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História Mel e Cristais - Capítulo Único - Aniversário Inesquecível


Escrita por: reviilo

Notas do Autor


Minha primeira fic wolfstar, espero que não tenha ficado tão merda

Boa leitura!

Capítulo 1 - Capítulo Único - Aniversário Inesquecível


Uma luz pálida e aconchegante entrava no dormitório dos quartanistas na Torre da Grifinória, banhando os corpos deitados nas camas dos quatro melhores amigos. James foi o primeiro a se levantar e, em silêncio absoluto, cutucar Sirius e Peter para que acordassem.

Quando os três terminaram de se vestir, sorriram uns para os outros e para um Remus adormecido, saindo do dormitório em seguida, mal esperando a reação do amigo quando visse tudo.

Uma hora depois, o monitor se espreguiçava na cama, olhando para o cômodo e estranhando estar sozinho, afinal, mesmo nos fins de semana, ele era o primeiro a acordar. Deu de ombros e aproveitou para se trocar ali mesmo, afinal, ninguém estaria olhando suas cicatrizes. Vestiu seu suéter cor de mel preferido e abriu a porta quando…

— SURPRESA! — levou um susto com a gritaria, pondo a mão sobre o coração acelerado. Todos os seus colegas estavam reunidos na Sala Comunal, com grandes sorrisos e uma faixa colorida flutuando acima deles, onde estava escrito "FELIZ ANIVERSÁRIO REMUS!".

O licantropo estava com os olhos arregalados e a boca aberta, não sabia o que dizer. Desceu as escadas, ainda estupefato, e foi recebido por uma salva de palmas e mais gritos.

Com quem será, com quem será— James e Sirius cantavam, se aproximando e passando os braços por seus ombros. Peter vinha atrás, segurando um grande bolo de chocolate, enquanto o resto dos colegas seguravam brinquedos e artigos festivos.

— Calem a boca! — gritou Lily, empurrando alguns grifinórios para chegar até o aniversariante. Desfez a expressão emburrada e abriu um largo sorriso ao ver Remus, enquanto as vozes iam diminuindo. — Então, bem, feliz aniversário, Remus.

— É, a festa ficou demais, não precisa agradecer — disse James.

— Roubei uma das receitas da mamãe pra fazer esse bolo — Peter falou. James e Sirius o encararam com as sobrancelhas arqueadas. — Talvez os elfos tenham me ajudado um pouco também.

— Você gostou, Moony? — Sirius perguntou.

Lupin estava em silêncio, não havia dito nada ainda por conta da surpresa.

— Eu… vocês… mas… por quê? — Remus mal conseguia segurar a emoção na voz, os olhos castanhos brilhando com as lágrimas que lutavam para sair.

— "Por quê?" Você é nosso amigo, oras! — Potter falou.

— É o mínimo que poderíamos fazer, Remus.

— Você sempre ajuda a gente.

— O que é um bom aniversário sem bagunça?

— Super-mega abraço! — berrou Sirius.

Sentindo milhares de braços o envolvendo, o licantropo se permitiu chorar, sem se importar com a altura de seus soluços. Apertou com força os amigos naquele abraço, era surreal o sentimento incrível que se apossou dele, a sensação de felicidade plena e inesgotável, como se não existisse mais dor e tristeza no mundo.

Seu Patrono seria o mais perfeito a partir daquele momento.

Os grifinórios soltaram Remus para começar a festa naquela manhã de sábado, pondo tanto músicas de bruxos quanto trouxas nas alturas. Os doces e salgados estavam deliciosos, e o bolo de Peter simplesmente fantástico. Lupin ficou com vergonha da quantidade de presentes que recebeu, afinal, sua vida modesta nunca o permitira ganhar muitas coisas, mas foram objetos dados com carinho por pessoas que gostavam dele, e o loiro jamais recusaria.

Lily havia lhe dado um toca-fitas, um aparelho trouxa de música, o qual James, Sirius e Frank ficaram muito curiosos sobre, já que eram ignorantes em relação aos não-mágicos. Peter lhe comprou cinco suéters, um de cada cor para que usasse de acordo com o que sentia. James lhe deu um "vale-Potter", que, segundo ele, garantia três visitas à Dedosdemel bancadas por ele. Sendo o aniversariante um amante incontrolável de doces, muitos colegas fizeram apostas de quando o apanhador iria falir.

Sirius, por sua vez, não tinha lhe dado nada. Mesmo que sentisse uma dorzinha incômoda no peito, não seria ingrato com a festa que ele ajudou a preparar.

Como era sábado, assim que terminaram de comer, os marotos foram para Hogsmeade, passando a maior parte do tempo na Zonko's — Logros e Brincadeiras, fazendo guerras de neve e corridas com as vassouras de Sirius e James. Quando a barriga roncou de novo, encheram os bolsos com doces diversos da Dedosdemel e tomaram uma cerveja amanteigada no Três Vassouras para esquentar seus corpos.

