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História Mesmo que o destino nos separe - Boa noite


Escrita por: BelieveBeHappy

Notas do Autor


Boa leitura

Capítulo 9 - Boa noite


   Confuso, Fukase se levantou da cama. Ainda meio abatido com a conversa que escutara a segundos atrás, Caminhou pesado até a porta tomando cuidado para não bater em nada já que a luz do quarto estava apagada. Abriu a porta e se espantou com o que viu em meio a escuridão do lado de fora:

- Fu! – Hatsune fala animada segurando a mão de Oliver. Fukase não podia ver por causa da falta de luz, mas o mesmo estava um pouco vermelho. Mesmo que Oliver sentisse a ardência no local, não sabia direito o motivo dela. - Trouxe Oli! – agora falava enquanto sacudia a mão do mesmo. Fukase sorriu com a cena e deu espaço para eles entrarem.

- Cuidado está um pou — não se deixou terminar a frase. Seria estranho pedir para tomar cuidado com a falta de luz a um cego? Em sua mente aquilo era a pior coisa para se falar na hora.

- Tudo bem eu estou acostumado a andar no escuro! - Hatsune fala animada. - E além disso é sempre escuro para Oliver – ela fala dando uma risada baixa e pulando na cama.

- Oliver? – Fukase foi ao seu lado pensando que o mesmo estaria abatido com a piada da menor.

- Sim? – ele fala sorrindo parecia conter a risada.

- Você não está? – Fukase pergunta confuso, mas sorrindo vendo a reação positiva dele.

- Sim, as pessoas não fazem essas piadas por acharem desrespeitosas, para algumas pessoas ela é, contudo eu sinto que isso é algo normal que - ele para e devaneio por um segundo. - Ninguém nunca faz, mesmo que as vezes eu ache engraçado - fala dando uma risada baixa em meio a fala.- É bom saber que vocês não me tratam diferente.

       Fukase o olha boquiaberto, mas logo sorri e dá uma risada baixa. Oliver por mais que visse aquilo com um modo de zombaria, sabia que ambos no local não tinham intenções de o magoar, quando Hatsune disse naturalmente sabia que aquilo era apenas uma piada inocente de uma pessoa que nunca iria querer o sofrimento do mesmo. Como resposta um sorriso singelo apareceu em sua face, mesmo que as vezes percebia que outro se continha, reprimindo falas ou ações, sabia que o mesmo só estava tentando não o magoar. Como Oliver não tinha como ver as outras ações das pessoas tudo que fazia era prestar atenção no que falavam, tudo que podia captar das pessoas era da atmosfera que ficara a sua presença, o tom e modo que os mesmos agiam. Isso fazia com que ele passasse muito tempo pensando nas ações dos outros, e no momento para ele as de Fukase eram as mais confusas. Ele sentia algo quando o mesmo falava com ele ou segurava sua mão, não sabia o que era. Ele sentia sua respiração tremer quando sentia o outro muito próximo de si. Quando Hatsune perguntou se ele queria ir para o quarto de Fukase ele sentiu seu estômago borbulhar, o que fazia menos sentido ainda. Quando Hatsune perguntou se ambos eram muitos próximos sentiu suas bochechas corarem e sua voz sair trêmula. Aquilo fazia tanto sentindo quanto ele dizer que aquelas piadas normais em seu pensamento, eram para magoa-lo:

- Não se preocupe! Sempre lhe trataremos como um de nós – Fukase fala após fechar a porta. Como uma ação instantânea e sem pensamento segurou a mão do mesmo o levando para cama ao lado de Hatsune.

      Quando Oliver sentiu ele pegando a sua mão sem aviso prévio, como se tivesse levado um choque, se arrepiou sentindo uma sensação nova passando das pontas dos seus dedos ate a ponta do seu nariz, corara na hora, mesmo querendo evitar a ação. Não sabia como parar aquela sensação estranha e nova, por um momento se deixou viajar na sensação que agora tinha. Era um sentimento descontrolado que fazia ele querer se aproximar dele. Sentiu vergonha por querer aquilo, mas tentou ignorar, como não havia notado antes tentou marcar aquela sensação ao lado de Fukase. As mãos dele tinham dedos compridos e por estranho que parecia sua palma é macia. Oliver queria negar ate a última gota, mas gostava dessa sensação e de como parecia que suas mãos encaixavam perfeitamente nas de Fukase. A sensação nem se comparava com a de Hatsune. Com Hatsune se sentia responsável por ela e um tanto preocupado com a mesma, contudo dava-se uma leve impressão que era o oposto. Já Fukase era um choque de adrenalina que fazia seu coração correr mais rápido junto a sua respiração ofegante e trêmula:

- Sim Oli! Somos uma família – a mesma fala alegre agitando os braços fazendo    Fukase rir.

- Sempre únidos - Oliver fala enquanto brincava com o lençol usando a mão livre, aquele era um meio de conter o nervosismo que o pegara desprevenido.

- Para proteger uns aos outros - Fukase aperta de modo carinhoso a mão de Oliver, enquanto lançara um sorriso afetuoso a menor.

