- Então você está me dizendo que nos próximos 4 anos eu vou ficar no mesmo quarto que ela? - O moreno perguntou para a moça da recepção indignado.
- Bem, eu sinto muito por isso, Senhor Uchiha, a "Akatsuki" decidiu isso mês passado, creio que nem todos os alunos tenham sidos avisados. Peço perdão. Mas tente ao menos fazer amizade com o Senhor Uzumaki.- A moça argumentou enquanto tentava amenizar o máximo a situação.
- Pera, "ela" é homem? - O moreno ficou me encarando.
- Elementar, meu caro Watson. - Retruquei, fazendo-o olhar para a moça da recepção. Infelizmente com o pulso ainda sendo agarrado pelo moreno.
- Se eu ficar mais um minuto com ele eu juro que eu vou cometer um crime! - O moreno falou enquanto gesticulava as mãos, fazendo a moça ficar assustada.
- Sinto muitíssimo, Senhor Uchiha! Mas infelizmente, todos os alfas já tem seu parceiros, não tem como eu trocar o Senhor. - A moça continuo tentando amenizar a situação, mas o moreno só ficava mais irritado.
- E não tem como eu ficar sem parceiro? - O moreno olhou bem nos olhos da moça, como estivesse encarando a alma dela. Era evidente o desespero da coitada.
- Eu posso dizer minha opinião? - Perguntei.
- Não. - O moreno respondeu seco.
- Vou dizer do mesmo jeito. Primeiro: Se a moça está falando que não tem jeito, é porque não tem jeito. Segundo: Você acha que é o único incomodado com essa situação? E terceiro: LARGA O MEU BRAÇO, IDIOTA! - Admito que na última frase eu me exaltei, mas a reação do moreno não foi das melhores...
- Desculpa princesinha, na próxima vez eu você agarrar seu pulso com mais delicadeza. Por favor não chore. - Disse o moreno em tom de ironia. Mas no final ele soltou meu braço.
- Você tá querendo arrumar briga? - Indaguei, puto com ele.
- A princesinha tá putinha é?
Bem na hora que eu estava pronto para dar um socão na cara dele, um mulher de cabelo roxo e coque interrompeu.
- Estou atrapalhando a sua briguinha, Tobi? - Disse a mulher de coque, em tom de ironia.
- Para falar a verdade, você está sim, por favor se retire. - Disse "Tobi", enquanto apontava para a porta que a de coque entrou.
- Me desculpa pelo meu amigo, ele tem merda na cabeça. Prazer, me chamo Konan. - Disse Konan, com um sorrisinho no rosto.
- Prazer, me chamo Deidara.
- Até seu nome é feio. - Disse "Tobi", como se fosse uma criança de 5 anos.
- Desculpa de novo pelo meu amigo. O Obito é meio estressado as vezes. - Disse Konan, com um olhar de reprovação para o Obito.
- Sério? Nem percebi.
- Você é aluno novo, né? - Perguntou Konan.
- Sou sim.
- Quer que eu te mostre a escola? Tem um biblioteca bem legal no terceiro andar, topa ir dar uma olhada lá? - Perguntou Konan, ignorando totalmente o Obito.
- Topo sim.
- E eu? - Indagou Obito.
- Vai se quiser, não sou obrigada a aturar você. - Konan retrucou.
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Chegando na biblioteca, me sentei em uma mesa junto de Konan. Enquanto eu e ela conversávamos, Obito foi procurar um livro de história.
- Mas falando sério, não liga para as provocações do Obito. Ele é um idiota. - Afirmou Konan.
- Se você sabe disso, por que continua sendo amiga dele? - Perguntei.
- Pode ser um motivo bobo, mas, ano passado eu era a única alfa mulher que vinha de um família de classe baixa, pra falar a verdade, nem família eu tenho.
- Eu sinto muito, eu não sabia...
- Sem problemas. Mas continuando, tinha umas meninas que ficavam implicando comigo nas aulas, e os professores faziam vista grossa! TInha vezes que eu me exaltava e acabava indo para diretoria. Mas por o Obito ser o filho do diretor...
- ELE È O FILHO DO DIRETOR?! - Me espantei.
- Sim, e você é a primeira pessoa da escola a arranjar briga com ele.
- E agora? eu juro que não sabia.
- De boa, o Tobi gosta quando as pessoas tratam ele como se ele não fosse filho do fundador da escola. - Konan tentou amenizar a situação.
- Tão falando sobre o quê, putas? - Disse Obito.
Esse filho da puta chegou de fininho pelas minhas costa e falou bem alto, juro quase morri.
- Que susto, seu filho da puta! - Falei, quase que gritando com ele.
