1. Spirit Fanfics >
  2. Maze's Myracle - O Deserto >
  3. O Homem Rato

História Maze's Myracle - O Deserto - O Homem Rato


Escrita por: Cathriner

Notas do Autor


Desculpem a demora, meu professor de português tinha raptado meu pen-drive :v
Espero que gostem! :)

(Estamos voltando!!!!)

Capítulo 1 - O Homem Rato


Fanfic / Fanfiction Maze's Myracle - O Deserto - O Homem Rato

                Parecia uma cena de filme mudo... Thomas gritava, chorava e esperneava, mas pela entorpecência da tristeza, ninguém ouvia uma palavra que era gritada pelo moreno.

                O que mais chocava a todos era que Clara assistia a cena sem ao menos se abalar, de braços cruzados.

 - Levem eles... – ela ordenou.

                Os homens começaram a segurá-los pelos braços, arrastando-os para fora. Clara os ajudava, fazendo questão de ir bem afastada de Minho. Pelo contrário, Clara levava Matthew, para desgosto do asiático.

                No meio das diversas pessoas que arrastavam os Clareanos restantes porta à fora, haviam algumas figuras encapuzadas. A menor delas segurava Clarissa, apertando-lhe os braços rudemente. Uma outra levava Jack, e outra segurava Angeline.

 - Linn, o que você tá fazendo?! – Myah indagou, assustada. – Você é nossa amiga! Nos ajude! – suplicou.

                Clara revirou os olhos e zombou:

 - Ah, mas é claro, Myah! Assim como você ajudou America, certo?

 - O que quer dizer? – Izabelle indagou.

 - Linn, não... – Myah suplicou, olhando com tristeza para a menina que voltara misteriosamente.

 - Myah derrubou America enquanto fugiam dos Verdugos... – a menina falou, como se não fosse nada.

 - Myah... O quê?! – Thomas a olhava indignado.

 - Não é possível... – Izabelle sibilava.

 - Izzy, desculpa, eu...

 - Você a matou! – Izabelle começara a gritar. – Ela está morta por sua culpa!

 - Deixem de ser patéticas! Vamos, vamos levá-los daqui! – Clara ordenou, e começaram seguir caminho até o lado de fora.

                Jack e Lucy observavam tudo, afim de descobrir algo sobre onde iriam e quem os levava, porém, em um súbito momento, apagaram.

 

***

 

                Julien acordou em uma cama desconfortável num cubículo de cimento. Ela lembrou-se novamente da morte de Clarice e de Alby, que ocorrera à sua frente. Depois lembrou-se de Skyler... A pobre menina que se tornara uma grande amiga ao salvá-la de quase ser estuprada, que fora assassinada por um Verdugo. Lágrimas correram por seus olhos ao lembrar-se de Annie, sua pequena irmãzinha.

 - Me desculpe por não conseguir te salvar, Annie... – a menina dizia, engasgando-se com as lágrimas que insistiam em molhar seu rosto.

 - Oi – ela ouviu uma voz acima de sua cabeça. Não havia reparado que estava na cama inferior de um beliche.

                Ao olhar para cima, deparou-se com Clarissa, a outra menininha, que sempre brincava com Annie na Clareira.

 - Oi, Clary... – falou, enxugando uma lágrima que brotava de seu olho direito.

 - Eu tô com medo... – a menina disse baixinho.

 - Oh, meu amor, eu também estou com medo... – falou, oferecendo um abraço à menininha, que desceu do beliche e foi em sua direção. – Vai ficar tudo bem agora... A gente saiu do Labirinto, agora vai ficar tudo bem...

 - Tomara... – Clarissa começou a chorar e Julien a abraçou. Clarissa viria a ser sua nova irmãzinha.

 

                Angeline acordou aos berros e se debatendo freneticamente, ocasionando sua queda do segundo andar de um beliche.

 - Mértila! – ela soltou.

 - Olha a boca... – ouviu a voz de Lucy ao seu lado.

                Angeline estava tendo pesadelos, não conseguia tirar da cabeça a imagem da cabeça de Masaki estourando à sua frente.

 - Pesadelo? – Lucy indagou.

 - Pesadelo – Angeline confirmou.

 - Sobre o massacre no Labirinto?

                Angeline abaixou a cabeça, assentindo.

 - Eu também tive... – Lucy admitiu. – Mas, temos que pensar que são só pesadelos, não é real!

                Angeline resmungou. Não conseguia ser positiva como Lucy.

 - O meu foi mais que isso... Eu falhei em salvar a Masaki eu... – lágrimas começaram a brotar em seus olhos. – eu fui fraca...

