História Call me Noona - Finally Noona

Vida de trainee não é nada fácil, ter que manter o corpo malhado e saudável talvez seja a pior parte, mas depois de quase 5 anos você se acostuma e começa a achar motivos melhores para frequentar a Academia numa sexta-feira à noite, e o meu melhor motivo tem nome e um sorriso infantil adorável.

_ Annyeong Mari-ssi – Jeon Jungkook cumprimenta ao passar por mim com um leve movimento da cabeça e um sorrisinho.

_ Noona! Mari-Noona! - Ele é o único que pode me chamar assim e nunca o faz.

_ Ani...

_ Ah! Por quê? Seja bonzinho, sim?

O garoto apenas sorri timidamente se ajeitando para começar sua musculação.

Quem sabe a espera faça valer a pena um dia.

Quando penso em parar um pouco para hidratar e trocar de aparelho, vejo Taehyung se aproximando com duas garrafas na mão e um sorriso estampado no rosto. Fofo.

_ Mari-ah, veja, dessa vez eu segui a receita ao pé da letra, até pedi a ajuda de Jin-Hyung. – me entrega uma das garrafas, o líquido dentro é colorido e parece mudar de cor conforme se movimenta.

_ Oh... valeu... mas não precisava se preocupar... – lhe ofereço um sorriso sem graça.

_ Onde está JK? Eu trouxe um para ele também.

_ Ué, ele estava aqui agorinha mesmo.

Juntos damos uma leve olhada em volta sem encontrar sequer rastro do mais novo.

_ Quando o vir entregue a ele por mim. – deixa a segunda garrafa sob o banco próximo – Eu preciso ir, Minie está me esperando.

_ Tudo bem, vão com cuidado.

Observando o líquido multicolorido acabo por me lembrar da última vez que Taehyung trouxe algo...

_ Isso não é água, o que é? - o líquido na garrafa era esverdeado e parecia espesso.

_ Tem cheiro de meia velha. – o mais novo comenta fazendo careta.

_ Tem nada JK, isso é cheiro de coisa saudável. Eu segui a receita a risca. – por mais que sua voz soasse firme era possível ver em seu semblante a falta de confiança nas próprias palavras.

_ Saber disso não ajuda em nada Hyung. Afinal você não sabe preparar um ramen sem se queimar.

_ Calúnia! Isso só aconteceu uma vez.

_ Enfim... – interrompo a pequena discussão – O que é isso afinal? – aponto para a garrafa na mão do moreno mais novo.

_ Ah sim, é um suco energético para vocês que são ratos de academia, vai dar mais disposição.

_ Você provou sua arte ou somos suas cobaias Hyung?

_ Ah...Bem... Achei melhor não desperdiçar comigo mesmo... Sabe como é... Tinha poucos ingredientes... – Nos oferece seu melhor sorriso quadrado - Vamos lá, não deve estar... tão ruim. - A última parte saiu quase inaudível.

_ Vou tomar apenas um gole e só porque sou muito sua amiga.

Se arrependimento matasse eu já estaria a sete palmos daqui.

Pego a segunda garrafa e sigo a procura da cabeleira negra de Kookie, o encontrando no aparelho para os músculos superiores, com a franja úmida de suor caindo sob a testa.

_ Toma! - Jogo a garrafa em sua direção que a pega com precisão.

_ Isso está parecendo arte de Kim Taehyung... Já provou Mari-ssi?

_ Noona! Jungkook, repete comigo N-O-O-N-A.

Ele balança a cabeça em negativa e aponta para a garrafa em minha mão direita.

_ Ainda não...

Abro minha garrafa em um suspiro e inspiro lentamente afim de descobrir através do olfato o gosto da bebida. Tem cheiro de cereja e menta, uma combinação bem exótica pra mim.

_ Hm... Então?

Viro a garrafa na boca e tomo um gole generoso, deixando que o mesmo desça gelado por minha garganta, mas não sem antes deixar um gostinho doce e suave na ponta da língua.