    Oliver engole em seco sentindo que se abrisse a boca seu coração poderia pular na hora. Fukase não entendi o porquê das ações do outro, como parecia preste a desmaiar, a sua voz fraca, sua respiração trêmula e por último e o que ele achava mais atraente suas bochechas com tonalidades rosadas. Por um segundo o mesmo teve vontade de acariciar o local, todavia se conteve a tempo:

- Sim! Eu vou ser a filha – ela fala quase pulado para mais perto dos dois sorrindo.

- E-E nós somos o-o que? – Oliver fala temendo a resposta da mesma. Enquanto Fukase não entendia onde ambos queriam chegar.

- Oli! - ela fala fingindo estar irritada – Você e Fukase são meus pais! - fala alegre com a brincadeira.

       Fukase sorriu, não sabia se era uma ideia boa ou ruim, mas parecia o que eram. De um modo estranho aceitou a ideia, enquanto Oliver, quase se engasgou com o pronunciamento da azulada. No momento sua mente era uma bagunça, sentimentos, ações de seus colegas, fez de tudo para achar uma brecha para o que a garota falará ser algo ‘surreal’:

- M-Mas somos dois garotos – declarou tentando o máximo não soar rude para Fukase.

    Claro, o mesmo não sabia o que a própria fala significava. Qual era o problema de dois homens e uma criança vivessem embaixo do mesmo teto? Nenhum se amor residia no local, não havia questionamento a fazer, amor, a palavra soará tão estranho na mente do menor, aquela sensação estranha? Não, apenas surreal:

- Oliver... – Fukase o chama, meio hesitante Oliver se vira e pela sua surpresa o mesmo ri. - há problema? Somos garotos e a Hatsune uma garota claro mas... Isso importa? Uma família são um grupo de pessoas que estão constantemente preocupadas uns com os outros, onde eles querem sempre ver a felicidade no rosto dos outros! – Fukase fala de modo simples, contudo soando de modo gentil, Oliver sentiu uma pontada no coração.

     Era isso que o ruivo queria? Uma família? Talvez o significado da palavra não estava completa no momento; mas, por que aquilo o agradara? Por que saber que Fukase não se importava com os padrões impostos ali? Por que era bom estar ali com os três? Talvez ele realmente demorasse para entender o que queria, mas sem plano ou nota apenas marcou que gostaria que os três estivesse presente:

- Sim! Nós gostamos uns dos outros! – a afirmação instantânea de Hatsune deixou ambos abatidos e confusos, principalmente Oliver que se tornou inseguro sobre a reação de Fukase. - Bem, agora! – grita em pé na cama  - o casamento - brinca, com o propósito de ver as reações dos amigos.

- D-Do q-que esta f-falando Ha-Hatsune? – Oliver fala tentando se conter para não sair correndo para debaixo da coberta e terrivelmente irritado com a ardessem em suas bochechas que naquele momento se tornou mais forte.

- Eu não sei - afirma batendo o punho contra a mão de modo sério. Chegava a ser uma cena cômica - Mas uma vez quando o doutor Kaito estava comigo na minha sessão de tratamento psicológico ele começou a ler um livro, aí eu perguntei o que era... Porque sejamos honestos a sessão de tratamento e bem chatinha - naquele momento Fukase percebeu que o tratamento dela e o dele eram diferentes, já que a do mesmo era dolorosa e assustadora. - Ele disse que estava lendo um romance romântico; eu não sei o que é romance romântica, mas – Oliver deu uma risada baixa com a ingenuidade da menor. - Eu sou curiosa e perguntei sobre o que contava e com palavras firmes ele fala que conta a historias de  duas pessoas apaixonadas que se casam e criam uma família – Fukase olha a mesma confusa enquanto Oliver tinha pensamentos de suicídio – Então eu estou fazendo a cerimonia! Porquê aí poderemos ser uma família! - sua face estava calma e alegre enquanto dizia coisas sem sentido.

- Hatsune – Fukase a chama em meio a uma risada fraca. Oliver se alivia a perceber a reação dele era calma. - Você sabe o que são duas pessoas apaixonadas?

- Ahn... – ela olha confusa para Fukase dando uma risada fraca - Não Fu... O que é?

- É quando duas pessoas se amam muito, algo talvez até maior que o próprio significado. Quando eles querem ficar juntos sempre não importa o momento ou o problema, quando você tem um sentimento a mais por tal pessoa, quando seu coração bate mais rápido quando está perto dela – Oliver engole em seco. - Quando você se preocupa com a pessoa mesmo estando ao seu lado, quando você esta sente saudades da pessoa que está a uma porta de distancia ou quando se sente estranho quando estão próximos, até mesmo quando você sente que pode desmaiar e seu coração sair pela boca. - Fukase fala sorrindo ainda segurando a mão de Oliver. O loiro sentiu da ponta da sua bochecha ate a ponta do nariz arderem, junto a sua respiração em descompasso.  Hatsune deixou a cabeça pender para o lado enquanto observava os dois, até que sorriu.

- Oh então quer dizer que você está apaixonado pelo Oli, Fu? - Fukase a olhou séria dando uma risada baixa um pouco envergonhado.

