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História Melhor amigo do meu primo - Me sentindo inútil


Escrita por: ollgbea

Notas do Autor


Me desculpem pela demora, é que eu tava procurando uma pessoa que fazia capa, ai eu achei fiz meu pedido e saiu ontem, eu só estava esperando ficar pronta para postar, então me desculpem! Boa leitura.

Capítulo 5 - Me sentindo inútil


Sai correndo que nem uma louca daquele ginásio. Ouvi gritos da Laura me chamando, mas não dei ouvidos, eu queria apenas ir embora e chorar por horas em meu quarto. Não queria ficar e ver mais aquela cena patética. Entrei no banheiro da escola e corri até a pia tirando meus óculos e logo depois lavando meu rosto. Olhando-me no espelho vi que meu nariz estava avermelhado denunciando meu choro. Peguei um pedaço de papel ali do lado da pia e sequei minhas mãos. Respirando fundo, coloquei meus óculos de volta e sai do banheiro e indo em direção até a saída. Quando ouço Laura me gritar.

- Clarissa! – gritou ela vindo atrás de mim, enquanto eu apressava meus passos. – Ei, espera Clarissa. – gritou mais uma vez. Respirei fundo e parei de andar, me virando para ela.

- Que foi? – sussurrei de cabeça baixa.

- Amiga, não fica assim. – me abraçou. – Você ainda vai encontrar alguém muito legal, você vai ver. Esquece Justin. – apenas assenti e ela me soltou.

- Me leve embora daqui, por favor. – surrei novamente, e ela apenas assentiu.

Sai andando na frente e Laura logo veio atrás de mim me acompanhando. Chegando ao estacionamento, adentramos seu carro e ela logo deu partida até minha casa. Laura de deixou em casa eu apenas disse um “Obrigado” e corri para dentro. Subi as escadas correndo, enquanto já sentia lágrimas querendo descer. Adentrei meu quarto e me joguei na cama, apertando meus olhos e liberando aquelas malditas lágrimas que insistiam em sair. E ali, passei horas chorando, depois tomei banho e logo adormeci.

[...]

Acordei ouvindo um barulho muito alto vindo lá de baixo e se não for impressão minha a casa até tremia. Me levantei, fui até o banheiro e lavei meu rosto, tirando essa cara amassada e de que passou a tarde toda chorando. Passei meus dedos em meus fios de cabelos os arrumando e voltei ao quarto, pegando meus óculos em cima da cama e os colocando. Abri a porta do quarto e o som foi ficando mais alto, fui até o meio da escada e quando olho para o meio da sala, uma multidão de gente bebendo e dançando ao som de Show Me do Chris Brown. E não é gente, desconhecida e sim, as pessoas da minha escola. Era muito gente, só os populares e os descolados da escola. Chaz estava dando uma festa, só porque minha tia vai ficar de plantão hoje no hospital. Desci um pouco mais a escada e olhei em volta, tinha gente que também nunca vi em minha vida, mas a maioria era tudo conhecida. Desci o resto da escada e vi olhares confusos sobre mim. Devem tá pensando “O que essa estranha ta fazendo aqui?” e é ai que eu te respondo: “Eu moro nessa casa, seus idiotas” em pensamentos, claro.

Procurei por Chaz e nada dele, comecei a andar pela casa e logo o achei num canto da sala, junto ao grupo de seus amigos e as Cheerleaders. Vi que todos riam sem parar, todos alegres, se divertindo, se beijando, principalmente o casal “Justin e Mellany” que não se desgrudava um segundo. Já sentindo meus olhos lacrimejar, sai dali antes que todos eles me vissem. Subi as escadas pulando em dois em dois degraus e adentrei meu quarto novamente. Fechei a porta atrás de mim e encostei minhas costas na mesma. Fechei meus olhos, respirando fundo. Não ia chorar novamente. “Você ainda vai encontrar alguém muito legal, você vai ver” A frase de Laura veio em minha cabeça, fazendo ecos. Isso mesmo, eu ainda vou encontrar uma pessoa legal, que mereça meu amor. Abri meus olhos e corri até a cama, me sentando na mesma. Peguei minha mochila, e a coloquei em cima da cama. Retirei meus cadernos e comecei a fazer meu dever de casa. Já que Chaz fez uma festa na “nossa” própria casa e eu não fui convidada, então vou fazer meus deveres que eu ganho mais.

