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História Medo de Amar (Hiatus) - Capítulo 4


Escrita por: sapatroas

Notas do Autor


Boa leitura a todas :)

Capítulo 4 - Capítulo 4


Fanfic / Fanfiction Medo de Amar (Hiatus) - Capítulo 4

As mãos deles se encostaram levemente, tanto ele, como ela lembraram, mas Rafaela se afastou rápido para a tristeza do advogado que sentiu falta do calor da pele dela. Montenegro só pensava no quanto tinha sido uma péssima ideia estar ali, o olhar dela estava tão triste e odiava ser o causador disso, além de perder o amor da sua vida, ele perdia também uma amiga incrível. Estranhava muito o fato de não ir à casa dela, sempre foi muito solitário, mas nesse último ano sua vida era preenchida por Rafaela e a família, além de tudo isso, vivenciou uma intimidade completamente inesquecível, se fechasse os olhos agora podia sentir o beijo dela.  

Pelo menos podia admirar a beleza da amada a distância, enquanto fingia prestar atenção na conversa, ele sempre adorou fazer isso, desde as festas em que o empresário o levava a tiracolo. Rafaela sempre foi a mais inteligente, a mulher mais linda que ele já teve o privilégio de conhecer, a mais elegante, a mais sexy e a mais cheirosa. Jamais se esqueceu do dia, no qual ela usou um lenço emprestado por ele para limpar o batom, ficou triste, porque pouco tempo depois a diarista misturou com outras roupas e lavou. Ainda tinha aquelas pernas perfeitas que o enlouquecia, tudo nela era uma perdição, então nunca entendeu como Herbert podia ter outras mulheres, se ele já tinha tudo dentro de casa só pra ele. 

— O que você acha Montenegro? Montenegro? 

— Bem, o que foi mesmo que vocês estavam falando, Claudio? 

— Cê tá no mundo da lua?  

Rafaela deu um risinho, sabia para o que Montenegro estava olhando, havia subido um pouco do vestido propositalmente, deixando uma parte do joelho a mostra, ela não tornaria a vida dele nenhum pouco fácil 

— Um monte de problemas 

— Rosemere vai lhe repassar alguns valores que eu me dispus a pagar 

— Ah sim, claro 

— Muito bem, Cláudio, deixou de ser unha de fome 

— Viu o que eu faço por você, Rafaela? 

— Ah Cláudio, você não desiste 

Passado algum tempo, Claudio resolveu levar Rosemere para casa 

— Você vem conosco? 

— Não, ele fica 

— Mas Rafaela... 

— Fica, Montenegro e fala sobre aquilo que conversamos. Lembre-se, se eu descobrir que você deu em cima da minha mulher, eu acabo com você 

— Eu sei, Cláudio 

Os dois disfarçaram com sorrisos, Rafaela se despediu de Rosemere, fechou a porta e caminhou até o sofá, agora estavam frente a frente. 

— Muito bem, Montenegro, o que você tem pra me dizer? 

— Bem... Rafaela 

— Não diga nada. Como eu pude me enganar tanto? Eu realmente achei que você gostasse de mim. Nem o Herbert no auge da sua canalhice fez isso comigo – se ela soubesse que ele é o responsável por tudo isso – Eu pensei que tudo fosse mudar entre nós depois daquele dia, seja franco, você se arrependeu? Aquilo tudo não significou nada para você? 

Enquanto falava, ela se aproximava da outra ponta do sofá, onde ele estava sentado. Foi afastando as almofadas do caminho, a proximidade o fazia suar e tremer, seu olhar caiu sobre a boca vermelha dela, precisava achar seu autocontrole rápido ou a beijaria ali mesmo. 

— Pelo amor de Deus, Rafaela, é claro que não. – se levantou para impor uma distância e enxugar o suor no rosto – Eu jamais poderia me arrepender de viver um sonho, mas não posso... 

