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História Me Fascine - Capítulo quatro


Escrita por: burka

Notas do Autor


Toji tem as melhores peitos de toda a obra, sério, fui inundada com fanart do toji peitudo e meodeos que homem! Se eu fosse um cara ia treinar só para ficar como ele. Gojo dê comida para Megumi para ele parar de ser desnutrido e virar um gostosão igual o pai

boa leitura a todos

perdao perdi o controle e escrevi 8.000 só notei quando postei socorro a autora ta ficando louca. Prometo que os próximos não serão tão longos (。ŏ﹏ŏ)

Capítulo 4 - Capítulo quatro


Resumo do capítulo:

Uraume faz as melhores tortas e faz com que Sukuna fique sempre feliz e isso deixa Megumi com "inveja"

Sukuna está preocupado, ele realmente parece ser tão velho?



 

— Uraume — Sukuna chamou a atenção do amigo enquanto se sentavam numa mesa qualquer do refeitório, algumas pessoas que estavam ao lado saíram sem ao menos terminar o lanche — Você acha que pareçi muito… — Sukuna olhou para o canto sem graça se aproximando do amigo e sussurrando em ouvido — Velho?

Uraume ficou alguns momentos olhando para ele sem saber o que responder, totalmente surpreso e até um pouco atordoado com a pergunta. Após o choque, voltou ao semblante neutro em questão de segundos e analisou o amigo dos pés à cabeça, deixando um Ryomen apreensivo.

— Um pouco — Respondeu sem rodeios — Talvez uns vinte.

— Isso é muito! — Murchou.

Uraume franziu as sobrancelhas como se ele fosse um estranho, geralmente, Sukuna era um poço de autoconfiança narcisista e não se deixava se abalar nem por uma espinha, então vê-lo ali se preocupando com algo do gênero era um pouco fora do comum. A única coisa que poderia preocupar Sukuna eram suas notas no boletim e as vezes nem isso era o suficiente.

— Você nunca se preocupou com isso. O que está acontecendo?

— Só notei isso — Coçou as bochechas — Isso significa que quando eu fizer trinta vou parecer ter quarenta!

Não conseguiu evitar uma risadinha fazendo com que Sukuna lhe lançasse um olhar de desaprovação, ele parou imediatamente. Pelo visto, a situação era séria, mas como a merda já estava feita, não tinha como voltar em suas palavras, qualquer tentativa iria ser falha e o amigo entenderia como se estivesse com pena e ele odiava que tivessem dó dele.

— Agora que notei, você tem uma aparência bem jovem — Sukuna segurou as duas bochechas de Uraume apertando-as e soltando o aperto com uma expressão maravilhada — Macio!

Uraume ficou totalmente vermelho, por ser extremamente pálido era bem fácil notar o escarlate à distância, porém para o tatuado pouco importava, estava fascinado com o como um rosto poderia ser tão macio igual a um marshmallow.

— Qual seu segredo? — Estava muito curioso — Você tem um rosto jovem, fofo e sem marcas, eu confundiria você com uma menina.

— Pode me soltar?

Sukuna fez um biquinho tirando as mãos, Uraume tinha uma pele de veludo e estava causando profunda inveja, não se surpreenderia se surgisse uma espinha na ponta do nariz do albino com a dor de cotovelo que estava de sua aparência. Ele realmente cogitaria a ideia de trocar de corpo por um dia só para ter noção de como era aparentar ser tão novo para sua idade.

— Eu tenho uma rotina de cuidados com a pele — Explicou envergonhado por revelar algo que para muitos era besteira, principalmente para meninos — Se quiser, eu passo os nomes dos produtos para você depois.

— Sério? Você é demais Uraume! — Sukuna bagunçou os cabelos do amigo que apenas sorriu de leve.

O tatuado retribuiu o sorriso apoiando as mãos no queixo de maneira presunçosa, algo costumeiro que sempre fazia quando estava relaxado. Os dois continuaram a papear sobre aleatoriedades do final de semana quando sentiu um frio repentino na espinha e uma sensação um pouco ameaçadora de ser observado, o que era estranho já que ninguém o encarava na escola.

Olhou para os lados disfarçadamente procurando quem estava causando aquela sensação, mas todos os ignoravam e estavam ocupados demais em seus próprios mundos e círculos de amizade, alheios a tudo em suas conversas. Exceto uma pessoa.

Do outro lado do pátio, sentado e com uma enorme carranca estava Fushiguro, o rapaz lhe encarava como se fosse sair pulando em todas as mesas até chegar na sua e matá-lo ali mesmo.

— Acho que ele quer mesmo brigar com você — Uraume falou colocando um pequeno pote azul na mesa — Até eu consigo sentir que ele está nos encarando faz um bom tempo.

— Não vou brigar enquanto eu como sua torta — Sukuna quebrou o contato visual e apertou delicadamente as bochechas do albino — A vida é feita de prioridades, suas tortas estão no topo.

Sentiu que o olhar de Megumi pesando ainda mais sobre si, deu uma breve espiada vendo que o rapaz agora cruzava os braços e estava dando atenção para a garota de cabelos curtos e seu irmão que sentavam-se ao ao lado. Sukuna conseguia ver as vibrações negativas que saiam de Fushiguro, não duvidava que surgisse o fantasma do ciúmes bem ali.

O cheiro da torta tirou totalmente a sua atenção, soltou um suspiro longo sentindo o cheiro inundar suas narinas. Bom, muito bom. O cheiro da carne bem temperada com diversas especiarias, as camadas da torta perfeitamente proporcionais de modo que tanto o recheio como a massa ficassem na quantidade ideal. Ouviu algumas pessoas comentando e dando rápidos olhares para o pote azul. Uraume era famoso pelos seus dotes culinários e todos queriam um pedaço de qualquer coisa que fosse preparada por suas mãos, não era à toa que o clube de culinária havia aumentado de integrantes.

— É uma torta de carne — Uraume sorriu — Coloquei alguns temperos que estou cultivando.

— Da sua horta? — Sukuna se lembrava do dia que Uraume pediu ajuda para fazerem uma pequena horta de especiarias em seu quintal e construírem pequenas estufas assistindo tutoriais na internet, havia demorado uns dois dias para que tudo tivessem completo, mas o baixinho parecia tão feliz que nem havia reclamado da dor de cabeça que tinha sido mexer com as madeiras. E ao menos agora, poderia usufruir verdadeiramente de seus esforços por mais que não tenha nem regado alguma das plantas.

