1. Spirit Fanfics >
  2. Meu adorável (e desprezível) Dragneel-kun >
  3. Sobre... Natsu Dragneel?

História Meu adorável (e desprezível) Dragneel-kun - Sobre... Natsu Dragneel?


Escrita por: OitoKuji

Notas do Autor


Peço perdão por demorar a postar, tô no meio de semana de provas e tá difícil, eheh...

Boa leitura!

Capítulo 12 - Sobre... Natsu Dragneel?


Fanfic / Fanfiction Meu adorável (e desprezível) Dragneel-kun - Sobre... Natsu Dragneel?

O tempo esfriou rapidamente.

Meu celular marcava exatos 14,1 graus. Rajadas de ar frio percorriam todo meu rosto como lâminas afiadas. Como pode esfriar tanto assim em tão pouco tempo? Sério... Que frio.

Brrr...

Coloco minhas mãos nos bolsos do meu moletom estampado com a logo da tropa de exploração de SNK. Eu comprei ano passado e não me arrependo, me esquenta e é bonito pra caralho.

Mas foda-se, né? Não tô aqui pra falar sobre o que eu tô usando.

Hmmmm...

Olho pro céu, que nesse ponto já havia sido consumido pela escuridão da noite. A Lua refletia a luz emitida pelo Sol e iluminava levemente o céu estrelado. Volto meu olhar ao meu caminho, encarando os postes de luz enfileirados.

Suspiro e surpreendentemente eu consigo ver o vapor quente que saiu. TÁ TÃO FRIO ASSIM? MAS QUE PORRA É ESSA?

Caralho... Eu tinha que inventar de sair, né? Eu podia ter ficado no meu quarto... Daria na mesma.

Tenho certeza que eles estão aproveitando aquela casa quente assistindo um filme clichê de sessão da tarde. Bebendo talvez um chocolate quente e comendo a torta feita por minha querida e carinhosa mãe. Se eu apenas...

Ah, esquece. O passado fica no passado.

Sem nem eu perceber, eu já tinha andado até uma pequena praça que existia perto da minha casa. Eu lembro que vinha aqui quando mais novo com meus irmãos. Zeref ainda era o adolescente chato, Erza ainda era uma ruiva tímida, Meredy e Wendy ainda eram bebês.

Heh, é um local bem nostálgico.

Ando pela praça sob a luz de pequenas lamparinas penduradas em árvores, construindo uma linda visão quando você olhava pra frente. Se um dia eu conseguir gostar de alguém, eu definitivamente vou me declarar aqui. É lindo durante a noite.

A praça parece vazia, o silêncio do local é agradável. 

Olho pra frente e finalmente alcanço o centro da praça, uma espécie de círculo, onde todos os caminhos se encontram, com alguns bancos de pedra. Não é lá muito confortável, mas é melhor que nada.

Olho pra todos os bancos. Havia alguns rachados e outros já não estavam mais inteiros. Eu fui até o mais inteirinho e me sentei, deixando escapar um suspiro de alívio, visto que fiquei andando por todo esse tempo. Minhas pernas estão me matando.

Hm.

Eu sei o que estão pensando!

Natsu Dragneel é um sedentário.

SOU MESMO E DAÍ? EU EXERCITO MINHA MENTE AO INVÉS DO MEU CORPO! É PRÁTICO E FÁCIL.

HM.

Enfim, estava sentado em um dos quatro bancos de pedra que rodeavam uma mesa de pedra que se localizava no exato meio da praça. É quase prazeroso a geometria planejada desse local... Heh. Lembro de jogar várias partidas de xadrez com Zeref naquela mesa, curiosamente, ele sempre perdia. Eu seria um gênio desde os cinco anos ou ele me deixava ganhar? