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História Meliorismo - Cigarros


Escrita por: switchyuck

Notas do Autor


olá!
essa fanfic é muito importante para mim... durante muitas madrugadas de insônia ela foi minha companheira e, em meio as crises, eu corria para ela e desabafava. eu espero que vocês absorvam cada mensagem presente aqui <3 ah, me prometam uma coisinha: não julguem um personagem com apenas algumas características presentes nos capítulos, lembrem-se: todas as pessoas possuem uma luta interior dentro de si, seja gentil, sempre!
nas notas finais há um link para a playlist no spotify, eu ficaria contente em saber que alguém está ouvindo ><
boa leitura! ♥

Capítulo 1 - Cigarros


Donghyuck fechou os olhos para abandonar a fumaça em seus lábios pela janela do seu quarto, e junto ao tragar, tentou soprar suas frustrações.

Há exatos 30 minutos o rapaz, quase seis anos mais velhos si, havia desligado o telefone na sua cara, logo após romper com um relacionamento de seis meses. O motivo? Donghyuck não havia contado que tinha 17 anos, o que o tornava menor de idade e aquela relação ilegal. O mais novo se defendera dizendo que o namorado (agora ex) nunca havia perguntado por sua idade e por isso nunca lhe disse nada. E talvez fosse por esse motivo que Taeil havia desligado telefone na cara de Donghyuck.

Após o término, o mais novo foi até sua janela e buscou pelo maço de marlboro vermelho que escondia em uma costura falsa de sua cortina. Acendeu um cigarro e pôs-se a olhar os carros que passavam na movimentada rua em frente ao prédio em que vivia.

Não ousou chorar. Ele não chorou nem quando sua mãe foi presa ou quando o melhor amigo engoliu uma cartela de calmantes e cometeu suicídio.

Donghyuck amava Taeil, muito mais do que qualquer pessoa no mundo. Até mesmo mais do que a si próprio.

Viu o carro do pai dobrando a esquina e apagou o cigarro na janela mesmo, deixando a bituca cair sobre o pequeno jardim em frente ao prédio. Correu até a cômoda e espirrou perfume sobre o quarto todo, em seguida colocou uma velha bala de cereja na boca e jogou se na cama. Com os dedos cansados posicionou o ventilador próximo a janela, na intenção de dispersar o odor de cigarro.

Ouviu o pai entrar pela porta da frente, e ao julgar pela forma que o outro caminhava, pôde deduzir que o mais velho estava embriagado.

— Donghyuck, cadê o jantar? - Gritou do outro lado da porta. — Eu pedi para você preparar o jantar, porra!

Respirou fundo e revirou-se na cama. Quando o pai estava daquele jeito não havia o quê fazer. Olhou mais uma vez seu celular, só para se certificar de que não havia nenhuma mensagem de arrependimento de Taeil e jogou o aparelho para longe quando teve certeza.

Fechou os olhos na intenção de adormecer e afastar a pontinha de dor que crescia em seu peito. O pai já havia começado a esmurrar a porta para entrar, sem ao menos saber que a mesma não estava trancada.

Respirou fundo e tentou, com todas as forças, dormir. O pai desistira de bater na porta e apenas o ventilador fazia barulho no local. Em poucos segundos ouviu o mais velho vomitando no banheiro e então concluiu que aquele era só mais um dia comum em meio a coletânea de decepções.

O celular vibrou sobre a cama e Donghyuck abriu os olhos para pegar o aparelho. Era Mark, seu melhor amigo.

“Hyuck, cola aqui no campus, o Taeyong trouxe uma das boas pra mim”.

Revirou os olhos e bufou. Digitou lentamente, completamente o contrário do que fazia e respondeu para o amigo:

“Não to afim.”

Mark imediatamente teclou de volta:

“Eu disse que o relacionamento de vocês não era algo saudável. Agora venha até o meu dormitório e o de Taeyong para relaxar. Você precisa da erva.”