- Essa foi a intenção, idiota. Alias Konan, você viu o Itachi e o Kisame? - Disse Obito, mudando de assunto.
- Pior que sim, eles estavam quase que se comendo na dispensa. Até perdi a fome quando vi aqueles dois. - respondeu Konan.
- Do jeito que voce tem fogo no rabo, eu não duvido nada de que voce queria entrar naquela putaria.- Respondeu Obito, soltando um riso sarcástico.
- Eu tenho fogo no rabo? Obito, voce já passou o rodo em metade do internato só no ano passado! - Retrucou Konan, fingindo estar indignada com a situação.
- E vou passar na outra metade também! - Retrucou Obito, também fingindo estar indignado.
Eu apenas fiquei observando aquela situação, tentando focar em contar quantos alunos estavam conversando na biblioteca. Já que eu não tinha nada para fazer e eu estava com zero vontade de ler um livro.
- E essa "outra metade" inclui o Deidara? - Disse Konan em um tom malicioso.
Nem dei bola quando ela colocou meu nome no meio daquela conversa, eu sabia que o Obito ia dar um jeito de mudar de assunto, pelo menos eu achava isso.
- Pode ser que sim, pode ser que não. Tudo depende da princesinha. - Disse Obito dando uma "piscadela" para mim.
- Oi?! - Respondi. Sem entender a situação.
- Então isso foi um sim? - Indagou Obito, olhando fixamente nos meus olhos.
.
Acho que foi a primeira vez que eu realmente olhei nos olhos deles. Aqueles olhos fudidamente lindos. Os olhos dele eram como arte.
- Isso foi totalmente um não. - Respondi, seco.
Konan começou a rir insensívelmente e e escandalosamente. Ela estava rindo tanto que teve de colocar a mão na boca e tentar parar de rir.
- Essa deve ter doído Obito - Disse Konan em meio a suas gargalhadas.
- Nem doeu. - Disse Obito, fingindo estar triste.
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Depois de muita conversa na biblioteca, acabou que Konan decidiu ir atrás de um tal de Nagato, que o grupinho chama ele de " Pain".
Nisso acabou ficando só eu e Obito na biblioteca, e mesmo que eu quisesse ficar longe dele, no final a gente ia para meu dormitório mesmo.
- Já que vamos dormir no mesmo quarto quero estabelecer algumas regras. - Disse secamente, quebrando o silencio que tinha ficado quando a Konan saiu da mesa.
- Você é o que para estabelecer regras? o professor daqui? - Indagou Obito com sarcasmo.
- Sim, ele me contrataram recentemente, acredita? - Retruquei, obviamente mentindo.
- Então eu estou a suas ordens professor. - Retrucou ele, com um tom de malicia e um sorriso de canto de rosto.
- Primeira regra: nada de mexer nas minhas coisas, Segunda regra : Nada de conversar comigo enquanto eu estudo, e Terceira regra : nada de trazer alguém pro dormitório. - Disse tudo secamente.
- Você que manda professor. - Disse Obito, em tom de sarcasmo.
- Que bom que chegamos em um consenso. - Respondi e logo voltei meus olhos para um estante de livros atrás de Obito, que tinha alguns livros que eu conhecia.
- Mas então, por que vc veio para a Akatsuki? - Disse Obito tentando puxar assunto.
- Pra estudar. - Respondi secamente, eu não estava com vontade de ficar conversando com ele.
Ele começou a rir mais escandalosamente que a Konan, e isso me deixou meio confuso.
- A Akatsuki é literalmente conhecida como "reformatório pago", se você está aqui, alguma coisa você fez. - Disse Obito, ainda dando pequenos risos.
- Essa é a questão, eu realmente não fiz nada. - Dessa vez eu respondi ele normalmente, eu realmente estava sendo sincero.
- ok ok, você vai ter que me explicar isso aí.- Disse Obito, confuso.
- Meu pai meio que me obrigou a vir para cá por causa das minhas notas. E por que eu me recusa a fazer umas coisas que ele me pedia - Respondi, meio hesitante.
- Tipo...?
- Fazer aparições em eventos para promover ele, alguns comerciais forçados e muitas outras coisas. - Respondi.
Não sei por que eu contei isso tudo para ele, mas acho que eu meio que confio nele?
- Sei como é, acho que a Konan já contou que eu sou...
- Filho do diretor? Ela já contou sim.
- Mas mudando de assunto, o que você faz no seu tempo livre? - Indagou Obito, com um sorriso de canto de rosto.
Coisa boa não estava por vir.
- Eu acho que eu já falei, mas, eu gosto de pintar. - Respondi, inocentemente.
- Tá, mas, você pinta como eu pinto? - Disse Obito, com um tom malicioso.
- Eu te odeio.
- Eu também te amo.
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