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História Metade de Mim (Vondy) - Cap. 48 - Outra família


Escrita por: ELITERBD

Capítulo 49 - Cap. 48 - Outra família


DULCE MARÍA 


Já de volta à fazenda, contei para os meus irmãos tudo o que aconteceu lá em Austin. Eles também me contaram mais detalhes sobre a prisão da Naomi, ou melhor, Sapphire. Meu pai está preso desde ontem, mas Annie ainda não conseguiu entrar em contato com ele. O advogado disse que estão fazendo um interrogatório, recolhendo os depoimentos do nosso pai e dos outros envolvidos no esquema de lavagem de dinheiro em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos. O governador também está envolvido, é o cabeça do esquema e a essa altura também já deve ter sido pego. 


Anahí ― O FBI tinha mandados de busca e apreensão. Vasculharam primeiro o gabinete e encontraram contratos de superfaturamento em algumas obras públicas, além das provas da lavagem de dinheiro na clínica. 


Christian ― Pelo que o advogado nos explicou, os assistentes sociais eram responsáveis por levar os moradores de rua viciados para fazerem tratamento na clínica. {Meu irmão complementa a explicação de Annie} ― E lá tinha uma paciente intermediadora que contrabandeava as drogas para que os pacientes permanecessem por mais tempo internados. 


Dulce ― Meu Deus! {Cubro a boca com a mão} ― Então, o que eles faziam era mandar mais e mais dinheiro para a clínica, e nisso acontecia o desvio de verbas?


Anahí ― O governador do Texas tem a função de distribuir as verbas para os municípios. Nas clínicas de reabilitação públicas, quanto mais pacientes tiver, mais dinheiro a clínica recebe. E o tempo em que eles ficam internados também é um fator importante. 


Chris ― Enquanto os pacientes não recebem alta, a clínica vai recebendo verba para continuar o "tratamento" deles. {Faz aspas com os dedos} 


D ― Isso tudo é muito sujo. As pessoas buscam ajuda, mas o próprio governo coloca um obstáculo e se aproveita da situação pra roubarem dinheiro. 


A ― Depois, o FBI veio até a fazenda e vasculhou o escritório. Não encontraram nada, mas o seu marido já tinha relatado que achou um alvará da boate da Naomi. 


C ― A maior surpresa pra mim não foi nem saber que a nossa madrasta é uma criminosa, e sim saber que o meu cunhado é um agente estilo 007. 


D ― Se você ficou chocado, imagine eu. {Solto o ar dos meus pulmões}


A ― Fiquei muito chateada por você não ter nos convidado para o seu casório. {Me lança um olhar magoado} 


D ― Resolvemos tudo às pressas e foi no tribunal. Como o nosso pai não queria que Christopher e eu ficássemos juntos, achamos que ele não ia mais interferir depois que o casamento acontecesse. 


C ― Tá explicado agora por que ele não aprovava o namoro de vocês. Christopher queria vingar a morte dos pais. 


A ― Quanta confusão. O meu cunhado é um policial, e o meu pai um corrupto e assassino. {Foi ele quem mandou o pai do Derrick matar a filha do Dominic, a garota de programa chamada Megan} 


D ― Pra piorar, eu estou grávida. {Murmuro com voz quase inaudível} 


Anahí/Chris ― O que?! {Os olhos deles saltam} 


D ― Não contem pra ninguém. Nem pro papai. Eu mesma quero dar a notícia. 


Chris ― Vamos ser titios, Annie! {Sorri amplamente} 


A ― Maninha, parabéns! {Me dá um abraço e se mostra empolgada} ― Que o baby venha com saúde! Só não me peça pra ajudar a cuidar, hein. {Nós rimos} 


D ― Wanda disse que vai me orientar, já que a mamãe não está aqui. {Me entristeço} ― Não tenho ideia do que fazer com um bebê. {Meus olhos marejam} 


C ― Você vai dar conta, Dul. E Christopher vai te ajudar também, não? 


D ― Ele garantiu que sim. Mas como é um mentiroso, não duvido que vá fugir. E eu nem faço questão da ajuda dele. {Dou de ombros}


│➸➸➸│


Depois que encerramos a conversa, fui para o meu quarto e deitei na cama, relembrando de alguns momentos que passei com Christopher. Primeiro me lembrei da segunda vez em que fizemos amor, no dia em que nos reconciliamos e após ele descobrir sobre a gravidez. 


