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História Memórias Perdidas - Embrulho com vida


Escrita por: GrangerHastings

Notas do Autor


---------> LEIAM AS NOTAS FINAIS. <-----------

Ooi todo mundo! Acreditam que depois desse, falta dois capítulos pra Fanfic terminar? Mas tenho um projeto quase no fim...um projeto grande e Scorose. Não posso dizer mais do que isso. Quem aí curti o casal e vai marcar presença lá ou indicar pra algum coleguinha q gosta? Vão me falando...se n tiver muita gente já desisto de postar u.u

Sem falar das três histórias que sou coautora na companhia da genia da Bianca. Pra quem ainda não lê, vou deixar lá embaixo.

Boa leitura!

Capítulo 8 - Embrulho com vida


Fanfic / Fanfiction Memórias Perdidas - Embrulho com vida

Quando você estiver cochilando eu vou deixar que você fique bem pertinho de mim, por algumas semanas para que eu possa te dar segurança. - Small Bump, Ed Sheeran.

 

- Lils! - Rose, aninhada no pescoço do pai, apontou para a bebê ruivinha no colo do tio. 

- Parece que alguém já amou o nome da priminha, não é meu amor? - Rony balançou a filha, afundando o rosto na barriguinha dela enquanto a pequena soltava fortes gargalhadas com as cócegas.

- Como está, Gina? - Hermione riu do marido e perguntou para a cunhada que ainda estava encamada. 

- Bem e pensando seriamente em fechar a fábrica. - A ruiva sorriu levemente, ainda estava fraca, mesmo o parto tendo acontecido a vinte quatro horas atrás. - Minha pequena Lily é o suficiente por essa década.

- Concordamos em algo, maninha. - Rony encarou a irmã para logo depois voltar a brincar com Rose. 

- Falou o pai babão que se dependesse dele, teríamos mais quinze ou dezesseis crianças. - Hermione rolou os olhos mas sorria ao observar seus dois ruivos preferidos - até agora - juntinhos.

Gina riu e chamou o marido, que não lhe deu atenção. Estava muito ocupado encarando e balançando Lily no colo. 

- É, dois a zero para Lily. - Gina revirou os olhos mas sorria.

- E pode ter certeza que vai ser assim até os cinco anos de idade ou mais. - Hermione encarou o marido, alisando a barriga. - Meu menininho anda agitado demais. Sinto que será nessa semana.

- E por isso Rony pediu licença do trabalho e não desgruda de você, né?

- Sim, exatamente por isso. - Hermione riu. Rony e Harry continuaram alheios a conversa, paparicando suas menininhas. - Bem, vou deixar vocês descansarem. Rony? - Quando ele pareceu não a ouvir, Hermione repetiu mais alto. - Rony!?

- Sim? O que houve? - Rony girou o corpo na velocidade da luz. -  É agora!?  

- É agora...que vamos embora, seu tapado. 

Hermione fez sinal para que ele lhe entregasse Rose e com certa relutância - tanto por não querer se separar dela, tanto por não querer que Hermione segurasse muito peso - entregou.

~*~

Duas semanas depois, Rony acordou em um salto no meio da noite, os gritos de Hermione o despertando rapidamente.

- RONY!

- Mione!? O que houve!? - Mas foi quase que uma pergunta retórica, seu peito subia e descia com dificuldade e ele já sabia o que estava por vir.

- Muita dor, precisamos ir! - Ela gemeu, fechando os olhos.

Mandou uma patrono para a casa dos Potter e outro para a Toca, enquanto descia com sua mulher até a sala, colocando-a confortavelmente no sofá. Depois, colocou um sobretudo, jogou uma água no rosto e pegou a mochila já preparada para o dia do nascimento do filho.

Com sorte, havia deixado o antigo Ford Anglia de seu pai na garagem e mesmo não gostando da ideia de levar a esposa grávida aos ares, não havia outra opção. Precisava tirar logo sua carteira de motorista para carros trouxas. Antes de abrir a porta da sala, Harry aparatou imediatamente e depois de dar um tapinha nas costas do amigo e beijar a testa da amiga, apressou-se a pegar Rose no quarto e levá-la para a Toca como o combinado.

Não demoraram muito para chegar no St. Mungus, levando em conta que entre as nuvens não há trânsito e assim que Hermione foi posta em uma maca, seu coração pareceu tranquilizar-se um pouco. Mas não muito, pois jurou que havia visto sangue nas roupas da esposa...deveria estar ficando paranoico. 

- Ron - Hermione arfou, parecendo mais em pânico do que quando dera luz a Rose. - eu não acho...não acho que...vou aguentar...ficar...acordada...medo...

