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História Memories - Im not lost in sin, Im lost in love.


Escrita por: Green_in_Blue

Notas do Autor


Hey! Eu sei que demorei e tals, mas foi por um bom motivo então me perdoem, obrigado pelos favoritos e obrigado pelos comentários ( mesmo sendo poucos eu nunca deixarei de agradecer) Vocês são demais e acho que é só...Por favor comentem nesse capítulo e thanks! I love you <3

Capítulo 12 - Im not lost in sin, Im lost in love.


Fanfic / Fanfiction Memories - Im not lost in sin, Im lost in love.

Zayn parou em frente aporta da sua antiga casa e temeu não conseguir tocar a campainha, provavelmente estava pálido e tinha quase certeza que estava tremendo de leve, mas ele respirou fundo e tocou a campainha aguardando que alguém abrisse a porta.

Depois de longos segundos em que Zayn pensou em simplesmente voltar para dentro do táxi, a porta se abriu revelando uma linda mulher de cabelos castanhos, olhos castanhos claros iguais aos de Zayn e um sorriso simplesmente encantador nos lábios.

Sorriso que Zayn sempre admirou, olhos que Zayn sempre amou ver e agora olhos desconhecidos, Trisha não sabia o que fazer ou o que falar, estava parada como se qualquer movimento pudesse afastar seu garotinho – que já não era mais tão garotinho assim – para longe dela novamente.

— Eu sei que eu fui um péssimo filho, sei que decepcionei você e o papai indo embora e sei que posso ter magoado minha família inteira.  — Zayn estava olhando para os lados. — Eu não sei se ainda sou bem-vindo nessa casa, mas você foi a primeira mulher que eu amei nesse mundo e é a minha mãe e eu sinto a sua falta.

— Você sempre será bem-vindo nessa casa, porque ela também é sua. — Trisha respondeu vendo sua vista ficar embaçada por causa das lágrimas que ela não deixou cair.

— Posso te abraçar? — Zayn questionou e Trisha o abraçou o mais forte possível deixando as lágrimas cair.

De longe Yasser observava o reencontro de mãe e filho de dentro do carro, estava chorando sem que ninguém percebesse, estava muito inseguro se deveria sair do carro e estragar aquele momento, nunca guardou mágoas do filho e o perdoou no mesmo dia em que ele saiu daquela casa.

Viu Waliyha de longe observando o momento e logo depois abraçando o irmão, gostaria de ter a coragem da filha e sair de dentro do carro para abraçar seu menino que agora já era um homem de barba feita.

— Eu pensei que nunca mais te veria pessoalmente. — Waliyha disse sem jeito.

— Pensou errado. — Zayn disse sorrindo e tentando conter as lágrimas. — Vamos entrar, os vizinhos devem estar espalhando que o filho ingrato dos Malik voltou.

Waliyha riu junto a mãe e os três entraram dentro da casa, Zayn tirou as mochilas das costas e deixou em cima do sofá seguindo para a cozinha junto com a mãe enquanto a irmã subia para o quarto, e então começou o diálogo que chegaria ao relacionamento que o mais velho tinha com Liam.

— E como anda a vida em Londres? Lá você come uma comida melhor que a da sua mãe? — Trisha questionou

— Sua comida sempre será a melhor. — Zayn disse pegando um pedaço de bolo e mordendo um pedaço.

— Você não quer me falar sobre o Liam? — Trisha se virou para Zayn.

— Você gosta dessa ideia? — Zayn deixou o pedaço de bolo de lado e encarou seriamente a mãe.

— Você sabe que isso não é permitido na religião do seu pai. — Trisha começou. — Precisamos sentar em família e conversar.

— Eu sabia disso. — Zayn pegou o bolo e o colocou de uma vez na boca voltando para a sala e dando de cara com Yasser. — Pai.

— Filho. — Yasser disse ainda parado no meio da sala. — É bom ter você de volta.

                                          -x-

Zayn discou o número de Liam e colocou o celular em viva-voz se deitando na cama e esperando o mais novo atender, o mesmo atendeu no terceiro toque.

— Como está sendo aí? — Liam questionou assim que atendeu.

— Tudo bem. — Zayn sorriu. — Como foi seu dia?

— Jantei com o Niall e ele ficou várias vezes dizendo que eu era o sal da sua batata. — Liam riu fraco.

— Eu saio para viajar e você já me troca pelo Niall, da próxima vez te trago dentro da mochila. — Zayn brincou.

— Eu gosto dessa ideia. — Liam sorriu logo desfazendo o sorriso. — A culpa é sua.

— Como assim? — Zayn questionou e duas batidas na porta do quarto foram dadas.

— Você me viciou a estar sempre com você, quase todos os dias saímos e agora eu estou completamente triste por te ter tão longe. — Liam se jogou na cama. — Você não poderia ter feito isso.

— Estou disposto a me entregar a polícia por ter cometido esse crime. — Zayn disse e a porta foi aberta revelando Yasser. — Lee posso te ligar mais tarde?

— Claro, até mais tarde. — Liam disse e encerrou a chamada.

Yasser caminhou até Zayn e puxou a cadeira da antiga escrivaninha dele e se sentando de frente pro filho, o mais velho respirou fundo e deixou toda a tensão se esvair do seu corpo enquanto encarava o filho que permanecia em silêncio.

— Você não acha que está na hora de me contar sobre esse Liam? — Yasser questionou.

— O que você quer saber exatamente? — Zayn desviou o olhar para a janela.

— Pelo menos uma vez olhe nos meus olhos quando estiver conversando comigo Zayn, não aja como um adolescente de treze anos. — Yasser elevou a voz.