Ucker ― Deita de costas pra mim, amor. {Ambos já estávamos nus na cama} 


Fiz o que ele pediu. Deitei-me virada de costas pra ele. Christopher ficou sobre mim, ergueu um pouco o meu quadril e roçou o pênis em minha intimidade, procurando a minha entrada. Logo adentrou completamente em mim. Gemi e ele me deu um tapa na bunda que me fez gemer de novo e pedir por mais. Ele manteve as estocadas nesse ritmo, até que foi a minha vez de ficar em cima dele. 


Dulce ― Eu te amo. {Disse ao seu ouvido e depois os nossos olhares se encontraram, como duas chamas transmitindo o calor da luxúria, da paixão, do desejo e do amor} 


Fui quicando, sendo a responsável por nos fazer chegar ao clímax. Me desmanchei em um orgasmo que me atingiu de forma intensa. Aparentemente, os hormônios da gravidez deixam os orgasmos mais deliciosos. Terminamos aquela noite fazendo amor mais uma vez e logo adormecemos abraçados. Christopher me fazia tão bem. Nunca pensei que me deixaria ser cuidada e amada assim, e ele sempre demonstrou satisfação ao fazer isso. Se emocionou ao saber da gravidez, tem se preocupado com meu bem-estar e com o do bebê. Sempre foi fofo. Pensei que eu estivesse nos braços do homem certo. Mas tudo não passou de uma ilusão. 


[•••]


A próxima lembrança me veio à mente: o dia em que nós fomos ao shopping de Austin para comprarmos umas roupinhas de bebê. Ainda não tínhamos nos casado. Inclusive, fiquei com ciúme da vendedora que nem fez questão de disfarçar os seus olhares para Christopher. 


D ― Mulherzinha atrevida! Viu só a maneira como ela te olhava? {Comentei enquanto estávamos na praça de alimentação, comendo um hot-dog} 


U ― Ciumenta. {Fungou em meu pescoço e depois mordiscou minha orelha} ― Ela viu muito bem que eu já tenho dona e que nós vamos ter um bebê.


D ― Fazer o que, né? {Dei de ombros} ―Você não tem culpa por ser tão bonito e gostoso assim. {Ele soltou uma gargalhada} 


U ― Que sorte a sua, já que é você quem me come. {Mordeu o lábio inferior e fez uma cara safada}


D ― Christopher! Estamos em público. {O repreendi, apesar de eu achar que ninguém deve ter nos escutado} 


U ― É a verdade. É a sua boceta que engole o meu pau. {Quando ele disse isso ao meu ouvido, logo percebi que estava me provocando} 


D ― Tarado! 


U ― Você não viu, mas também tinha um cara lá na loja que não tirava os olhos da sua bunda. {Passou ketchup no canto da minha boca} 


D ― Jura? 


U ― Ele não estava acompanhado, e por isso ficou à vontade pra babar na mulher alheia. {Passou a língua pra limpar o molho e aproveitou pra me dar um selinho} 


D ― Azar o dele e sorte a sua. {Pisquei um olho} ― É o seu pau que entra em mim e me faz ver estrelas até na luz do dia. {Nós rimos} 


U ― Depois o safado sou eu. {Apertou minha coxa} ― Tem certeza que não quer comprar mais nada pra você? Um vestido? {Comprei alguns macacões e calças de moletom apenas} 


D ― Nem pensar! 


U ― Por quê? Qual é o problema? {Me olhou intrigado}


D ― É que... {Mordi o lábio e fiz uma breve pausa} ― Eu... Eu costumava usar vestido na época da escola. {Fiz outra pausa. Senti dificuldade pra lhe contar algo do meu passado} ― Usei até os nove anos de idade mais ou menos. Fui assediada por um inspetor e depois disso, nunca mais quis voltar a usar vestido.


U ― O que? {Ficou perplexo} ― Está me dizendo que um pedófilo desgraçado te assediou? {Seu olhar expressava fúria e revolta}


D ― Me lembro vagamente do ocorrido, mas não esqueço de quando pedi pra Wanda se livrar de todos os meus vestidos e saias. {Abaixei o olhar, sentindo-me envergonhada}


U ― Filho da puta! {Vociferou entre os dentes} ― Se o nosso bebê for uma garotinha e algum maldito se atrever a tocar nela, eu mato! Juro que mato! 


