova de balas. A jovem respirou aliviada mas não tanto, afinal seus crimes foram descobertos. Resolveu que agora poderia sair dali.

-Você está bem?! - perguntou Masami à seu namorado.

-Já levei coisas piores - claro, pois Hiro já havia tomado um tiro ou dois na época em que estava apenas começando como um simples recruta.

-O que faremos agora?

-Localizar e combater, óbvio.

-Não seria mais prudente irmos embora?

-Não saio enquanto não prender a Mayu.

-Hiro, você não está bem. Está nitidamente abalado, tremendo! Vamos informar nossos colegas da DP sobre tudo e eles vão cuidar disso de uma maneira mais organizada.

-Masami, com que cara você acha eu vou chegar e dizer que o maior criminoso que já enfrentamos era uma mera colegial e minha própria sobrinha?! - berrou.

Masami se amedrontou com o grito. Deu um passo para trás e juntou as mãos.

O detetive foi para dentro da garagem e notou os corpos no chão. A mulher entrou em seguida e reconheceu um deles, mesmo estando desfigurado. Masami gelou e lhe faltou as pernas. Caiu de joelhos e gritou. A mulher abraçou o cadáver da filha aos prantos. Hiro só conseguia olhar, não sabia o que fazer.

Masami parou de chorar do nada, sua mente embranqueceu. Tirou da cintura a pistola que Hiro havia lhe dado, colocou-a na boca e olhou nos olhos do seu namorado.

-Me perdoe. - e atirou. Sua nuca explodiu, jorrando sangue

Hiro ficou em choque por alguns segundos. Seus olhos cerraram lentamente e o ódio começou a lhe tomar. Ele apertou sua arma e só conseguia pensar em matar a Mayu. Saiu de lá pelo corredor, deixando para trás a arma que Masami usou para se matar. Itou viu aquela pistola jogada no chão e sabia o que tinha que fazer.

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-Ok, você procura lá dentro e eu vou vasculhar aqui fora, caso ela esteja por aqui ou tente fugir. - disse Ayumi.

-Certo, mas... Me prometa que você não vai atirar de novo no meu tio.

-O quê? Ele ainda está vivo?!

-Ele tinha um colete. Me prometa!

-Mayu, ele quer nos pegar!

-Mas eu não quero que ele morra!

-Que escolha temos? Se ele viver nós vamos pra cadeia!

-Mataremos a Haruka primeiro, depois discutimos o que devemos fazer. Vamos dar um jeito. Por favor, Ayumi! Por mim!

Ayumi bufa.

-Beleza, mas se precisar eu o mato!

-Vamos torcer para não ser necessário.

-Que bosta... Bom, de qualquer jeito eu já preparei um plano reserva caso tudo dê merda. Agora vai antes que ela fuja!

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Hiro caminhava devagar pelo corredor da enorme mansão com sua pistola em mãos. Já havia passado por vários outros corredores e quartos mas não encontrava ninguém. Tinha que ter paciência e continuar a passos lentos pois, apesar de ser mais demorado, ele não podia se dar o luxo de correr e chamar a atenção.

O detetive tentava a todo custo manter-se calmo e esquecer da imagem da sua namorada estourando os próprios miolos e do fato de estar caçando o sangue do seu sangue. Contudo ele ainda sentia a tensão. Não suava tando de nervoso desde a primeira vez que enfrentou um bandido armado na vida.

Alguns metros à frente havia uma interseção em "T". Era o fim do corredor. Hiro poderia escolher entre ir para direita ou esquerda. Mas chegando lá alguém o aguardava. Haruka surgiu gritando e cravou uma faca na região do trapézio, entre o pescoço e o ombro. Hiro gritou.

Haruka se espantou pois achava que quem estava vindo era a Mayu. Ela viu que o homem estava armado e só pensou em fugir novamente.

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"Vingança"... "Matar"... "Haruka"... "Haruka"... "Haruka"... Essas palavras ecoavam na mente da Mayu. Ela procurava em cada canto sua presa, até que encontrou um rastro de sangue que a levou a uma sala enorme, repleta de prateleiras com livros antigos, varias pinturas a óleo, tapetes finos e... Sentado num sofá estava seu tio. Estava de costas para a porta, ela viu sua cabeça.

