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História Meeting You - Niki (ENHYPEN) - Chapter 05


Escrita por: EJ_ e Freeze-

Notas do Autor


Sou eu, uhuuuuuu

Capítulo 5 - Chapter 05


Fanfic / Fanfiction Meeting You - Niki (ENHYPEN) - Chapter 05

O caminho de volta não poderia ter parecido mais longo hoje. A presença do garoto ao meu lado conseguia tornar tudo ainda mais difícil. Era desconfortável. Mesmo ele estando em silêncio, e aparentemente ignorando a minha existência. Não posso deixar de ressaltar que só estamos nessa situação por culpa dele. Se esse atrevido não tivesse roubado meu fone e me feito correr atrás dele, nada disso estaria acontecendo. E ainda por cima, o motorista acha que somos namorados.

Eu dei meu endereço e Niki disse que desceria junto comigo, o que só reforçou a ideia do motorista de um namoro que era inexistente. O senhor que dirigia o táxi, passou todo o trajeto contando como conheceu sua esposa, de como estavam juntos a 26 anos, e de como nós lembravamos a época em que ele a conheceu. E céus! Eu já disse umas mil vezes que não somos namorados, por que ele continua acreditando nisso? 

Niki por outro lado, ouvia atentamente a história sem fim do motorista. Seus olhos eram grandes e curiosos, brilhavam como nunca havia visto. Um sorriso quadrado se formou ao ouvir uma parte engraçada da história do mais velho. E pela primeira vez eu o vi sorrir de forma ingênua. Não estava rindo porque alguém escorregou ou levou tinta na cabeça. Aquele era um lado dele completamente novo pra mim.


(...)


— Tchau! — disse Niki acenando para o motorista.

— Espero que faça uma boa caminhada! — provoquei me preparando para entrar em casa.

— Não precisa ficar tão preocupada, minha casa não é longe daqui.

— Já que você parece estar de bom humor — virei-me para olhá-lo —, que tal devolver meu fone?

— Você não deveria ter esperanças de recuperá-lo, já é propriedade minha. — sorriu convicto.

— Por que você não vai embora de uma vez se é o que quer!? — minha mãe gritava tão alto que toda a vizinhança poderia ouvir, mas não era novidade para ninguém aqui, exceto Niki que ficou um tanto surpreso.

— É isso que eu vou fazer, vou embora o quanto antes! — o meu pai gritou de volta.

— São seus pais? — perguntou apreensivo.

— São — suspirei. Já estava acostumada a zona de guerra que era a minha casa.

— Ele... Disse que vai embora, por que está tão calma?

— Ele fala da boca pra fora. Diz isso a três meses, mas nunca o vi cumprir. 

— Eu acho que ele vai fazer isso agora.

Quando me virei novamente em direção a casa, pude ver meu pai guardando uma mala preta no carro. Eu estáva bem alí, na calçada em frente a minha casa, mas ele nem mesmo me notou. Apenas adentrou o carro e saiu. Todavia não era algo que me deixaria triste ou deprimida. Meus pais se separarem talvez seja a melhor coisa que poderia acontecer agora. Por que eles continuariam juntos, afinal? Eles vivem brigando e descontando a raiva dos seus problemas em mim, eu estou cansada, e pelo visto eles também.

— Finalmente. — falei quase em um susurro.

— Você é estranha. — disse o garoto.

— Qualquer um no meu lugar iria dizer o mesmo, acredite.

— Nesse caso, estou indo, parece que você não precisa de um ombro amigo.

— E quem disse que somos amigos? Você roubou meu fone, é a única coisa que me liga a você Nishimura. — dei as costas e comecei andar em direção a minha casa.

— Te vejo amanhã! — exclamou antes que eu entrasse.

— O que você fazia até essa hora na rua garota!? — perguntou minha mãe ao me ver entrar em casa.

— Não é como se você realmente se importasse. — dei de ombros subindo as escadas.

— Eu já disse pra você não falar assim comigo! — gritou. — Eu sou sua mãe e você me deve respeito!

— E como sempre ela vai descontar em mim — resmunguei batendo a porta.


(...)


Adentrei a sala de aula, logo podendo ver Niki sentado em uma carteira atrás da minha. Os alunos costumam ter carteiras específicas, e a de Niki costumava ser no fundo da sala. Eu nunca sentei na frente, mas o fundo da sala também não era da minha preferência, então eu ficava no meio. Mas a pergunta aqui é; o que ele está fazendo ali? — Me aproximei relutante. O loiro não desviava o olhar um centímetro se quer. Eu não saberia dizer o que ele tem em mente com isso, mas com certeza não é bom pra mim.

— Errou de carteira Nishimura. — joguei a mochila sobre a mesa, sem deixar transparecer o minha preocupação.

— Acho que não, estou no lugar certo. — respondeu girando um lápis entre os dedos.

— O que você vai fazer agora? — me apoiei na mesa ao lado da minha e cruzei os braços. — Vai roubar minhas canetas?