D ― Antes disso, eu mato primeiro!


U ― Tá explicado o porquê você se sente mais confortável usando jeans. {Beijou meu rosto e acariciou meus cabelos na nuca} ― Sinto muito pelo que você passou, amor. Não é fácil superar um trauma de infância. 


D ― Não me lembro direito do que o infeliz disse pra mim, mas tenho flashes de memória dele subindo a barra do meu vestido e tentando me tocar. 


U ― Como pode um ser humano fazer mal a uma criança? Aliás, nem se pode chamar de humano um ser desprezível desses. {Christopher expressou muita revolta} 


D ― Ele morreu pouco tempo depois do que fez comigo.


U ― Que maravilha! Menos um lixo no mundo.


D ― Algumas pessoas lá na cidade comentaram que o meu pai o matou. Quando ele soube, ficou furioso.


U ― Eu também teria matado, se fosse com a minha filha. Acho que essa deve ter sido a melhor coisa que o senhor Fernando fez na vida. Além de você e os seus irmãos, é claro. {Beijou a lateral da minha cabeça}


D ― Eu te amo. Tenho certeza de que será um excelente pai. {Dei-lhe um selinho} 


U ― Totalmente protetor, igual a um leão com a sua cria. {Sorriu e se gabou} 


D ― Leão não procria com onça. {Eu disse em tom divertido e ele gargalhou} 


U ― Minha oncinha. {Cheirou meu pescoço e eu ri com as cócegas que sua barba me causou} ― Eu te amo. Vou amar pra sempre. {Declarou olhando em meus olhos}


D ― Também te amo. {Respondi toda apaixonada e feliz}


[•••]


Recebemos uma ligação da delegacia. Um policial disse que o meu pai pediu pra falar conosco. Assim que chegamos ao distrito, Annie entrou primeiro na sala. Enquanto Chris e eu aguardamos a nossa vez, vimos Christopher passando rapidamente em nosso campo de visão. Ele estava ao telefone e reparei na arma presa no coldre em volta do seu quadril. Meu coração disparou e meus olhos acabaram se perdendo nele e me repreendi por ter pensado comigo mesma no quanto ele está atraente. Malditos hormônios! 


Após meu irmão sair da sala, eu entro e sento na cadeira em frente ao meu pai. Ele está com a aparência meio abatida, apesar de sua postura estar ereta e o olhar focado. 


D ― Oi, pai. {Sou a primeira a falar} ― Eu já soube de tudo. 


Fernando ― Até sobre o seu maridinho, né? Você está bem? 


D ― Mais ou menos. {Abaixo o olhar} ― E você? 


F ― Como acha que estou? Depois daqui eu irei direto para um presídio. {Tamborila os dedos sobre a mesa} 


D ― Não iria, se não tivesse feito coisas erradas. {Rebato e fico esperando uma resposta, mas ele mantém silêncio} ― Por que se meteu com coisas ilegais? Foi tudo por causa de dinheiro? Você já é um homem rico. Não tinha necessidade. 


F ― O dinheiro tem poder de corromper as pessoas. Sou ganancioso e não nego. Eu queria mais. {Confessa com tom de voz firme} 


D ― Isso é triste. Mostra que o senhor não tem controle sobre si mesmo. É o dinheiro que o controla. Você é escravo dele. 


Meu pai fica mais uma vez sem responder, então eu continuo: 


D ― Se casou com a minha mãe por ambição, não foi? Nunca a amou. Por isso a traía com a mãe do Christopher. 


F ― Quem te contou essa história? Seu maridinho? 


D ― O senhor Oliver nos contou. Você... realmente matou os pais do Christopher? {Questiono com receio}


F ― Esse é um assunto dele comigo, Dulce. {Desvia o olhar} 


D ― Tudo bem. Sapphire disse que escutou uma conversa sua com Benedict James. Sobre ter envolvimento na morte da minha mãe. É verdade? {Minha voz embarga} 


F ― Blanca tinha depressão. 


