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História Meios-Irmãos em Conflito - Quem disse que não poderia piorar?


Escrita por: Sarinha_huebr

Capítulo 52 - Quem disse que não poderia piorar?


Fanfic / Fanfiction Meios-Irmãos em Conflito - Quem disse que não poderia piorar?

A entrada repleta de teias de aranhas do velho galpão abandonado no terreno baldio perto de um parque macabro e até esquecido pela sociedade dava calafrios em Ashley. O ranger da porta que insistia em arrepiar o último pêlo de seu corpo fez com que abrisse as portas daquele tenebroso lugar mesmo com tanto receio. Isso estava parecendo aquelas famosas cenas de filmes de pscicopatas.

Angélica respira profundamente olhando de maneira doce para aquele imenso galpão.

-Lar doce lar. Estava com saudades desse maravilhoso lugar e do agradável cheiro de desespero, medo e incerteza. - seu olhar agora se direciona para Ashy - Gostou?

Ela é que não iria dizer o contrário.

-É surpreendente... - sem o mínimo de convicção essas são as únicas palavras que saem pela sua boca desde que começou acompanhar ela até esse lugar.

-Venha, vou te apresentar para suas companheiras.

-Companheiras? - suas pupilas dilatam demonstrando certo sentimento de preocupação.

-Já se esqueceu? Pensei que gravasse as coisas com mais facilidade nessa sua mentizinha de merda. - ela a encarou com significativa raiva -  Me acompanhe.

Dois, quatro, seis, oito, dez, doze passos. Não precisou de mais e nem de menos para que ela se encontrasse frente a frente com 3 meninas amarradas no chão de aparência em processo de definhamento.

-Meninas, quero apresentar para vocês a sua mais nova colega: Ashley Viorst. - empolgada Angélica apresenta-a.

Os rostos de desespero misturados com uma gota de confusão viraram-se na direção de Ashy.

-Ashley? É você mesmo? - uma garota de cabelos castanhos ondulados dirige a palavra à ela.

As feições de Ashy se contorcia em tentar entender quem era a menina que tentava manter um diálogo com ela.

-Não se lembra de mim? Sou eu, a... - e foi interrompida.

-Débora, não me faça arrancar a sua língua também, já não bastou de lição eu cortar um dedo do seu pé? - quase que como um som estridente Angélica repreende a garota que falava com ela.

Débora, a ex-namorada do Samuel... meu Deus, o que está acontecendo aqui? os pensamentos de Ashy começaram a pertubá-la mais uma vez. Não estava acreditando no que seus olhos podiam ver. Angélica era uma completa maníaca que sequestrou três pobres e inocentes garotas e mantenha-as em cativeiro com tortura.

-E antes que você me pergunte o porquê delas estarem aqui eu já vou lhe dizendo que ninguém fica no meu caminho. Eu disse que sempre consigo o que quero. - um sorriso pscicopata surge entre seus lábios rosados.

-Por que me trouxe para cá? - o semblante de Ashy mudava de completo absurdo para o total medo que desconhecia.

-Garota, já disse, quando eu quero algo ninguém entra no meu caminho ou me atrapalha e você, é um grande empecilho na minha vida nesse exato momento.

-O que pretende fazer comigo sua...sua... - ela não conseguiu conter as lágrimas. Tudo estava acontecendo de maneira tão rápida que nem ela estava conseguindo absorver tudo.

-Olha que sorte, não vai precisar nem esperar para descobrir porque hoje mesmo eles irão vir.

-Eles? Eles quem? - seu tom de voz aumentou porém fraquejou.

Débora arregalou os olhos e em sequência as outras duas meninas também.

-Vo-você não va-vai querer saber... - com uma voz baixa e fraca uma garota de cabelos crespos e morena se vira para Ashy - Se pou-poupe dos detalhes...

***


4 horas depois

-Já chega, não suporto mais ficar deitado nessa cama. - Lucas coloca força em seus braços para conseguir sentar-se no colchão.

Seus pés encostam no chão e depois de quase 6 horas deitado ele tenta se levantar. Fraqueja assim que dá o primeiro passo porém consegue manter o equilíbrio no terceiro. Sorri confiante e vai em direção à porta.

-Alguém me ajude a carregar o Nicholas! - Stevan grita e sua voz ecoa por toda a casa.