_ É bom... – passo a língua pelo lábio inferior ainda encarando o mais novo, rapidamente ele desvia o olhar e se meche desconfortável segurando a sua garrafa – Pode tomar dessa vez Kookie.

Me afasto para perto dos pesos o vendo bebericar de leve o líquido multicolorido de Tae, um leve sorriso surge em seus lábios deixando os salientes da frente aparecerem, o que lhe dá aquele ar infantil tão adorável.

_ Aí vontade de morder essa fofura... – sussurro para mim mesma voltando para meus exercícios, dessa vez, agachamento com pesos.

-

Mais tarde, após terminar uma sessão de abdominais, começo a sentir um calor esquisito, isso me deixa incomodada, então volto para chamar Jungkook, mas ele não está mais onde o havia deixado. Dou uma olhada ao redor notando a garrafa que entreguei a ele mais cedo vazia sob o banco.

_ Espero que ele esteja bem.

Ando um pouco pelo espaço quase vazio da Academia e o encontro na sala de artes marciais, está se alongando sob o tatame, será que chamou alguém para treinar com ele?

_ Ei! Kookie, o que está fazendo aqui?

_ Ah... Nada ainda... O que acha de treinar comigo um pouco?

_ Eu? Tem certeza? - estou um pouco confusa com isso, ele mal se aproxima de mim no normal, imagina para treinar algo cheio de toques.

_ É... Você Mari-ssi, não tem outra pessoa por aqui.

_ Hm... Se você for bonzinho e me chamar de Non...

_ Eu não sou bonzinho.

Que isso menino? Quem é você e o que fez com meu bebê?

Me aproximo devagar deixando minha garrafa e a toalha sob uma cadeira ali próxima, junto das coisas dele.

_ Aquele que ganhar 3 vezes primeiro pode pedir algo ao outro. - Faz uma pausa, parece pensar um pouco e então continua - O que você quer de mim se ganhar Mari-ssi?

_ Que seja um bom menino para a sua Noona. - Sorrio com carinho para ele. - E você? O que vai querer de mim se ganhar?

_ Justo... Hmm... Eu quero um beijo. - Por uma fração de segundo penso que ele está brincando, mas a expressão séria não colabora para isso - Ele deve durar pelo menos um minuto inteiro para que eu possa considerar, entendeu?

Fico estática no lugar, ele realmente está falando sério? O-M-G!

_ Mari-Ssi?

_ S-sim, entendi.

_ Ótimo. Vamos começar.

-

Ganho as duas primeiras rodadas com facilidade, até demais para quem está treinando com Jeon Músculos Jungkook, tenho a impressão de que ele me deixou ganhar de propósito, dúvida qual tiro como certa não muito tempo depois ao ser derrubada no tatame com tamanha maestria.

Nas duas rodadas seguintes ele me derruba como se eu fosse uma simples boneca, sem me dar a chance de chegar perto o suficiente para um mero golpe.

_ Vamos! Se me deixar te derrubar tão fácil não vai ter graça nenhuma ganhar. - Ainda largada no chão ouço sua risada a uma leve distância e viro a cabeça para o encarar.

Me levanto indignada e corro para cima dele, tento puxar seu braço para traz, mas ele me rodopia e fico com as costas pressionadas em seu peitoral e os pulsos presos em suas mãos entre nossos corpos, até tento me mover, mas é inútil, e eu sei que ele apenas está me provocando.

_ Essa brincadeira deveria ser mais justa, não consigo nem me soltar disso. - Falo baixo e com voz doce, quem sabe ele afrouxa o aperto.

_ Mas você é forte, se tentar mais um pouco sei que pode se soltar.

Sinto um arrepio em minha nuca assim que ele termina de falar, ou devo dizer sussurrar em meu ouvido. Estamos próximos demais para o de costume.

_ Não acho que esteja muito confortável assim, suas bochechas já estão até vermelhas.