Uraume pegou um pedaço da torta com o garfo e levou o mesmo até os lábios de Sukuna, Itadori sempre achava aquela atitude meio "gay e romântica" para dois amigos, mas nunca se importaram, Uraume era uma pessoa carinhosa mesmo que sempre se mantivesse quieto e na dele, parecendo até mesmo ser frio e desinteressado em tudo a sua volta.

Os olhos de Sukuna brilharam ao sentir a explosão de sabores, ele era um deus supremo da culinária desde quando eles eram mais novos – apesar de suas receitas no início terem sido um desastre total e feito até o próprio Sukuna ir parar no hospital.

— Isso está tão bom! — Falou um pouco mais alto do que deveria e aproximou tanto o rosto que quase se beijaram.

Uraume sorriu tocando a ponta do nariz e afastando o rosto – muito próximos, pensou em sua mente, mas não é como se Sukuna se incomodasse, às vezes ele esquecia o limite de espaço pessoal, principalmente quando se animava.

— Certo minha vez — Sukuna deu uma rápida espiada para ver se Megumi ainda os via e para sua felicidade, ele estava observando como um lobo e parecendo mais puto do que nunca.

Possessivo e ciumento? Não sabia que o mais novo era desse tipo, sempre pareceu tão neutro e tranquilo que imaginá-lo como alguém com essas características parecia piada, mas era dele que estava falando, do rapaz que conseguiu ir do branco ao preto, que conseguia disfarçar muito bem um lado mais sombrio com sua expressão entediada. Ele era uma caixinha de surpresas e quando mais ia ao fundo, mas de sua personalidade era revelada, seja os traços ruins ou bons.

Sukuna gostava daquilo, Megumi era um livro fechado e ele sempre gostou de pessoas como ele.

Pegou um pedaço da torta e levou os lábios do amigo que apenas aceitou, abrindo a boca e devorando a própria criação, Sukuna desejou que Uraume demorasse um pouco mais para que sua afronta tivesse ainda mais resultados. Por dentro, estava se deliciando com aquilo, rolando gargalhando pelo chão.

Ouviu barulhos de bancos arrastando no chão e então o grupo de Fushiguro se levantou caminhando para sua direção, não havia como escapar também, sua mesa era próxima a única saída e entrada do refeitório.

— Me dá mais um pedaço — Sorriu de maneira cafajeste para o amigo.

— Ah… — Uraume sentia-se confuso — Por que?

— Porque é muito mais gostoso quando você que dá — Sukuna saboreou a malícia daquelas palavras falando um tom mais alto para que Megumi conseguisse ouvir, mas não olhou para o moreno, encarava Uraume como se fosse beijá-lo a qualquer momento.

Ouviu o rapaz soltar um suspiro enquanto Itadori e Nobara tavam uma risadinha maliciosa, não notando o como o amigo parecia que estava num dilema de uma vida: bater em Sukuna ou em Uraume.

Uraume mostrou a torta na ponta do talher. Ryomen deveria merecer um prêmio de maior filha da puta. Primeiro mostrou a ponta da língua e depois abocanhou a comida de uma maneira insinuante, deixou que um quase gemido saísse de seus lábios e fechou seus olhos aproveitando o sabor, deixando que sua face ficasse com traços mais suaves. Soltou o garfo com uma arfada, como se tivesse mergulhado e voltando à superfície.

—  Você devia me mostrar um dia o segredo das suas receitas.

— Se quiser, um dia podemos marcar para você ir lá em casa — Uraume respondeu inocentemente, Sukuna agradecia pelo amigo ser um lerdo e não entender que estava quase pedindo que deixasse que ele fizesse um boquete — Como nos velhos tempos.

Ele sorriu bobo segurando o riso, deixando que aquela frase ecoasse em sua cabeça como se fosse um canto de pássaro. A cereja do bolo e ele nem havia se esforçado para isso. Queria abraçar o baixinho e falar o como ele era incrível.

Megumi havia parado um pouco antes de atravessar a porta, seu olhar era como uma faca e ele retribuiu igualmente com seu sorriso mais desavergonhado. 






 

Nobara contava sobre suas investidas numa garota que estava no segundo ano quando Megumi notou uma pequena movimentação de alunos saindo das mesas e sentando em outras. Ryomen Sukuna havia chegado ao lado do que parecia ser seu único amigo, um rapaz baixo e com cabelos quase brancos – existia uma mancha vermelha nos fios na parte de trás e não entendia o motivo daquela mancha estar lá. Os dois se sentaram numa mesa próxima a saída e pareciam estar acostumados com os alunos fugindo de suas presenças só porque chegaram, pois nem se importaram com aquilo. Do modo que sentaram, tanto Fushiguro como os outros dois estavam virados de frente um para o outro.

Como mais nada aconteceu voltou sua atenção novamente para seus amigos, agora Gojo comentava sobre uma festa que havia ido e Yuji emanava uma aura de inveja com a vida social do platinado, já fazia um bom tempo que o rosado comentava que gostaria de ir às famosas festas que Gojo vivia se gabando participar.

— Ei, o que é aquilo? — Nobara exclamou e apontou para frente.

Megumi não conseguiu evitar a expressão de choque ao ver a cena, era Sukuna tocando o rosto do amigo gentilmente, o rapaz estava tão vermelho que conseguia ver mesmo de longe. Fechou as mãos em punho debaixo da mesa segurando suas calças com o pequeno fogo de ciúmes que sentiu vendo Sukuna tocar muito mais tempo que o necessário o rosto do amigo, na realidade, parecia que ele iria encher o outro de beijinhos.

— Eles namoram? Eu só vejo os dois juntos o tempo todo — A pergunta escapuliu dos lábios de Megumi, ele odiou o como aquelas palavras haviam soado, com um pouco de rancor, a sorte era que o trio estava tão entretido com os dois pombinhos que nem notaram o ciúmes em sua voz.

— Ah bem — Yuji voltou a comer seu almoço — Eles tem umas manias um pouco gay de vez em quando, mas acho que é porque são amigos de longa data… Uraume conhece o Sukuna desde criança.

Uraume. Então era aquele o nome dele.

— Não vou mentir, eu shipo os dois — Nobara não conteve o entusiasmo na sua fala.

Megumi se sentiu desconfortável com o comentário e se remexeu um pouco para afastar aquela sensação, mastigando o sanduíche para disfarçar a careta de irritação. Não poderia se autopunir, todo mundo ficaria um pouco incomodado vendo os amigos falarem que a pessoa com quem está saindo combinava com outra - mesmo que eles nem sonhassem que Megumi e Sukuna estavam começando a ficar.

— Eu também! — Por Deus, Fushiguro queria mandar todos calarem a boca — O Sukuna tem duas polaroids deles de uma viagem que os dois fizeram sozinhos coladas na parede bem ao lado da cama.

