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História Meninos Perdidos - Hyung?


Escrita por: nakyuta

Notas do Autor


Oi? Não me matem...
Me desculpem por ter dito que teriam mais dois capítulos, mas eu não sabia o que escrever então fiz o final logo.
Me desculpem pela demora...
Me desculpem pelo tamanho do capítulo..
Boa leitura!
*LEIAM AS NOTAS FINAIS, POR FAVOR.*

Capítulo 7 - Hyung?


Fanfic / Fanfiction Meninos Perdidos - Hyung?

Perdido nos escuros e vagos caminhos de meu coração,

Vejo você por lá,

Parado, me fitando.

Corro em sua direção, mas vejo que

Era apenas minha mente pregando uma peça;

Na verdade, mais uma peça dentre tantas.

Eu sinto sua falta...

 

À cada dia minha saudade só aumenta, por que tínhamos que nos separar? Por que aquelas freiras tinham de nos separar? Por que agora eu não posso mais conversar com você?

A resposta para todas essas perguntas é óbvia; as freiras viram que nós éramos próximos, então elas preferiram nos separar para assim, não sofrermos caso um de nós fosse adotado. Na minha opinião isso é idiotice; eu nunca fui adotado, e além disso elas não pensaram que iriamos sofrer de qualquer jeito? Elas pensaram que nos separando iriam fazer-me esquecer de Jimin? Talvez ele possa ter esquecido de mim, mas eu nunca irei esquece-lo, pois todas as noites eu sonho com ele dizendo o quanto as cerejeiras eram lindas e em como ele adorava comparar minha beleza -que na minha opinião não é muita- com a beleza das flores ali citadas.

Se passaram muitos anos, e hoje eu já tenho 22 anos, e Jimin deve ter 20. Eu pintei meus cabelos de verde, para dar uma repaginada. Fico imaginando se Jimin continua sendo lindo assim como era há alguns anos atrás, e certamente, ele deve estar cada vez mais lindo. Lembro-me muito bem -apesar de não o ver há anos- de seus olhos, sua expressão sempre meiga em seu rosto, seu sorriso, enfim, tudo.

E sim, meus dias continuam cinzentos. Por mais que tenha um sol quente e bonito, eu não consigo enxergar o dia bonito. Parece que falta algo, e realmente falta; e esse algo -ou alguém- era Jimin. Sua presença era como um calmante para minha depressão de ficar sem si. Eu já estou no fundo do poço, não sei se aguentarei por muito tempo.

Se eu fosse contar todas as vezes que me peguei orando a Deus para que fizesse dos meus dias mais felizes, certamente me perderia. A presença do mais novo era minha salvação, meu remédio, de toda essa tristeza. Porém eu não consigo essa salvação ou esse medicamento de cabelos escuros, olhos pequeninos, sorriso encantador e de abraços tão confortáveis.

Eu só consigo pensar em como seria um reencontro. Imaginar ele abraçado à mim, seus braços em volta de minha cintura, como se não quisesse que eu fugisse dali. Sim, eu sinto falta dele por completo, até mesmo de suas birras.

Agora eu me encontrava andando perdido em meus pensamentos pelas frias ruas de Seoul. Eu acabei me mudando assim que saí daquele orfanato. A minha antiga moradia ficava em Busan, longe de Jimin. O vento fazia meu cabelo fustigar em meu rosto com uma certa brutalidade. Pequenos e finos pingos de chuva começavam à molhar minha jaqueta. Os respingos umedeceram meus cabelos, o vento me fazia arrepiar-me por completo. Tudo o que eu queria era que pudéssemos voltar ao tempo; a aquele tempo em que eu somente me preocupava em ler contos de fadas para o garoto que tanto me faz falta.

Os dias frios e chuvosos sempre me fazem lembrar que sempre estarei solitário, e que a única coisa que me faz companhia são as gotas de chuva que escorrem pelo vidro de minha janela. Os dias ensolarados me fazem lembrar de como eu era feliz, e de como ser criança é bom. Agora que sou adulto, ninguém se importa com minha existência. Eu já não tenho mais os meus colegas de classe para me fazer rir, não tenho mais Jimin para me ajudar nos momentos difíceis, e meu irmão... eu não sei sobre ele desde o dia em que fui mandado para Busan.

