História Medicina a Dois ( Imagine Baekhyun) - 48

Uma semana se passou desde tudo que aconteceu. Eu estava me sentindo melhor mas mancava um pouco quando andava. Minha perna não estava 100%.

Baekhyun ficou comigo todos esses dias e está me tratando feito uma criança. Não deixa eu fazer nada com medo que eu me machuque ou algo do tipo. No momento estou tentando convence-lo de que já posso ir para casa.

- Baekhyun eu estou bem – disse pela milésima vez – Eu só estou mancando um pouco não é nada demais.

- Mas e se você se machucar? E se você cair? – disse acariciando minha perna.

Eu acho fofo o jeito que ele se importa comigo mas não aguento mais ficar aqui.

- Baek – disse manhosa – Eu quero sair daqui. Eu preciso ver gente, preciso pegar Hea no colo. Eu já posso sair.

- Vamos esperar seu médico chegar – respondeu e sorriu ao ver uma mensagem no seu celular – Olha – ele me mostrou a tela – Hea está tão linda.

Só de ver ela meu coração enche de saudade. Que vontade de pegar essa menina no colo e amassar.

Isso me fez lembrar de quando Mindi veio me visitar. Eu não sei quem chorou mais eu ou ela.

Flashback

Estava quase dormindo quando vi ela aparecer na porta um pouco tímida. Ela estava meio encolhida e parecia receosa de entrar. Fiz um sinal para que entrasse e ela se aproximou apertando as próprias mãos. Ela passou os olhos por todo meu corpo e parou quando viu minha perna. Seus olhos se encheram de água e antes que eu pudesse dizer qualquer coisa ela começou a chorar.

- Me desculpe – agora ela segurou minha mão – A culpa foi minha. Aquele louco só te pegou para me afetar eu sinto muito S/N eu não queria que isso acontecesse. Você sabe que é minha família e a pessoa que eu mais amo em todo esse mundo. Me perdoe por fazer Baekhyun morrer de preocupação por você. Me perdoe por não poder ficar do seu lado. Me perdoe por ele ter te machucado – nessa hora eu também já tinha os olhos cheios. Ela recuperou a respiração com dificuldade e me abraçou – Não faz ideia do quanto eu fiquei. Me desculpe por tudo isso.

- Não foi sua culpa – disse a apertando um pouco mais e acariciando sua cabeça. – Fico feliz que você esteja bem.

- Como pode dizer isso? – me olhou nos olhos – Foi você quem sofreu.

- Mas poderia ser você – respondi - E minha dor seria ainda maior se eu soubesse que ele te machucou. Agora me abraça de novo por que eu estava com muita saudade – ela sorriu e me abraçou mais forte ainda

Flashback off

- S/N como é sua cidade? – Baekhyun perguntou repentinamente – Digo, é muito diferente daqui? Eu já fui para o Brasil mas eu queria saber como é sua cidade natal.

- Bom, a Coréia em si é bem diferente do Brasil Baek – respondi – Onde eu moro tem muito verde. Por mais que tenham muitos prédios o verde é algo que chama atenção. Eu moro perto da universidade em que me formei. O bairro é calmo e os vizinhos bem calados. Ás vezes conseguíamos ouvir o som das baladas que aconteciam mas não era nada que incomodasse.

- Você não ia nas festas? – ele perguntou sentando do meu lado.

- Eu ia só que pouco. Não sou muito de ficar no meio de multidões. Além de que eu não gostava de lidar com os caras bêbados.

- O que você fazia quando eles te paqueravam? – ele perguntou. Parecia curioso.

- Eu apenas dizia que não estava afim e saia de perto – disse mas isso não era totalmente verdade já que muitas vezes tive que chamar algum amigo para me livrar desse tipo de cara.

- Você ainda mantém contato com algum amigo? – ele perguntou deitando a cabeça no meu ombro.

- Desde que me mudei para a Coréia eu perdi um pouco de contato mas deixa eu pensar – tentei me lembrar deles – SIM – quase gritei e ele levantou a cabeça assustado – Rafael – sorri – Você vai conhecer o Rafael.

- Quem é esse? – perguntou com sua típica cara de ciumento assumido.

- Ele era meu melhor amigo – sorri ao lembrar de nós dois – Rafael é muito legal, tenho certeza que irão se dar bem.

- Ele fala coreano? – Baek perguntou e eu neguei – Então não falarei com ele.

- Aigo – ri – Ele fala inglês senhor Baekhyun.

- E quem disse que eu falo inglês senhorita S/N?

- Quando foi para o Brasil falou o que? Mandarim? – perguntei e ele cerrou os olhos

- Isso não muda nada – respondeu fazendo levemente um biquinho.