 - Hey, não! Angel, você não foi fraca! Não mesmo! – Lucy disse, ajudando a companheira de “quarto” à levantar. – Angel, você se arriscou com um Verdugo para ajudar a Masaki, só não foi rápida o suficiente, mas isso não te faz fraca! Isso te faz humana! Você tentou e falhou, mas, mesmo assim, tentou!

                Angeline a encarava nos olhos. Gostava de Lucy, poderia facilmente substituir o lugar que Skyler deixara.

 

                Um estrondo reverberou pelas paredes de cimento. Dentro de uma pequena sala de cimento, Izabelle e Myah se atracavam, deferindo tapas, socos e chutes uma na outra.

 - Você matou ela! – Izabelle gritava.

 - Eu precisava sobreviver! – Myah se defendia da acusação e de um soco no estômago.

 - Ela também precisava sobreviver! – disse Izabelle, dessa vez acertando um chute na perna de Myah, que a derrubou. No chão, Myah tomou um soco no rosto.

                Uma voz disparou na salinha:

 - Quietas as duas! Não quero brigas!

                As duas se entreolharam. O que estava acontecendo?

 

                Minho ainda estava em estado de choque. Por um lado, estava mais do que feliz; sua pequena estava viva! Por outro, estranhava o comportamento dela para ele. Por que ela estava sendo tão má? Trabalharia ela pro C.R.U.E.L? Não, Minho concluiu. Sua doce e amada Linn não podia ter fingido tudo aquilo. Ou sim? Sua cabeça oscilava.

Enquanto Minho devaneava, sozinho, a porta de metal de seu cubículo se abriu.

Ele a encarou.
 - Bom dia, Minho - a pessoa que entrara falou, pouco expressiva.
 - Pequena! - ele se levantou e foi até ela, porém, a mesma o encarou feio.
 - Sente-se - ela ordenou.

Ele apenas obedeceu. Faria de tudo por ela.

 - Olha, vou ser honesta com você: eu não me lembro do que aconteceu. Se estou vindo aqui para falar com você, é porque eu sei que senti algo pra você... Mas você me magoou. E saiba que, parte da culpa pelo que aconteceu comigo, é sua. Eu não sei qual eram nossos planos, mas eu não estou a fim de brincar de casinha com você. Você é um mero indivíduo para os nossos testes. Saiba também, que se você fizer algo que possa prejudicar o corrimento dos nossos experimentos, eu não vou hesitar em aparecer e te explodir, entendido? – ela não aguardou a resposta do asiático. – Ótimo! Vejo você depois.

                Então se levantou e saiu.

                Ele apenas a assistiu ir embora, com dor no coração. Era ele o culpado por todo aquele ódio repentino? E que lugar era esse do qual ela falava? Para onde estavam indo?

                Ele respirou fundo; estava cansado de não entender nada.

 

          Enquanto Izabelle e Myah discutiam, a porta de seu “quarto” fizera um barulho metálico e se abriu. Elas encararam sua chance de sair e, lentamente, se encaminharam para lá.

          Quando olharam para o lado de fora, viram Julien e Clarissa em uma porta, Lucy e Angeline em outra e uma Linn impaciente sentada em uma mesinha de metal.

 - Ah, finalmente! – disse ela, afetada. – Toda essa demora por mera desconfiança? Estou... orgulhosa de vocês, espero que seja assim em seu próximo desafio...

 - Clara, por que você tá fazendo isso? Do você está falando? – Lucy tentava achar uma explicação.

 - Quieta! – Clara a cortou. – É o seguinte: vocês estão com o Fulgor!

          Os olhos delas se arregalaram e Clarissa ameaçou chorar, mas Julien a acalmou.

 - Vocês vão morrer se não conseguirem a cura, ou pior do que encarar a morte, encararão a insanidade! Agora escutem bem, suas desmioladas gritalhonas: vocês têm duas semanas para atravessar O Deserto e encontrar o nosso pessoal para conseguirem a cura! – ela se levantou da mesinha e começou a andar em direção as ex-amigas. – Eu não quero saber de Myah e Izabelle se matando por causa de uma garota morta, nem de nenhuma de vocês choramingando por ter visto a cabeça da coleguinha explodir ou ter perdido a irmãzinha! – ela riu de escárnio para Angeline e Julien. – Ou vocês atravessam O Deserto e salvam a si e a humanidade, ou vocês se matam ou desistem no caminho, pondo em risco a vida alheia. É o que vocês querem? Espero que não...

 - E se não quisermos ir? – perguntou Angeline, desafiadora.

