História Me apaixonei, e agora? - O melhor sorriso.

Sempre foi assim, eu e ele, ele e eu. O meu pai era casado com a mãe do Luke muito antes de nascermos, então eles brigaram e nessa briga ele conheceu a minha mãe. Nisso a tia Lali conheceu o John, que é o pai do Luke, e aí alguns anos depois ele nasceu. Eu vim depois (4 anos pra ser mais exata).

Mamãe odeia a tia Lali, a tia Lali odeia o meu pai. Mas lá vem o problema: O João e o meu pai são melhores amigos de infância, e eles não brigaram mesmo depois dessa história toda. E foi assim que o Luke entrou na minha vida. 

Toda sexta feira Luke e eu dormíamos um na casa do outro, tínhamos sempre o costume de maratonar séries e filmes, algumas vezes jogos, mas foi sempre assim, as sextas eram nossas. Menos essa, essa sexta foi diferente. 

* 1 nova mensagem * 

Lu, não me mata, mas hoje não vai dar pra dormir aí, tá? Espero que não fique chateada. Depois eu te explico melhor. 

- Luke

Nesse momento eu percebi que tinha algo errado, então já me estressei antes de saber. Liguei pra July e a chamei para sair. Fomos na casa da Mariah,  ela estava dando uma festa. 

- Nossa Lu, essa é a primeira sexta em que vejo você sem o Luke em algum lugar. 

- É... Ele estava ocupado. 

Então entramos na festa, só tinha universitários. Encontrei algumas outras amigas e estávamos dançando muito, então elas pediram pra eu buscar um drink. 

Quando eu estava entrando na cozinha a July veio correndo e me puxou. 

- NAO ENTRA AI, LU. VAMOS EMBORA AGORA, AGORA. 

- O que? Por que? Tá maluca?

Me soltei e a empurrei com muita raiva, quando entrei na cozinha lá estava o Luke se agarrando com a Boni, uma garota linda da faculdade. O meu mundo desmoronou. Cada pedacinho. 

- Lu, é... eu...

- Não, você não precisa se explicar Luke. 

Falei isso chorando, bati a porta da cozinha e larguei aquele idiota lá, a Ju veio correndo atrás de mim mas mandei ela me deixar sozinha. Peguei uma garrafa de vodka e subi no terraço, estava tocando Dance, dance - Fall Out Boys. 

- Lu, me desculpa, sério. Eu não tive saída, ela quis vir aqui e eu não podia largar ela sozinha.

- Mas eu podia ficar sozinha? Tudo bem né?

- Não é assim, para de dramatizar tudo.

- Dramatizar? Cala a boca! Você sabe que as sextas são nossas. 

- As sextas, as segundas, os domingos, quartas, quintas, nós passamos todos os dias juntos Lu. 

- Tudo bem, eu sou só sua amiga, né? Você tem necessidades. 

Então ele veio se aproximando, eu já estava meio tonta da meia garrafa de vodka que havia tomado. Olhei para frente e ele estava grudado em mim. 

- Você é só minha amiga porque você quer, e você sabe disso. A vida inteira eu deixei isso bem claro Lu, você é a coisa mais importante que já me aconteceu e nossa história é linda. Eu te amo e infelizmente não é só como amigo.

Ele se aproximou, me abraçou e jogou o corpo contra o meu. Ficamos ali apertadinhos como se fôssemos um só, então ele olhou nos meus olhos, os fechei e.

Esse foi o nosso primeiro beijo, e único, por sinal. Ele me abraçou e me levou pra casa. Deitamos na sala e ficamos lá vendo filme a noite toda. 

- Nunca deveríamos ter saído daqui, me desculpa. 

- Luke

- Oi?

- O que aquela menina é sua? 

- Nada tão importante quanto estar aqui abraçadinho com você. 

E isso foi lindo, de verdade, pena que só durou até o outro dia quando nos livramos do porre e percebemos a burrada que cometemos. 

Ele foi embora e não conversamos o mês inteiro, não perdoamos nem as sextas. Minha mãe que o odeia achou ótimo, mas meu pai perguntou diversas vezes o que aconteceu e eu nunca consegui contar sem começar a chorar. 

E assim eu vivi a minha vida pela primeira vez sem o Luke.