O sorriso dela sumiu ao ouvir as últimas palavras. Nada a deixava mais irritada do que essas eternas negativas do advogado 

— Então o que é? Outra mulher?  

— Evidente que não. Acontecem coisas que me impedem de permanecer ao seu lado 

— Montenegro, eu não aguento mais essas suas desculpas, cansei. Você não vê o quanto me faz sofrer agindo dessa forma? Não sou mais um tola de 18 anos que acredita em finais felizes, amores para sempre, mas eu achei que você fosse o companheiro, um ombro amigo que eu pudesse me apoiar nos dias difíceis, me enganei. Um covarde, um frouxo é isso que você é, seu desgraçado.  

— Rafaela, eu só peço um pouco de compreensão da sua parte 

— Vá pro inferno com a sua compreensão. Está tudo acabado entre nós e o primeiro que me pedir em casamento, eu caso 

— Não faça isso 

— Casar comigo você não casa, mas quer que eu fique sozinha o resto dos meus dias, seu meleca – o barulho da campainha interrompe a discussão – Droga! Já vai, pombas! Baltazar? 

— Como vai dona Rafa? Quer dizer, dona Rafaela. 

— Vou bem, entre por favor. Eu realmente não estava esperando sua visita

— Mas a senhora tá bonitona, hein? 

Segurou a mão dela para beijar, em um gesto cavalheiro.  

— Você acha? 

— Claro, parece aquelas mulheres das capas de revista, todas chiques, elegantes. 

— Que isso! – riu meio sem graça – Muito obrigada. 

Montenegro não estava gostando nenhum pouco daquela interação. Pensou em quem era aquele homem grosseiro, Rafaela nunca mencionou nada sobre, os dois conversavam e sorriam muito entrosados. Com certeza ele estava interessado nela, não soube dizer bem o porquê daquela raiva instantânea em ver Rafaela tão à vontade com outro homem que não fosse ele, acabou pigarreando para chamar a atenção de ambos.

— Quem é o barão ai? 

— Baltazar, esse aqui é Montenegro, amigo e advogado da família.  

— Prazer, bello! Eu sou Baltazar, o marceneiro 

— Tudo bem 

— O que trás você aqui, Baltazar? 

— Bom, dona Rafaela 

— Por favor, já nos conhecemos a tempo suficiente para não precisar maia dessas formalidades, pode me chamar de Rafaela 

— Tá certo, Rafaela. Eu vim falar sobre a pintura na casa da Rosemere 

— Ah sim, como eu sou distraída não? 

— Já é muito tarde para esse tipo de discussão 

— Seu Barão, quer dizer Montenegro, só agora eu larguei o serviço, mas se você quiser, eu posso vir em outra hora, Rafaela 

— Que isso, imagine, dar essa viagem à toa. Não ligue para a grosseria do Montenegro. Inclusive, meu bem, você já estava de saída, não é? 

— Absolutamente. Nós não terminamos a nossa conversa, eu posso esperar 

Rafaela se virou e fez uma careta, depois voltou para Baltazar e sorriu. 

— Nós não temos mais nada a falar. Vai logo, Montenegro – falou por entredentes, disfarçando – O seu cachorrinho Basset com certeza está precisando dos seus cuidados 

— Claro, como você quiser, Rafaela – ela o levou até a porta – São suas últimas palavras? 

— Me diga você, Montenegro 

O advogado e ela trocaram um último olhar pesaroso, ela vislumbrou um rastro de lágrimas em seu rosto e só agora se deu conta do quanto ele estava abatido, porém não dava mais para voltar atrás. Havia ficado profundamente magoada com suas atitudes e já era hora de cair em si, eles nunca se casariam, aquela noite seria uma lembrança dolorosa do que poderia ter sido. 

— Adeus, Rafaela 

— Adeus, Montenegro

— Tchau, bello 


Notas Finais


Será que vem novo casal ai?


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