1. Spirit Fanfics >
  2. Meu - ERERI >
  3. Capítulo 8

História Meu - ERERI - Capítulo 8


Escrita por: Amante_yaois

Capítulo 8 - Capítulo 8


- Eren -


Franzo o cenho assim que ouvi a porta do meu quarto sendo aberta. Retirando o braço de cima do meu rosto, olhei para o Zeke com desprezo enquanto ele sorria. Aquele maldito iria me pagar por essa madrugada.

"Bom dia, margarida!"

"Vá se fuder." murmuro ao pegar um travesseiro e enfiá-lo no meu rosto, tentando voltar a cochilar.

"O chapeleiro Maluco está aqui." provoca

"Pare de chamá-lo assim. E o que diabos ele está fazendo aqui tão cedo?!"

"Tão cedo? Eren, já são sete e meia. Você realmente dormiu mais do que o normal. Noite longa?"

"Responda minha pergunta."

"Tá, seu insuportável. O chamei aqui logo depois que você comentou sobre a máscara não estar surtindo efeito. Ele veio aqui pra pegá-la e fazer novos testes."

"Tsk." Me sento na cama, olhando para o nada por alguns minutos antes de me levantar e ir até o banheiro.

"Seu quarto fede a possessividade. Esteve com o omega ontem?"

"Sim." murmurei ao bocejar, me esticando todinho enquanto entrava no banheiro, deixando a porta aberta sem nenhuma frescura.

"E então?"

"Conversamos bastante. Por pouco quase deixei escapar meu sobrenome, mas disfarcei." falo ao abaixar meu moletom para mijar.

"O que disse?"questiona

"Jackson." murmuro com desgosto, revirando os olhos quando ele riu alto.

"Não se esqueça de fazer o Moonwalker na primeira noite que vocês transarem. Não se esqueça do 'AU!'"

"Vá a merda, Zeke." resmungo ao subir meu moletom, lavando as mãos antes de pegar a escova e a pasta.

"Eren Jackson, ao som de Billie Jean."

Reviro os olhos enquanto escovava os dentes quando ele começou a cantar a música com a voz bem fininha para meu ódio. Cospindo, gritei: "Zeke, cala a boca!"

"Ziki, cali i bici!" resmunga, "Estou te dando um show particular, deveria estar satisfeito."

"Tenho certeza que o Michael está se coçando no túmulo dele de pura agonia ao te ver cantando, Zeke."falo ao voltar a escovar os dentes.

"Pode continuar com seus comentários daí, que eu continuo meu show daqui, sua cópia farjuda."

Quando eu terminei de escovar os dentes por completo junto da língua, ele ainda continuava a cantar e isso fazia meu sangue ferver já que uma enxaqueca estava começando a dar as caras.

Paro na porta do banheiro apenas para vê-lo organizando meu quarto. Minha cama estava toda forrada, minha mesa estava organizada e agora ele estava separando as roupas sujas que estavam espalhadas pelo quarto.

"Sinceramente, Eren! Quantos anos você acha que têm, hein? Quero saber se vai continuar como o Rei da bagunça quando se juntar com seu omega e tiver seus filhos! Nem pense que eu irei ser sua faxineira privada!" reclama, se assustando quando se virou e me viu na porta.

"Alguns hábitos nunca mudam." brinco

"Principalmente sua imundice. Agora vá lavar esses ovos e saia logo. Precisamos ver sua máscara."

"Idiota." resmungo

"Eu sei. Mas você é bem pior."

"Se você diz." sorrio, tendo certeza que ele sorria também mesmo estando de costas para mim.

Assim que entrei de novo no banheiro, retirei meu moletom e entrei no box, ligando o chuveiro na água morna antes de me molhar de uma só vez.

"Graças a Deus não encontrei nenhuma cueca com porra!"

Coro fortemente ao ouvir isso, me lembrando de quando entrei na puberdade e ele encontrou uma. Péssima lembrança dessa maldita época.

"Zeke! Deixe minhas roupas ai!" grito, quase me engasgando com a água no processo por causa daquele enviado do Diabo.

Depois de um bom e longo banho, sai do banheiro com a toalha enrolada na cintura apenas para me sentir fora do lar. Aquele quarto com certeza não era meu, penso divertido.

Olho para cama antes de sorrir ao ver um terno negro separado com um pequeno pedaço de papel escrito em cima. Me aproximo e pego o papel, corando fortemente ao ler: "Se já lavou o rabo, se arrume e desça."

"Maldito idiota." resmungo envergonhado, pegando minha cueca box da gaveta e a vestindo.

Já vestido e perfumado, pentiei meu cabelo e sai do quarto com o mesmo penteado de sempre.

"Bom dia, chefe." fala Yelena, a mulher gigante da Máfia. Ela era uma beta de um metro e noventa e oito, mas isso não a impedia de ser incrivelmente bonita e... Atrair o meu Irmão.

"Controle o Zeke, então eu terei um bom dia em paz." provoco e ela cora ao assentir envergonhada.

Ela era uma mulher estóica e leal, uma das mais perigosas da máfia pra falar a verdade. Com ela não havia brincadeiras, se houvesse um caso de traição, ela matava. E foi isso que atraiu o Zeke cegamente e vice-versa.

"Eren? O que está falando com a Yelena?" pergunta ao cruzar os braços.

"Ciúmes?" provoco, "Não se preocupe, irmão. Não existe nada mais gay que meu pau e eu."

"Nunca duvidei. Agora vamos. O máscara está te esperando."

"Outro apelido?" sorrio levantando uma sobrancelha com a capacidade mental do Zeke, que por sinal, só deu os ombros ao rir.

"Tenha um bom dia, Yelena." diz, dando um pequeno sorriso de lado.

"Por favor, dessa vez no quarto dela. Não no seu, Zeke." Quebro o clima deles na hora ao lembrar do quão foi difícil ter uma madrugada de sono descente ontem já que seu quarto era do lado do meu.

"Ouviu, não foi?" brinca

"Sim. Te vejo às oito?"

"Às oito."

Franzo o cenho sem conseguir acreditar que eles estavam quase se pegando com os olhos bem na minha frente. Ah, isso com certeza teria volta algum dia.

Dando as costas para os dois, continuei meu caminho para onde ele estaria, que seria no escritório profissional para conversas.

Reviro os olhos ao ouvir seus passos bem atrás de mim, "Não ouse falar nada." murmuro e ele rir.

- - -


"Senhor Jaeger, ouvir dizer que uma das minhas máscaras deixou de funcionar direito."

"Exatamente. Eu pago caro por elas, então você não pode me deixar na mão." falo ao encará-lo com desdém, observando como ele engoliu em seco ao se explicar.

"Algum evento incomum aconteceu? Se me permite perguntar, claro."

"Como assim?"

"Uma falha nos supressores de seu cio ou algo parecido."

"Não. Nada."

"Um companheiro?"

"Explique-se. Agora."

"Acredite quando digo que seria uma explicação boa. Você é um alfa incrivelmente forte que teve seu aroma modificado para algo mortal por causa de seu duro treinamento. Se você encontrou seu companheiro, é bem provável que seja esse o problema. Mas ainda sim, pra compensar a falha, criarei um melhor e será de graça para manter meu cliente." diz

"Faz sentido." diz Zeke de repente, nos pegando de supresa.

E o pior que fazia sim. Desde que o encontrei, meu aroma têm ficado cada vez mais forte quando eu estava em torno dele, não querendo diminuir mesmo depois de horas distante.

"Prometo ao senhor que esse assunto nunca sairá daqui."

"Acho melhor que não. Se algo acontecer ao meu omega, não só você cai." ameaço

"Eu sei. Eu prezo a vida da minha família acima de tudo."

"Que bom que nos entendemos então."diz Zeke, acabando com o clima tenso que havia se formado na sala.

"Posso ver sua glândula?" pergunta com firmeza apesar do suor em seu rosto.

"Tsk."

Se tinha uma coisa que eu odiava, era ter que fazer isso uma vez em cada ano, dessa vez sendo bem antes do planejado.

Com raiva, abri os três primeiros botões, deixando-o se aproximar da minha glândula sem retirar os olhos de sua aproximação.

"Realmente. Ela está muito sensível. Lamento informar, mas talvez minhas máscaras não sirvam de qualquer jeito."

"Como?!"

"Você vai ter que transar, irmão." provoca Zeke antes de tossir quando percebeu que não era o momento certo. "Que dizer, você precisa aprender a se controlar sempre que sair de perto dele. Ou se não, ninguém vai conseguir ficar do seu lado por muito tempo."

"Irei construir uma apenas para o seu caso já que é um cliente de anos. Espero que ao menos alivei um pouco, mas é como seu irmão disse. É um ou outro."

"O prazo?"

"Quatro meses."

"Tudo isso?!" Não só eu, mas o Zeke também havia se surpreendido ao ouvir.

"Três meses arriscando?" ergue uma sobrancelha, me fazendo suspirar ao assentir.

"Espero os quatro meses então."

"Tentarei resolver o seu problema o máximo que puder, Chefe." diz

"Eu espero..." murmuro

Ele abre a boca pra falar algo, mas minha atenção foi tirada dele assim que senti meu telefone vibrar. Quem diabos estaria ligando diretamente no meu número?! Eu realmente espero que seja grave, caso contrário o maldito vai pagar feio.

Sem nem mesmo ver quem era primeiro, olhei para a hora e franzi o cenho. Que diabos! Oito e quarenta e já estão enchendo meu saco!

Mas logo perdi toda a raiva quando vi quem era. "Vamos, saiam." peço

"Ue, por que?"

"Tenho ligação."

"Atende aqui."

"Zeke. Vá."

"Está me despachando? O que ele quer a essa hora, hein?"

"Deixe de ser curioso, saía!"

Ele revira os olhos ao fazer um sinal para que aquele homem saísse junto dele da sala. "Me trocando por um omega que acabou de conhecer? Isso é bonito pra sua cara por acaso?"

"Sim." pisco ao atender, observando a forma como ele dramatizou o meu sim antes de sair por último.

Voltando a atenção para a ligação, comecei a me preocupar com a demora e a respiração irregular que ele tinha. "Alô? Levi?"

- E-Eren... - Congelo no lugar assim que ouvi a sua voz soar tão destruída. Haviam o encontrado? Eu o meti em grandes?! Quem ousaria machucá-lo?!

"Algo aconteceu?! Onde você está?!" pergunto preocupado, sem perceber que meu aroma havia se intensificado.

- Vêm aqui... Por favor, Eren. Por favor... - Seu choramingado tocou fundo em mim, e naquele momento eu tive a certeza. Eu mataria quem preciso for para não vê-lo chorando de novo.

"Deixe seu celular ligado. Eu estou chegando na sua casa dentro de dez minutos." falei

- S-sim... Por favor. - Ele desliga a ligação, me fazendo rosnar baixinho. Que ousou magoá-lo daquela forma certamente vai ter uma morte agonizante e lenta!

Assim que me virei para sair, dei de cara com aqueles dois congelados na porta com os olhos arregalados. "Merda. Me desculpem."

"Vá logo embora, Eren. Assim irá piorar mais não só a nossa situação."

Aceno antes de sair com passos longos, ouvindo por último o homem falar: "Entendi agora. Darei o meu melhor para que a máscara saía em menos de dois meses."

Enquanto ia direto para o estacionamento para pegar minha moto, passei por todos quase correndo para que não os deixassem me atrapalhar.

Abro a porta da garagem e vou até minha moto, pegando o capacete que estava em cima da prateleira para colocá-lo antes de subir e ligá-la. Dirigindo em alta velocidade, parando-o quando vi a saída fechada.

"Tsk." Olho para a câmera antes da porta ser aberta em segundos depois disso.

Sem perder mais tempo, aumento a velocidade da moto, passando pela entrada antes de fazer uma curva e pegar a rua em frente. Eu precisava chegar naquele café de ontem o mais rápido possível, então depois de mais duas ruas, seria a casa dele. Eu poderia facilmente descobrir quando chegasse, era só usar o rastreador e eu estava lá.

"Só mais um pouco, Levi." murmuro sempre tirar os olhos da pista, deixando a velocidade em oitenta. "Quase."





Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...