Donghyuck deu de ombros, mas levantou-se da cama. Pegou uma camiseta xadrez e vestiu-a, e por cima colocou seu velho moletom preto. Desligou o ventilador e trancou a janela de seu quarto. Pegou 3 cigarros do maço de marlboro e os guardou dentro do bolso da sua calça. Trancou o próprio quarto e saiu corredor a fora.

O pai estava jogado no sofá e segurava uma garrafa de cerveja. Encarou o filho de cima a baixo e lançou um sorriso torto. Donghyuck revirou os olhos e pegou as chaves da casa.

— Aonde você vai? - O pai tentou mostrar que se importava.

— Andar por aí.

O mais velho deu de ombros e Dongyuck deixou a casa. Enquanto descia as escadas do prédio, o celular começou a tocar, era Mark.

— Já estou a caminho, caralho, espera.

“Me encontre na casa do Johnny, mudança de planos”.

O mais velho desligou o celular.

Parece que aquele era o dia das pessoas desligarem o celular na cara de DongHyuck.

 

*

 

Donghyuck sabia que a noite seria longa, por isso permitiu-se tirar um cochilo no metrô. Era domingo e ele não precisava trabalhar na loja de conveniências. Geralmente aproveitava os domingos para descansar, ou para limpar a casa, mas não estava em dos melhores dias.

Mark o esperava do lado de fora da estação, que não era longe da casa de Johnny. O mais velho terminava de fumar um cigarro, e jogou a bituca do mesmo no grande bituqueiro da calçada. Trazia consigo duas sacolas e dentro dela - Donghyuck acreditava que era - duas vodkas. Revirou os olhos ao terminar de subir o lances de escadas da estação e tombou a cabeça para o lado, anunciando que deveriam seguir para casa de Johnny.

Mark apressou-se para alcançar o mais novo e em meio aos passos largos acendeu mais um cigarro, entregando-o para Donghyuck, que jamais recusava um. O loiro acendeu um para si e ambos seguiam tragando pela calçada, sem ao menos dizer uma palavra. O amigo entendia que Hyuck não gostava de esvaziar o que sentia, mas sim de absorver cada situação que vivenciava.

 

 

 

Johnny era um estrangeiro que morava com seus pais. Era um dos mais velhos do círculo de amigos, porém um dos mais sem juízo. Os pais eram docentes na área de biológicas, participavam de diversos seminários e encontros para aprimorar a faculdade e discutir novas ideias para o laboratório da mesma, por isso a casa vivia vazia.

Ou era o que os Seo’s pensavam.

Johnny aproveitava cada escapada dos pais para fazer uma festinha. Não era muito grande, apenas as mesmas pessoas de sempre; os amigos que havia conhecido no ensino médio e também na faculdade.

Donghyuck tocou a campainha da casa de Johnny, mas a porta fora aberta por Taeyong.

— Pensei que não viesse. - O rapaz já estava com uma long neck na mão. — Ficamos sabendo do ocorrido, que tenso, não?

— Eu já estou bem, Taeyong. - Cumprimentou-o tocando no ombro direito do mesmo e pedindo passagem.

— Então se já superou não vai se importar de dividir o baseado com ele.

Donghyuck o olhou por entre ombros e fez uma careta, mas Taeyong não noticiou, pois estava cumprimentando Mark. O mais novo revirou os olhos e seguiu para a cozinha, onde encontrou Doyoung e Jaehyun. Os dois conversavam baixinho, e quando notaram a presença do menor, silenciaram rapidamente as vozes.

Jaehyun coçou a garganta e em seguida tomou um gole de seu copo vermelho. Doyoung esticou o punho para Donghyuck, que o cumprimentou com um toque, mas nada disse. O clima no ar estava pesado, então apressou o passo até a geladeira para pegar uma cerveja e logo seguiu para o jardim.

Jeno já estava chapado na grama. Parecia um bom lugar para Donghyuck ficar. Repleto de paz. Sentou-se ao lado do mais novo e pegou o cigarro que ainda estava aceso entre os dedos de Jeno. Sugou o baseado e deixou que a fumaça invadisse seu ser. Soltou a fumaça que conseguira em deu um gole na cerveja.