_ Estou com calor, está muito quente aqui. - Consigo dizer, seu corpo tão perto do meu, estou é excitada, que errado isso, divindade me ajuda.

_ Aqui ou... você?

Socorro!

Prendo a respiração e me abaixo com força puxando meus braços, ele acaba me soltando, talvez o suor em suas mãos o tenha atrapalhado. Me levanto rapidamente, seguro seu braço e torço para trás, JK vira junto não me deixando brecha para atacar; ele tenta segurar meu braço enquanto laça minha perna com a sua para me derrubar, ao tentar me soltar acabo nos enrolando ainda mais nos fazendo cair juntos e embolados.

Sinto um baque nas costas ao cair e o peso de Jungkook em cima de mim, sua mão direita embaixo da minha cabeça e a esquerda espalmada no chão, mantendo seu tronco um pouco afastado.

_ Saia de cima de mim, você é pesado bebê.

_ Noona você está bem?

_ Diga de novo. - Peço com a voz baixa em um sussurro quase manhoso.

O mais novo me olha confuso antes de se levantar me levando consigo, sentando a minha frente ainda perdido, até abrir a boca em um gesto de entendimento ao cair a ficha da forma como me chamou.

_ Foi sem querer, escapou. – menino mal isso sim - Você perdeu, sou eu quem ganha o que quer Mari-ssi.

Suspiro frustrada pela quinta vez só hoje e me rendo.

_ É... devia ter previsto isso antes, teria me poupado essa dor nas costas. - Como queria não ter perdido todo esse tempo, garoto você nem imagina!

_ Me desculpe, dói em mais algum lugar?

_ Sim...

_ Onde? – Seu olhar se torna desesperado.

_ Meu orgulho, ele está extremamente ferido.

O mais novo solta uma risadinha contida, mas como acabo por rir também, o contagio até ambos estarmos em gargalhadas. O momento dura o necessário para que o clima mude um pouco entre nós, mas talvez não o suficiente.

_ Posso pegar meu prêmio agora?

De repente o lugar ficou quente de novo.

_ Tem que ser mesmo um minuto inteiro?

Não sei se consigo fazer isso na amizade, Jungkook meche demais com meu psicológico.

_ Sim... e eu vou contar cada segundo Mari-ssi.

Assim Kookie se aproxima devagar colocando uma de suas mãos em meu rosto, deixando um carinho singelo sob minha bochecha. Não o afasto, não o faria nem se quisesse, e isso me deixa ainda mais curiosa em saber até onde o mais novo pode ir.

O toque de seus lábios chega aos meus de forma tímida em seguida, recheado de incerteza e, talvez, inexperiência, mas não passa de suposição.

Sua mão que antes estava em minha bochecha desce vagarosa até a nuca enquanto a outra em minha cintura, apertando um pouco, como se para comprovar que isso está mesmo acontecendo. Porém alguns segundos se passam e ficamos sem ar, mesmo que o toque não tenha passado de um selar longo, sendo obrigados a nos afastar, mas apenas o suficiente para o oxigênio circular com facilidade entre nós.

Seus orbes negros brilhantes a me encarar transbordam desejo agora, não mais a inocência habitual. Começo a desconfiar que toda essa liberdade seja consequência daquela maldita bebida, Jungkook jamais se aproximaria tanto de mim dessa forma mesmo se quisesse muito, a timidez ainda seria sua maior inimiga.

Meu corpo age quase de forma involuntária, procurando por seus lábios outra vez, porém com a necessidade vinda de minha parte, em provar mais de seu gosto. Desbravar cada parte de Jungkook não é mais um pensamento guardado a sete chaves apenas pra mim, agora é uma prioridade a ser cumprida.

Deixo que sua língua adentre minha boca quando pede passagem, apertando seus fios negros na base da nuca, tentando aprofundar ainda mais o contato. Com seus braços a me rodear e puxar, nem me dou conta direito quando já estou sentada sob suas coxas, com o peito colado ao do mais novo, sentido seu coração bater tão forte e rápido quanto o que habita meu peito.