Fazia exatamente 1 hora que eu estava enfurnada dentro daquele quarto. Agora eu mexia em meu Iphone, enquanto ouvia Adore You. Fiquei olhando minha janela, tão distraída e tão focada em algo tão mais interessante que minha vida que nem percebi a porta do meu quarto sendo aberta.

- Ops... Aqui não é o banheiro. Desculpe! – Aquela voz me fez ficar sem reação. Virei minha cabeça lentamente em direção a porta e quando vejo aquele ser ali, fico estática. Eu apenas ficava encarando seu sorriso estampado em seu rosto, aqueles dentes brancos e lindos que só ele tem. Mas ai lembrei que aquele sorriso, com certeza não sou eu a causa dele. Vi que eu o encarava que nem uma retardada e então me sentei na cama e retirei meus fones do ouvido, toda sem graça.

- N-não tem p-problema. – gaguejei. E nesse momento me xingava mentalmente de todos os tipos de xingamento possíveis.

- Onde fica o banheiro, já que não to achando? – perguntou.

- Er... é só seguir em frente é a próxima porta. – falei em quase sussurro, mas ao ponto dele ouvir e assenti. 

Vi ele fechar a porta e eu suspirei aliviada. Como ele conseguia ter esse poder todo de me deixar tão sem reação com sua presença? Eu fico completamente sem graça. Quando to perto de Justin eu não consigo pensar em nada, que não seja nele ou enquanto seu sorriso é perfeito e que cada detalhe de seu rosto me encanta. Mas, eu tenho que tirar esses pensamentos da minha cabeça e logo. Ele não para mim! Quando eu ia voltar ouvir minha música, a porta é aberta novamente.

- Desculpe incomodar novamente, mas é que tem gente usando o banheiro, e já que vi que aqui tem um banheiro. – ele apontou para a porta do meu banheiro. - Queria saber se você poderia deixar eu usar o seu? – perguntou franzindo sua testa, esperando minha resposta. Nossa como ele é lindo. – É que to muito apertado. – apertou seu membro, fazendo uma careta engraça, enquanto se contorcia. Soltei uma risada toda sem graça e vi ele rir também. Ai meu Deus! Ele ta rindo comigo. A qual é, não é sempre que isso acontece.

- Pode, sim. – sorri sem graça e ele logo correu pra dentro do banheiro. Soltei uma mini gargalhada para mim mesma.

Eu não sei o que deve pensar, eu não sei o que eu devo falar, eu não sei como eu devo reagir. Justin Bieber está dentro do meu quarto, usando meu banheiro. Certo, eu tenho que ficar calma, sei que sou apaixonada por ele, mas tenho que me controlar, se não ele vai me achar uma estranha. Na verdade eu já sou uma estranha para ele, então não é novidade eu ser um pouco mais estranha que o normal. Minhas mãos tremia, eu não sei com que cara vou olhar pra ele depois que ele sair desse banheiro, eu to ficando sem graça. Só de pensar que ele esta quase nu, aqui ao lado eu fico vermelha com esses pensamentos. Mas, calma Clarissa. Ele está apenas urinando, nada a mais. Ouvi a tranca do banheiro sendo destrancada e meu coração quase saiu pela boca. Essa sensação de ficar perto de Justin, me deixa muito nervosa. A qualquer momento ele pode me tratar diferente de um modo legal, ou igual as outras pessoas daquele colégio. Tenho medo.

