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História Mess - It Could Be Worst.


Escrita por: fromkiwitable

Notas do Autor


Primeiramente, peço desculpas pela demora. Segundamente, me desculpem pelo capítulo. Eu sei que ficou meio pompo, mas dei meu melhor.


Tenham uma boa leitura ❤


P.S: esse capítulo vai ter música, porém a música em si não tem nada a ver com o contexto da história, é apenas pq eu imaginei essa musica quando escrevia, e o ritmo dela combina.

Música: Body Moves - DNCE

Capítulo 3 - It Could Be Worst.


  - Você não vai dizer nada? - perguntei, um tempo depois de Alice se calar do outro lado da linha.

  - Ham...Eu - deu uma pausa - Eu estou um tanto quanto surpresa - eu também estava, na verdade.

  - O que eu faço agora?

  - Acho que para inicio de conversa, você tem que comprar produtos básicos que um bebê precisa. Não dá para pensar direito com uma fralda cheia bem embaixo do seu nariz - sua risada foi audível pelo telefone.

  - Claro - disse rápido, não achando graça alguma - Onde você está?

  - Em casa - seu tom de voz denunciava confusão.

  - Ótimo. Estou passando aí para irmos comprar as fraldas - disse já pegando a chave do carro - Você pode ir comigo, certo? - Alice logo disse que, sim. E em seguida, me instruiu a colocar o Bebê Conforto no banco de trás do carro, e me passou seu endereço. 

 

 

  Ao cruzar a esquina, vi Alice vestindo um jeans rasgado de cor preta com uma blusa moletom cinza, seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo. Parei o carro em frente a calçada.

  - Você demorou - disse entrando no carro.

  - Desculpa. Eu fiz o que pude, mas o trânsito não está lá essas coisas.

  - Sexta-feira à noite - ela apontou.

  O comentário de Alice fez-me senti um nó na garganta ao imaginar que provavelmente, eu nunca mais teria um final de semana de baladas e festas, como costumava ter. Será que eu estava preparado para isso? Viver para outra pessoa, sacrificar minha vida, isso não era o que eu tinha planejado.

  - Você não precisa ficar tão apreensivo - ela disse, tirando-me de meus devaneios.

  - Eu não sei como fazer isso - minhas mãos suavam enquanto eu segurava forte o volante.

  - Olhe para ela - Alice virou para trás olhando para o bebê - Não vai ser tão difícil assim - seu olhar voltou-se para mim - Eu disse que te ajudaria. E eu vou - ouvir aquelas palavras foi aliviador. Eu confiava em Alice, mesmo que mal a conhece, ela me passava certa segurança.

  - Gostei do seu tênis - elogiei.

  - Obrigada - ela sorriu, certamente, percebendo que eu estava tentando relaxar, ao mudar de assunto.

 

  Chegamos a farmácia 24 Horas. Assim que Alice desceu, deu a volta no carro e pegou o Bebê Conforto, me entregando-o.

  - Onde fica as fraldas? - perguntei ao entrarmos na farmácia.

  - Zayn, há outras dezenas de coisas que precisamos comprar, além de fraldas - ela riu como se eu fosse a pessoa mais idiota do mundo por pensar ao contrário.

  - Do que mais ele precisa? - perguntei atrás dela.

  - Antes de tudo - ela parou e se virou para mim - Você tem uma filha. Não um filho, ok? É uma ME-NI-NA.

  - Menina - repeti, concordando.

 

  Alice ia há alguns passos à minha frente com uma cesta de compras pendurada em seu braço. A cada produto que pegava, ela me mostrava tal, dizia-me o nome, para que seria útil e como usar. Havias diferentes tipos de pomadas, leites, lenços, mamadeiras, bicos, e mais um bocado de coisas. Percebi que havia sido uma grande ilusão pensar que iríamos comprar  apenas fraldas. 

 

Eu ouvia atentamente a explicação sobre um porta-fraldas quando o bebê começou a chorar. Alice se apressou nas compras, deixando a Apresentação de Produtos para depois. Passamos tudo no caixa, à essa altura o bebê gritava.

Saímos da farmácia de pressa, indo para o carro. Enquanto coloquei no Bebê Conforto no carro, Alice colocou as sacolas no porta-malas. E em seguida entrou no carro, porém no banco de trás do carro ao lado do bebê, ela trazia em suas mãos, uma mamadeira, uma lata de leite e uma garrafa de água mineral.

