História Memesquad Vocaloid - Mais um dia comum na casa

Oliver P.O.V.

- FLOWER! O OLIVER-

- Hã?

Fukase abriu porta com força. Gritando. Ele acordou eu e Flower no susto. Eu dormi com ela, então é lógico que eu não estivesse no meu quarto hoje. Fukase está com um expressão meio... Abismada?

- FLOWER, SUA SHOTACON!

- NÃO É ISSO QUE VOCÊ TÁ PENSANDO, ANIMAL!

Flower jogou um travesseiro em Fukase. Fukase saiu correndo e Flower foi atrás dele. Piko saiu do quarto dele.

- Que que tá acontecendo?

- Piko, Flower pegou o Oliver durante a noite!

Piko paralisou. Ficou vermelho e pareceu que iria chorar. Ele se trancou de volta no quarto dele.

Flower alcançou Fukase e deu um chute nele pelas costas, que ele caiu no chão. Flower começou a pisar nas costas dele, e ele está gritando. Vou intervir antes que ele morra.

- Flower, por favor, não o mate!

- Oliver, ele disse que fizemos coisas MUITO erradas.

- Que coisas?

* Pequena quebra de tempo que serve mais para censura *

- F-Flower, isso é horrível!

- Eu sei!

- M-mas... Mesmo assim, mata ele não.

- Por quê?

- Eu acho que ele aprendeu a lição.

Ela tirou a perna de cima dele.

- Fukase, ela não fez nada disso não. Eu tive um pesadelo, então pedi para dormir com ela.

- Ata. Esqueci que você é uma criança.

- Ok. Fukase, você consegue ser chato com força. Vontade de reconsiderar a piedade que mostrei a você.

- Ei, calma aí. Suas palavras valem minha vida agora.

- Tá contigo, Oliver. Você decide se ele vive ou não.- Flower disse, com um olhar assassino para Fukase.

- Poupe-o. Por favor. Por mais chato, babaca ou idiota que ele seja, eu ainda amo ele.

- TU É GAY MANO?- Eles gritaram em uníssono.

- TAMBÉM NÃO, NÉ. EU GOSTO DO FUKASE DO MESMO JEITO QUE EU GOSTO DA FLOWER.

- É bi?- De novo, perguntaram juntos.

Suspirei. Tem que ter muita paciência para lidar com essa família.

- Não gente. Eu sou hétero. Só que vejo vocês todos da casa como irmãos.

- Ah, isso explica muita coisa.- Fukase disse.

- Até que faz sentido.- Flower disse.

- Flower, tô com fome. Faz café, por favor?

* Quebra de tempo. Normal dessa vez *

Decidi sair. É cerca de 11 horas. Estou no balanço da praça.

- Oliver!

Ouvi alguém me chamar. É uma voz que conheço, não me lembro de quem é.

- Oliver, aqui!

Virei-me. Vi Gumi, que é a namorada do meu irmão mais velho, e uma moça de cabelos rosas. Ela acenou para mim, como se estivesse me chamando. Fui até ela.

Sinceramente, não gosto dela. Desce quando ela e o Yohio começaram a namorar... Ele se tornou cada vez mais ausente. Eu ficava em casa, apenas eu e o James. Fiquei entediado, comecei a sair só. Yohio ficava preocupado sempre que eu saia. Só não tomava nenhuma providência. Então conheci Fukase e Piko. Fiz amizade e então fui morar com eles. Depois veio a Flower.

Fui até ela. Ela sorriu e afagou minha cabeça, então disse:

- Esse aqui é o irmão do Yohio, Luka.

- Seu cunhado?

- Sim. Ei, Oliver, por que você está sozinho aqui?

- Por que não?

Ela fez uma cara confusa.

- Oliver, seus amigos sabem que você está aqui?

- Não sei. Mas qual o problema? Eu não sou só uma criança.

Eu disse com uma voz séria, mas elas sorriram. Eu sou uma piada para vocês?

Espera... Esses cabelos rosas... Olhei para ela e disse:

- Moça, qual é o seu nome mesmo?

- Megurine Luka.

- Ah! Eu sabia! Moça, eu conheço um moço roxo alto meio estranho que é muito gado por você.- Ela e Gumi se olharam com um olhar de nojo. - Dá uma chance para ele, ele te ama muito. Você faria ele muito feliz.

- Pequenino... Como eu explico...- Luka tentou dizer algo.

- Oliver, esse cara é maluco.- Gumi a cortou.

- Por quê?

- Cara, ele anda com um vestido estranho e uma espada. Ele não é normal.

- Qual o problema? Fukase usa uma saia, Piko usa algo que parece um vestido e tem um cabo e Flower usa roupas que parecem ser masculinas. E não vejo nenhum problema com isso.

Gumi e a Luka olharam uma para outra.

- Oliver, você está morando com um bando de malucos.- Gumi disse.