Ao final do dia, satisfeitos, felizes e exaustos, os quatro tomaram um banho relaxante e foram deitar, exceto por Remus, que se sentou perto da lareira na Sala Comunal para ler o novo livro que ganhara de Arthur Weasley. Aos poucos, foi ficando sozinho no grande local, os colegas grifinórios ainda lhe desejando feliz aniversário quando iam se deitar.

Entretido na leitura, Remus notou que estava sendo observado, e virando o olhar, notou um grande cão negro lhe encarando, ao lado do sofá que estava sentado.

— Aconteceu algo, Sirius? Pensei que já estivesse dormindo — folheou a página, tirando o olhar do animal.

Sirius se transformou em humano novamente, jogando os longos cabelos negros para trás e se sentando ao lado de Lupin. Parecia nervoso, mexendo os dedos freneticamente e mordendo os lábios, mas o loiro pensou ter imaginado aquilo, afinal, Sirius nunca ficava nervoso.

— Então… ? 

— Bem, eu… vim te dar, sabe. Seu presente.

Aquela simples frase tirou toda a atenção de Remus do livro. Fechou-o e o colocou na mesinha em sua frente.

— Sirius não precisa, não faço questão, e eu adorei a festa.

— Precisa sim, fecha os olhos.

— Por qu-

— Só fecha os olhos, Moony.

Remus o encarou, tentando entender o que se passava, mas desistiu e fez o que lhe foi mandado, a escuridão tomando suas orbes.

Ouviu a respiração de Sirius se aproximar, e dedos afastarem com delicadeza os fios castanho-claros de sua testa. Segundos depois, lábios quentes se fecharam aos seus.

Remus não se atreveu a abrir os olhos, ainda muito atônito. O selo foi simples, visto que nenhum dos garotos sabia como aprofundar. Depois do que se pareceu cinco minutos, Sirius se afastou, observando o amigo abrir os olhos cor de mel para ele, as entranhas se revirando na sua barriga.

Por mais perguntas que quisesse fazer, Remus soube que não era o momento adequado, e a ideia da boca de Sirius na sua lhe pareceu muito mais tentadora. Com sutileza, levou as mãos ao rosto do moreno, passando os polegares na bochecha dele carinhosamente. Aproximou o rosto e selou os lábios de novo, e dessa vez, o mais velho não demorou a aprofundar o contato.

Remus deixou que Sirius guiasse tudo, pois não era lá um grande experiente em beijos. Acariciando o rosto dele, sentiu-se ser empurrado com cuidado para trás, deitando no sofá e ficando embaixo do amigo. A sensação da língua dele se enroscando na sua, os fios longos caindo em seu rosto, os barulhos molhados que os estalos do beijo faziam…

Era coisa demais para assimilar.

Em determinado momento, Remus sentiu o animago buscando sua mão direita, e, tirando-a de seu próprio rosto, enroscou os dedos nos do loiro, firmando aquele contato que levou arrepios para as colunas de ambos.

Aos poucos, pela necessidade que tinham de respirar, foram findando o beijo, não sem antes Sirius distribuir selinhos pelo rosto de Remus. Se encararam, Sirius se perdendo nos olhos de pôr do sol, e Remus encarando as orbes azul-cinzentas que lhe lembravam cristais de gelo.

— O que foi isso? — Remus tomou coragem.

— Seu… presente? — não havia firmeza no tom de voz de Sirius. Remus riu.

— Você tá me perguntando isso? — Sirius se distraiu um pouco com aquele belíssimo sorriso.

— Bem… eu queria que você tivesse um presente especial de verdade, algo que levasse pra vida toda, algo que nunca se esquecesse — Black encarou os dedos entrelaçados, olhando as orbes âmbar de novo. — Então, lembrei do meu primeiro beijo, e do quão bosta foi. Consegui morder a bochecha da menina e ficar com baba no nariz — Ambos riram. — Eu queria que fosse bom pra você, Moony, um primeiro beijo legal.

— E quem disse que você foi meu primeiro beijo, Black? — Remus estava muito envergonhado, e tentou disfarçar isso com uma piada. Recebendo o olhar incrédulo do amigo, rapidamente completou: — É brincadeira, Padfoot, você foi meu primeiro beijo.

— Eu sou velho, não faça esse tipo de brincadeira — gesticulou dramaticamente, caindo ao lado de Lupin, o espremendo entre seu próprio corpo e o sofá. Continuaram a se encarar, não resistindo e partindo para mais um beijo necessitado.

Quando terminaram, Remus fez questão de sussurrar:

— Acho que não teria problema se você fosse meu primeiro namorado também, Padfoot — estavam tão próximos que os lábios se tocavam a cada palavra do loiro.

— Mal posso esperar para pedir sua mão aos seus pais e ao James — roubou um selinho.

— Por que ao James?

— Ele vive dizendo que sou uma má influência, vai que pensa que eu te enfeiticei também? — rindo baixinho, eles foram para o dormitório, não sem antes um último longo selo.



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