História Me Leve - Capítulo único

Como todo ano sempre sou a primeira aluna da sala a chegar escolho a melhor carteira, a mais confortável e fico olhando pra porta esperando alguém novo chegar. - Como é excitante o primeiro dia de aula - Eu podia sentir minha barriga revirando quando ouvia o barulho da escada, mas com quinze minutos de espera ninguém ainda havia aparecido na sala. Até que tive uma leve impressão de está havendo algo de errado, então fui em direção da porta e vi Sango minha melhor amiga desde sempre.

- Ei Sango, o que está havendo? Não vamos ficar na mesma sala?

- Claro que vamos, né? Onde você se meteu? Não olhou o mural? – Eu a olhei com dúvida.

- Eu tava aqui na sala, E não olhei o mural, nunca olho mesmo.

- Nossa sala mudou, agora no terceiro ano, será a sala número 4.

- Nossa e eu sozinha naquela sala. Bem minha cara fazer isso mesmo. - Falei sorrindo de mim mesmo.

Sango começou a ri de mim como sempre, quando eu fazia algo muito absurdo, o que não era pouco já que era a menina mais desastrada que conhecia. Fomos andando juntas contando novidades e falando das expectativas para aquele ano e principalmente ''alunos novos''. Como estudávamos há muito tempo naquela escola sempre ficávamos ansiosas pelo primeiro dia com aquele frio na barriga para conhecer os alunos novos, era a única novidade importante na primeira semana de aula, fazer novos amigos. Eu já estava pra explodir de felicidade quando ela falou uma frase que me deixou murchinha, murchinha.

- Esse ano só entrou dois alunos novos e pelo jeito é um casal.

Entramos na sala e escolhi qualquer carteira já que tinha praticamente acabado as opções, acabei ficando com uma carteira, não muito confortável, na janela. Logo percebi que estava sentada atrás do garoto novato. Um belo aluno novato que tinha um longo cabelo prateado que estava preso num rabo de cavalo. Ele conversava descontraidamente com uma garota bem parecida comigo, porém possuía uma expressão nada simpática. Ela olhou pra mim com uma cara de poucos amigos, mas logo voltou a prestar atenção no que o garoto estava falando.

Alguns minutos depois o sinal tocou, eles se separaram - Que estranho não sentarem perto - Decide cumprimentá-lo.

- Bem vindo, boa sorte no seu primeiro dia de aula. – Dei o meu sorriso mais simpático.

- Obrigada... – Disse secamente.

- Como é seu nome?- Perguntei curiosa.

- Hum, se eu falar você não fala mais comigo? – Olhei com uma expressão ofendia.

- Que grosso. Agora não quero mais saber. – Fiz biquinho e ele sorriu da minha cara.

- Meu nome é Inuyasha, aquela. - Ele apontou para uma garota com longos cabelos negros e pela bem branca, que parecia muito comigo. - é minha namorada.

Eu sorri nesse momento o professor entrou na sala começando a aula sem rodeios.

'' Estamos aqui para estudar somente para isso, não permitirei gracinhas. Meu nome é Franck. Vamos começar ''

Depois da curta apresentação, teve 50 minutos de explicação de matemática - Que saco- Olhei algumas vezes para Sango que estava, como sempre, muito concentrada em cada palavra que o professor dizia. A aula correu tranquila até o exato momento que o professor decidiu me chamar para conversar fora da sala.

- Seu antigo professor de matemática disse para eu tomar precauções sobre você mocinha. Contou que você é aplicada, mas dificilmente consegue acompanhar a turma. O que você me diz sobre isso?

- Professor, isso só acontece em matemática... - porque tenho que passar por isso, droga.

- Se esforce mais esse ano mocinha. Está liberada para as outras aulas.

Sai daquela conversar uma pilha- colocando pressão no primeiro dia de aula, que azar meu. Entrei na sala novamente com a cabeça baixa, notei que tinha um recado em cima do meu livro de matemática.