— Eu não sou um ladrão Evans, seu fone foi apenas... Um soborno. — sorriu ladino.

— Certo. E o que você pretende então?

— Nada — mexeu no cabelo. — Estava ficando meio abafado lá atrás, então eu me mudei.

— Simples assim? — arqueei a sombrancelha.

— Simples assim. — concluiu.

— Ok.

Por agora vou fingir acreditar nele. Vamos ver o que acontece a seguir. — me sentei ao ver a professora adentrar a sala. Abri com relutância o livro de biologia. Não me dou muito bem com a professora desde a vez em que ela tentou me fazer dessecar um sapo. Tadinhos dos sapinhos, eles não precisavam daquilo. Apesar de eu não gostar muito deles, eu não quero vê-los mortos.

Por incrível que pareça, as últimas três aulas foram tranquilas. Esperava que o Niki fosse fazer alguma coisa, mas nada aconteceu. Ele apenas dormiu durante as aulas, nada fora do normal. Ao ouvir o sinal para o intervalo, eu saí da sala e segui para o refeitório. Quando cheguei vi que era só mais um dia cheio de carne por aqui. Vi o medo nos olhos das senhoras que destribuiam os lanches. Elas estão sempre preparadas para os meus surtos. Porém, dessa vez eu não o faria. Por incrível que pareça, hoje eu só queria um pouco de tranquilidade, não estava com disposição para armar mais um protesto no meio do refeitório.

Nem me dei ao trabalho de pegar a bandeja, apenas dei meia volta e sentei em uma das mesas vazias pelo local. Peguei o celular na intenção de me distrair, mas tinham coisas demais na minha cabeça. A minha noite ontem não foi das melhores, a saída do meu pai de casa, pode ter me causado ainda mais problemas. Pelo menos antes minha mãe tinha com quem brigar, mas agora que ele se foi, sobrou pra mim. E com o humor atual dela, nem mesmo posso pedir um fone novo.

— Por que está tão sozinha? — uma voz familiar e inconfundível perfurou a minha bolha de silêncio. — Onde estão seus amigos chatos?

— Dá um tempo, Nishimura. — nem me dei ao trabalho de olhar pra ele, continuei encarando qualquer outra coisa no celular.

— Então... Sem gritaria no refeitório hoje?

— Como você pode ver, estou sem ânimo algum hoje. — desviei a atenção do celular para olhá-lo. Havia uma bandeja com comida sobre a mesa, bandeja essa ainda intocada pelo loiro.

— É por causa do seu pai? — pegou os pauzinhos e começou a comer.

— De certa forma, sim. — disse. Era estranho pensar que eu estava conversando com um dos piores arruaceiros do colégio, mas era o que eu estava fazendo, e até que ele não era tão mau assim. — E você? Onde estão seus amigos chatos?

— Eu não sei onde eles estão agora-

— Tá tudo bem aqui? — Jungwon apareceu o interrompendo.

O Yang costuma ser uma pessoa relativamente pacífica, por esse motivo, quase nunca demostrava uma expressão ameaçadora, expressão essa que ele estava esboçando agora. Não era de se estranhar, Niki tem uma péssima fama, e vê-lo sentado na mesma mesa que eu, de fato, não era algo comum. 

— Tá sim. — respondi.

— E por que ele tá aqui? — referiu-se a Niki. Esse que simplesmente continuou a comer, o ignorando.

— Eu ainda não sei, tô tentando descobrir. — examinei o loiro à minha frente, mas ele não parecia transparecer nada. Apenas comia, calmamente.

— Nós somos amigos agora. Não é Evans? — Niki disse me lançando uma piscadela rápida.

— Eu nunca disse isso. — cruzei os braços e ele apenas sorriu brevemente.

— Podemos conversar? — Indagou Jungwon.

— Claro.

Levantei para acompanhá-lo. Eu já sabia exatamente sobre o que ele queria conversar, ou melhor, sobre quem. Segui o moreno até um corredor vazio. Jungwon parou repentinamente, me assustando um pouco. Ele cruzou os braços e me fitou, com aquele olhar de desaprovação que só ele sabia emitir.

— Que história é essa Anna? "Amigos"?

— Eu já disse que não é verdade, ok? 

— Pareciam bem íntimos lá.

— Para com essa paranóia Jungwon, ele só está entediado. Deve ser porque eu o enfrentei no refeitório outro dia, logo mais ele esquece.

— Tem certeza?

— O que passa na sua cabeça? Mesmo que algum dia eu virasse amiga dele, não sairia por aí fazendo baderna, já sou problemática o suficiente!

— Eu vou contar aos outros. — virou de costas e começou a andar.

— Não! Jungwon! Você já me enche o saco o suficiente, não meta os outros nisso! — agarrei seu braço tentando pará-lo.

— Eles precisam saber. — falou irreversível.

— Yang Jungwon!




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