Ele saiu de dentro do banheiro e logo fechou a porta atrás de si, enquanto eu apenas observava cautelosamente e com medo de sua reação. Tudo bem que ele me pareceu ser legal minutos atrás, mas e agora? Ele pode ser maldoso que nem todos aquelas pessoas daquela escola, que só sabem humilharem a mim para a alegria deles. Pois Justin anda junto a essas pessoas, e quem anda junto pode me tratar da mesma maneira. Arrumando sua blusa, ele levantou sua cabeça olhando em minha direção e... Sorriu? Ele sorriu, para mim de modo de agradecimento. Mas sorriu e isso me deixou feliz.

- Hm... Obrigada? – Justin olhava para mim com sua testa franzida e sorrindo. Eu apenas assenti sorrindo sem graça e abaixando a cabeça.

Coloquei meus fones novamente, achando que ele já estava indo embora, mas não. Justin caminhou em minha direção e se sentou na ponta da cama. O encarei confusa e aposto que meu rosto estava em vários tons de vermelho. Ele ficava me encarando e isso estava me deixando cada vez mais sem graça, eu não tinha reação. Eu não sabia o que se passava em sua mente, mas gostaria de saber ou não. Ele foi se aproximando cada vez mais e logo se sentou ao meu lado. Eu observava cada movimento seu atentamente, ele parecia um pouco apreensivo e isso me deixou mais confusa.

- Que música você está ouvindo ai? – perguntou se curvando até a tela do meu Iphone para ver o nome da música. É impressão minha ou ele ta querendo puxar assunto comigo? Comigo? É só impressão minha, talvez ele queira saber mesmo o que eu estou escutando.

- Ah er... Bom, agora to ouvindo Stay The Night. – falei baixinho envergonhada. Acho que ele percebeu e sorriu de lado.

- Muito legal essa música, que mais você curti? – Ele parecia super empolgado com minha resposta que eu achei até estranho e o encarei fazendo careta. – Hein? – insistiu.

- Bom, eu gosto mais de pop, mas eu também gosto de umas músicas remix como Stay the Night, Under Control, enfim também curto rap. – eu ainda falava baixinho, mas ao ponto dele ouvir e assenti sorrindo.

- Nossa, eu não sabia que uma garota como você gostasse desse tipo de música. – ele parecia impressionado com meu gosto musical. Aposto que ele achava que eu curtia essas músicas antigas que dão sono. Mal ele sabe o quanto entendo de música e de... Dança. – Mas você não tem tipo um ídolo? Sei lá alguém que te inspira? – Justin já tava me assustando com essas perguntas. O que ele queria? Aonde ele queria chegar afinal?

- Er... A Ciara. – respondi sua pergunta mesmo ainda um pouco assustada e nervosa.

- Hum... E não é que você tem bom gosto mesmo...- ele ia terminar de dizer algo quando ouvimos vozes super finas chamando pelo Justin. Mellany.

Olhamos para a porta e ela foi aberta brutalmente por Mellany que quando parou seus olhos em mim fez careta.

- Jus, o que você ta fazendo aqui sozinho com essa esquisita? – Mellany nos observava e quando ela parou seu olhar em mim novamente, fez cara de nojo me olhando dos pés a cabeça. – Hein Justin? Sai de perto dessa pata-choca, vamos descer, anda. – Justin apenas a olhava feio, enquanto eu abaixava minha cabeça envergonhada.

Justin se levantou calmamente e suspirou. Senti seus olhos sobre mim, mas não disse nada. Ele apenas saiu daquele quarto sem dizer uma palavra ou um “Desculpa por isso Clarissa”. Mas não, nem para me defender ele teve coragem. Senti lágrimas já querendo descer pelas minhas bochechas. Levantei meu rosto e Mellany me olhava sorrindo debochada enquanto fechava a porta com força. Cai na cama chorando que nem um bebê, eu me sentia uma inútil, não me senti. Eu sou uma inútil, nem para me defender eu sirvo.

Continua...


Notas Finais


Obrigada pelos comentários, vocês são uns amores e logo logo, sai o próximo <3 me digam o que tão achando, beijos <3


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