'' Legal, você não me disse seu nome, será que eu não mereço? Se eu mereço me encontra na segunda porta à esquerda no terceiro andar, no final da ultima aula. ''

Inuyasha

Pegou-me de surpresa eu tentei me concentrar nas aulas após isso, mas era totalmente inútil.

No final da ultima aula dei um abraço na Sango e sem explicar fui para o terceiro andar-Não tem mal nenhum eu dizer meu nome e ir embora-  Abri a porta vagarosamente e vi rapidamente seus cabelos, então sua mão me puxou para dentro da sala e cai no chão - Ai meu deus, esse menino é louco.

- Você demorou muito- ele me olhou nos olhos- eu já estava achando que não vinha.

- Meu nome é Kagome Higurashi.

Eu o empurrei me levantando do chão e tentei ir em direção à porta, mas fui impedida rapidamente por ele.

- Calma, não precisa de pressa, vamos conversar. – ele olhava profundamente nos meus olhos.

- Estou com pressa. Depois a gente se fala.

Ele sorriu puxando meu braço, sussurrando no meu ouvido.

- Não precisa ter medo de mim, sou bonzinho. Quero mesmo é só conversar. - Ele olhava no fundo dos meus olhos, podia sentir sua respiração. Era a primeira vez que meu estomago revirava assim- Você é tão bonita.

Fiquei totalmente sem reação, tentei sorri. Nesse momento ele encostou sua testa na minha e olhou no fundo dos meus olhos, meu coração começou acelerar, minhas pernas não estavam mais em meu comando, senti meu rosto esquentando, seus olhos fortes tentavam me dizer algo, não sabia o que - Isso ta indo rápido demais, longe demais.

Estava com uma mistura de medo com vontade, essa mistura subia na minha espinha em forma de arrepio, seu rosto estava num sorriso maldoso que o deixava sexy, mais atraente sentia vontade de beijá-lo. - Não posso fazer isso ele tem namorada, isso mesmo ele tem namorada, NAMORADA- Empurrei ele que estava bem próximo de meu rosto e sai correndo em direção a porta, não olhei para trás.

Estava assustada o suficiente- Que cena mais bizarra- Meu coração ainda estava batendo descompassado- Não confie em um garoto assustadoramente sedutor.

...

Cheguei em casa e logo dormi. Acordei por volta das duas da manhã fiz minhas tarefas e prestei muita atenção nas questões de matemática - Tenho que fazer certo dessa vez- Quando era por volta das três e meia voltei a dormir.

Na escola ele me tratou como se nada tivesse acontecido por semanas, mas especificamente 2 semanas 4 dias e 2 horas. Até receber um bilhete.

‘’ Oi, espero que não tenha esquecido o que aconteceu se esqueceu vou te fazer lembrar (risos). Aquela garota que te disse que é minha namorada se chama Kikyou, e não se preocupe com ela’’

Inuyasha

Escrevi no verso do bilhete.

‘’ Esquece, você está me deixando irritada, eu não quero lembrar nem um pouco do que aconteceu entre a gente. ’’

Kagome

Entreguei o bilhete e nesse momento o sino do intervalo tocou. Sai rapidamente da sala, como estava sem fome fui me sentar nos bandos em baixo das árvores. O primeiro dia passou pela minha cabeça como um filme eu sentia e vivia aquele momento novamente, meus pensamentos foram interrompidos por Sango.

- Está me ouvindo Kagome?

- Sinceramente, não. - respondi abaixando a cabeça.

- O que está acontecendo? Ta estranha ultimamente...

- NÃO CONSIGO PARAR DE PENSAR NO INUYASHA.

Olhei para Sango, que estava com uma expressão de total surpresa e naquele momento percebi que tinha falado a coisa errada no momento mais errado ainda.

- Então é por isso?

- Isso o que?

- Ouvi ontem Inuyasha discutir com Kikyou.

- Eu não to sabendo de nada disso. - Falei com uma expressão surpresa, não estava acreditando nenhum pouco que eles poderiam ter brigado por minha causa.