Minutos se passam enquanto as mãos começam a vasculhar o corpo alheio em busca de conhecimento, deixando de apertar minha cintura para seguir ao quadril e me empurrar para baixo, até as costas terem onde descansar. O corpo esguio e malhado por cima do meu sob o tatame, o calor emanando de ambos os corpos, de repente a grande sala parece tão pequena e claustrofóbica.

Eu sei que meu pequeno não é mais uma criança, não apenas pelas carícias ousadas, mas pelo rumo para onde elas nos levam tão rapidamente.

_ Me impeça Noona... - sussurra sob meus lábios, pressionando nossos quadris juntos.

_ Eu n-não... consigo...

O mais novo desse os beijos pela lateral de meu pescoço, mordiscando de leve, deixando leves marcas róseas sob a pele quente. Não posso impedir os gemidos de sair, o corpo todo reage de forma extremamente positiva a cada toque, se tornando incentivos ao mais novo, que desce cada vez mais os lábios.

_ K-kookie... a-alguém pode entrar...Ah... e.... e...

_ ...

Quando dou por mim novamente estou de pé, sendo amparada pelos braços de Jungkook, que não me deixam ceder devido as pernas estarem bambas. Os olhos se encontram, mas é quase uma conversa muda, ambos sabemos o que queremos e que não há o que nos impeça no momento em que as palavras sejam ditas.

_ Eu preciso de você... Noona.

_ Oh... N-não a-aqui...

_ Tudo bem, eu sei de um lugar.

Aceito sua mão estendida e juntos nos dirigimos para uma porta meio escondida na lateral da sala, qual nem me lembrava da existência. É um quartinho pequeno, usado para guardar colchonetes, bolas e pesos não usados.

Assim que adentramos e a porta se fecha a minhas costas, um arrepio me sobe a espinha só de pensar no que estou prestes a fazer.

Definitivamente é loucura, como isso foi acontecer em um intervalo tão curto de tempo?

_ Se quiser sair, está tudo bem, mas, se ficar...

_ Eu não vou sair.

Sem perder tempo Jungkook avança sob mim, pressionando nossos corpos contra a porta ao mesmo tempo que a tranca, impossibilitando que sejamos pegos no ato. Em seguida vem o beijo mais sedento e molhado de toda a minha vida, e o mais gostoso também. Cada sugar entre as línguas, chupar de lábios, mordidas e arfares, tão inédito quanto a música que nossos toques dançam, de delicados, apenas os sentimentos envolvidos.

Minha regata é a primeira peça de roupa a encontrar como destino o chão, sendo arrancada de meu corpo de forma tão bruta que até posso ouvir o tecido se romper. Em seguida sou içada pelo mais novo até enlaçar as pernas ao redor de seu quadril e me agarrar ao seu pescoço para não cair.

Não há mais sanidade ou controle sob nossas ações, apenas um querendo saciar o outro e a si próprio, como se por esse breve momento nossas vidas dependessem de cada ato a seguir.

Jogada sob um monte de colchonetes, maltratando o lábio inferior, tento reprimir cada gemido, cada arfar de prazer que me preenche, enquanto os lábios alheios beijam suavemente o colo dos seios, descendo até passar de leve o músculo quente e úmido por entre eles. Curvando as costas tento me levantar, puxando com as pernas o corpo alheio, para que se encaixe melhor entre minhas pernas. O ato em si não é bem recebido pelo mais novo, que prontamente me empurra de volta para o colchonete e, de forma mais lenta dessa vez, retira a parte de baixo de minha roupa de malhar, juntamente ao restante de minhas vestes, me deixando totalmente exposta e indefesa para seu olhar faminto.

_ Linda... Você é linda Noona.

Sinto o rosto arder pelo elogio, puxando o mais novo para um beijo afoito, colando ainda mais nossos corpos. No processo, passo a ponta dos dedos sob seu abdômen, mesmo por cima da camiseta, essa que já está colada em seu tronco. Chegando a barra do tecido, o puxo para cima até ter total visão do corpo trabalhado a minha frente.