Ok, isso me irritou. Não gosto de ninguém insultando minha família.

- Se manca, garota. Você tem cabelo verde e vai falar mal dos outros. Toma conta da sua vida antes de falar da dos outros. Só meu irmão mesmo para achar isso bonito.

Ela ficou envergonhada e olhou para Luka.

- Oliver, você magoou a Gumi!- Luka disse.

- Ué? O que ela esperava que eu fizesse? Ela chamou meus amigos de malucos. Se tem boca para falar mal dos outros, tem que ter ouvido para ouvir falarem mal de você.

Agora Luka também ficou envergonhada.

- Tô saindo. Tchau.

* Quebra de tempo *

Andei por aí. Vi uma lojinha de açaí, e como estava com dinheiro e fome, fui comprar um.

- Ô TIO!- Gritei.

Saiu de traz do estabelecimento o Gakupo. Eu olhei para ele e ele olhou para mim. Saia justa.

- É... Boa tarde. O que deseja?

- Um açaí.

- De quanto?

- 3 continhos.- Coloquei o dinheiro em cima do balcão. Ele começou a fazer meu açaí.

- Que calda?

- Hortelã.

Senti a saia justa aumentar. Ele pode ser estranho e gado, mas ele não é malvado.

- Ei. Gakupo-san. Desculpe por ontem. Meus amigos só estavam preocupados.

- Tudo bem. Eu entendi isso, aquele moço de cabelos cinzas se desculpou muito.

- Ele é ela.

- Quê?

- Flower é uma menina.

Gakupo suspirou.

- Ok. Isso explica porque é tão sensível. Mas como uma moça tem a força de um trem?

- Flower. É Flower.

- Ok, não vou perguntar muito.

- Ah, e eu vi a Luka. Pelo visto, ela é amiga da minha cunhada.

Os olhos dele pareceram que iam saltar.

- Oliver-san, espere! Eu preciso fazer perguntas para você.

* Quebra de tempo *

- Hum... Entendi...

Eu expliquei pra ele o que eu sei. Luka é amiga da Gumi, e para que uma garota te aceitar, os amigos dela não podem te achar estranho.

- Mas Oliver-san.

- Diga.

- Por minha cultura, eu uso apenas roupas japonesas.

- Ok, isso vai ser difícil. Você sabe japonês, não é?

- Óbvio.

- Que bom. Empresta seu telefone.

- Ok.

Eu mudei a localização e o idioma do telefone para o japonês.

- Escreve aí: Loja de roupas.

* Quebra de tempo *

Eu fiquei uns 25 minutos escolhendo uma roupa aparentemente normal e que combinasse com ele. Vai chegar lá para o mês que vem.

- Ah, ela disse que é estranho ficar andando por aí com uma espada.

- Mas isso que faz de mim um samurai!

- Eu sei.

- O que você quer que eu faça?

- Bem, você pode usar sua espada se alguma vez você for ao Japão para ver outros samurais. Mas, se você quiser ela, vai ter que escolher.

Ele torceu o rosto e olhou sua espada.

- Entendi, Oliver-san. Obrigado.

* Quebra de tempo *

É madrugada. De alguma forma, estou sem sono.

* Rown *

Meu estômago começa a roncar. Estou com fome.

Fui à cozinha. Procurei, mas não vi nada que eu gosto.

* Rown *

Não ter nada para comer não apaga minha fome. Olhei pela janela. Terra. Terra macia. Terra preta. Deliciosa. Abri a porta e fui comer terra.

Flower P.O.V.

Fui fazer um lanchinho de madrugada. Peguei meu sagrado pacote de Doritos e comecei a comer.

* Kaboom *

Caiu um relâmpago. Olhei pela janela. Começou a chover.

* Kaboom *

Passou um vulto pela janela. Correndo. Não foi um gato, rato ou gambá. Foi uma pessoa. Cacete, que medo.

Sai correndo para o quarto do Piko. Não quero acordar o Oliver, e o Fukase... É um babaca. Prefiro o Piko.

- Piko!

- Hum...

- Piko! Piko, acorda, Piko!

- Huh? Flower? O que foi?

- Acorda, alguém invadiu nossa casa!

- Quê?

- Tem alguém aqui! Eu vi! Eu vi! Ele estava no quintal, alguém passou correndo por lá!

- Quê? Hã? O que você pensa em fazer?

- Vem comigo no quintal, quero ver o que é.

- Hã... Por... Por que você quer ir comigo?

- Não quero ir sozinha. É assustador. Vem comigo por favor.

- Tá bem.

Eu segurei a mão dele fomos lá. Saímos do quarto, estamos-

- AAAAAAAAAAAAAHHHHHH! AAAAAAHHHHHHH, AAAAAHHHHHH, SOCORRO, AAAAAAAAAAAAAHHHHHH!

Piko saiu correndo. A sombra está aqui. Na minha frente.

- Bu.