Olhou para o céu. O jardim era tão escuro que conseguiu enxergar as estrelas. Era uma noite iluminada, mas Donghyuck sentia que a tempestade se aproximava de si.

— Essa é das boas? - Uma voz conhecida o fez virar para trás, ele não tinha escolha. - Se importa se eu…

— De forma alguma. - Esticou o baseado para o mais alto. - É do Jeno, mas ele está tão chapado que não vai se importar.

O mais novo dentre o três soltou um resmungo, que logo transformou-se em uma risada completamente alta. Donghyuck deu um soco no peito do amigo e recebeu um choramingo em resposta. Jeno levantou-se da grama, jogando em Donghyuck os pequenos matos que grudaram em sua calça.

— Eu deixei outro baseado em algum lugar da casa. - A voz já estava arrastada. — Acho que vou… - Parou por um instante. — Dormir.

Abandonou Donghyuck no quintal e seguiu para dentro da casa. O rapaz mais alto sentou-se ao lado do mais baixo e tragou mais uma vez o baseado, permitindo-se sorrir após sentir o efeito que aquela droga provocava em si.

— Essa é mesmo das boas.

Ele ainda tinha o sorriso nos lábios e os olhos estavam voltados para o céu. Donghyuck não conseguia desviar seu olhar e encarava o rapaz como se fosse a mais bonita pintura que já vira na vida.

— Donghyuck… - Tragou mais uma vez o cigarro e virou o rosto para a face do mais novo, soprando a fumaça no rosto do mesmo. — Desculpe por mais cedo.

— Taeil… - Estremeceu ao repetir o nome de quem havia magoado seu coração. — Eu quero pedir desculpas, deveria ter contado e…

O mais velho silenciou as explicações de Donghyuck com um leve selar. Beijaram-se por segundos incontáveis. Os lábios de Taeil passeavam pelos lábios sôfregos do mais novo. Cada movimento representava um gesto, dentre um pedido de desculpas a um “estou com saudades”. Quando os lábios enfim se desencontraram, dando espaço para um encontro de olhares, Taeil começou a dizer:

— Você é só meu. - Aquelas palavras pareceram mais uma ordem, e Donghyuck confirmara a hipótese. — Sempre me obedeça.

O mais novo apenas assentiu com a face. Não tinha forças para contrariar Taeil, e mesmo que tivesse, jamais iria discutir com o mais velho, pois isso poderia afastá-lo novamente. Como as outras incontáveis vezes em que ele desaparecia ou bloqueava Donghyuck de sua vida.

Mesmo com apenas seis meses de relacionamento, Donghyuck sentia que já havia vivido diversas aventuras com Taeil, e nem todas eram boas. Tivera sua primeira vez com rapaz, e havia conhecido a cocaína por causa dele. Sabia que o amava, mas às vezes lhe faltavam motivos para enumerar os porquês de ser apaixonado por Taeil. Talvez fosse um costume. Talvez o medo de ficar sozinho. Talvez não tivesse voz para dizer e contestar as decisões do mais velho. Hyuck sempre esteve sozinho e a companhia de Taeil, por mais abusiva que fosse, lhe trazia a (quase) certeza de que alguém realmente gostava de si.

 

 

*

 

 

Já havia passado das três madrugadas. A chuva havia chegado, assim como Donghyuck previra. Mark estava completamente bêbado, parecia até que ele havia tomado sozinho um das garrafas de vodka. O rapaz estava deitado no carpete e encarava o teto do cômodo como se fosse a atividade mais interessante do momento. Jeno dormia tranquilamente no sofá, era quase que um hábito. Havia caixas de pizza espalhada pela sala, onde todos se encontravam.

Taeyong, Doyoung e Jaehyun estavam sentados no mesmo sofá. Os três mexiam em seus respectivos aparelhos de celular e mal conversavam. Taeil e Donghyuck conversavam baixinho apoiados no corrimão da escada, os dois estavam tão grudendos que Johnny chamara a atenção diversas vezes, pois aquilo era um “ato cruel para quem já estava solteiro há meses”.

— E ai? Vamos brincar de verdade ou desafio? - Johnny propôs, era uma tentativa de acabar com o tédio.