Por conta de meu descuido para andar na rua e prestar a atenção no caminho, levo um susto por causa de uma pessoa esbarrar em mim; levanto e olho para o garoto a minha frente para pedir desculpas, porém sou interrompido por lembranças:

Flashback

Eu estava sentindo uma forte dor em minha barriga, de tanto rir. Ele não parava de fazer cócegas em mim, e eu realmente odiava cócegas. O seu sorriso de satisfação era tão grande ao ponto de quase não caber em seu rosto.

-P-p-para... por... favor... –Eu dizia em vão, entre risos.

-Só irei parar quando você me pedir desculpas! –Ele diz desafiador.

-Me... recuso... –Eu não irei deixar ele me vencer assim, tão fácil.

-Você vai me desafiar? –Ele para as cócegas por um segundo.

-Não vou di... –Ele volta à fazer as malditas cócegas. –Tudo bem! Tudo bem! Você venceu! Me desculpe...

-Desculpe pelo o que? –Ele me encara com os braços cruzados, enquanto eu estava com os meus sobre minha barriga, em uma tentativa falha de me acalmar.

-Ah não!

-Não tem essa, eu quero saber o porquê! –Como eu odeio quando esse menino se faz de desentendido. Ele ameaça voltar com as cócegas após eu ter negado com a cabeça.

-Me desculpe por ter te chamado de baixinho... –Eu falo as últimas palavras em um quase sussurro.

-Eu não escutei direito!

-Aish! Me desculpe por ter te chamado de baixinho! Feliz? Bufo em seguida, esse garoto quando queria conseguia ser a pessoa mais irritante do mundo, mas sem ele eu não sei o que seria de mim.

-Sim! –Ele me abraça de forma carinhosa.

***

Corremos até esgotarmos as nossas forças. O motivo? Simples. Estávamos fingindo que éramos super-heróis. Eu não gostava de correr, mas assim como eu disse “eu não gostava” e a palavra gostava vem do verbo passado, e quem vive de passado é museu. E por que eu não odiava mais correr? Mais simples ainda. Ele estava lá para me animar todos os dias, todas as horas, todos os minutos, todos os segundos e enfim, o tempo todo. Esse garoto adora correr, e parece que nunca perde o fôlego. Já eu, mesmo que eu corra alguns metros, parece que corri uma maratona de 5km.

Vendo que eu havia parado de correr, ele logo parou e deu alguns passos para trás.

-Você parece um velho! –Ele tira sarro de mim.

-E você parece que está ligado à uma tomada o tempo todo, assim nunca ficando sem energia. –Rebato de brincadeira.

-Até com uma piada você consegue ser inteligente, eu gostaria de ser como você! –Ele joga as palavras ao ar.

-Você sempre me faz rir, com qualquer coisa que diga. Eu gostaria de ser como você! –Abraço-o e bagunço seus cabelos.

***

Estamos sob a nossa cerejeira; digo que é nossa pois é lá que nós passamos a maior parte do tempo. Eu estava com as minhas costas e minha cabeça escorada na velha cerejeira. Ele estava com a cabeça deitada em meu colo, enquanto eu contava uma história para si.

-Era uma vez, dois meninos que viviam em uma terra perdida onde todos os seus sonhos se realizavam. Eles podiam ser o que quisessem, só bastava imaginar. Tinha dias em que eles eram caçadores de tesouros, onde percorriam os bosques a procura de um baú cheio de doces. Haviam dias em que eles eram super-heróis e combatiam contra o mal, sempre os vencendo, por mais que fossem fortes, grandes e monstruosos, a felicidade sempre vencia a tristeza. Tinha dias em que eles eram grandes detetives, em busca de pistas sobre a liberdade. Também haviam dias em que esses meninos se tornavam policiais, prendendo qualquer pessoa que ousasse mexer com seus pertences mais valiosos; a felicidade e o amor. E não podendo esquecer, haviam dias que eles simplesmente tiravam férias em um mundo novo, onde ninguém podia incomodá-los e tirá-los de sua paz; nesse mundo haviam criaturas mágicas de todos os tipos: fadas, duendes, magos, gigantes, unicórnios e até mesmo bruxas, entretanto nenhum desses seres conseguiam tirar o sorriso que eles carregavam com si. Eles não sabiam viver sozinhos, sem a companhia do outro, até porque eles não podiam realmente se separar, pois não viveriam. Porém, em um dia frio, uma grande tempestade se aproximava, os dois meninos haviam se perdido nos bosques, separados. O desespero era notado à quilômetros de distância, mas não havia ninguém para ajudar. Eles começaram a temer os maiores monstros de seus pesadelos, todavia o que eles não sabiam era que tudo que eles temessem separados se tornaria em realidade. Os dois temeram nunca mais se verem, e que fossem separados.

O garoto que prestava totalmente a atenção na história queria escutar o fim dela.

-O que aconteceu com os meninos? –O menino perguntou com os olhinhos brilhantes e com uma voz um pouco embargada, pois eu havia começado a contar essa história por que ele tinha medo de me perder.

-Bom, eles terem pensado nisso fora um grande erro, pois logo um grande monstro apareceu e os prendeu por muito tempo, e totalmente separados. Suas vidas eram tristes e cinzentas, pois não havia graça brincar sozinho, porque nunca teria a mesma magia. Longos anos se passaram e eles conseguiram escapar do lugar onde estavam presos. E mais um ano se passou, eles continuavam procurando um ao outro, até que em um lindo dia de verão, o mais novo entre eles encontrou seu amigo; ele estava sentado em um balanço, sozinho. Sua expressão ao ver seu velho amigo fora de longe muito feliz. Depois disso eles prometeram nunca mais pensarem no pior, e sempre lembrar que nada poderia os separar, por mais que tentassem, pois nunca deixariam a tristeza os vencer. –Eu termino a história e vejo o menino em meu colo me encarando com seus olhinhos brilhantes.

-Será que um dia iremos para um lugar mágico, onde todos os nossos desejos se realizassem? –O garoto me pergunta de forma suave. Tão inocente.

-Nós já estamos juntos em lugar que, claro, não é mágico. Mas como eu lhe contei, os meninos viajavam em suas imaginações e seus sonhos eram realizados em seus corações. Enquanto estivessem juntos, teriam motivos para sorrir. –Sorrio para ele.

-Eu não quero me separar de você, hyung. –Ele solta manhoso.

-Eu nunca irei deixar que isso aconteça.

Fim do flashback

-Yoongi hyung? –Ele me fita com seus olhos que tanto me peguei admirando.

Agora seus cabelos estavam tingidos em um tom alaranjado. Ele é tão bonito, parece uma miragem.

-Eu senti tanto sua falta, hyung! –Ele me abraça. Como eu senti falta desses abraços.

-Eu também senti sua falta, Jimin!


Notas Finais


Oi de novo!
Queria falar sobre um possível epílogo, isso é vocês que decidem. Se quiserem me digam nos comentários.
Me desculpem por esse final pequeno, era isso que vocês achavam que ia acontecer?
Eu aceito comentários, sejam eles positivos ou negativos.
Eu não sei ainda quando escreverei outra fanfic YoonMin, por isso não fiquem esperando, pois pode demorar. Eu tenho que terminar 4 fanfics -que divulgarei no final- e ainda estou com uma em andamento, além de outra que estou escrevendo com a @Kimyua, que ainda não foi postada.
Bom, eu amo essa fanfic, do fundo do meu coração, sério, ela é meu bebê. Doeu para escrever esse final, mas devo dizer que estava louca para ver como ficaria.
Sentirei falta de vocês! <3 Muito obrigada por quem me acompanhou durante todo esse tempo, e que nunca deixou de comentar.
Obrigada, você, leitor fantasma, que nunca comentou e que vive nas sombras <3
"Eu te amo vocês" -como dizia o grande Luizinho.
Espero vê-los em minhas outras fanfics:

Love or Hate (JiKook): https://spiritfanfics.com/historia/love-or-hate-jikook-5859908
You're The Flame Of My Hell (NamJin): https://spiritfanfics.com/historia/youre-the-flame-of-my-hell-namjin-6255693
Dear Diary (Imagine J-Hope): https://spiritfanfics.com/historia/dear-diary-imagine-j-hope-6256465
Entre Deuses e Demônios (JiKook): https://spiritfanfics.com/historia/entre-deuses-e-demonios-jikook-6352213
E por fim, minha oneshot ~enfia a cabeça na terra~ tem lemon, muito lemon:
Fresh Blood (KaiSoo): https://spiritfanfics.com/historia/fresh-blood-kaisoo-6525473

Aaah, vou sentir saudades! Até logo! <3


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