D ― Sei disso. A tia Lea nos contou. {Seco o canto dos meus olhos úmidos} 


F ― Ela tomava remédios muito fortes e até chegou a ficar internada poucos meses depois que você nasceu. Teve depressão pós-parto também. Sua mãe manteve a saúde mental controlada por algum tempo. Até que descobriu que eu amava outra mulher. 


D ― Como ela descobriu? 


F ― Eu confessei. 


Estreito o olhar.


F ― Blanca sempre foi muito ciumenta, controladora e desconfiada. Ela suspeitava que eu a traía, mas nunca teve certeza. Confesso que eu me sentia sufocado. 


D ― Claro que o senhor iria se sentir assim. Além de se casar sem amor, também estava ciente de que ela tinha razão em desconfiar. {Digo em tom agressivo} 


F ― Um dia, eu atingi o auge da minha raiva. Acabei confessando que amava outra mulher. E que ela já havia falecido.


D ― Mesmo assim quis continuar casada com você? {Digo em tom choroso} ― Por quê? 


F ― Por vergonha de ser uma mulher separada e como me amava, Blanca aceitou a situação. Aceitou continuar comigo, mesmo sabendo que o meu coração não pertencia a ela. 


D ― Devia ter esperanças de algum dia passar a ser amada pelo homem que tanto amava. {Digo mais pra mim mesma} 


F ― Provavelmente sim. Apesar de tudo, eu nunca a tratei mal. 


D ― Só colocava chifres nela. {Ironizo} 


F ― Estou sendo sincero, filha. Eu gostava de estar com a sua mãe, mas não era amor. 


D ― O senhor não amava nem Alexandra. Se a amasse, teria escolhido ficar com ela. {Jogo na cara} 


F ― Depois que Alexandra morreu, nunca mais tive outra amante, mas Blanca enfiou na cabeça que sim. A depressão dela piorou após dar a luz ao Christian. Inclusive, dizia pra mim que iria se matar porque não queria mais viver sem ter o meu amor. Sua mãe estava tão focada em mim, que acabou até se esquecendo dos filhos. Não se importou em deixá-los órfãos. Blanca tirou a própria vida. Envenenada. 


D ― Não. {Nego com a cabeça e coloco a mão na boca} ― Ela ficou doente. {Meus olhos embaçam} 


F ― Quando cheguei em casa, ela já estava sem vida. Mandei Benedict conversar com o amigo dele que era legista, pra que mudasse o laudo que constava a causa da morte. 


D ― P-por q-quê? {Pergunto com voz falha} 


F ― Com mágoa de mim, a sua mãe começou a inventar que eu a ameaçava de morte. O amor dela foi se transformando em ódio. Com o que ela fez, eu ia ser responsabilizado. Então, eu mandei o legista alterar o laudo, alegando que ela morreu devido a uma doença que foi se agravando. Uma doença que nem ela sabia que tinha. 


D ― Não acredito que fez isso. 


O pai de Derrick devia ter a cópia do verdadeiro laudo e passou a chantagear o meu pai com isso, caso não conseguisse obter mais dinheiro no esquema da clínica de reabilitação. Se o laudo fosse apresentado pra polícia, meu pai poderia ser preso, tanto por mandar falsificar o documento médico, quanto por ser considerado culpado pela morte da minha mãe. 


F ― Blanca não era a mulher perfeita que você pensava que ela era, Dulce. Cometeu suicídio sem pensar nos próprios filhos. 


D ― V-você se aproveitou da f-fraqueza dela. {Caio em um choro intenso e soluço} 


F ― Sinto muito. 


D ― Não sente não. Não sente. Ela foi vítima. O senhor se aproveitou dela e do amor que sentia por você. 


Ele se põe de pé e me abraça. 


F ― Sinto muito. Preciso da sua ajuda agora, filha. 


Eu o encarei confusa e quando dei por mim, meu pai me fez de refém. Me capturou e apontou um objeto perfurante para o meu pescoço. Gritei por socorro e um policial entrou na sala. Logo depois, apareceram Christopher e Alfonso. Assim que Christopher revelou que estou grávida, meu pai me soltou. Tive muito medo que ele me ferisse. Jamais imaginei que meu próprio pai me ameaçaria. Christopher se aproximou na tentativa de me consolar, porém, saí correndo. Nem acredito que estou no meio de toda essa bagunça. No meio de pessoas que eu achava que conhecia, mas não conheço. Meu marido me decepcionou, assim como o meu pai e até mesmo a minha mãe. Essas eram as últimas pessoas que pensei que poderiam me magoar. 