Os três rapazes no sofá encararam o mais velho e bufaram em conjunto. Jeno nem se mexeu, estava em um sono tão profundo que a casa poderia desmoronar e ele nem perceberia. Hyuck negou com a cabeça após receber um beliscão de Taeil. O único que animou-se foi Mark, que sentou-se rapidamente e começou a gritar.

— Vamos! É uma oportunidade para nos conhecermos melhor!

— Mark… - Taeyong começou a falar. — Nós já nos conhecemos, estudamos na mesma escola e estamos na mesma universidade.

— Mas não estamos na mesma sala, são períodos diferentes, Donghyuck e eu estamos no primeiro ano e…

— Qual é, Johnny… - Taeyong nem deu atenção para a fala de Mark. — Vamos só ficar ‘de boa’ aqui.

— Ok, Taeyong! - Mark ergueu o tom da voz. — Já que conhece todos, sabe quem é gay aqui?

O silêncio perdurou na sala. Era óbvio que Donghyuck e Taeil eram gays, na verdade Taeil era bissexual, mas isso ainda o classificava com lgbt. Taeyong fuzilou Mark. Será que o mais novo sabia de alguma coisa?

— O que quer dizer com isso?

Mark bufou baixinho e abriu um sorriso malicioso. Levantou-se do lugar e foi até a cozinha. Os olhares voltaram-se para a porta da cozinha, esperando Mark sair. O rapaz apareceu segundos depois, e junto dele: duas garrafas de vodka, uma cheia e a outra vazia.

— Cada um deve beber duas doses antes do jogo começar. - Disse empolgado. — E uma dose assim que a garrafa girar. - Voltou a sentar no chão e posicionou a garrafa no piso. — Verdade ou desafio. Você só pode escolher verdade três vezes, e depois disso só lhe resta o desafio.

Doyoung levantou-se do sofá e sentou-se ao lado de Mark. Havia se animado com a brincadeira. Johnny posicionou-se ao lado de Doyoung e ficou encarando os demais.

— Que brincadeira boba de criança… - Taeyong resmungou e voltou a atenção para o celular.

O próximo a se levantar foi Jaehyun, sentando-se ao lado de Johnny.

— Ah, Mark. Será que podemos fazer uma alteração nas regras? - Jae começou a dizer e todos se interessaram. — Você pode fazer pergunta referente a qualquer pessoa que está aqui na casa, mesmo que ela não jogue e…

— Ai, está bem! - Taeyong esbravejou. — Eu vou brincar dessa coisa estúpida.

Deixaram um espaço para o casal. Os olhares voltaram para o corrimão da escada, onde ambos se encontravam. Donghyuck encarou Taeil que apenas deu de ombros e o puxou para a roda. O mais novo sentou-se entre Taeil e Mark.

A chuva lá fora apertou e um trovão surgiu no exato momento em que Donghyuck deu um gole na vodka.

Aquilo realmente não poderia significar boa coisa.

 

*

 

Johnny já havia desistido do jogo depois de tomar cinco doses seguidas de vodka, pois a garrafa sempre parava nele. Ele não ousou pedir nenhuma verdade, e os desafios incluíam: correr na chuva, comer grama, tomar mais uma dose de vodka, passar um trote para sua avó (do outro lado do país) e levar o Jeno para dormir na sua cama.

As punições foram leves, mas era apenas o começo.

Os meninos não se divertiam há muito tempo e pareciam que haviam se tornado adolescentes novamente. Uma garrafa de vodka já havia acabado, mas Mark ainda tinha escondido uma na geladeira.

Quando Doyoung pediu desafio ele teve que dar um selinho em Taeyong. Depois fora a vez de Jaehyun beijar Taeyong. Por fim, os três deram um beijo triplo. Donghyuck teve que fazer uma dança para Taeil, este que tinha um bico enorme nos lábios, como quem odiasse estar ali. Nem prestou atenção na dança do parceiro e pediu que ele fosse breve.

O único que não havia sido desafiado era Mark.

Até agora.