       Por impulso Oliver se levantou e foi para o outro lado da cama. Tateou o local a procura do coberto e se escondeu vermelho embaixo do mesmo:

- Oli? – Hatsune chamou alegre dando uma risada baixa. - Está tudo bem a sua cara ficou toda vermelha de repente – Oliver não sabia o que era a ardência, porém se sentiu pior o descobrir aquilo, claro se ela sabia Fukase também. Isso fez sua cabeça girar e uma vergonha enorme o consumir.

- Oliver? – Fukase fala se aproximando do mesmo e fazendo cafuné no topo da cabeça do mesmo que já estava descoberta.

- Vamos dormir – Ele fala rápido com a voz fraca e trêmula, sentiu seu peito aquecer quando Fukase o acariciou.

- Ah não Oli! – Ela fala balançando ele.

- Acho que foi um pouco vergonhosa a conversa – Fukase fala dando uma risada baixa. Mesmo rindo ele estava plenamente confuso e se sentia estranho com aquela conversa tanto quanto se sentia envergonhado.

- Oli! Talvez eu esteja errada – ela diz se joelhando na cama. - Talvez seja você que esteja apaixonado pelo Fu! – fala normalmente aproveitando a situação.

- O que?! – exclama saindo debaixo do cobertor com a respiração ofegante.

- Sério? - Fukase pergunta para Oliver sorrindo, percebendo que os acontecimentos era apenas uma brincadeira da azulada.

-N-n-na-na-na-n-n-na-não! - pede sem saber o que fazer, estava extremamente envergonhado.

- Que fofo – Hatsune fala apertando a bochecha do mesmo.

- Hatsune! -Oliver fala quase chorando confuso com tudo tendo alguns pensamentos suicidas.

        Hatsune estava preste a falar algo quando alguém bate na porta:

- Pode entrar – Fukase fala sério. Oliver percebe e estranha a ação do mesmo, já que suas conversas com ele, sempre soava gentil e manso, com uma voz suave que ele estava tentando aceitar que adorava ouvir.

         Um homem baixo e loiro entra. Fukase solta um suspiro aliviado:

- O que estão fazendo? já esta tarde- Len fala sério olhando para eles, mas logo solta um sorriso.

- Estamos conversando – Oliver escuta Fukase falar e percebe que a voz do mesmo já estava calma se acalmando junto.

- Quem é? -Oliver pergunta confuso.

- Sou eu Oliver, Len – fala se aproximando dos três.

- Desculpe eu ainda não decorei sua voz – o mesmo fala de cabeça baixa.

- Tudo bem - da uma risada suave e passando a mão sobre a cabeça dele. - o que estão conversando? – indaga se sentando ao lado de Hatsune.

- sobre o Oliver estar apaixonado – Hatsune fala colocando a mão sobre a boca sorrindo.

- Não estou! – Oliver repete impaciente voltando a vermelhidão.

- É? Por quem? – diz entrando na ‘brincadeira’.

- Ninguém – Olivre fala voltando a se esconder no coberto.

- Parece que é verdade – Len afirma rindo da reação do mesmo. 

      Fukase apenas ficava parado observando a cena confuso. Oliver sentia falta de sua reação e de segurar a mão dele. Hatsune cutuca o Len e fala em um sussurro para o mesmo:

- Fukase – Ela fala devagar.

- Oh – Len da uma risada baixa já que o mesmo estava apenas ao lado de Oliver tentado faze-lo sair de dentro da coberta e em troca o outro negava como se fosse morrer se fizesse. – Bem, vocês têm muito tempo para pensar sobre isso agora cama.

- Não! – Hatsune grita pulando no chão.

- Hatsune – Fukase a chama.

- Eu não vou me deitar com vocês! Eu quero uma cabana – Nesse momento Fukase e Len se entreolharam confusos. Enquanto Oliver dava uma risada baixa, mesmo que dentro se sentia extremamente envergonhado

- Mas Hatsune...

      A mesma não deixa o outro terminar e vai até o guarda roupa pega duas almofadas e cobertores. Leva ele até a parede e monta uma casinha e entra dentro:

- Pronto - fala satisfeita com o trabalho- Pode apagar a luz agora.

- Ahn... – Len olha para os dois ao seu lado. – Acho que isso é um boa noite.

        O mesmo ainda confuso, sai apagando a luz, Fukase olha confuso para o vulto de Oliver e se deita ao lado do mesmo, mas ainda com certa distância:

- Boa noite Hatsune, boa noite Oliver.

- Boa noite família - Ela fala alegre.

    Oliver permanece quieto brincando com os dedos. Fukase fecha os olhos e respira fundo.

    Até que sente algo o abraçando, olha para o seu peito e vê o vulto de Oliver sobre o mesmo o apertando:

- a... -Ele é interrompido.

- Calado... Boa noite Hatsune – Fala mesmo sabendo que a mesma já roncava.

       Fukase tenta se acalmar e retribui-o o abraço com ele e fecha os olhos:

Boa noite Fukase 

         


Notas Finais


Espero que tenham gostado


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