- Você é tão fofinho Baek – segurei seu rosto e apertei sua bochecha – Meu menininho ciumento.

- Aish para – tirou minha mão e negou com a cabeça.

- Com licença – alguém nos interrompeu fazendo-nos olhara diretamente para a porta. Era um policial.

- Olá – respondi

- Me desculpe te incomodar mas é que estamos investigando o caso de um homem que foi encontrado baleado no mesmo dia em que a senhorita entrou no hospital. Você sabe quem é esse homem da foto? – ele se aproximou um pouco e eu tapei minha boca ao ver quem era.

- Como... como isso é possível – senti minhas mãos tremerem e Baek me olhou sem entender. – Ele está vivo? – perguntei

- Está em coma. – respondeu – A senhorita o reconhece?

- É claro que sim foi ele que... foi ele quem me salvou.

S/N off

Suho on

- Irene o que você acha de ir para o Brasil? – perguntei assim que chegamos no restaurante. Ela riu da minha pergunta. Acho que não levou a sério. – Eu não estou brincando.

- Sério? – perguntou e eu assenti – Aigo eu não sei Suho. Porque isso de repente?

- É porque Baekhyun e S/N irão para lá- respondi olhando o cardápio rapidamente – Estava pensando em ir também.

- E queria me levar junto? – ela perguntou e eu assenti fazendo um sorriso surgir em seus lábios – Eu acho bem legal Suho mas acredito que ainda não seja hora para isso. Estamos saindo a pouco tempo e pelo o que entendi não seria uma viagem mais particular?

- Não acho que eles iriam se importar – respondi – Eles vão posar na casa dos pais de S/N e pelo o que eu sei eles têm uma casa com 4 quartos.

- Suho – ela advertiu – Eu acho muito fofo você querer me levar mas você ir sozinho é melhor.

- Aish por que? – segurei sua mão – Eu não quero viajar sem você Irene.

- Teremos outras oportunidades – sorriu – Agora vê logo o que vai pedir porque estou com fome.

Suho off

Mindi on

- Você acha que S/N vai ser liberada logo? – perguntei para Lay enquanto comíamos – Eu estou planejando fazer uma festinha para ela.

- Se depender de Baekhyun ela fica lá por mais de mês – riu baixo – Mas acredito que o médico irá libera-la hoje. – ouvimos o choro de Hea no quarto – Parece que alguém acordou.

- Eu vou pega-la – disse e fui em direção ao quarto da minha pequena – Oi linda – a peguei e na hora parou de chorar – Ainda bem que acordou, quer me ajudar a preparar uma festinha para sua tia favorita ( e única) ? – ela riu – Acredito que isso seja um sim.

Mindi Off

S/N on

- Porque eu não posso vê-lo? – estava na recepção do hospital quase que discutindo com a enfermeira

- Você não é membro da família – respondeu seca. Aigo, desde quando as pessoas aqui ficaram tão chatas

- Ele não tem família – respondi – Agora avisa logo o médico que se eu não puder entrar arrombo aquela porta.

Ok isso pode ser demais mas eu tinha que fazer isso. Tinha que vê-lo com meus próprios olhos. Eu o vi jogado no chão. Eu vi DongHae morto.

- S/N você tem que se acalmar – Baekhyun disse segurando minha cintura – Não vai adiantar brigar com as enfermeiras.

- Você não entende Baek – choraminguei – Ele cuidou de mim. Ele me salvou daquele louco. Agora eu preciso fazer o mesmo. Tenho que ficar ao seu lado. – senti as lágrimas chegarem – Eu sei que parece bobo mas eu realmente preciso vê-lo e lhe dar um abraço.

- Você vai conseguir amor – limpou meu rosto e acariciou minha bochecha – Vá para o quarto que eu vou conversar com o médico.

- Você vai voltar com uma notícia boa? – perguntei e ele assentiu. – Então não demora por favor.

- Vou dar meu melhor – respondeu e fez um sinal com a cabeça para que eu fosse ao elevador – E cuidado trombar com alguma coisa.

Sorri e concordei com a cabeça indo em direção ao elevador. Fiquei olhando Baek até as portas se fecharem. Ele acenou e depois virou-se para a enfermeira dizendo algo. Suspirei e me olhei no espelho. Eu estou mais pálida do que o normal e meu cabelo está bagunçado. Para ajudar estou usando roupa de hospital.

- Aish estou parecendo um louca – disse para mim mesma e a porta se abriu mostrando aquele longo corredor – Cama ai vou eu. –  com uma falsa felicidade segui até meu quarto.