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História Melodias. (soojin + shuhua / sooshu) - Máscaras.


Escrita por: soojindear

Notas do Autor


Esse capítulo sera na maior parte a visão de Soojin, perdoem pelas mudanças de ponto de vista, a partir do terceiro serei a narradora, espero que gostem!

Boa leitura.

Capítulo 2 - Máscaras.


Me arrisquei em ir conversar com a garota esquisita que, por algum motivo, me deixou intrigada e curiosa. Eu a notava pelos corredores, sempre agindo como estivesse se escondendo de alguém. Não duvidaria se estivesse, de fato.


Entrar no clube de música pode se tornar um problema caso eu continue não controlando minha curiosidade.


Em toda nossa conversa me contive em perguntar sua turma, não poderia saber quem ela era e me aproximar. Já havia corrido todo o risco me preocupando. Bem, na verdade foi mais uma desculpa para vir falar com ela sobre sua composição, o que não adiantou muito porque ela não quis desenvolver tal assunto. Mas ela não poderia descobrir quem, de verdade, eu era.


Era difícil. Difícil me vestir de alguém que eu não me identifico, agir e convencer as pessoas a verem apenas a minha máscara. Eu teria que fazer isso pra sempre, provavelmente. E Taemin também. Nunca nos aceitariam.


Sermos populares fazia com que meus pais se sentissem orgulhosos, o que realmente nunca entendi. A sede dos meus pais pela fama e sucesso era algo que me incomodava, mas eu não podia agir como se discordasse. Já dei indícios sobre minha real identidade na frente da minha mãe e fiquei de castigo por semanas, até me redimir e pedir desculpas, prometendo ter aprendido a lição.


E com os meus 17 anos completos, ainda não podia fugir de todos os meus problemas familiares. O medo de ser descoberta sempre me acompanhou, mas Taemin sempre foi minha salvação. Eu pensava em

fugir de casa, mas seria um plano ruim pois não teria para onde eu ir e teria que voltar para casa pronta para mais brigas e castigos.


Taemin também usa uma máscara. Seu pai, jogando fora qualquer tipo de respeito que eu tenha por aquele homem, é um completo babaca. Eu e Taemin somos vizinhos desde pequenos, brincávamos juntos todos os dias na infância e nunca deixamos de ser próximos. 


Logo no primeiro ano do colégio, ele estava na minha casa e estudávamos para a prova de história, enquanto ele explicava algum conflito histórico, notei uma coloração roxa rente ao seu maxilar. De primeira imaginei que ele tivesse dado uns amassos com alguém, mas depois que perguntei o que era, Taemin travou. Seus olhos se encheram de lágrimas e ele se abriu comigo. O acolhi como se fosse o ser humano mais precioso em minha vida. Não digo que o que ele disse não mudou nossa amizade, porque mudou. Criamos uma aliança, após eu revelar que guardava o mesmo segredo.


Nosso plano está até agora, terceiro ano do ensino médio, sendo executado com sucesso. Eu me seguro para não me expor. Para beijar Taemin e parecer totalmente feliz em segurar sua mão na frente das pessoas.


Minha atuação de patricinha que se acha superior a todos merecia um prêmio, sinceramente. 


Ser a popular também me deu muita dor de cabeça, como ouvir tantos boatos absurdos, o mais comentado era "ouvi dizer que você traiu o Taemin com o irmão dele na enfermaria". De fato, peguei o irmão dele faz uns anos, mas não estava na escola ainda. E beijar aquele garoto foi a chave para eu me entender.


Eu na verdade não me importava tanto com os boatos. Se eu aguento ser uma mentira, consigo lidar com mentiras. 


                                      🎭


Eu paralisei. Não soube como agir, porque de fato, fiquei assustada com o desespero da garota. 


Após me agradecer por eu ter aparecido para ajuda-la, a menina do cabelo enorme e olhos impossíveis de serem mirados, uma vez que eles sempre desviavam qualquer outro olhar, a mesma que fez eu arriscar uma boa parte dos meus planos com Taemin, saiu correndo. 


Ela literalmente pegou suas coisas com muita pressa e... Correu.


Fiquei espantada porque não era bem assim que as pessoas geralmente agiam comigo. Senti que ela era um pouco ingênua, ainda mais depois de não desconfiar nada dos motivos de eu ter ido atrás dela. Sequer fazia sentido eu, com a visão que toda a escola tinha sobre mim, me preocupar com ela?


Procurei voltar para a realidade e continuar meu ensaio com a banda. 


A banda... Claro que eu perdi totalmente minha consciência em entrar nesse clube. Ao invés de seguir o plano e me afastar pelo que pode me causar problemas, eu me aproximei ainda mais deles. Mas ela estava lá, e sua composição me deixou curiosa demais. Eu me identifiquei com a letra e nem sei exatamente o motivo.


Quando cheguei na sala, Taehyung me encheu de perguntas, preocupado com meu conforto em estrear na banda.


— Existe uma possibilidade de termos que tocar daqui a dois dias, acha que consegue? — Taehyung disse me encarando, com olhos que imploravam para eu não desistir de tudo.

— Mas é claro, Taehyung! Até sem ensaio, todo mundo sabe que eu consigo.


Todos os presentes reviraram os olhos. Enrolei meu cabelo nos dedos com uma postura despreocupada. Foi a vez de Hoseok se posicionar.


— Enfim, decore a letra logo, boazona. Vou afinar o violão e vocês tratem de checar se está tudo pronto para começarmos.


Eu tinha adorado tanto a letra que a decorei em menos de dez minutos. Precisava que Shuhua me contasse o motivo de cada entrelhinha dessa música.


                                      🎭


*SHUHUA point of view.*


Patética. Isso é o que eu era.


Corri em desespero por ter caído a ficha do que estava fazendo. Eu estava conversando com alguém, pessoalmente. Eu.


Não entendia mais nada. Soojin não me julgou ou me fez parecer a pessoa mais esquisita do mundo. Foi uma conversa extremamente rápida e sem graça, mas foi uma conversa. Eu nunca passava do "oi", e as vezes nem chegava nele. Definitivamente Soojin devia me achar doida. Não a julgaria se fosse o caso, mas me sentia envergonhada. Quero sumir.


Entrei dentro de casa feliz que meus pais ainda não haviam chegado do serviço. Pude me acalmar sem ser metralhada de perguntas. Resolvi ir conversar com Yuqi, contar tudo a ela e descontar minha frustração.



Yuyu:


Hm, não sei se confio nessa menina aí


Shuhua, pessoas legais nunca são populares


Sai dessa véi

    

Você:


Ai yuqi eu não sou burra


Sei disso tudo


Mas sei lá... foi a primeira pessoa que de verdade eu conversei em anos


Ela deve me achar doida


Mas talvez eu não deva correr de novo caso ela volte a falar comigo kkkkkkk


Yuyu:


Se você continuar correndo das pessoas vou ser obrigada a te bloquear.


Só toma cuidado


Vai que, sla, ela está te usando pra te transformar num capacho de patricinha?


Bom, eu não tinha pensado nisso. E se ela tentasse se aproximar para me usar e me fazer ser alguém que faz tudo para ela e fingir ser minha amiga? Típico de filme, mas tinha medo de ser a realidade.



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