―――― ✿ ―――― ✿ ――――


CHRISTOPHER UCKERMANN 


Ainda estou tentando digerir tudo o que acabei de escutar. O meu pai ia se matar por se sentir culpado pelo tiro que acertou a minha mãe acidentalmente. Mas quem sabe ele poderia ter desistido de tirar a própria vida, se Espinosa não tivesse pegado a arma e atirado? Talvez o meu pai poderia ter voltado atrás e desistir de puxar o gatilho. 


Ucker ― Quem é a minha irmã? {Pergunto após me recompor} 


Fernando ― Ela foi adotada pela família Peregrin Perroni. {Meu coração acelera} ― É a filha mais velha de Lucy e Emet. 


U ― Be-Belinda? {Fico desnorteado} 


F ― Quando meu filho disse que estava se relacionando com uma moça de quase trinta anos, entrei em desespero. Pensei que pudesse estar namorando a própria irmã. Caso Megan realmente seja a minha filha. 


U ― Não posso crer. {Nego com a cabeça} ― Aquela desmiolada pode ser a minha irmã? Como você sabe? Aliás, como ninguém descobriu que ela estava vivendo em um sítio durante todos esses anos? {Me exalto} 


F ― Mandei Benedict roubá-la e levá-la a um orfanato em Dallas. Assim que Megan foi adotada, pedi para que James me mantesse informado sobre a família adotiva. Comecei a ir para Dallas com bastante frequência. O que fazia minha esposa Blanca suspeitar que eu ainda tivesse uma amante. Eu queria estar perto da garotinha que poderia ser a minha filha. 


U ― Desgraçado! Separou a minha irmã de mim... {O olho com semblante de asco, revolta e raiva} 


F ― Mandei Benedict se aproximar da família Perroni e falar sobre uma boa oportunidade de trabalho aqui em San Antonio. Vendi aquele sítio a preço de banana para eles e também lhes ofereci uma boa remuneração pelo trabalho prestado lá na fazenda. Eles prontamente aceitaram. Apenas Emet trabalhava na época, ganhava uma merreca e pagavam aluguel. Os dois planejavam ser pais, mas Lucy estava com dificuldades para engravidar. Por isso resolveram adotar uma criança. 


U ― Você trouxe Megan pra cá porque queria ficar perto dela. Então, por que a mandou para Dallas? 


F ― Minha maior vontade era ficar com ela, mas se eu ficasse, estaria assinando a minha confissão de culpa pelo homicídio de Alexandra e Victor. Como eu também não queria deixá-la com Oliver, a minha única saída foi roubá-la e enviá-la para outra cidade, para que fosse adotada por outra família. 


U ― Você não tem um pingo de noção, não tem remorso, é frio, calculista e um canalha! Eu tenho nojo e pena de você. Nojo por tudo o que fez, e pena por não ter escolhido o amor ao invés do dinheiro. Você poderia ter sido feliz com a minha mãe. {Me coloco de pé} 


F ― Aí você nem teria nascido. {Diz sarcástico} 


U ― A única coisa boa nisso tudo, é que o destino me fez conhecer a mulher da minha vida. 


F ― Não se esqueça de que você também a perdeu. {Sorri forçado} ― Não somos tão diferentes assim. {Aponta o dedo, intercalando entre mim e ele} ― Perdi Alexandra por causa da minha ambição e você perdeu Dulce por causa da sua mentira. 


U ― Mas há uma diferença entre nós dois: você desistiu da minha mãe e abriu mão dela. Queria que ela fosse apenas a sua amante, uma mulher pra lhe satisfazer sexualmente. Eu vou continuar lutando pela minha esposa. Não vou abrir mão da Dulce tão facilmente. Quero que ela seja a minha mulher para o resto da minha vida. Vou mostrar que preciso dela como preciso do ar pra respirar. Enquanto a minha mãe não passava de uma mera diversão pra você, Dulce é o meu tudo. E está carregando o nosso maior bem. 



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