O jeito que Itadori havia pronunciado “sozinhos” havia soado bastante… sugestivo.

— Ahhh — Os olhos de Nobara brilharam — Aposto que ele fica olhando para elas todas as noites! Que fofo, quem diria que o Sukuna podia ser romântico.

— O Uraume é a única pessoa que ele trata bem também — Gojo comentou atraindo a atenção de Yuji e Kugisaki — Na sala, eles fazem tudo juntos! São inseparáveis e é a coisa mais engraçada ver o Uraume ajudando o Sukuna com os estudos, ele sempre fica irritado porque não consegue entender, mas o Uraume é tão paciente que nem liga em falar a mesma coisa dez vezes.

Os dois soltaram suspiros apaixonados e com os olhos brilhando imaginando aquilo.

— Também ouvi boatos que o Sukuna protegeu Uraume de vários valentões que queriam fazer bullying com ele.

— Oh, consigo ver a cena! — Nobara se levantou um pouco — Socorro, esses valentões estão querendo me bater — Estremeceu fingindo estar com medo.

— Venha aqui ratinho, vou bater em você até virar carne moída — Gojo mostrou os punhos e engrossou a voz, fazendo sua melhor versão de valentão estereotipado.

— Se afaste dele sua merdinha — Yuji passou o ketchup nas bochechas para imitar as tatuagens de Sukuna — Quem vai virar carne moída é você!

— Tenha piedade do meu cu! — Satoru suplicou juntando as duas mãos acima da cabeça em sinal de misericórdia. 

— Sukuna você é tão corajoso! — Nobara apertou as mãos de Yuji, ambos aproximaram o rosto e fizeram um bico como se fossem se beijar.

Megumi queria morrer, queria poder derreter e sumir dali. Já era ruim estar vendo Sulina com outra pessoa, ouvir o como eram próximos e agora tinha que ver encenações bestas. Estava com ódio e seus amigos não ajudavam, queria muito poder gritar para pararem, mas além de estragar toda a graça, teria que dar explicações desnecessárias sobre seu aparente ciúmes.

— Nunca vou deixar nada acontecer com você, Uraumezinho.

— Suzuninha. 

Ambos começaram a esfregar os bochechas soltando gemidos vergonhosos e altos, Fushiguro devia rever o nível das amizades que encontrava.

— Meu Deus, olhem aquilo!

 Uraume estava dando comida para Sukuna diretamente em sua boca. Se antes encarava como um aviso, agora era no modo ameaça. Seu olhar era afiado e qualquer um poderia dizer que o rapaz estava prestes a matar alguém. Mordeu o lábio tentando voltar ao seu estado normal e agir de maneira madura, como sempre foi até concordar em ter aquela relação com Sukuna. Ele devia ter deixado claro que sair com ele significava aguentar suas provocações.

— Ah, eles sempre fazem isso! — Itadori comentou não surpreso ao contrário dos outros.

Megumi tirou os olhos de Sukuna e mirou em Itadori que apenas fez uma cara confusa não entendendo por qual razão o amigo parecia tão bravo.

— Eles são tão… — Nobara não completou a frase — Queria que a Maki me desse comida na boca assim.

Queria bater em Sukuna por fazê-lo passar por isso. Sim, eles só tinham realmente falado "ok, vamos ter essa relação estranha" ontem, então seria errado exigir que ele fosse só dele. Ambos não tinham nada mais além de uma atração sexual e casual. Fushiguro nem ao menos conseguia imaginá-los tendo algo além disso dadas as circunstâncias, uma comunicação quase inexistente mesmo que fossem conhecidos a tempos. Era até um êxito terem chegado naquele nível sem ao menos seguirem os princípios básicos que seria dar indiretas sobre suas segundas intenções, Sukuna apenas apareceu duro e depois "quero que você me bata".

Pronto, ali estavam os dois como amantes secretas.

Mas imaginar ele com outro, imaginar ele tendo intimidades  de uma maneira tão natural sem safadezas era algo que mexia consigo. Talvez no fundo, tinha que admitir que era uma pessoa que gostava de romance e que procurava um relacionamento sério, não instável. Ter algo “casual” não era o que pretendia.

O tatuado ter confessado que queria transar com ele fez com que sentimentos antigos aflorassem novamente, no entanto, eles nunca falaram que seriam unicamente um do outro e seria estranho pois nunca haviam conversado antes. E aquilo fazia sua pele esquentar e coçar, era um incômodo aborrecedor que estava lhe cutucando desde o fim da ligação e não havia maneira de ignorar. Era um fato.

Porém o ciúmes que sentia era incontrolável, assumia que podia ser frutos de sua própria inexperiência em relações amorosas e ser uma pessoa carente – mesmo que fosse difícil de acreditar –  Sukuna o devia ver somente de forma sexual e nada mais, magoou um pouco, mas ao menos, poderia tirar proveitos disso. Melhor do que nada.

Os três já haviam mudado de assunto, nem se importando com Megumi nem ter prestado atenção neles, era corriqueira sua mania de se perder em seus pensamentos ou só ficar quieto durante as conversas, falando o necessário. Terminou de comer rapidamente o resto de seu onigiri e voltou a atenção ao tópico atual da falação, era sobre uma banda que Yuji havia conhecido recentemente.

— Vamos então? Quero ir ao banheiro — Gojo se levantou ajeitando o uniforme.

— Ok, bora! — Yuji fez um sinal positivo.

O grupo caminhava normalmente, Nobara estava ao seu lado quando lhe deu um empurrão e apontou novamente na direção de Sukuna. Sua boca formava um "O" e seus olhos brilhavam.

— Porque é muito mais gostoso quando você que dá — Existia um óbvio duplo sentido naquela maldita frase, o moreno queria deletar aqueles eventos do almoço de sua memória.

Uraume levava novamente outro pedaço da torta até os lábios carnudos, ao contrário da outra vez, Sukuna agora abocanhou a torta como se estivesse prestes a chupar um pau. Ele olhava para Uraume com tanta luxúria que Megumi não conseguia sentir outra coisa além da inveja e possessividade – queria que Sukuna tivesse aquele olhar somente para si e mais ninguém, queria beijar aquela boca e mostrar que aquele cara lhe pertencia.

—  Você devia me mostrar um dia o segredo das suas receitas.

— Se quiser, um dia podemos marcar para você ir lá em casa — Megumi parou junto com Nobara que tinha um sorriso travesso — Como nos velhos tempos.

Se fosse um pouco mais louco, tinha se virado e perguntado o que estava acontecendo ali e o que significava "velhos tempos". Sabia que Sukuna estava o provocando de maneira proposital, mas Uraume parecia que desconhecia as reais intenções do melhor amigo, se não fosse real era um ótimo ator.