Passei 5 minutos contando o que aconteceu no primeiro dia de aula, ela estava totalmente surpresa. Assim que terminei de contar tudo a ela esperei os outros alunos subirem - Evitar o amontoado de gente na escada. Fui em direção a escada quando senti uma mão puxando, virei para ver quem era e cai nos braços dele, Inuyasha. Ele olhou pra mim profundamente e senti sua boca encostar levemente na minha.

- Você fica linda pensando em mim.

Naquele momento já não conseguia me controlar - Não minta para si mesma- Minhas pernas tremiam - Ele tem namorada - Meus olhos que estavam fechados se abriram nesse momento.

-  Kikyou- Sussurei.

Inuyasha colocou o seu dedo delicadamente na minha boca, aproximou-se do meu ouvido e sussurrou.

- Não podemos e nem conseguimos negar para ninguém o que sentimos, agora olhe nos meus olhos e diga.

Olhei nos seus olhos e naquele momento percebi que ele estava certo. Mesmo assim as palavras não saia da minha boca. Ele olhou para o lado direito, olhou para mim novamente encostou a ponta do seu nariz no meu e me beijou profundamente, como se fosse a ultima coisa que faria na vida.

Quando nossos lábios se desencostaram ele pôs novamente a ponta do seu nariz no meu e sorriu.

Inuyasha me chamou para fugirmos das outras aulas, assim foi, passamos o resto do tempo conversando e pensamos em como íamos contar para a kikyou.

- Eu conto e encerramos o assunto por aqui.

- Mas...

Fui interrompida por um beijo.

Kikyou

Poderia até está errada, mas eu sei que não estou. Os dois desapareceram, provavelmente saíram juntos, por essas e outras que o Inuyasha está vindo com esse papainho de que nós não damos mais certo.

Senti raiva e uma ponta de conformação. Pra quê querer uma pessoa que não te quer? Pedi permissão para o professor Sanchez e fui ao banheiro - Pare de se preocupar, Kikyou, o máximo é vocês terminarem – Mas eu não quero terminar. Comecei a chorar naquele momento.

Minhas lágrimas não paravam de sair e sabia que a dor não ira passar, mas eu iria mesmo fazer de tudo para que ela saiba o que estou sentindo agora, minhas lágrimas de sangue não serão derramadas por nada. Ninguém ainda conhece meu lado ruim. EU SOU RUIM. Sorri pensando em como iria fazer aquilo. A dor melhorou, mas ainda estava lá esperando por ela, esperando ela senti.

Kagome

Meu coração já batia normalmente quando chequei em casa e fui logo me deitar, mas só foi quando eu encostei minha cabeça na cama que percebi que ele tem namorada-  NAMORADA- Me senti péssima,nunca passou na minha cabeça fazer isso com alguém, machucar alguém. A campainha tocou no momento que meus olhos ficaram marejados. Desci apressadamente limpando os olhos quando abri a porta, não acreditei no que vi.

- Oi, como sabe onde eu moro?

Medo era a palavra que definia o que estava sentindo naquele momento, queria que Inuyasha estivesse ali do meu lado.

- Kagome, sabia que eu fui traída?

Quem não teria medo de uma situação dessas? Veio-me um arrepio na espinha no momento que ela pôs a mão no meu ombro.

- Eu só quero conversar.

Ela passou por mim e atravessou a porta ouvi um barulho, o que representava que ela tinha sentado no sofá. Me virei confirmei o que tinha pensado - Ela já sentou no sofá- fechei a porta e andei vagarosamente em direção ao sofá.

- Ok, eu não vou desistir do Inuyasha, não sei o que fez com ele para ele terminar comigo apenas por causa de uma aventura idiota e infantil. - Ela passou a mão no cabelo delicadamente e suspirou- E para deixar bem claro e reforçar o que estou te dizendo.

Ela levantou veio em minha direção e me deu uma tapa. Com a tapa parei no outro lado do sofá, mas não demonstrei nenhuma dor apenas recebi e sorri aquele gesto meu, deixou-a mais irritada e surpresa, ela não esperava essa reação de mim

- Eu entendo, ou pelo menos penso entender, o seu lado. Sei que deve estar com raiva e se sentindo péssima, mas eu também estou sentindo tudo isso- Tirando a raiva. - Eu nunca pensei em fazer algo assim com ninguém, mas apenas aconteceu.

- ACONTECEU? O QUE ACONTECEU? VOCÊS COSTUMAM ARMAR PARA GAROTAS INDEFESAS, E-U N-Ã-O S-O-U UMA GAROTA INDEFESA. DESISTA DELE AGORA SOU SOFRA AS CONSEGUENCIAS.

Ela estava começando a me assustar, eu simplesmente me levantei e desviei de seu olhar que estava penetrante e com muito ódio.

- Desculpe, mas eu não posso desistir assim, mesmo me sentindo culpada eu sinto que ele gosta de mim. Então ele que decida entre nós duas.

Nesse momento ela me deu novamente uma tapa, eu fui ao chão, tentava evitar seu olhar, o que era praticamente impossível, ela veio em minha direção e sorrio, seu sorriso amarelo me deixava mais amedrontada, nesse momento tentei levantar e ela me chutou na barriga. Mesmo assim consegui ficar de pé.

- A saída é por aqui. - Disse com a mão na barriga.

Ela deu uma risada e foi em direção a porta a acompanhei mesmo cambaleando, então sorri sem emoção e fechei a porta na cara dela. Desabei minutos depois no meu quarto - Como ela me julga mal – eu esperei deitada na cama o sono para que aquele dia tumultuado acabasse. Tive a impressão de estar acordada, mas na verdade eu tinha apagado algumas horas, mas estava consciente.

Em pleno sábado com a barriga revirando e preocupada, quis andar. Estava mais era procurando algo para fazer- Depois que a gente é ameaçada, e apanha de uma garota que nunca falou com ninguém nada melhor para fazer do que andar- Passei à manha numa biblioteca que fica próxima a escola, lendo e tentando colocar algo na cabeça para não se lembrar da noite passada.

Enquanto sai da biblioteca vi de longe longos cabelos negros e minhas pernas já queriam me trai- calma, não é a Kikyou- Dessa vez eu estava muito mais que errada. Era sim Kikyou e estava procurando alguma coisa, não deu tempo de correr para a biblioteca novamente ela já tinha virado o rosto na minha direção, quando me reconheceu sorriu maldosamente – Lá vou eu apanhar novamente, NÃO DESSA VEZ NÃO – Para mim ela atravessava a rua em câmera lenta, mas na verdade estava andando apressadamente e com os braços apertos como se fosse abraçar uma velha amiga .

- Nem pense em fugir, meu amor, foi pouco o da noite passada. - Disse isso ela sorrindo, como se a noite passada tivéssemos ido para uma festa super divertida.

- Eu fugir?- Deu uma gargalhada sem nenhuma graça- Claro que não meu amor.

Kikyou colocou a mão em meu ombro e me guiou pelas ruas, eu não parava de suar, e de pensar – No que eu estou me metendo.

Inuyasha

Comecei a me assustar no momento em que passei na casa de Kikyou e não a encontrei, fui direto para a casa de Kagome, já com uma impressão ruim. Quando cheguei lá segundo sua mãe e seu avô ela passaria o dia fora e que provavelmente naquela hora estaria na biblioteca ou almoçando. Entendi tudo naquele momento-Maldição, nem acredito no que Kikyou pode fazer-Eu estava sentindo cheiro de armação e confusão. Tinha ligado para Kikyou mais cedo e explicado que queria falar com ela e que teria que ser o mais rápido possível e fiquei sem reação quando passei em sua casa e ela não estava lá e pior tinha saído há horas.