A vontade de morder cada gominho desse tanquinho me faz salivar.

Então mordo cada parte próxima, arranhando de leve onde a boca não alcança, ouvindo os gemidos roucos escaparem dos lábios alheios em deleite. Ao chegar próximo ao cós de seu moletom, sem pudor algum, enfio minha mão a dentro, agarrando o membro teso, já tão molhado de pré gozo. O mais novo tem um solavanco com meu ato, mordendo meu ombro e remexendo o quadril em busca de mais contato.

Vagarosamente, como uma tortura, masturbo seu membro com movimentos de sobe e desce tão lentos quanto consigo, tendo a certeza de apertar um pouco todas as vezes que chego a cabecinha, apenas para ouvir seus resmungos baixos ao pé do ouvido. E cada som abafado que sai de sua boca apenas me deixa mais quente e desesperada por ter seus toques.

_ Kookie... - chamo em meio a um gemido sôfrego ao receber um chupão próximo a clavícula.

Tendo sua atenção, seguro sua mão, a guiando até entre minhas pernas, para a intimidade que pulsa em carência de contato. Jungkook entende o que quero, passando os dedos de leve sob a área já tão molhada e necessitada, apenas me instigando ainda mais, o que torna o aperto em seu membro mais forte.

_ Ah... Por favor...

As carícias do mais novo em minha intimidade são delicadas e ao mesmo tempo tem a pressão necessária para me dar espasmos constantes, até mesmo quando seu dedo escorrega para dentro.

_ Mais... e-eu... Ah...

Jungkook toma meus lábios para si, tentando calar os gemidos que escapam, mas é inútil quando ele junto dois dedos para fazer pressão em meu interior.

_ Kookie...

_ Mais? - A pergunta sai de sua boca tão rouca que chega a ser um pecado.

Com dificuldade devido ao orgasmo recente, juntamente de sua ajuda, retiro o resto de suas vestes, jogando longe cada tecido que me impede de tocar cada pedacinho desse pecado em forma de homem.

_ E-Eu não tenho camisinha comigo... - Ao mesmo que soa tímido soa tão sexy.

Mordo o lábio tentando pensar em uma solução, o que é inútil, nenhum de nós dois vai sair daqui atrás de uma camisinha na atual posição em que estamos.

_ Tudo bem... Eu vou confiar em você.

Por mais que minha voz não indique, receio abita minha mente nublada, mostrando que mesmo estando louca de tesão, ainda há um resquício de sanidade.

Em um movimento rápido, estou de volta jogada sob os colchonetes, mas agora, com o corpo grande e malhado de Jungkook por sob, beijando meu pescoço enquanto se posiciona em minha entrada, pulsando em expectativa.

Devido a não mais ser virgem, a penetração não é algo dolorido e sim prazeroso, a sensação de preenchimento, ainda que de começo seja estranha é satisfatória. O mais novo parece até mesmo estar perdido em sensações quando movimenta o quadril lentamente, quase tirando todo o membro apenas para se enfiar novamente com força.

Os corpos colados, suados, o ambiente abafado parecendo ainda menor do que já é misturado aos gemidos de prazer que parecem preencher todo o lugar, só tornam o ato ainda mais errado.

_ Ah... Noona...

-

Já devidamente vestidos, não consigo encarar Jungkook de volta, meu corpo todo parece formigar só de lembrar que até minutos atrás éramos como um só corpo, se movendo em sincronia e deleite. Foi uma entrega total da minha parte, eu nem sequer estava pensando direito nas possíveis consequências, agora, isso está me deixando nervosa e inquieta.

Eu não vou me perdoar nunca se isso tudo foi apenas coisa de momento.

Com os tênis nas mãos destranco a porta e saio apressada, sem esperar por qualquer movimento do mais novo. Posso o ouvir me chamar algumas vezes, mas sua voz some quando fecho a porta da sala de treino atrás de mim e corro pelos corredores da academia sem olhar para trás até chegar ao banheiro feminino.