— Meu Deus! Se esses dois não se pegaram — Nobara sussurrou.

E aquilo foi o gatilho para que Megumi passasse o resto do dia pensando naquilo.





 

Megumi Fushiguro 11:30 

Vá na sala 3B em dez minutos.

 

Sukuna havia recebido aquela mensagem durante uma aula tediosa de química, aquilo fez com que saísse do quase estado de sono que sentia. Olhou para o lado, Uraume fazia anotações das aulas e estava atento às explicações do professor como o perfeito aluno aplicado que era.

Se levantou e simplesmente saiu da sala falando que estava passando mal, uma visível mentira, mas que o professor aceitou sem contestar nada.

Sukuna caminhou despreocupado pela escola até a sala marcada, ela ficava num corredor com salas vazias e que geralmente eram usadas para clubes ou guardar alguma tranqueira da escola como mesas e cadeiras novas e materiais de papelaria. Por isso, era uma parte pouco movimentada da escola durante boa parte do tempo. Era ideal para casais que queriam fazer coisas a mais ou estivesse tendo uma crise e precisasse de um lugar para ficar sem perturbações - e Sukuna já esteve naquele corredor pelos dois motivos.

Deu uma espiada para ver se não havia ninguém próximo, em especial algum inspetor chato, não vendo ninguém, apenas entrou rapidamente e fechou a porta sem fazer barulhos.

— Pensei que ia chegar atrasado — Megumi comentou rispidamente.

Sukuna apenas sorriu e colocou as mãos no bolso numa pose sossegada esperando que o outro falasse o que tinha que falar. Megumi estava sentado numa mesa e de braços cruzados, seus dedos ficavam tamborilando em seus braços e estava com seu semblante entediado por mais que seu olhar fosse o suficiente para deixar aquela sala em chamas, talvez de tanto ficar com aquela cara de personagem emo de anime se tornou algo natural seu. 

Ele não o encarava diretamente, estava se esforçando para não mostrar irritação, mas Sukuna sabia muito bem ler suas entrelinhas, o jeito que sua boca abria e fechava como se estivesse falando sozinho, a sobrancelha que tremia e os dedos dançando inquietos.

— Me chamou aqui do nada, tem algum motivo?

— Não, apenas queria vê-lo.

— Você está matando aula por mim? Só para me ver? — Sukuna fez um beicinho que apenas arrancou uma careta de desgosto por parte do outro.

— Não seja idiota, chamei porque tivemos aula vaga e não queria ficar fazendo uma atividade que o professor nem passou.

— Está certo — Balançou os ombros assobiando — Mas se for só isso, era só pedir uma foto minha. Eu também tenho aula, sabia?

— Dormir na aula não é um modo de estudo — Revirou os olhos de maneira debochada.

— Não sabia que estava me envolvendo com uma espécie de possessivo stalker enrustido

— O rosto de Megumi corou com o comentário ácido — Acha mesmo que não notei o jeito que estava me encarando no refeitório?

Sukuna se aproximou sem medo da aura de ira, prendendo as duas pernas de Megumi com as suas atrevidamente  e colocou seus braços ao lado do corpo esguio do rapaz, os tiques nervosos pararam e agora estavam em alertas para suas atitudes, Sukuna sorriu com maldade. Aproximou seu rosto até sentir a respiração de Megumi batendo em suas bochechas, os seus lábios secos próximos aos macios, mas o moreno não recuou diante de seu desaforo.

O perfume de Megumi parecia um pouco mais forte do que o habitual, Sukuna sugou o ar deixando-se levar pela fragrância cítrica.

— Você estava agindo como uma puta — Realmente, era adorável vê-lo com ciúmes.

— Qual o problema? A gente não tem nada sério, não ligo se você estiver fodendo com os outros. Só estamos ficando desde ontem — Sussurrou no ouvido de Megumi com um tom de indiferença.

— Você é bem idiota mesmo — Afastou o rosto de Sukuna com as mãos fazendo-o rir. Ele queria cutucar um pouco mais daquela ferida.

Devia ser louco, mas gostava do ciúmes de Fushiguro, era algo mais engraçado do que irritante, mas iria cortar aquele sentimento assim que notasse que estava ficando chato. E eles estavam sozinhos, seria uma pena desperdiçar tempo com algo tão bobo. 

O rosado aproveitou para lamber a mão do outro, apertou delicadamente os seus pulsos com sua mão enquanto chupava os dedos gélidos com sua boca em movimentos lentos e sedutores, Megumi olhava-o com atenção, as íris verdes queimando num misto de curiosidade, surpresa e com um toque de desejo. Era fascinante o como aqueles olhos conseguiam transmitir tantos sentimentos de forma clara mesmo que o resto de seu corpo mostrasse neutralidade.

Sukuna mordiscou a ponta do dedo indicador antes de enviá-lo em sua boca, sua língua brincava como se estivesse num pau. Era um tipo fácil de provocação que estava acostumado a receber e fazer.

Megumi remexeu as pernas e Sukuna desceu o olhar para só então notar o volume que estava ali em sua frente, seus olhos brilharam e seu corpo foi inundado por uma onda de calor, seu próprio pau estava quase duro.

— Você age como uma vadia em todos os sentidos — Sukuna riu soltando o dedo — Mas me incomoda você agir assim com os outros na minha frente — Megumi olhou para sua mão melada com a saliva, ele mordeu levemente o lábio inferior antes de levar a própria boca o dedo indicador e experimentando a saliva de Sukuna como se fosse um crítico, tudo em câmera lenta e em ângulos calculados para que o tatuado tivesse a melhor visão de si. 

Sukuna sentiu uma gota de suor descer pela testa, pela primeira vez sentia-se apreensivo, Megumi parecia estar pensando em algo antes de fazer uma careta mostrando a língua com nojo.

— Sua saliva tá com gosto de comida.

— Eu escovo meus dentes depois das refeições — Sukuna aproximou-se para beijar Megumi, mas foi parado pelo mesmo que tampou seus lábios com a mão.

— Não ouse me beijar com sua boca imunda — Sukuna apenas lambeu a palma do outro como resposta.

— Acho que seu ciúmes está fazendo com que tenha delírios gustativos! — Estalou a língua como chacota.