Com cuidado Yamazaki se aproximou.

-Tio?! - se espantou.

Hiro estava molhado em sangue. Sua mão direita cobria a ferida e a esquerda segurava seu celular.

-Merda, eu vou chamar uma ambulância!

-Para! - gritou rouco o detetive - Eu não quero nada de você. Me deixa morrer.

-Por favor, tio! Não precisa ser assim!

-Que motivos eu tenho para continuar vivendo? A mulher da minha vida acabou de se suicidar na minha frente. Minha carreira vai pro saco depois que descobrirem que eu jantei com uma criminosa terrorista, a filha da minha própria irmã e do meu melhor amigo, você, uma assassina.

-Ao menos me deixe...

-Não me toque, vadia desgraçada! Agora senta aí. Vamos conversar. - Hiro não olhava diretamente para Mayu, já estava sem forças.

Mayu resolveu obedecer e sentou numa poltrona.

-Me tire uma dúvida - disse o detetive - Como alguém tão doce, inteligente, bondosa, filha de duas pessoas incríveis, se tornou isso?

-Bem... Vingança. Talvez esse seja o maior motivo.

-Não me venha com essa papo. Sei bem que seus pais te ensinaram tudo o que era certo e errado, então não diga isso. Você veio de um lar amoroso e bem intencionado, portanto não se atreva a insinuar que foi mal criada!

-Não insinuei nada. Sim, eu vim de um bom lar, mas era fora dele que as coisas aconteciam. Passei anos sendo atormentada, humilhada, nunca fiz nada para que isso acabasse e por isso acho que a raiva foi se acumulando e chegou uma hora que eu não pude mais me conter. Haruka... Eu vou matá-la. Ela planejou meu estupro. Itou e Satoru me estupraram e mataram Tadashi Maeda. Sakura cooperou e a filha da sua namorada também. Kojima sabia demais então eu o matei. Foi a solução.

-Matar os outros foi a solução? Acha que valeu a pena? Todas essas pessoas que morreram por sua causa. Acha que seus pais estão orgulhosos disso, onde quer que eles estejam?

-Meus pais eram bons. Não culpo ninguém por minhas más escolhas, exceto aqueles que morreram por minhas mãos.

Hiro notou uma caixa de charutos caros em uma mesinha do lado dele. Tirou sua mão ensanguentada da ferida e se esforçou para pegar um e o acendeu com um isqueiro de ouro com o nome "Nishizawa" gravado nele. Deu um trago.

-Porra, isso é bom. Sabe por que estou com o celular na mão? Acabei de enviar um e-mail para todos da DP expondo os seus crimes. Em breve você será a pessoa mais procurada da região.

Mayu arregalou os olhos.

-Fiz isso mas poderia ter te ferrado mais, pois com o toque de um botão eu já teria te mandado para a lista dos mais procurados do Japão e em questão de minutos já haveriam agentes descendo de rapel, quebrando as janelas, virando esse lugar de cabeça para baixo só pra te pegar.  - Hiro dá mais um trago - Deve estar se perguntando o porquê de eu não ter feito isso. Eu quero te dar uma chance. Em algumas horas todas as DPs da cidade vão estar atrás da sua cabeça, você tem esse tempo pra fazer o que tem que fazer e fugir, caso contrario será presa e condenada.

-Eu agradeço a chance.

-Não agradeça. Não me entenda mal, eu te odeio com todas as forças e morreria bem mais feliz se metesse uma bala na sua cabeça. Se engana se pensa que fiz isso por você. Fiz pensando no seu bebê, que não tem culpa de nada e merece uma vida digna. Então me prometa que, se escapar, você vai criar bem essa criança e dar um bom futuro a ela. Sei que isso é o que a Hinata iria querer.

-Eu prometo. Ela será melhor do que eu fui como pessoa.

-Ótimo. Agora sai daqui. A última coisa que desejo é morrer olhando pra sua cara.

Yamazaki se levanta e se curva para seu tio. Em seguida caminha em direção à porta.

-Obrigada por tudo. Adeus tio Hiro.