Ao menos vejo os minutos passar enquanto a água morna do chuveiro cai sob meu corpo, sob as marcas róseas e arroxeadas que o moreno deixou sob minha pele. Nem sei quanto tempo fiquei ali, ou quanto demorei para vestir a calça skinny e o moletom rosa que havia trazido na bolsa, quando finalmente saio do banheiro, encontrando o mais novo ali parado, escorado na parede ao lado, já de banho tomado e a mochila pendendo no ombro esquerdo.

_ O que fizemos... eu queria que tivesse sido diferente... me desculpe Mari-ssi.

_ Você está arrependido? - soa quase um sussurro, mas tenho certeza que ele me ouviu.

Jungkook me encara com uma expressão séria, os olhos brilhando ao fundo e os lábios apertados como se segurando as palavras para si.

_ Não! Nunca! Jamais me arrependeria de ter...ter... bem....

_ Se deitado comigo?

_ Isso...

E lá estão as bochechas coradas, o olhar sendo desviado e as frases incompletas pela timidez. O baby Kookie está de volta.

_ E-Eu.... Gosto muito de você... Noona. Eu só queria que as coisas não tivessem ido tão longe tão rápido...

_ Noona?

Ele pisca algumas vezes processando minha pergunta.

_ De tudo o que eu disse você só ouviu o ‘Noona’?

Rio da forma que seu nariz se contrai trazendo as ruguinhas para seus olhos.

_ Eu também gosto muito de você Kookie, me desculpe por ter o pensamento errado em relação ao momento que tivemos, eu só fiquei com medo e...

Com um sorriso bobo ele se aproxima de mim, deixando minha frase ir morrendo até não se escutar nada além de nossas respirações próximas.

??? - Ei vocês dois.

Nos afastamos em um pulo assustados e encaramos a figura que nos chama.

_ Onde vocês estavam? Procurei vocês dois por todos os lados. - Oh! É o Tae...

_ Aconteceu alguma coisa Hyung? - Kookie tenta disfarçar o rubor das bochechas ao coçar a ponta do nariz... Adorável.

_ Vocês tomaram todo aquele suco?

_ Por que? - Questiono já sentindo o constrangimento de antes ir embora.

_ Vocês estão bem? - Ele geme com medo. - Quando cheguei no dormitório Jin-Hyung quase me esfola vivo.

_ Fala logo o que você fez de errado!

_ Eu adicionei um ingrediente ‘especial’ na mistura do suco, porque eu li que era muito bom para dar disposição e...

_ E...???

_ Jin-Hyungdissequeéumafrodisíacoequepoderiafazermuitomal. - Ele disse tudo de forma rápida e sem pausas, se encolhendo em seguida como se esperasse o pior.

_ Ah....

E Jungkook sem vergonha passa a fazer sentido.

_ Não senti nada diferente, e você Noona?

_ Hm? Ah! Também não, estranho, tem certeza Oppa? - Taehyung arregala os olhos e nos fita surpreso.

_ Não sei... Talvez...

_ Só tomei um pouco, estava muito doce, então joguei fora o resto, desculpa Hyung. - O mais novo se volta para mim, como se eu devesse dizer algo também.

_ Pois é... muito doce.

_ Ah! Certo, o que importa é que vocês estão bem e o meu ‘possível’ erro não deu merda. - O coitado até respira aliviado.

_ É melhor a gente ir, já está tarde, você deve estar cansado e por isso entendeu errado o que leu, acontece com as melhores pessoas. - Digo enlaçando meu braço no seu e o puxando rumo a saída.

_ Deve ser... Mas... Espera um pouquinho aí. - para no meio do caminho se virando para encarar a mim e Kookie.

_ Sim?

_ O que tá rolando entre vocês dois? O que foi que eu perdi?

_ Como assim Hyung?

_ Desde quando você chama Mari de Noona?