- Vamos para o supermercado agora - Alice disse por cima dos gritos desesperados da criança.

- O que vamos fazer no supermercado? - gritei de volta, enquanto tirava o carro do estacionamento.

- Temos que comprar mais coisas - ela preparava o leite de forma improvisada na parte de trás do carro.

- Como assim mais coisas? - a criança mal nascera e já estava me levando a falência.

- Apenas vai - me ordenou autoritária, agitando a mamadeira no ar. 

  O choro do bebê era ensurdecedor, até que de repente, todo o barulho cessou. Olhei pelo retrovisor, e vi Alice segurando a mamadeira na boca do bebê, que pelo jeito estava faminto. Os cabelos de Alice estavam bagunçados, e sua pele brilhava de suor. Sorri, ao ver seu estado. Ela parecia tão aliviada quanto eu por conseguir calar a criança.

 Alice avisou que não demoraria muito para o bebê voltar a chorar querendo tomar banho e dormir, teríamos de ser rápidos. Por sorte havia um Walmart à menos de 3km de onde estávamos. 

  - Você ainda não disse o que vamos comprar aqui? - disse enquanto caminhávamos com pressa para dentro do supermercado. 

  - O mais caro - ela sorriu debochada.

  - O mais caro?! - perguntei indignado - Eu já gastei uma fortuna na farmácia! - por mais perplexo que eu estava, ela não dava a mínima para o que eu estava dizendo - O que vamos comprar aqui é realmente necessário?

  - Ah, não - virou-se para mim com uma carranca entre as sobrancelhas -  É totalmente desnecessário. Você pode passear com sua filha no colo, pode dar banho nela em uma bacia, colocá-la pra dormir no carpete da sala.

  - Você realmente precisa ser irritantemente irônica, debochada e sarcástica o tempo todo?

  - Eu não sei do que você está reclamando - havíamos chegado na sessão de móveis para bebês - Eu aposto que isso não é nem de longe, a metade do que você já gastou em festas, durante sua vida - Alice começou a avaliar os carrinhos de bebê.

  - É diferente - rebati.

  - Claro que é. Agora você não está gastando com você mesmo. Por isso dói no seu bolso - ela parecia ter gostado do vermelho em específico - O que você acha desse? - Solicitou minha opinião como se não estivéssemos no meio de uma discussão.

  - Talvez nos também devêssemos comprar uma fita para passar nessa sua boca - ela me olhou indignada e eu apenas dei de ombros e sorri.

  - Você está tentando ser sarcástico ou coisa do tipo? - perguntou pendendo a cabeça para lado, semicerrando os olhos.

  - Eu gostei desse - a ignorei, voltando minha atenção para o carrinho de bebê.

  - Ok. Vamos escolher uma banheira e trocador, agora.

 

  Se eu não falisse naquela noite, nunca mais iria. Por que coisas para bebê era tão caras?

  Compramos Carrinho de Bebê, Banheira com Trocador, Berço, Roupas para Bebê, Lençóis, Fraldas de pano e Flanelas. Alice teve a audácia de dizer que "por enquanto" aquilo seria suficiente.

 

  - Como tudo isso vai caber no carro? O porta-malas já está cheio de sacolas.

  - Por que você acha que compramos uma corda? - estávamos voltando para o carro. Dois funcionários nos ajudavam com as compras.

 - Eu sei lá, você é estranha - estávamos cochichando um para o outro, na falha tentativa de não permitir de os dois homens não nos ouvisse - Eu ainda não sei porque você comprou Orégano. O que Orégano tem a ver com compras para bebê? - eu estava certo que ela estava adorando me ver gastar tanto dinheiro e por isso não se importava.

  - Eu já disse que serve para fazer chá, caso ela tenho gases. E compramos a corda para amarrar o berço em cima do carro.

  - Chá de Orégano? Que nojo! - ela era realmente estranha.

  - Preste a atenção - havíamos chegado ao carro - Você vai colocar ela no banco de trás como antes. Eu vou sentar no banco passageiro ao seu lado e você vai me dar as sacolas da farmácia.

  - São muitas sacolas não vão caber no seu colo.

