Eu vou sempre...
Verdadeiramente,
Completamente,
Amar você...
O Sinal do intervalo tocou, as aulas se passaram. O Castiel estava em seu lugar de sempre, ele me olhava e quando eu fazia o mesmo ele simplesmente revirava os olhos e desviava o olhar.
Isso me incomodou, ele ficou realmente chateado?
A Violette me puxou, fazendo me afastar dos pensamentos e fomos para o refeitório.
Me sentei entre a Rosa e o Kentin. A gente conversava sobre o que faria no final de semana, toda semana era assim, aliás. Uns combinaram de se encontrar em uma sorveteria, outros no cinema e enfim. Percebi que o Cast não estava ali, olhei aos redores da cantina e vi ele. Rindo e conversando com íris. Eles têm uma amizade bem bonita, até demais... Se eu me incomodei? Mas é claro. Eles estavam a mil gargalhadas. O Cast estava fazendo ciúmes ou oque? Quem ele pensa que é pra agir desse jeito? Parece até uma criança de cinco anos. Vou entrar no joguinho ou talvez não...
Eu deitei a cabeça no ombro do Kentin, e o mesmo começou a alisar meus cabelos. O pessoal nos olhou de forma estranha.
- Que foi? Nunca viram uma amizade linda dessa? – Falei e em seguida dei um beijo na bochecha do Kentin. Espero que tenham entendido o recado...
O Castiel estava nos fuzilando com os olhos, apenas sorri gostando do resultado. E A Rosa me olhou com uma cara de ‘’ O Que esta acontecendo Lizzie? Tá doida? ’’
Conversamos mais algum tempo ali, mas interrompidos novamente pelo sinal. O Maldito sinal...
Eu me levantei para levar meu prato até a cantina, mas o Kentin fez questão de levar. Agradeci e me juntei a Rosa.
- Querida, o que foi aquilo? – A Rosa perguntou.
- Nada.
- O Castiel todo, todo por lado da íris e você com o Kentin. – Ela arqueou a sobrancelha
- Ele começou, e eu apenas estava carente. – Fiz biquinho e ela riu.
Entramos na sala e as aulas continuaram normalmente, até tocar para o sinal de ‘’livres’’ amém.
Fui até o armário guardar minhas coisas. E segui para o quarto, Castiel estava lá e assim que entrei ele fechou a cara.
- Castiel, tem planos pra amanhã? – Falei se sentando ao seu lado.
- Ele me olhou e desviou o olhar.
- Fala sério, vai ficar como antes de novo?
- Se for preciso sim...
- Você disse que me amava. – Fiz bico, ele me olhou e deu um risinho, desviando o olhar novamente.
- Cast, por favor. Desculpaaa – fingi que iria chorar.
- É sério isso? – Ele falou com um sorriso vitorioso.
- Ah que saber que você se lasque com a Íris.
Me deitei na minha cama de costas pra Cast, abracei meu travesseiro e escorreu algumas lágrimas. Eu sei que ele está brincando, mas me machuca sei lá. Sou sentimental.
- Acha que eu consigo ficar com raiva de você? Bobinha. – O Cast se sentou na cama e passou a mão nos meus cabelos.
Limpei as lágrimas que desciam pelo meu rosto...
- Sai daqui, seu tomate ambulante. – Eu falei o empurrando da cama, o mesmo riu e se sentou novamente.
Dessa vez ele pegou em meu braço e me fez ficar de frente para ele.
- Que bonitinha, tentando ser brava. – Ele não me deu tempo de falar nada. Apenas senti seus lábios aos meus.
O beijo foi calmo e apaixonado, nossas línguas exploravam um a boca do outro com calma, como se quisesse memorizar cada canto. Nos afastamos por falta de ar...
- Não te dei direito e fazer isso.
- Você correspondeu. – Fiquei corada, mas apenas sorri como resposta.
Peguei minha toalha e fui tomar um banho. Tirei minha roupa e entrei no Box. Fiquei pensando em como aquele ser que era o mais odiável da minha vida acabou se tornando o mais amável. Ele virou meu mundo de ponta à cabeça. Balancei a cabeça em forma negativa me afastando dos pensamentos e vesti meu pijama, penteei meus cabelos e coloquei um perfume suave.
Sai do banheiro e o Castiel estava parado olhando pro nada.
- Que princesinhaa! – Ele falou e veio em minha direção me dando milhares de selinhos, me puxando para mais perto de si.
- Desculpa, mas a ideia foi da Rosa. – Falei com a cabeça baixa. – E você não tinha nada que ficar de risinhos com a íris. – Fiz cara de nojo e ele deu um sorriso bobo.
- E você não tinha nada que ficar de gracinha com o Kentin. – Ele me fitou.