Zayn odiava quando o pai elevava a voz, odiava quando o pai reclamava de seu jeito de ser, e odiava ainda mais não saber como terminaria aquela conversa que atrapalhou a sua conversa com o namorado, mas ele esperava que tudo acabasse sem ninguém ferido ou magoado.

— Me desculpe. — Zayn pediu sem saber por qual motivo estava se desculpando e pegou o celular que estava do seu lado mostrando uma foto de Liam que tinha como tela de bloqueio. — Esse é o Liam e se você está se perguntando porque ele está na tela de bloqueio do meu celular, a resposta é que eu a tirei quando ele estava distraído e eu sei que não sou tão bom quanto ele em tirar fotos, mas eu envolvi sentimentos como ele me ensinou.

Zayn disse cada palavra com um sorriso no rosto e olhando para a foto do namorado, deixou o celular de lado e ficou sério ao olhar para o pai como o mesmo pediu. Yasser não entendia nada, mas estava esperando que seu filho continuasse.

— Eu só amei dois pares de olhos nesse mundo inteiro e esses eram os da mamãe e os do Liam, quando eu olho para os olhos dele eu me perco e quando percebo já estou pensando em como vocês estão, ele faz eu me sentir em casa, entende? — Zayn mordeu o lábio inferior pensando se deveria continuar. — Ele é um dos maiores guerreiros que eu já conheci e ele tem o coração tão grande que eu acho que cabe nossa família toda, o exército de Israel e ainda sobra espaço, eu tenho tanta certeza que ele está disposto a entrar nessa família e amar cada um unicamente porque eu sou a prova viva de como ele trata todo mundo com carinho e amor, como se fosse pai de todo mundo.

Por um instante Yasser ficou curioso para conhecer Liam, para saber como era o som de sua voz e como ele olhava para o seu filho, ele sempre quis a felicidade dos filhos e lutou até o último segundo até que Doniya saiu de casa para viver sua vida e logo depois Zayn e então ele teve que deixar seus primeiros filhos conhecerem o mundo e se virarem sozinhos, Doniya sempre voltava quando o mundo parecia que iria cair em cima dela, mas Zayn nunca voltou por mais que o mundo já tivesse despencado em cima dele e ele estivesse completamente machucado.

Uma coisa Yasser tinha que admitir, seu filho era tão forte quanto ele e só voltaria quando estivesse preparado e não por medo de como era o mundo lá fora, Zayn poderia estar assustado igual um gato, mas iria se fazer de forte e dizer que tudo estava indo bem.

— Eu te vesti, te eduquei, paguei pelas suas atitudes e paguei a comida que você comia e a escola que você estudava e isso me deu o direito de decidir o que foi faria e o que não faria quando estivesse comigo e me deu o direito de te castigar quando você errasse. — Yasser se levantou da cadeira. — Mas agora você tem vinte e um anos, é um adulto e isso se trata da sua felicidade Zayn! Eu não posso te bater e dizer que você não pode fazer isso, e sabe por que?

— Diga. — Zayn pediu.

— Porque não vai ser algumas marcas vermelhas e roxas, não vai ser seu corpo dolorido que vai fazer com que você pare de amar esse garoto. — Yasser disse. — Eu já me apaixonei de verdade por alguém e esse alguém era sua mãe, eu sei o quanto é difícil desistir quando você já é refém desse sentimento.

— E isso quer dizer? — Zayn se levantou.

— Eu deveria te dar uns tapas e te castigar, mas eu não sou capaz. — Yasser puxou Zayn e o abraçou com força enquanto lágrimas caiam pelos seus olhos. — Eu não sou capaz de machucar você por algo que você não fez.

                                   -x-

— E foi por isso que eles invadiram a Península Ibérica. — Zayn sorriu para a irmã mais nova que estava anotando em seu caderno.

— Toc toc? — Trisha disse chamando atenção dos filhos. — Está na hora de dormir Safaa.

— Mas mãe. — Safaa insistiu.

— Sem mas, vamos Zayn. — Trisha mandou e Zayn pediu para a mãe esperar um pouco e a mesma foi em direção ao quarto que dividia com o marido.

Zayn pegou os livros da irmã e o caderno colocando-os dentro da mochila e colocando a mochila de lado, Safaa puxou o cobertor e se sentou na cama puxando o cobertor para si, Zayn se sentou ao lado da irmã e beijou sua testa.

— Zayn? — Safaa chamou.

— O que houve? — Zayn questionou.

— Promete que não vai mais sumir por um ano ou mais? — Safaa questionou e Zayn suspirou tristemente.

— Às vezes precisamos ficar longe por um tempo, não é por maldade, mas é porque é preciso. — Zayn beijou abraçou a irmã. — Durma bem e amanhã de manhã nos vemos.

Zayn levantou e Safaa continuou sentada observando o irmão, como se ele fosse desaparecer do nada e aquilo tudo não tivesse passado de um mero sonho.

— Até. — Safaa disse hesitante e se deitou na cama fechando os olhos com força.

Zayn apagou a luz do quarto da irmã e fechou a porta, quando começou a caminhar em direção ao quarto começou a pensar que poderia ter sido diferente, porque por mais que todos naquela casa dissessem que estava tudo bem ele sabia que existia medo e mágoa no coração de cada um.

Ele só gostaria que tudo tivesse sido diferente, que ele não tivesse saído de cada naquela manhã e que não tivesse pegado o primeiro ônibus disponível para Londres, gostaria de ter deixado um bilhete pelo menos, mas tudo o que fez foi fazer as malas e sair rumo à estação rodoviária mais próxima, nunca soube o que iria encontrar realmente, mas sabia que tudo ficaria bem.

Desde o primeiro dia em que Zayn chegou em Londres e sua primeira moradia foi um abrigo para moradores de rua ele soube que não seria fácil, mas sabia que também não seria impossível conseguir viver longe dos pais. 



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