Rapidamente várias portas se abrem repentinamente e todos saem de seu quarto, inclusive o próprio Lucas.

-O que aconteceu com ele? - Henrique, como mais velho, pergunta preocupado.

-Tudo que eu sei é que encontrei-o estirado perto da piscina e que ele parece estar em um estado de anestesiado.

Samuel chega perto e ajuda seu irmão gêmeo carregar Nicholas até o quarto dele colocando-o sobre a cama.

-Parece que sedaram ele... - pensativo Samuel começa a fazer procedimentos básicos de primeiros socorros, apesar que de primeiro não tinha nada.

-Como isso é possível? - Lucas pergunta angustiado - Ashley... - seus pensamentos se voltam para a única pessoa que realmente importava para ele.

-Onde ela está? - todos falam ao mesmo tempo ficando perplexos.

-Espera gente, uma coisa de cada vez. Vamos saber o que aconteceu com ele primeiro. - sensato Samuel acalma todos - Henrique e Stevan vão procurar Ashley e eu e o Lucas ficamos aqui.

Os dois que iriam na busca balançam a cabeça afirmativamente e vão na direção da porta.

-Tem um furo no braço dele, eu estava certo. - depois de um tempo examinando o corpo dele Samuel encontra o furo - E parece ser...

-Angélica, pelo amor de Deus, não machuque a Ashley. - Nicholas começa a se debater e vagarosamente abre os olhos - Onde está Ashley? Ela está bem?

-Respire, conte até 3 e diga o que aconteceu. - Samuel deposita os braços no peito dele tentando acalmá-lo.

-Você tire suas mãos de mim! Tudo isso é culpa sua! A Angélica nunca teria dito o que disse para a Ashy e muito menos...

-Deixe as intrigas para lá e tente entender que Ashley é prioridade nesse exato momento. - Lucas, mancando, chega mais perto da cama.

-Ok. - Nicholas cerra os dentes e começa a contar tudo o que houve.

-Não conseguimos encontrá-la em lugar nenhum. Ela realmente não está na vizinhança e nem em casa. - atrapalhando a explicação de Nih, o semblante pálido de Henrique demonstravam preocupação extrema assim que chega, acompanhada de Stevan, ao quarto.

-Eu já sei onde ela está. - Samuel protesta.

-Onde? - todos perguntam ao mesmo tempo.

-Henrique e Stevan venham comigo. Lucas e Nicholas, vocês dois ficam em casa. - ele ignora a pergunta de todos ordenando o que fazerem.

-Dá para responder? - irritado Nicholas se exalta - E quem é você para dizer se eu vou ou fico?

-Olha a situação de vocês dois! Acha mesmo que eu, em sã consciência, vou querer que piorem a situação de vocês? - decidido Samuel encara-o - Você foi dopado por um sedativo muito forte. Para o efeito passar totalmente você deve ficar em repouso absoluto e evitar fazer qualquer tipo de movimento brusco por pelo menos 12 horas. Se você fosse mais iria atrapalhar do que realmente ajudar.

-Mas eu posso ir, estou melhor, posso até andar... - com um olhar altivo, Lucas se impõe.

-Sua situação é pior ainda. Seus ferimentos podem se abrir a qualquer momento com qualquer movimento. Não quero ficar fazendo curativos e deixando de lado o que realmente vamos fazer lá. Vocês não estão entendendo que não estão aptos para essa missão!

-Mas eu quero ajudar... - cabisbaixo Lucas se aproxima vagamente da janela do quarto.

-Infelizmente não vai poder nessas condições.

-Pode pelo menos dizer onde ela está? - menos exaltado e até mais simpático Nicholas pergunta.

-Existe um galpão abandonado nas redondezas do parque Suplicy.

-Aquele parque mal-assombrado? - Stevan questiona.

-Esse mesmo.

-E porque ela levou ela para lá? O que tem lá de tão grave para que você esteja tão inquieto? - não aguentando mais de curiosidade Lucas passa a mão na testa secando o suor frio que percorria-a.

-Vocês não irão querer saber... - ele murmura porém todos escutam..

-Fale logo! - em coro eles alteram o tom de voz.

Com os olhos arregalados e com a boca trêmula Samuel abaixa a cabeça engolindo em seco.

-Aquele lugar... é um prostíbulo criado por ela.



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