Fukase ligou a lanterna no rosto dele. Não creio. Meu. Deus. Ele tá caindo de tanto rir.

- Fukase, era você esse tempo todo?

- Ahahahaha, meu Deus, olha sua cara, mano...

- Fukase, cacete, era você?! Vou te descer a porrada!

- Sim. Eu mordi o pé do Piko e te assustei. Hehehe...

- Mano, precisava passar no quintal nessa hora?

- Quê?

- O vulto!

- Que vulto?

- Fukase. Fale a verdade. Foi você ou não foi que passou no quintal quando eu tava na cozinha?

- Ué? Eu não saí de dentro de casa. Pelo menos não nessa madrugada.

- Então quem tava lá fora?

- Tem alguém lá fora? Eu acordei ouvindo você e o Piko conversando alguma coisa, saí para ver o que era, vi vocês dois agarradinhos e decidi atrapalhar o romance.

- Fukase. Não tô brincando. Era você ou não?

- Eu já disse que não! Eu não tô mentindo!

Eu tô tensa. Pensar que foi o Fukase, por mais que irritante, foi um alívio. Mas se não foi o Fukase, quem diabos foi?

- Flower, o que a gente faz?

- A gente vai lá.- Agarrei o braço dele.- Não vou sozinha. Sua punição por assustar o Piko vai ser vir comigo.

- Eu não chamaria isso de punição...

- E se for um serial killer? Eu sou muito forte, mas não indestrutível.

A feição do Fukase mudou na hora.

- Sabe, tô com maior sono, eu tenho que-

- Você tem que vir comigo, vacilão.

- Eu vou morrer!

- Dane-se!

- E ainda tá chovendo!

- Dane-se de novo! Você assustou o Piko, agora você vai morrer comigo!

- Não, eu sou muito jovem e bonito para morrer!

- Jovem você é, mas bonito não. Você nem tem um olho.

- Ei, isso já é bullying.

- Dane-se. Agora vem.

Fomos no quintal. Vim puxando ele, na verdade.

- AAAAAAHHHHHHH!- ALGUMA COISA AGARROU NA MINHA PERNA E O FUKASE TAMBÉM GRITOU.

- Gente?- Espera, essa é a voz do Oliver.- Flower? Fukase? O que foi? Por que estão gritando tanto?

- Hã? Oliver, era só você?

- Bem, eu tô aqui já faz um tempinho. Deu vontade de comer terra e eu estava com fome. E Flower, pensei que você odiasse o Fukase. Por que tá abraçada nele?

Eu não tinha percebido, mas, involuntariamente, tinha abraçado o Fukase. No momento que percebi isso, o soltei.

- Cacete, Oliver, tinha mesmo que atrapalhar?

Suspirei. Bem, pelo menos era só a criança. Espera, tem parada errada aí. Como assim comer terra?

- Oliver, você tá comendo terra?

- Sim. É bem gostoso. Já provou?

- Menino, para com isso, que nojo, isso faz mal para saúde...- Abaixei-me para ver melhor o garoto. - Isso deve ser verme. Amanhã, não, assim que amanhecer, vou te levar no médico.

- Eu não quero.

- Quê?

- Eu odeio ir no médico. Eles tem agulhas, remédios ruins, e um monte de coisas ruins!

Suspirei. De novo.

- Vamos entrar. A chuva tá engrossando. Oliver, você precisa de um banho.

* Quebra de tempo *

Oliver terminou o banho e Fukase está terminando o dele. Oliver disse que ainda estava com fome, então estou fazendo um mingau para ele.

* Toc Toc Toc *

Alguém bateu na porta. Fukase saiu do banheiro.

- Fukase, vai ver quem tá na porta, por favor.

- Tá.- Fukase abriu a porta.

- Boa noite. Corpo de bombeiros. Recebermos uma denúncia de um dos moradores dessa casa de que um animal estranho teria invadido a casa. Viemos resgatar o animal.

- Huh?

Pronto. Era o que faltava. Plena madrugada tá com polícia aí. Bombeiro, na verdade.

- Flower, o quê que eu faço?

- Pergunta cadê o Piko.

O mingau tá pronto. Só ficou um pouco embolotado por causa da linda noite que eu estou tendo.

- Tio, por acaso tem um garoto de cabelos prateados e com heterocromia nos olhos aí?

- Tem sim. Ele está em estado de choque no carro.

- Flower, eu falo ou você fala?

- Eu falo.- Fui e entrei no carro. Vi o Piko - Piko.

- Flower!- Ele veio correndo até e me abraçou. Depois tocou no meu rosto, todo preocupado. - Flower, desculpe, perdão, mas eu-

- Era o Fukase.

Ele parou. Respirou fundo

- O quê?

- Era o Fukase quem mordeu seu pé. E no quintal era o Oliver de idiotice.

Piko suspirou fundo. Inalou muito ar e:

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH.