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História Metamorfose - Encontro


Escrita por: BananaArt

Capítulo 3 - Encontro


Fanfic / Fanfiction Metamorfose - Encontro

Teresa e Susana começaram a desconfiar da felicidade de Gabriel, na verdade o menino parecia muito animado ultimamente, cantando enquanto fazia seus afazeres, queriam saber que mosquito da felicidade que tinha picado seu pequeno irmãozinho.

No sábado pela manhã o menino parecia mais distraído que o normal, esbarrando nas coisas e quebrando a o vaso da sala enquanto varria.

- Ele disse que iria sair com os amigos de tarde, esse estado fofo não deve ser simplesmente por causa disso. - Teresa dizia enquanto tomava o café da manhã, estava super interessada.

- Não gosto quando o Gabi esconde algo de nós, talvez ele mereça um pequeno castigo. - Susana pensava de forma maquiavélica, gostava do rosto envergonhado do irmãozinho.

- Hoje não podemos fazer nada, temos que sair durante a tarde. - Teresa também estava interessada na situação, contudo, teriam que aguardar e deixar seu irmão voar livre antes de deixa-lo novamente em sua gaiola. Ambas não gostavam da idéia de um intruso, era o mundo deles e se alguém quisesse adentrar teria que passar por provações.

Depois do almoço, Gabriel esperou as irmãs sairem e foi se vestir, colocou a roupa feminina, vestido curto rosa claro, meia branca, sapatilha, um casaco curto de lã, presilha no cabelo e um brilho nos lábios, apesar de não precisar, os lábios eram vermelhos o suficiente. Ficou corado ao seu olhar no espelho. "é isso mesmo o que eu quero? Viver uma farsa? É só hoje Gabriel, hoje você pode ser a Gabi..." o menino pensava. Parecia tão errado. Respirou fundo e saiu.

O garoto que agora era uma menina estava nervoso, esperando na frente do mercado. Recebeu algumas cantadas, mas se manteve de cabeça baixa, só ergueu quando percebeu a presença do Eliot. Parecia mais radiante que os outros dias, o cabelo úmido só deixava mais irresistível de olhar, camisa com estampa de banda preta, calça jeans e um sapato bota, o estilo dele só lhe atraia mais.

- Você está linda Gabi. - O rosto de Eliot se iluminava com um sorriso, além de ficar um pouco sem jeito, desviando o olhar por alguns momentos.

- Obrigad... a. - Tinha que falar no feminino, precisava se lembrar de todos os termos. Gabriel estava mais tímido agora, não acreditava que estava enganado aquele garoto, no entanto, era tão mágico usar algo que nunca gostou e simplesmente poder sair com alguém como Eliot.

- Vamos. - Eliot transparecia exultação, indo ao lado dela, acompanhando seus passos, de alguma forma a garota do seu lado lhe encantava, era pequena, bonita e parecia frágil, sentia uma necessidade de protege - lá. Fazia tempo que não se atraia tanto por alguém, apesar de ter que tomar cuidado com as irmãs dela e tirando o fato de ser uma colegial.

- Eliot? - Gabriel chamou a atenção dele quando estavam próximos do local onde seria a seção de autógrafos, o rapaz parecia divagar sobre alguma coisa.

- Desculpe. - Ele foi guiando sua companhia até o segunda andar do prédio, haviam várias pessoas por ali e como a Gabi era pequeno, o rapaz segurou sua mão para que não se separasse. Ela corou bruscamente e abaixou o olhar, no entanto, não se afastou, para alegria dele.

Eliot a levou até a fila. O livro contava a história de um serial killer que tinha múltiplas personalidades, além disso era policial. Entre outras situações intrigantes.

- Podemos passear depois. - Ele sugeriu, logo ficariam com fome. Estava um pouco ansioso pelo autógrafo e pelo encontro.

- Sim, vai ser divertido, ah, Eliot, eu não posso demorar tanto, tá? - Na verdade Gabriel tinha que voltar antes das irmãs aparecerem em casa, seria muito complicado explicar o motivo de ter saído assim sem a permissão delas.

- Não se preocupe. - Ele sorriu e não demorou a conseguir o autógrafo, o que deixava os dois com tempo livre para passear, Eliot tinha imaginação para distrair a mente da garota que havia levado para sair. Ela parecia se encantar por várias coisas diferentes, pelúcias, jogos, poderia ficar algum tempo jogando e foi o que fizeram. Só não sugeriu cinema porque ficaria tarde.

Gabriel ganhou uma girafa de pelúcia e estava feliz com a nova aquisição. O lanche estava ótimo, acabou revelando seu amor por desenho e ele disse que quando estava no colegial tinha uma banda, achou interessante e no próximo encontro iria querer fotos. "se houver próximo encontro, preciso contar que sou um menino... Antes que a situação fique mais complicada."

Quando saíram do shopping começou a chover bastante. Nenhum dos dois trouxe sombrinha e teriam que esperar ali, os minutos se arrastavam e Gabriel começou a ficar pálido, passava do horário que deveria estar em casa, suas irmãs já estariam lá.

- Minhas irmãs vão me matar... - Acabou dizendo em voz alta. Eliot notou a aflição do menino e tocou de leve na cabeça dele.

- É só explicar a situação direito a elas e vão entender. - O rapaz dizia para amenizar a situação, no entanto, Gabriel sacudia a cabeça negativamente, aquele pobre rapaz não conhecia suas irmãs, ele não sabia de nada.

- Não dá, não posso... Meus amigos... - Pensou em ligar para um dos dois, mas viu uma mensagem da Karin a qual deveria estar a um tempo ali. "Hoje tive um encontro com o Arthur, vou dormir na casa dele hoje <3." - Não posso dormir na casa deles...

- Se quiser poder ficar na minha casa.- Eliot dizia sem segundas intenções, na verdade só queria ajudar, apesar de saber que para uma garota seria bem difícil ficar junto com o rapaz na mesma casa. - Tem o quarto de hóspedes, se quiser... Prometo não fazer nada.

- Eu... - Gabriel não sabia o que fazer, na verdade não era proibido de dormir fora, mas elas nunca lhe perdoariam se soubesse que era com o rapaz. No entanto, estava com medo e ele prometeu... A situação parecia tão complicada. - Tudo bem.

Depois da chuva tiveram que ir. Na verdade Gabriel estava muito nervoso, nunca imaginou que dormiria na casa dele, na verdade confiava em Eliot, ele não faria nada consigo, não é? Então não tinha o que temer, mas não controlava o coração que palpitava mais e mais forte a cada passo que dava, só foi acordar de seus devaneios quando parou na frente da casa dele, era apenas a duas quadras da sua, próximo do mercado. Mandou devidamente a mensagem a suas irmãs dizendo que dormiria na casa da Karin, pois precisava fazer um trabalho de escola. Mentir. Odiava isso. 

O local tinha o jeito do Eliot, era bonito, organizado, havia uma estante de livros e ele tinha uma guitarra, era bem bonita, não se atreveu a tocar. Quando o rapaz voltou com uma camisa de botão e lhe deu, verdade, Gabriel não havia trazido outra muda de roupa.

- Obrigada. - Foi na direção do banheiro e tomou banho, sentia cheiro de lavanda, era bom, demorou um pouco, estava pensando, nervoso e aflito. Não sabia se conseguiria olhar nos seus olhos. Quando saiu do banheiro vestia apenas a camisa e uma cueca por baixo, não tinha como ser vista, a camisa parecia mais um vestido no seu corpo pequeno.

- Ual... - Eliot levava a mão até a boca, nunca imaginou que ela ficaria tão sexy vestindo sua camisa. Era uma colegial, tinha que ter calma, não poderia ataca - lá, apesar de sentir ímpeto de fazer isso. - O quarto fica aqui.... Então, boa noite.

- De novo agradeço. - Gabriel dizia, olhando para dentro, ainda na porta, percebendo que era pequeno, tinha uma cama, lençóis limpos e um travesseiro, outras coisas que não prestou atenção, pois quando ergueu o rosto na direção dele para lhe dar boa noite, sentiu seu toque com a ponta dos dedos em sua bochecha e os lábios em sua boca. Nossa! Era seu primeiro beijo, a mente se esvaziou e o coração parecia que poderia ser ouvido de tão forte que batia. Fechou os olhos e segurou a camisa dele, não conseguia respirar. Gabriel dava seu primeiro beijo e o rosto queimava em vermelhidão enquanto abria a boca e sentia a língua dele invadindo a sua, se assustou um pouco, dando alguns passo para trás, se separando dos seus lábios.

- B-boa noite. - Dizia rapidamente, fechando o quarto, deixando o maior do lado de fora. Se jogando na cama totalmente tímido. Parecia o sonho que sempre sonhou, no entanto, a culpa começou a lhe afligir, a felicidade foi tomada por um sentimento obscuro, tremeu choroso. Não conteve as lágrimas, ele nunca iria lhe perdoar. Nunca. Se existia uma fada madrinha que ela lhe transformasse em menina. 



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