-Vai pro inferno.

Mayu se sentiu mal pelo ocorrido. Já havia perdido sua mãe, agora seu tio, que morreria a odiando. Apesar disso, ela continuou sua jornada para assassinar sua inimiga, pois não havia tempo a perder.

Yamazaki andava pelo corredor atenta, até que Haruka saiu de um quarto e atirou um vaso de cerâmica na sua direção. Mayu conseguiu desviar por pouco e ainda acertou dois tiros no estômago da vil garota. Haruka caiu sentada com as costas na parede, sangrando.

Mayu se aproximou e olhou bem nos olhos da Haruka.

-Bom... Acho que é isso. Nossa richa termina aqui.

Nishizawa ri.

-Não deveria implorar por sua vida ou algo assim?

-Você acha que acabou? Acha que pode me matar? Pobre e ingênua cadela...

-Não sou eu quem está jogada no chão com dois buracos na barriga. Sabe que eu vou te matar. - Mayu verifica o cartucho para saber quantas balas lhe restava - Uma. Especialmente para a sua cabeça.

Nishizawa continua a rir.

-Sério que nem mesmo aí morrendo, você não tem um pingo de humanidade para ao menos me pedir desculpas por tudo?

-Vai tomar no cu. Não me arrependo de porra nenhuma. Te fazer de trouxa era ótimo! Tão viciante que quando parei tive que tomar remédios. Mas eu já achei a solução. Eu descobri que eu te amo! Amo te torturar! Amo te humilhar! Amo ver sua expressão de puro sofrimento! Quando eu me recuperar vou te prender e levar comigo pra China e te amarrar no meu quarto. Vou te torturar diariamente! Pagar atores pornô roludos para te estuprar, filmar tudo e distribuir no mercado negro. Te socar sempre que me sentir estressada. Ah, vai ser lindo.

-Quanta audácia... Você não vale nada. E ainda acha que vai sair daqui viva.

-Claro que vou! Eu não posso morrer, EU SOU RICA!!!

-Ok, acho que agora você enlouqueceu de vez.

Mayu apontou a pistola para a cabeça da garota e disse:

-Adeus.

Porém, antes da Mayu apertar o gatilho, uma visita apareceu.

-Haruka, o seu portão estava aberto. - era Hiroshi - Que porra é essa?!

-Hiroshi, meu amor... Você veio... - disse Haruka com um leve sorriso.

-O que tá acontecendo aqui?! - disse confuso.

-Que bom que você chegou, agora amarre essa garota e venha me beijar!

-E-Eu vou embora...

-Você fica! - Mayu lhe apontou a arma.

-Mas que loucura é essa?!

Haruka se mexe fazendo Mayu lhe apontar a arma novamente. Hiroshi aproveitou e partiu pra cima da jovem. Com esforço ele conseguiu pegar a pistola e mirou mas duas garotas.

-Ok, vocês vão me explicar o que está acontecendo!

-Amor, ela atirou em mim!

-Eu tenho que matar a Haruka! Ela quem ordenou meu estupro, quase me fez ser expulsa da escola e presa, e ainda matou a minha mãe! - berrou.

-Wow wow, cadela cadelinha, eu posso até ter feito tudo isso mas eu nem conheço a sua mãe.

-Não minta! Encontrei a merda do seu anel na minha casa! Mas se não foi você então...?

-Fui eu! Era o meu anel. - disse Hiroshi - É melhor eu desabafar logo. Isso tava preso dentro de mim. Sim, fui eu. Mas eu nunca quis matar ela, aliás, ninguém! Eu fui até a sua casa pra te fazer perder esse bebê mas eu acabei confundindo sua mãe com você! Foi um engano!

Mayu a essa altura já estava chorando de raiva. Não conseguia acreditar em tamanha injustiça.

-Você...! Seu desgraçado! Ela não tinha nada a ver...! Era uma pessoa tão boa... Ela não merecia...

-Por que fez isso? - perguntou Haruka - Eu já havia dito pra não se meter pois a pensão seria paga por mim!

-É, mas pra isso eu teria que ser seu namorado! Eu preferia matar o feto do que ficar com uma biruta! Nem fodendo eu passaria o resto da minha vida com você, sua maluca!