- Acalme-se, Mione, não fale. - Rony afastou os cabelos molhados da testa da esposa e apertou ainda mais sua mão. - Apenas concentre em trazer nosso Huguinho para nós.

Hermione sorriu com a menção do nome do filho, uma vez que Rony havia deixado em segredo até então. Rony percebeu que, com uma força renovada, ela voltara a empurrar com mais força, curvando as costas para frente, porém, logo depois, desabou no cama, os olhos fechados.

- Senhor Weasley, se me der licença. - Uma curandeira, parecendo um pouco preocupada, tomou o lugar do ruivo rapidamente, checando a pulsação de Hermione e tentando reanima-la.

Rony passou a mãos pelos cabelos, o ar parecendo querer sumir do seus pulmões. Só queria ouvir o choro do filho e ver o sorriso da mulher.

Só isso.

- Ela perdeu um pouco de sangue além do habitual, mas não se preocupe, vai ficar bem. - Sorriu a curandeira. - Só precisa mantê-la acordada, se o bebê passar da hora de nascer, pode haver complicações.

Rony assentiu compulsivamente e voltou a pegar na mão da mulher, a boca encostada no ouvido dela.

- Fique acordada querida, para o seu bem e o bem do nosso Hugo, sim? - Ele sussurrava e ela, com os olhos semicerrados, assentia, empurrando o filho. - Aposto que ele também terá olhos azuis e você?

 - S-sim, azuis. - Hermione sorriu, um pouco delirante, voltando a ofegar.

Cada grito que escapava de Hermione de vez em quando, se assemelhava a uma camisa de força nos pulmões do ruivo, levando-o a lembranças nada agradáveis de outra ocasião em que a mesma gritara tão fortemente. 

Mas ele não se intimidava. Continuava sussurrando em seu ouvido o quanto a amava, e beijando o rosto da esposa. Sabia que tinha de ser forte.

Por ele, por ela e por Hugo.

Depois de quase duas horas de agonia que parecia estrangular Rony, que soava tanto quanto Hermione, um pequeno choro encheu o local, logo sendo acalmado pelas mãos da esposa. Hermione encostou a testa na testa de Hugo durante alguns minutos.

Rony voltou a respirar.

Finos fios ruivos já estavam presente na cabecinha do menininho, que ao contrário da irmã, já estava de olho aberto desde que fora posto nos braços da mãe. Olhos azuis. Intensos. Vivos. 

Rony chorou ao acolher ambos em seus braços e pareceu entrar em uma nova onda de choro ao sentir a respiraçãozinha leve do seu menino na palma de sua mão.

Os ombros de Hermione sacudiam mas logo foram acalmados pelos braços do marido. Ela sussurrou no ouvido dele que precisava tomar as poções que a enfermeira oferecia para poder amamentar o filho e a contra-gosto, entregou Hugo nos braços de Rony.

- Hugo? - Rony sorriu, balançando o filho, enquanto este olhava atentamente para o rosto do pai, parecendo memorizá-lo. - Papai ama você...mamãe ama você...sabia disso? Sua irmanzinha, que deve estar lá na sala de espera com o resto da família, também já ama muitíssimo você. E a sua família é tão grande...imagina, cada um amando você muito e muito? Hein? - Hugo soluçou e Rony riu, seguido de Hermione que ouvira o barulhinho.

- Me dê ele aqui. - Hermione disse, depois de alguns minutos. Já estava com o rosto seco e havia tomado algumas poções para normalizar a pulsação. 

Rony ajeitou o filho com um cuidado nos braços de Hermione, como quem entrega uma porcelana nas mãos de outra fina porcelana.

Hermione parecia intocável ali. Com um coque frouxo, o rosto ainda um pouco pálido e cansado, com o pequeno Hugo nos braços, que sorvia seu leite preguiçosamente, os olhos castanhos pregados no ruivinho.

Rony queria congelar essa cena em sua memória e revê-la quantas vezes quisesse em sua penseira particular. Ele sentia tudo com mais intensidade. Cada respiração vinda daqueles dois seres em sua frente era uma dádiva que ele ainda não sabia se merecia. 

Alguns minutos depois, a cena se tornou mais adorável. As pálpebras de Hermione pesaram e ela dormiu com o filho ainda se alimentando.

Rony se aproximou mais, passando a revesar o olhar na esposa dormindo tranquilamente e no filho que o fitava de vez em quando.

Sorria.

Sorria.

Sorria.

Nem em um milhão de anos, pensou que seria protagonista de algo tão magicamente grandioso.


Notas Finais




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