O mais velho foi surpreendido com unhas – quase como garras – afundando em suas bochechas com brutalidade, Fushiguro estava esmagando seu rosto o forçando a olhar em seus olhos. Era um brilho ameaçador e frio. Engoliu em seco, sentia-se pisando em um terreno perigoso e desconhecido chamado Megumi Fushiguro no modo amante dominador inexperiente e aquilo tinha tudo para dar errado. Sukuna era um idiota, um babaca, quando se tratava de relacionamentos amorosos, mas dava créditos ao mais novo por ser amigo do irmão e por ter despertado um lado dele que não conhecia, além de ter uma personalidade interessante – sim, ele era bonito, mas se estivesse com Megumi só por isso, teria terminado na primeira demonstração de ciúmes.

E o fato de Megumi estar engatinhando em ficar com alguém sexualmente não o incomodava, na realidade, ele até que estava se saindo bem, estava ansioso para ver sua performance na cama, sabia que ele tinha cartas na manga.

— Você vai deixar marcas no meu rosto assim — Brincou antes de segurar o pulso de Megumi com força e tirá-lo de suas bochechas um pouco bruto — Não acha que está muito cedo para deixar marcas em mim?

— Pensei que você gostasse dessas coisas masoquistas…

— Ah eu gosto — Sukuna sorriu — Mas Megumi, isso não significa que vou ser submisso a você em todos os aspectos. Não tô afim de por aí exibindo que estou saindo com alguém.

O garoto piscou confusamente antes de se afastar com uma cara de descrença.

— Acha que vou me apegar a você ou algo assim? Tem que ser muito narcisista para achar — Suas palavras saíram com ódio.

Sukuna não teve muito tempo para pensar numa resposta antes que as mãos hábeis segurassem o colarinho de seu uniforme e o puxasse de modo selvagem, suas testas quase se batem se o moreno não parasse o impacto antes.  A respiração quente de Fushiguro batia em seu rosto saindo de seus lábios entreabertos e dentes a mostra como de um lobo, seus olhos ardiam de raiva, não por ciúmes e sim pelas palavras de Sukuna, a forma que o rosado o tratava como se estivesse loucamente apaixonado e carente. 

— Só estava dando a atenção que você praticamente me implorou para dar naquele dia — Megumi murmurou em seus ouvidos, Sukuna sentiu as perna vacilarem um pouco quando ele o afrouxou o aperto, sentando novamente na mesa e puxando Sukuna pela gola da camisa como se fosse uma boneca de pano.

Estavam próximos mais uma vez, mas Megumi já  havia mudado sua postura para seu semblante imparcial habitual.

— Devo te agradecer por isso? — Perguntou caçoando.

— Vou deixar as coisas claras, você pode sair foder e dar a bunda para quem quiser, não na minha frente — Megumi soltou uma das mãos e acariciou os lábios de Sukuna — Como você mesmo disse, eu também não estou preso a você — Deixou um sorriso cínico morto  em seus lábios, havia uma coisa estranha no jeito que foi dito, mas Sukuna não conseguiu entender o que havia por trás — Quando estivermos sozinhos você é… meu cachorro — Riu com as próprias palavras — E se você acha que vai conseguir me foder tão fácil — Megumi aproximou sua boca da orelha de Sukuna dando uma lambida vagarosa — Está enganado — Desceu até seu pescoço onde deu uma mordida e um beijo em seguida. 

— Como?

— Eu sou exigente — Megumi parecia o próprio demônio — Que tal você me chupar para começar?

Megumi soltou a mão da camisa e se ajeitou confortável com as pernas abertas. Sukuna tinha as bochechas coradas e estava estático, Megumi era muito rápido, ele mudava de personagem rápido demais para que pudesse acompanhar. A situação havia saído de uma briga por algo sexual. Realmente, queria saber o segredo que o moreno tinha de quebrar climas tensos como aqueles naturalmente.

— Sukuna? — Megumi o chamou.

— A-ah — Gaguejou.

O moreno riu.

— Você nunca foi dominado antes, né?

— Pensei que era óbvio isso.

Megumi apenas soltou um sorriso meigo desabotoando o cinto e sua calça, deixando à mostra a cueca e o volume dela. Ele usava uma cueca cinza que combinava bastante com seu tom de pele.

Belo volume, pensou

— Eu te dei uma ordem.

Sukuna sentiu as bochechas corarem de novo, sem tirar a vista dos olhares frios e do sorriso cafajeste,   obedeceu ficando de joelhos. Ele não era inexperiente, muito pelo contrário, mas Megumi o fazia ficar tão nervoso que sentia como se fosse sua primeira vez. Apesar que tinha que admitir: nunca havia feito um boquete em outro homem.

Ele já havia transado, duas vezes, com homens, porém foi o ativo e eles nunca pediram para Sukuna fazer aquilo – até havia perguntado, mas o outro havia negado. No final, só sabia foder e masturbar outro cara. Boquetes sempre foram algo presente em sua vida sexual, ele sabia chupar uma mulher agora um homem… estava frito. Olhava para o pau de Megumi como uma bomba.

— Sukuna… — Ouviu o outro lhe chamar mais uma vez, olhou para cima encarando os olhos verdes — Você nunca chupou um cara, certo?

Todo momento em particular com Fushiguro era um motivo para desistir da vida e virar um monge nas montanhas. Seria uma eterna repetição de momentos vergonhosos? Megumi devia ver algo em si mesmo com todas as palhaçadas que fazia.

— Quer que eu te ensine?

Estranhamente, Fushiguro não parecia estar o julgando, com raiva ou desapontado, na realidade, parecia bastante empático e paciente. Aquilo fez Sukuna se sentir melhor consigo mesmo e mais a vontade. Ele é tão incrível, esse pensamento rodeava o cérebro de Sukuna, sentia-se uma protagonista de shoujo numa versão para maiores.

— Você é muito legal, Megumi Fushiguro — Falou sem pensar.

As bochechas do rapaz ficaram um pouco rosadas, assim como as de Sukuna. Ele tossiu um pouco e desviou o olhar para se recompor, aquilo tinha sido fofo, o suficiente para querer mais de Sukuna e seus lados mais meigos.

— Certo, vamos começar… — Megumi pegou o cabelo de Sukuna e aproximou o rosto para suas partes íntimas.

Megumi era quente, seu nariz e boca praticamente beijavam o membro duro. Continuou parado, as mãos fechadas em punho e encarando tímido o moreno esperando por suas ordens, os dedos de Fushiguro começaram a fazer um cafuné gentil, Sukuna fez uma nota mental para que caso Fushiguro realmente fosse virgem, seria tão cauteloso e atencioso como ele era.

— Comece provocando… lamba por cima da cueca, sinta, beije e de leves mordidas. Quando se sentir à vontade, pode tirá-lo para fora — Seu tom era encantador e suave mesmo que seus olhos no fundo tivessem uma malícia desesperada, um lado que queria sair para fora.