-V-Você não me ama? - Nishizawa deixou escapar algumas lágrimas.

-Se eu te amo?! Você é louca! Quem te amaria se não pelo seu dinheiro?!

As palavras do garoto perfuraram Haruka mais fundo que as balas disparadas por Mayu. Nishizawa faz um esforço para se levantar. Grunhiu de dor para ficar de pé. Caminhou lentamente até o garoto e o olhou molhada em lágrimas.

-Retire o que acabou de dizer...! - disse rouca.

-Me desculpe Haruka, mas nem o dinheiro faz valer a pena ficar com você.

Haruka se sentiu fraca, lhe faltou as pernas e ela caiu.

-Agora eu vou embora. - o garoto tornou a apontar para Mayu - Fique onde está senão eu atiro - andando para trás ele foi se afastando aos poucos, sempre mirando em Yamazaki. Porém, não conseguiu ir muito longe pois duas balas na cabeça o impediram. Era Ayumi chegando.

-Ele te machucou?! - disse a ruiva.

-Não. - respondeu enxugando suas lágrimas - Me dá a sua arma. - Mayu a pegou e descarregou todas as balas no corpo do garoto, só de raiva, e pra terminar ainda chutou o cadáver várias vezes.

-Vejo que pegou a vagabunda. - disse Saito.

-Vai se foder sua sapatona filha da puta... - disse já fraca.

-Vamos deixar ela sangrando até a morte ou quer acabar logo com isso?

-Eu gastei toda a munição, mas tenho uma ideia de como aprimorar o sofrimento dela nesses seus últimos minutos. Lá na garagem eu vi um galão de gasolina e um isqueiro.

-Sei onde quer chegar - sorriu a ruiva - Vou lá pegar.

Ayumi saiu deixando Mayu e Haruka a sós.

Nishizawa tossiu um pouco de sangue e gemeu.

-Porra... Isso dói... - estava muito fraca, mal conseguia falar direito - Me diz uma coisa, Mayu... Por... Por que nos apaixonamos por aquele idiota...?

-Já me fiz essa pergunta várias vezes, Haruka.

Nishizawa ri rouca e tosse.

-Tanto dinheiro desperdiçado com aquele maldito...

-Mesmo morrendo só consegue pensar em dinheiro?

-Sabe que isso não muda nada. Eu ainda te torturaria se pudesse. Aliás, você diz que sou uma pessoa horrível, mas você não é diferente de mim.

-Não me compare a você. Tudo o que fiz foi por sua causa!

-Eu te fiz forte...! Você era tão idiota... Infantil... Ingênua... Tava praticamente implorando pra ser zuada. Era fácil brincar com você!

-E agora você está aqui pagando por tudo!

-Grande coisa, estou sofrendo por o quê? 10 minutos? Eu vou morrer e aí acabou. Você... Você vai continuar vivendo com o peso das vidas que você tirou... Você é o tipo de idiota que se importa o bastante para sentir remorso...

Ayumi chega com a gasolina e o isqueiro. Mayu tira a tampa e começa a despejar o líquido sobre a Haruka.

-Talvez sim. Talvez eu tenha pesadelos todos os dias sobre todos aqueles que morreram por minha causa. Talvez um dia eu me mate por não suportar mais o peso na consciência, mas eu sempre irei saber que fui uma boa pessoa e tudo o que eu fiz foi consequência do meu sofrimento e que diferente de você, eu vou tentar voltar a ser essa pessoa boa.

Mayu acende o isqueiro.

-Nos veremos no inferno.

Yamazaki larga. As chamas se espalharam pelo chão e atingiram Haruka. Ela gritou com toda a força que lhe restou. Mayu e Ayumi assistiam de longe. Depois de um minuto a vil garota parou de se contorcer.

-Vamos. Logo essa mansão inteira queimará. - disse Ayumi.

-Espera! E o Itou? Esquecemos ele na garagem!

-Esquece, o filho da mãe se matou com um tiro na cabeça. O choque foi grande demais até pra um cara como ele.

 -Pois bem. Precisamos ir agora. Meu tio nos expôs. Logo seremos caçadas!



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