Ela sempre aprontava desse jeito, sumindo de repente. Caminhei rapidamente entre as ruas procurando por elas- Tenho certeza que estão juntas- Então ouvi um barulho num beco escuro que ficava bem próximo de onde eu estava. Quando olhei quase não acreditei ‘’ Kikyou estava batendo fervorosamente em, enquanto Kagome estava no chão apenas tentando proteger o rosto, o que era praticamente impossível. Corri para defendê-la e me coloquei entre as duas.

- Quero que ela sinta a mesma dor que eu senti Inuyasha. E isso é tudo culpa sua. Essa raiva que sinto é culpa sua- Ela começou a chorar como uma criança e instintivamente a abracei.

Kagome

Ver os dois, abraçados ali me fez sentir-se uma intrusa em um relacionamento feliz e complexo, encolhi- me e abracei minhas pernas. Mesmo tentando sempre proteger o meu rosto senti um gosto de sangue invadir minha boca, mas não me importei eu realmente só queria ser levada da li.

Senti uma mão tocando meu ombro direito, levantei o rosto assustada, era o Inuyasha dando um sorriso calmo que entendi como um ‘’ acabou por hoje’’. Kikyou  estava bem mais tranqüila encostada com um olhar incerto no final do beco só de me lembrar o que ela fez meu rosto já perdia a cor.

- Kagome, vou te deixar em casa se quiser.

- Não vou para um restaurante aqui perto e vou voltar para a biblioteca. Quero que você resolva esse assunto com a Kikyou.

- Então daqui a 40 minutos te encontro na biblioteca, para ficarmos juntos.

Sorri para ele concordando com aquilo. Fui sozinha, já estava mais calma e me preocupava mais com minha aparência, que deveria estar uma droga, com o que ia acontecer eu sabia que o Inuyasha daria o seu jeitinho nela. Sentei em uma mesa qualquer após 15 minutos tinha começado a comer um pedaço de pizza e de sobremesa um pedaço de torta de abacaxi com ameixa.

Logo quando cheguei à biblioteca Inuyasha chegou.

- Antes que me pergunte, ela pirou sim , mas essa reação era esperada vindo dela. Olha o que ela fez com você.

- O que ela disse?

- Disse que vai se matar e que você vai morrer com essa culpa, mas relaxa ela não faria isso.

Engoli em seco, mas relaxei logo em seguida-É finalmente tudo isso acabou- Virei para Inuyasha e beijei-o com paixão. Ele segurou minha cintura e aproximou ainda mais nossos corpos.

Passamos o resto da tarde namorando, beijando-se em ruas desconhecidas, sorrindo para o vento e desejando que o tempo parasse. Nossa alegria por uma ligação no celular do Inuyasha. Ele ficou pálido pensei que iria desmaiar, mas não conseguia dizer nada. Só sentou na calçada mais próxima.

- O que aconteceu?

Ele não respondeu, mas vi lágrimas saindo dos seus olhos naquele momento.

Peguei de suas mãos tremulas o celular e comecei a procurar a ultima ligação -Encontrei- Liguei imediatamente. Meus joelhos tremiam e as palavras que eu ouvia no outro lado da linha pareciam irreais, de repente tudo ficou escuro.

Acordei em casa, num estado de choque e praticamente acabada. Peguei meu celular tinha cinco mensagens, comecei a ler.

‘’ Desculpe pela reação ontem. Assim que puder venha pro hospital de são Luis‘’

Inuyasha

Levantei, tomei um banho expliquei o que aconteceu para minha mãe, que meio que já sabia de tudo e fui para o hospital. Não demorou muito para eu chegar lá, entrei e realmente não queria pedir informações para ninguém, mesmo assim não foi difícil achar Inuyasha ele parecia que não tinha dormido nada e estava sentado do lado de um quarto de tinha o nome ‘’Kikyou’’. Engoli em seco e a culpa me invadiu, controlei minhas lagrimas que não ficavam muito apropriadas para aquele momento.

- Agora me conte tudo.