Sukuna prontamente seguiu as ordens juntando o resto de confiança que tinha, queria agradar Megumi de todas as formas possíveis, era uma necessidade urgente que possuía desde começou a fantasiar com o mais novo. Começou distribuindo breves beijos por toda a extensão do pau, ainda um pouco acanhado, mas Fushiguro não parecia se incomodar com sua timidez repentina, certamente, estava aproveitando ter uma Sukuna tão retraída. Masoquistas e submissos eram fofos quando ficavam tímidos, certo? Pelo que havia visto, era uma qualidade que muitos dominadores gostavam. Poderia brincar com esse papel inocente se Fushiguro gostasse.

A fantasia de se imaginar fingindo ser puro quando na realidade não era só para ter a sensação de estar entrando num mundo novo cheio de sexo com Megumi o fazia delirar –  apesar que, o menino realmente o levaria para um novo patamar sexual.

Começou a dar beijos mais longos e abrindo mais a boca com um pouco menos de delicadeza, seus olhos ora estavam fechados e ora abertos para estudar o semblante de Megumi e ver o que fazia-o estremecer. Megumi era bastante expressivo quando se tratava de sexo, ele não escondia suas expressões e gemidos baixos - apenas condia o impulso de tirar o próprio pau e afundar na garganta de Sukuna.

— Lamba.

Megumi soltou um gemido mais longo quando o parceiro fez um caminho de saliva indo da base até a glande. Fushiguro queria tirar a cueca e fazer Sukuna o chupasse inteiro, mas havia prometido ser paciente. Sukuna era extremamente quente, sua mão, seu rosto e principalmente sua língua, ele queria sentir o músculo passeando em seu pau sem nenhum tipo de proteção, a boca úmida chupando intensamente até que ambos ficassem ar. Queria fazer Sukuna se engasgar, se sentia um pouco mal, mas realmente queria sufocá-lo até que seus olhos se enchessem de lágrimas e o olhasse de maneira suplicante e submissa. Falaria sobre isso um dia com Ryomen, não seria louco o suficiente para fazer aquele tipo de coisa ali e agora, as chances de dar merda eram muito além de um Sukuna puto e perdido, mas a probabilidade do outro vomitar o próprio almoço.

Já tinha ouvido aquilo algumas vezes, histórias de tentar foder a boca do outro e terminar daquele jeito. Nojento.

O tecido da cueca estava molhado com saliva e pre-gozo. Sukuna abocanhou a glande fazendo com que Megumi gemesse um pouco mais alto e surpreso, ele puxou com um pouco mais de força os cabelos e seus quadris vacilaram um pouco.

Sukuna sorriu orgulhoso com seus feitos dando um beijo literal naquela parte, Megumi tampou sua boca com uma das mãos, seus olhos estavam suplicantes por mais. Ao menos, para putaria, ele aprendia rápido. 

— Posso? — Se referiu aos seus dedos agarrando a borda da cueca.

— Você não precisa pedir. Eu disse que era só quando sentisse confortável.

Ele era realmente adorável, Itadori tinha sorte de tê-lo como amigo.

Sukuna abaixou a peça até onde era possível, o pau de Megumi bateu em seu rosto o fazendo piscar deliberadamente, sua boca formando um “o” em estado extasiado. 

Fushiguro devia ganhar o prêmio de pau mais bonito. A glande era rosada e a cor ia esmaecendo até chegar na base, a pele ao redor era pálida, muito mais que o resto de seu corpo, e macia devido a depilação recente – então o rapaz estava planejando fazer aquilo com Sukuna? Talvez não fosse um simples acaso afinal.

Era grande, suspeitava até que fosse um pouco maior que o seu, apesar de não ser tão grosso quanto, estava na média e o ideal, agradecia na verdade esse fato, ou ele obviamente sufocaria. Quem diria que logo Megumi, um rapaz alto e macricela teria a porra de uma vara de pescar no meio de suas pernas, aquele papo de nos pequenos potes que tem grandes surpresas era balela. Se um dia Fushiguro quisesse foder sua bunda, ia ter que implorar bastante.

— Nunca viu um pau? — Brincou acariciando os fios rosas — Só lamber e chupar, cuidado com os dentes.

Sukuna fez um bico adorável tocando  gentilmente o pênis duro e mirá-lo em sua boca, mas antes que sequer encostasse em sua boca foi para por Fushiguro.

— Acho melhor deixá-lo mais molhado antes de chupar. Espere um pouco.

Megumi cuspiu na própria mão e depois levou-a ao pau se masturbando num ritmo rápido e de movimentos forte, ele mordia o lábio inferior, todo seu rosto estava vermelho e seus olhos estavam marejados de luxúria, mas o tatuado não estava prestando nisso.

Não conseguia parar de olhar para o membro que soltava pré gozo, era bastante hipnotizante. Seu próprio pau estava duro e ensopado dentro da calça e implorava atenção.

— Me chupe, minha cadelinha.

Ryomen corou antes de colocar o pênis do outro em sua boca. Era uma sensação diferente, muito diferente, e também tinha o gosto – não que o incomodasse, era distinto. 

— Fica só na cabecinha… fique girando sua língua ao redor, dessa forma.

Megumi puxou seu braço e então capturou um de seus dedos, ele sorriu traiçoeiro antes de abrir a boca e vagarosamente exibir a pequena língua que começou a girar em volta de seu dedo, a maneira como movimentava era precisa e estimulante, exibia um sorriso maliciosamente perigoso e provocador, estava desafiando-o, não era uma demonstração. Ele estava ditando como queria e o incitava de um modo duvidoso, Sukuna estava em dúvidas se Megumi estava apenas sendo gentil e safado ou estava lhe humilhando, dizendo como alguém que se gaba por ser mais experiente estava recebendo ajuda de um iniciante. 

Sukuna começou a imitar os movimentos circulares, aceitando aquela provocação de Megumi, iria prová-lo que poderia fazer o melhor boquete que recebeu em sua vida. Aquilo exigia bastante concentração, muito mais do que imaginava e nem estava fazendo nada demais, queria descansar, suas bochechas estavam queimando, entretanto, seu orgulho era muito maior para deixar aquele pau escapar de seus lábios.

— Isso, fica nesse ritmo — Megumi gemeu — Para uma primeira vez, você está saindo bem.

— Eu tenho um ótimo professor.

O moreno riu jogando a cabeça para trás.

— Tente ir mais fundo e sugar as vezes.

— Axim? — Sukuna tentou falar com o membro na boca antes de dar uma sugada e afundar mais o pênis em sua boca.

— Acho que vou querer você mais vezes tentando falar com meu pau na boca.