  - Não tem problema, eu as coloco nos meus pés. Mas preste atenção - me advertiu - Você vai desmontar o carrinho e colocar no banco de trás do lado dela. O berço você amarra no teto do carro. O trocador e o resto vai no porta-malas.

 

  Fiz o que ela falou com a ajuda dos funcionários. E surpreendentemente deu certo. Era um pouco irritante seguir as ordens de Alice, mas por outro lado, estava aliviado por ter alguém que soubesse o que fazer, porque eu não sabia.

 

 Chegamos em casa ás 02h45. E como Alice havia previsto, o bebê estava aos berros novamente. Descemos tudo do carro e colocamos na sala. 

- Pegue a banheira e o suporte. Temos que dar banho nela.

  Mas já são quase 03h da madrugada.

- Ela não vai parar de chorar enquanto não tomar banho e mamar para dormir.

 

Subi as coisas que Alice pediu. 

 

 - Segure ela - estávamos no banheiro do meu quarto.

- O que? - arregalei os olhos - Eu não sei como segurar um bebê! 

- Não é tão difícil - ela se aproximou de mim - Estenda os braços - e assim eu fiz. Alice a colocou em meus braços. Ajustando meu braço direito, de forma que apoiasse a cabeça do bebê e segurasse suas costas, deixando o braço esquerdo apenas como auxílio.

  Ela era tão pequena e mole. Eu sentia como se ela pudesse se desfazer a qualquer momento nos meus braços. O medo de machuca-la ou deixá-la cair, me apavorava.

 - E agora? - perguntei inquieto.

 - Você não precisa ter medo de segurar sua filha - olhei-a assustado, me senti impactado com suas palavras - Está vendo? Ela parou de chorar - sorriu.

 

  Alice começou a montar o suporte com a banheira, me explicando cada detalhe.

  - O mais legal é que, o suporte também é trocador - ela abaixou, o que aparecia um pequeno colchão grudado no suporte, deixando sobre a banheira - Quando for dar banho nela, você pode trazer as coisas para arruma-la aqui mesmo. É só abaixar o trocador que fica erguido. É mais fácil e aconselhável vesti-la aqui porque assim ela não passa frio - devo confessar, aquela geringonça era bastante prática. 

 

  Alice me ensinou a tirar a roupa do bebê. Ensinou-me a testar a temperatura da água, como dar banho e o que eu devia fazer depois do banho. Logo depois fomos para a cozinha e ela me ensinou a preparar o leite. Ela me fez dar leite para o bebê e depois coloca-lo para arrotar. E quando o bebê dormiu, Alice me ensinou a maneira certa de deita-lo. 

 

  - Vamos deixá-la dormir no carrinho hoje. Amanhã nós montamos o berço - disse se sentando na minha cama - Você está acabado - ela riu.

  - Você também está cansada - me juntei a ela, sentando-me na cama.

  - Não tanto quanto você - apontou. Joguei meu corpo para trás, caindo minhas costas no colchão - Já são mais de 4h00 da manhã - Alice olhou para mim - Vá tomar um banho.

  - Você sempre tem que ficar me ordenando? - me sentei novamente.

  - Não estou te ordenando - revirou os olhos - Estou te aconselhando.

  - Você tem um jeito peculiar de dar conselhos.

  - Se você não quer tomar banho, então não tome - deu de ombros - Pare de encher a porra do saco.

  - Eu vou tomar banho, mas é porque eu quero - me levantei indo até o banheiro - Não porque você mandou - esclareci, e a vi me olhar com uma cara que daria um daqueles memes de internet.

 

  Quando sai do banho, Alice estava encolhida na cama, em um sono profundo. Pela primeira vez na minha vida, uma mulher estava na minha cama, e não era para sexo, e por mais estranho que fosse, naquele momento eu sequer queria isso. Deitei-me ao lado dela, a olhando por um breve momento. Apesar de seu irritante sarcasmo e deboche constante, sem ela seria pior.

 

  Desliguei o abajur, após cobrir Alice com um edredom, e me enfiar embaixo dele. Senti um braço rodeando minha cintura, e um corpo se aconchegou ao meu. Fiquei exatamente como estava, enquanto a respiração de Alice batia contra as costas do meu pescoço.


Notas Finais


Me digam o que acharam do capítulo e da fic 😊


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