— Verdade ou desafio, Mark? - Jaehyun perguntou.

— Verdade.

— Certo. - Deslizou uma mão na outra, preparando a pergunta. — Você ficaria com alguém aqui da rodinha?

— Sim. - Respondeu sem nem pensar. — Eu ficaria com o…

Soluçou. O silêncio perdurou no local e Mark começou a rir. Estava completamente bêbado. Os rapazes acompanharam com um coro de risos e Jaehyun deu um tapa nas coxas de Taeyong, pedindo que ele girasse a garrafa.

— Epa! - Surpreendeu-se. — Mark, verdade ou desafio?

— Eu? De novo? - Encarou a garrafa. — Desafio.

Um coro de “ós” soou pela sala.

— Eu te desafio a dar um beijo na pessoa da resposta anterior.

— O quê? - Mark gargalhou. — Eu não entendi.

— Você disse que ficaria com alguém aqui da roda. - Taeil já estava sem paciência. — Então dê um beijo nessa pessoa.

Mark assentiu. Engoliu seco. Vagou seu olhar por todos daquela roda. Era apenas um jogo, não? Sua cabeça estava tonta, mas ainda restava sanidade em si. Abruptamente virou o rosto para o lado e levou os lábios até os de Donghyuck. A princípio o mais novo assustou-se. Mas depois deixou-se levar.

— Mark… - Disse enquanto afastava-se do amigo. — O quê?

Taeil levantou-se e dirigiu-se até a porta da frente. Donghyuck ouviu a porta da frente se abrir e correu atrás do mais velho.

— Taeil! - Gritou enquanto o mais velho andava pela rua. - Sai da chuva. Venha para dentro.

— Vá para o inferno, Donghyuck. - Parou de caminhar para encarar o mais novo. — Você não tem um pingo de respeito por mim. Por favor, me deixa em paz.

Donghyuck começou a correr para alcançar o mais velho, mas sentiu o estômago embrulhar e a garganta a queimar. Vomitou então toda a bebida que havia tomado e, junto dela, diversas frustrações de um relacionamento abusivo.

Os joelhos foram de encontro ao chão e ele ficou ali. A chuva forte caía sobre seu corpo, mas ele nem se importava com o que acontecia ao seu redor. Taeil já havia sumido de vista. Nada mais importava.

— Dongchyuk!

Mark ajoelhou-se ao seu lado e tocou-lhe os ombros. O mais novo olhou para cima e deixou a chuva cair sobre sua face.

— Não chore… - Mark sussurrou. — Me… Perdoa.

— Eu não estou chorando. - E realmente não estava. — Ele iria embora de qualquer jeito. Taeil sempre encontra uma desculpa para ir embora. - Suspirou pesadamente. — Eu devo ser repugnante mesmo. Espero morrer logo.

Mark empurrou o mais novo para chão, ficando por cima do mesmo. Pegou o colarinho da blusa e o curvou para cima. A expressão em seu rosto era de fúria completa.

— Pare de dizer essas coisas!

— Por quê? Você vai me bater?

Encararam-se por alguns segundos antes que Mark soltasse da blusa de Hyuck e deixasse o menor a mercê da chuva. Saiu de cima do outro e pôs-se em pé, logo esticando as mãos para o mais novo, que recusou o apoio.

— Vai se foder, Mark.

Donghyuck levantou sozinho e começou a seguir em direção ao final da rua. Mark o gritava sem parar, mas não ousou segui-lo. O mais novo continuou pela chuva fria. Sem olhar para trás. Sem Proteger-se das gotas grossas que pingavam sobre sua roupa. Sem chorar.

Afinal, garotos não choram.

 


Notas Finais


link da playlist: https://open.spotify.com/user/pqbels/playlist/3VLr0TLt2FJ2EYo3GYLDY7
fale comigo! https://twitter.com/protectaron e https://curiouscat.me/protectaron

agosto foi um mês terrível e eu precisava encontrar uma forma de terminá-lo com algo bom, foi então que decidir tirar a fanfic dos documentos e postar ~♥
obrigada por ler e até a próxima sexta-feira ~~ ♥


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