Sukuna apenas estreitou o olhar e voltou a se concentrar em seus movimentos. Ele realmente iria agir como um submisso rebelde, não podia se controlar, gostava de sentir a adrenalina da imprevisibilidade que Megumi transmitia. O fazia ficar ainda mais louco e obcecado por Fushiguro.

Não havia nem chegado na metade, mas sentia a glande chegar num lugar perigoso que o fazia vomitar. Fechou os olhos ignorando a sensação.

— Fala meu nome — Megumi pediu.

Sukuna ia tirá-lo da boca, mas foi impedido pelo outro.

— Quero que fale com meu pau enterrado na sua boca.

Sukuna continuou quieto, sua resposta foi um olhar desafiador.

— Eu disse… — Megumi segurou com mais força — Para falar meu nome.

O rosado continuou quieto fingindo que não ouviu chupando-o preguiçosamente. Megumi fechou os olhos num suspiro, como se lidasse como uma criança levada.

Puxou o rosto do outro para frente, enviando seu pênis ainda fundo na boca alheia, Sukuna sentiu lágrimas escorrendo enquanto se engasgava com o pau, seus olhos esbugalhados em surpresa. Megumi rapidamente o afastou antes de ter um refluxo de enjôo, deixando que se afastasse um pouco recuperando o fôlego enquanto tossia, ainda sentindo como se estivesse sendo sufocado, deu uma mirada de raiva que foi recebida apenas por uma risada anasalada de humor, os lábios de Megumi tremulavam querendo rir da cena diante de si.

Seus lábios estavam inchados e molhados, o rosto vermelho e olhos marejados. Tinha uma carranca, a boca sendo espremida e o nariz remexendo como de um coelho nervoso. O uniforme com gola abarrotada e cabelos bagunçados, de joelhos e respirando com dificuldade. Sua pose era de alguém que havia caído numa armadilha e não havia gostado. Uma visão que agradou Megumi.

— O que você pensa que está fazendo?

— Castigando você — Acariciou suas bochechas.

Olhos mortos, desde quando eles estavam ali? Megumi agora estava sério, não havia nenhum rastro de sua risada e humor cômico, foi substituído por algo tão calmo que chegava a beirar a psicopatia, aquilo rendeu uma série de arrepios em suas costas. Os olhos verdes o analisavam, predatórios e mortais.

— Agora volte e me chupe como a vadia que você é.

Sukuna não conseguiu responder, antes que reclamasse Megumi já havia colocado seu pau em sua boca, agora de uma forma menos agressiva.

Começou a pegar o ritmo novamente, não demorou para ficar duro novamente diante daquele olhar frio, Megumi ainda soltava gemidos –  baixos como sussurros. Ele se esforçava para controlar seus impulsos e suas reações, Sukuna realmente se sentiu dominado e na palma de sua mão, era uma versão light de um Fushiguro sádico.

— Você parece um prostituto, Sukuna… — Gemeu — Que boca quente.

Se quisesse, gozaria ali mesmo com apenas aquelas palavras. Apertou o pau sobre a calça querendo dar a si mesmo um pouco mais de prazer.

— Quer se tocar enquanto me chupa? — Megumi tinha um tom perverso e igualmente excitante enquanto Sukuna concordava com a cabeça — Vou deixar só porque estou tirando a virgindade da sua boca.

Sukuna gemeu tirando seu membro para fora sem rodeios e iniciou os movimentos de vai e vem, Megumi o analisava enquanto  lambeu o lábio inferior ao ver o pênis duro e grosso do mais velho estar quase ao ponto de gozar.

— Gosta quando faço isso? — Megumi movimentou seu quadril para frente e para trás fazendo seu pau ir o mais fundo que podia na boca do rosado fazendo o arfar e gemer.

— S-xim — Respondeu, uma lágrima desceu pelo seu rosto — Negumi...

Megumi deu um gemido arrastado ao escutar o outro tentando pronunciar seu nome, havia uma certa fofura como Sukuna se esforçava para pronunciar certo, mas era difícil ver só o lado inocente quando o outro estava literalmente tentando falar com seu pau na boca. Ele fazia uma expressão doce e sacana, os olhos se apertando e sobrancelhas se juntando igual aos animes e mangás yaoi que já havia visto. As vezes quando enviava o pau um pouco mais fundo os olhos do rosado se esbugalhavam e ele olhava para cima, como se pedindo misericórdia e ao mesmo tempo mais daquilo.

Estava se acostumando rápido após a invasão repentina. Megumi segurava seus cabelos possessivamente, seu pau quente saia e entrava em sua boca numa velocidade moderada. Às vezes parando para Sukuna descansar.

— Já está chorando? Só chupou metade.

Sukuna fechou os olhos tentando conter as lágrimas antes de voltar a encarar o moreno com uma expressão desafiadora, era de se esperar que por mais que ele quisesse ser humilhado ainda teria um lado indomável e rebelde. Fushiguro gostava daquilo, era um desafio que queria pegar.

— Você é lindo desse jeito…

 Sukuna ficou mais vermelho ainda e desmanchou a carranca, pela primeira vez, parecendo genuinamente perdido. Meigo, gostava de seu lado tímido, mas amava ainda mais vê-lo ficar irritadiço com suas provocações –  e também quando o provocava.

— O cara mais temido da escola tá chupando meu pau — Megumi saboreou aquelas palavras — Está gostando de chupar um pau pela primeira vez?

— Sim… — Respondeu com dificuldade colocando novamente o membro em sua boca demonstrando o quão necessitado estava para senti-lo novamente — Meguni Fuxiguro, seu pau é muito… gostoso.

Os olhos de Megumi brilharam. Ele realmente não ligaria de puxar Ryomen para um beijo ardente nesse momento.

 — Apesar dos dentes, você chupa muito bem pra um iniciante. Meu Sukuna...

Sukuna suspirou com aquelas palavras, seu corpo finalmente relaxando. Havia algo no jeito que Megumi era possessivo durante o sexo que o atraia, realmente não ligaria se ele o chamasse dos piores nomes possíveis se no final o que reinava era justamente aquele poder de dominância, porque ali ele era só de Megumi Fushiguro. Sukuna aceitou o fato de que Megumi aparecesse com uma coleira, um chicote e tiaras com orelhas de cachorro, ele ficaria de quatro e ia latir quando o outro mandasse.  Oh merda, ele realmente quer fazer isso com Megumi um dia.

Suas bochechas ardiam como o inferno, tanto pelo seus pensamentos exóticos como pelo cansaço das sucções.

— Eu realmente quero ser foder sua boca, só não faço porque ou você se engasga ou … — Megumi gemeu — Vomita. E não queremos isso.