          Clara deu um meio sorriso de lado:

 - Sinta-se livre para ficar e morrer de forma brutal!

          Angeline rosnou em resposta.

 - Tragam os garotos! – Clara gritou para “o nada”.

Uma porta se abriu atrás deles e nove homens apareceram trazendo consigo Gally, Newt, Thomas, Minho, Dylan, Jack, Matt, Hayes e Peter. Detrás deles, outro homem surgiu, careca, com cara de rato.

 - Olá, Janson – Clara o cumprimentou.

          Ele direcionou um sorriso a ela.

 - Olá, Clara.

 - Estava explicando a elas o... procedimento... – Clara disse.

 - Hm, entendo... Entretanto, houve uma... mudança de planos. – o Homem Rato disse.

          Clara virou a cabeça, como se não entendesse.

 - Nós esperávamos mais êxito em sua fuga do Labirinto, entretanto, não o obtivemos... Perdemos indivíduos demais e não podemos correr o risco de finalizar a Fase Dois com pessoas de menos... Por isso, Clara... Seus serviços se tornaram “desnecessários”, ou melhor: precisamos de você... no Deserto. Então, ontem, enquanto você dormia, nós te infectamos com o Fulgor.

          Clara agora tinha seus olhos arregalados em pavor. A pose de “menina má”, agora se desmanchava por completo.

 - Não se preocupe, temos fé em suas habilidades; você pode atravessar o Deserto em duas semanas! São apenas cento e sessenta quilômetros ao Norte. Um Transportal irá se abrir nessa parede atrás de mim, amanhã, às seis da manhã e ficará aberto por cinco minutos. Tenho certeza que Clara já os informou que: se ficarem, morrem. Arrisquem-se no Deserto! – o Homem Rato abrira um sorriso a eles, um sorriso que causara náuseas em Izabelle. – Vamos, rapazes!

          Então o Homem Rato e os outros nove homens saíram do recinto.

          Quando a porta atrás deles se fechou, Clara ameaçou cair no chão, porém, Angeline e Julien correram para segurá-la.

 - Por que estão me ajudando? – ela perguntava, aos prantos. – Eu fui horrível com vocês!

 - É, Linn, você foi mesmo... – começou Julien, em um tom sereno.

 - Mas ainda somos seus amigos – Angeline completou.

          Então era desse lugar que a pequena estava falando... O Deserto..., Minho pensou.

          Izabelle apenas olhava a situação, pasma, quando Newt chegou em si:

 - Oi... Não nos falamos desde que Chuck...

 - É... – ela cortou o loiro, ainda fitando a situação. Seu coração doía ao se lembrar de Chuck, a primeira pessoa que a recebeu com carinho na Clareira.

Isso ainda funciona?, Newt indagou por pensamento.

Não houve resposta.

Acho que não..., ele pensou, por fim.

 - Sinto falta dos outros... – ele disse. – Alby, Skyler, Paige, Emma, Juliet, Abby, Masaki, Clarice, Annie, Lisbeth, Gabriela... Alice... – ele parecia começar a sentir culpa na voz. – Chuck...

          Uma pausa longa se estabeleceu na fala do garoto.

 - ...America...

          As lágrimas agora tomavam conta do rosto de Izabelle. Ela se virou para ele e gritou:

 - O que você quer, hein? Eu não te pedi pra vir aqui falar comigo, eu não te pedi pra vir aqui citar os nomes dos amigos que eu perdi, e, principalmente, eu não te pedi pra vir aqui me lembrar de algo que não deixou minha cabeça nem por um segundo: America está morta! Eu sei! Eu não preciso de ninguém pra vir se lamentar por mim, eu posso chorar por mim mesma! Obrigada pela compreensão, adeus! – ela falou tudo de uma vez. Quando terminou, virou-se e marchou em direção ao cubículo que teria que dividir com Myah.

          Newt agora olhava para o chão. Não parecia possível se sentir mal por perder Alice e Izabelle, ele sempre havia as odiado... não?

          Ele virou-se para o grupo e ouviu Minho dizer:

 - Ok, pessoal... Bom, como o Homem Rato disse, saímos amanhã às seis. É melhor irmos nos preparar, física e mentalmente para esse momento... – ele disse, olhando para sua pequena Clara, que ainda estava nos braços de Angeline e Julien.

          Ele ainda não se conformara com aquilo...

          Naquela noite, todos foram para a cama cedo, preparando-se para o próximo desafio; preparando-se para a próxima Fase...


Notas Finais


E aí, o que acharam???
Seriaun, desculpem a demora :v


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...