- Ela tomou todos os calmantes que encontrou em sua casa uma hora depois que sai, e quase morreu. Foi basicamente isso, mas agora estar melhor.

- Eu não consigo nem respirar de tanta culpa que estou.

- Tente não pensar isso, por...- Inuyasha foi interrompido por uma mulher alta , bonitas, porém com uma ar maquiavélico que mostrava-se claramente parente de Kikyou.

- Não precisa se preocupar com ela mocinha, mesmo sabendo que metade da culpa é sua agora ela vai para bem longe.

- Como assim?

- Vim levá-la para morar comigo e claro tentar esquecer essa historia de suicídio, a Kikyou já sofreu demais e entendo o seu lado Inuyasha você não pode ficar num precipício toda vez que tentar terminar com ela, um dos dois parar no hospital. Inuyasha deu um sorriso sem emoção e concordou, a mulher pediu licença e saiu, de repente voltou.

- Ei garota.

- Sim

Levantei-me e fui em direção da mulher.

- Vá para casa, Kikyou não gostaria mesmo de ver você aqui, você está só incomodando, sinceramente.

Não respondi só peguei minha bolsa falei com o Inu e sai com o objetivo de ir para casa. Somente como objetivo, pois fiquei vagando pelas ruas e acabei decidida a ir à casa de Sango. Com a cara mais limpa do mundo bati a sua porta por volta das onze horas.

- Amiga, nunca mais veio aqui o que aconteceu?

Desabei naquela hora e ela me levou para sei quarto entre os meus soluços e minhas lagrimas. Quando cheguei ao seu quarto, sentada na cama expliquei todo o ocorrido dos últimos dias, ela só conseguia me olhar com uma cara de surpresa e afeto, depois de contei que Kikyou estava no hospital e ia receber alta ela me abraçou.

- Acho que você tem que definir o que sente está sofrendo demais por um amor.

- Eu o quero, com todas as minhas forças, como está tudo meio que resolvido não é agora que tenho que andar pra trás.

Sango balançou a cabeça positivamente e disse ‘’ você que sabe’’. Mudamos de assunto e passamos bom tempo falando de coisas leves como romances de televisão e música. Depois do almoço fui para casa que ficava um pouco perto da dela.

Chegando em casa tomei logo um banho bem demorado e tentei parar de pensar no assunto Inuyasha-Kikyou e passei bom tempo na banheira somente sentindo a água no meu corpo me fazendo massagem. Adormeci rapidamente após o banho.

Acordei com uma respiração quente no meu rosto e vi Inuyasha em cima de mim, com o susto o joguei para fora da cama, sorri de como ele ficou no chão com suas pernas para o ar.

- O que ta fazendo aqui maluco?

- Vim ficar ‘’ a sós ‘’ com você, mas pelo jeito vou ser jogado pela janela na próxima vez que tentar- Sorri abertamente e me joguei em cima dele, que me agarrou fazendo-me sentar em seu colo, nos beijamos apaixonadamente.

- Mô, eu tava pensando numa coisa. Acho que a gente tem que da um tempo.

Inuyasha foi pego totalmente de surpresa.

- Boa hora pra dizer isso, depois que a gente se beija.

- Calma é somente um tempo curto.

- Ok eu espero você, se me der uns 500 beijos. - Ele me puxou para si me espremendo contra se corpo, que estava muito quente.

-Acho melhor você ir.

-Só porque está ficando bom. - olhei pra ele desconfiado.-  Ok, estou indo.

Deixei-o ate a porta dando um ultimo beijo de despedida sabendo que ia demorar muito pra dar outro naqueles lábios novamente. Perguntava-me se estava fazendo o que era certo, não saberiam, mas descobriria em algum momento. Deitei na cama e passei a noite pensando no corpo perfeito e nos beijos mais perfeitos de Inuyasha.