Sukuna soltou o pau arfando, sentindo que havia falhado consigo mesmo.

— Cansou?

Ele ficou em silêncio, respirando profundamente. 

— Infelizmente sim… — Respondeu envergonhado.

— Tudo bem… só deixa essa boca aberta pra eu gozar dentro. Quero ser a primeira pessoa a fazer isso em você — Puxou os cabelos com força fazendo Sukuna abrir a boca soltando um gemido de dor — Mas pela sua incompetência, nem pense em gozar na minha frente agora.

— Ah? — Não conseguiu evitar o tom de tristeza.

— Desculpa, eu passei dos limites? — Afrouxou o aperto — Eu sei que é sua primeira vez fazendo isso…

— Não precisa se preocupar com isso — Sorriu — Eu não me importo em ser humilhado dessa maneira, acho que é um incentivo para eu fazer melhor na próxima vez, não quero decepcionar você… Não é como se eu também não fosse acabar chamando você de frouxo também.

— Do que você tá falando?

— Já recebi puxões de cabelos mais fortes de outros caras que já transei.

Silêncio.

— Passei dos limites?

— Sukuna — Megumi suspirou — Você realmente sabe como me fazer ficar com vontade de puni-lo.

Sukuna riu.

— Quero que saiba que você pode até me foder — Megumi começou a se masturbar — Mas quem vai precisar ficar a merda do dia todo na cama de repouso vai ser você, seu fodido.

Sukuna se contorceu, como queria se aliviar naquele momento.

— Se um dia você pisar dentro do meu quarto — O moreno arfava, seus olhos brilhavam e Sukuna queria muito saber sobre o que Megumi pensava — Você vai sair de muletas.

— Vai rebolar e quicar em mim até eu não sentir as pernas?

— Rebolar? Para você? Não me faça rir, você que irá — Riu sedutor — Vou comprar a merda de uma coleira e fazer você andar de quatro pela casa toda sendo arrastado por mim.

— Puta merda, faça isso!

Fushiguro sorriu e deixou a cabeça tombar para trás junto com os ombros, a glande inchada roçando e batendo nos lábios de Sukuna devido ao seu ritmo rápido. O tatuado mostrava a língua, sempre que sentia o membro encostar lambia como podia, aquilo fez Megumi rir de modo cafajeste.

— Seria uma pena se alguém visse o quão cadelinha você é por mim — Gemeu.

O pau pulsando na mão, estava quase lá.

— Na próxima, vou foder sua boca até gozar na sua garganta.

Sukuna suspirou com aquilo sabendo que não era apenas um blefe.

— Quer que eu goze na sua boca? — Perguntou — Pense bem na resposta. Estou dando opções.

— Sim.

— Então peça…

— Megumi Fushiguro, por favor, goze na minha-

Fushiguro revirou os olhos enquanto gozava, sem ao menos esperar o outro terminar a frase, seu sêmen preencheu a boca de Sukuna e também voou para sua bochecha e queixo. Sukuna gemeu enquanto gozava logo em seguida sujando sua calça, fazendo o moreno revirar os olhos.

— Engole — Megumi tampou a boca.

Sukuna respirou fundo antes de engolir a porra, era um gosto um pouco doce e que terminava amargo. Fez uma careta mostrando a língua que divertiu Fushiguro.

O moreno tirou um lenço do bolso e limpou-se sem falar nada. Sukuna permaneceu parado, apenas assistindo o outro se ajeitar, ele era tão rápido que quando arrumou o uniforme e cabelo nem parecia que havia acabado de receber um boquete.

— Pode pegar — Jogou — Vai precisar…

A aparência de Sukuna, tudo ali o indicava sexo. Cabelo, lábios inchados, rosto com gozo começando a secar na pele, a camisa amarrotada e a calça toda melada. Era até um pouco deprimente de se ver quando se comparava a Fushiguro, parecia que o mais novo havia atacado o outro.

— Que merda — Suspirou notando sua situação.

Megumi soltou um sorrisinho.

— Posso pegar uma calça para você no achado e perdidos.

— Que gentil — Fez um beicinho — Mas não precisa, daqui a pouco é a saída.

Megumi aproximou-se ajudando Sukuna a se arrumar, mesmo que nem ao menos tivesse pedido por aquilo, mas não ia reclamar. Ele penteava seus cabelos com os dedos e tentava deixar os fios rebeldes no lugar, ele fez uma carranca adorável notando que os cabelos rosas não iriam ficar comportados do jeito que queria. Agora que podia apreciar bem seu rosto, notou como os cílios de Fushiguro eram longos e delicados e quando piscava era como se movesse em câmera lenta, pesados para acompanhar as pálpebras.

— Vai ficar aqui até todo mundo ir embora?

— Não creio que vai me deixar sozinho! — Exclamou manhoso ao notar o teor daquela pergunta.

Revirou os olhos levantando Sukuna e pegando o lenço de suas mãos. Ele tocou gentilmente seu queixo e limpou as gotas de gozo que pingaram para fora, Ryomen continuou sem se pronunciar sobre os cuidados, apenas curtindo o momento de ser mimado pelo projeto de emo.

— Daqui a pouco eles vão me procurar e se acharem a gente assim, vão ver que algo aconteceu — Comentou ao terminar.

Mesmo que não fosse sua obrigação, Megumi estava praticamente arrumando Sukuna, agora desamassava o colarinho e a gravata.

— Certo, me abandone.

— Quem está sendo o meloso agora? — Brincou terminando o nó e pretendo um pouco de mais a gravata para dar ênfase a sua frase.

— Isso, me enforca! — Gemeu um pouco alto, quem estivesse passando do lado de fora certamente ouviria.

Megumi deu um tapinha em sua cabeça antes de rir com a brincadeira.

— Te vejo por aí então… — Sorriu assim que viu que o parceiro parecia apenas bagunçado, mas não com cara de sai de uma orgia — Ryomen Sukuna!

 


Notas Finais


Eu amo um Megumi ciumento, ele parece muito ser do tipo que sente ciúmes mas não fala.
eu realmente gostei de escrever esse cap, mas depois de reler ele umas três vezes eu o odeio profundamente pqp q troço grande.
Mas Megumi, como você sabe como é um boquete? hmmmmm

falando nisso, eu acho que a versão de gimme more da britney spears combina com essa fic - tanto a original quando todas as versões. sugiro que leiam as próximas cenas hot ao som dessa música, em especial aquelas que são slowed
na realidade, eu tenho o costume de ouvir músicas nesse estilo quando escrevo essa fic, caso quiserem, faço uma playlist para escutarem <3


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