- Aah ele é meu amigo. – Mostrei a língua.
- Aaah ela é minha amiga. – Ele me imitou e mostrou também a língua.
A gente se olhou por alguns segundos e soltamos umas gargalhadas.
Ficamos conversando sobre assuntos aleatórios como sempre e assistimos um filme:
Simplesmente Acontece.
Eu escolhi, pois se fosse o Castiel ele nunca escolheria um filme ‘’romântico’’.
Assistimos e eu simplesmente amava o filme e quem não assistiu, por favor, assista! Em algumas cenas o Castiel fazia cara de nojinho o que me fazia assim rir. Eu deitei a cabeça em seu peitoral e o mesmo me fazia cafuné acabei adormecendo...
[...]
Acordei com uma pessoinha me enchendo de beijinhos, o que me fez rir.
- Bom dia nanica.
- Novo apelido? – Falei coçando os olhos.
- Bom dia nanica.
- Bom dia tempestade.
- Que falta de criatividade. – Ele falou com um tom irônico revirando os olhos.
- Me lembra seus olhos. – Sorri e passei a mão em seu rosto. Ele estava prestes a me dar um beijo, mas virei o rosto.
- Que nojo! Escovar dentes lembra? – Falei fazendo careta e ele bufou rindo.
A gente foi pro banheiro, e escovamos juntos (que fofo) ele ficava jogando água na minha cara, e vice-versa.
- Agora pode? – Ele veio em minha direção.
- Não quero, perdi a vontade. – Falei com um sorriso de lado indo para o box e mandando ele sair.
Tomei banho e coloquei um vestido soltinho e uma sapatilha florida. Coloquei um colar com o pingente de coração, coloquei um perfume e fiz uma trança de lado no cabelo.
- Que lindaa! – Castiel falou com um perfeito ‘’O’’ nos lábios.
- Eu sei, eu sei. – Falei debochada.
- Você vai para casa hoje? – Perguntei.
- Sim, no maior tédio. Mas sim.
- Você não quer ver seus pais?
- O meu pai é piloto de avião e minha mãe, comissária de bordo. Eles viajam bastante e quando aparecem é por um final de semana ou, durante as férias. Eles não estão em casa, digamos assim!
- Pelo menos você os tem. – Meus olhos ficaram marejados.
- Ei! Para com isso. – Castiel se aproximou passando a mão no meu rosto e me abraçando.
- Obrigada.
Ele ficou sem entender o que acabei de falar.
- P-por me fazer tão bem, como ninguém consegue.
Nos beijamos, e dessa vez um beijo apaixonado, calmo. Nos separamos encostando nossas testas recuperando folego.
Eu arrumei minhas malas para voltar e rever a tia Lara. Não via ela desde o acampamento. Que saudades.
Eu sai e resolvi dar uma volta pelos corredores.
- Gatinha. – Reconheço a voz do meu marido de longe.
- Oii meu amor. – Falei o recebendo com um abraço.
- Bom final, e vamos marcar alguma coisa tá. – Ele deu uma piscadinha e saiu em, seguida.
- Lizzie.
- Outro.
- Como? – me virei e era o Kentin vi que o mesmo ficou envergonhado.
- Nada, não liga! – Falei com um sorriso fraco.
- Tem planos pro final de semana?
- Na verdade não, ou talvez sim. – Ele riu.
- Companhia para passear pelos corredores? – Ele fez como um convite.
Apenas assenti e continuamos conversando e ‘passeando’ pelos corredores. Fomos para o jardim, e se sentamos em um banco próximo dali. O Kentin pegou uma flor e colocou posicionada no meu cabelo, o mesmo fez carinho no meu rosto. Senti minhas bochechas esquentarem...
A gente ficou se olhando e ficou um clima estranho, avistei a Rosa e olhei pra ela pedindo socorro literalmente.
- Lizzie vem cá, preciso te mostrar uma coisa. – Ela falou me puxando.
- Ma... – Ele foi interrompido.
- Mas nada, já roubei ela tchau!
- Rosa eu te amo. – Falei abraçando a mesma.
- Também lhe amo, mas o que foi aquilo?
- Não sei, ele... A gente estava conversando, ai ele todo fofo pegou uma flor e colocou no meu cabelo, depois alisou meu rosto, depois nos ficamos nos olhando e blá! Mó climão estranho – Falei revirando os olhos.
- Acho que Lizzie está arrasando corações.
- Será?
- Acho que sim...
- Enfim, e o Final?
- Não sei também, sem nada pra fazer... Pelos menos não temos aulas né?
- Pois é depois a gente conversa. Tchau marida.
Fui para meu quarto e peguei minhas malas, suspirei e desci. Chamei o táxi e esperei o mesmo.
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