Narradora

O que podemos dizer sobre esses dois, só querem fazer o que bem entendem. Kagome estava triste fazia um mês e não saia muito, a Sango a visitava as vezes para fazer companhia, dava alguns conselhos como : ‘’ volte pra ele ‘’, ‘’você ta ficando doente sem ele ‘’. Ela não os ignorava totalmente, mas esperava uma reação mais positiva do Inuyasha, mas a única reação que tinha era sua total indiferença. Será que ele não me ama mais? Pensava ela no seu tempo não livre e sim a cada 5 minutos.

Tentava esquecer-se do que aconteceu no beco, no sofá de sua casa e no dia que pediu um tempo no chão de seu quarto, ela se arrependia em partes, mas também achara que foi necessário. Enquanto isso Inuyasha ainda não entendia o motivo do repentino rompimento, e achara que era total culpa dele. Uma vez tentara conversar com Kagome, mas ela simplesmente fugiu dele, pelo menos foi essa a impressão que teve.

E os dias foram passando se tornando um mês e tornando um pesadelo numa realidade constante ‘’ a distancia’’. Mesmo assim alguém teria que quebrar o orgulho. Fazia exatos 1 mês, 3 semanas e 7 horas que eles não se falavam. Kagome muito chateada desde o momento que disse as palavras mais duras se arrependia, mas ainda não via um motivo certo para voltarem. O professor de redação entrou com uma cara mal- humorada.

- Hoje vou entregar a prova de todos e fazer algo pouco ortodoxo, a pessoa que escreveu a pior redação vai lê-la aqui na frente.

O professor colocou sua maleta e começou a entregar Kagome foi umas das primeiras a ser entregue a prova, sua surpresa foi que a de Inuyasha não tinha chegado logo e demorava ainda mais, até que tinha somente uma prova em sua mão.

- Venha aqui Inuyasha- Inu se levantou e sorria abertamente como se fosse ganhar um premio- Espero que esse seu sacrifício valha a pena.

Inuyasha pegou sua prova e o professor se sentou em sua carteira para ouvir.

‘’ Sei que comecei a fazer tudo errado mesmo assim eu queria persistir no erro para ver seus olhos dizendo claramente que me ama. Esse foi meu erro deixar você desprotegida e a mercê de todas as crueldades que estavam a nossa volta.

Todos já notaram que eu estou completamente apaixonado por essa garota perfeita que senta atrás de mim, ela tem todas as qualidades que não tem como não se apaixonar por aquele sorriso sonolento e aqueles cabelos negros. Eu sei dos meus erros, mas um mês longe de você esta se tornando uma tortura, e ver você todos os dias ai olhando para mim com essa cara de desejo, mas passando direto sem nem ao menos sorri é um pesadelo.

Peço, por favor alguém acorde minha amada para que ela venha me tirar desse pesadelo, me acorde Kagome. ‘’

Kagome estava chorando muito emocionada, assim que ele disse a ultima palavra ela se levantou e os dois ficaram se olhando intensamente.

- Saiam os dois estão liberados.

Kagome correu e deu um beijo na frente de todos, que aplaudiram os dois, saíram da sala rapidamente, Inuyasha foi o primeiro a falar.

- Finalmente fui acordado.

- Finalmente fui levada.

- Levada?

- Sim levada a amar tão intensamente que não controlo meu corpo.

Após Kagome dizer isso Inuyasha a puxou para perto de si pela cintura a e beijou, sua boca foi descendo pelo seu pescoço. E cada vez mais parecia que tinham passado uma eternidade separados. Foram para o ultimo andar da escola ficando somente os dois conversando bobagens.

- Agora que tudo acabou posso ir novamente para o seu quarto?- Kagome deu uma gargalhada.

- Uhum, porem somente quando eu estiver acordada.

- Agora sim posso dizer que você foi levada.

Após dizer isso selou sua frase com um beijo apaixonante do qual provaria pra qualquer um que vissem eles juntos, diria que aquele amor inocente e puro duraria para sempre e todos os obstáculos já ultrapassados serviram somente pra unir o que já estava escrito em todas as estrelas.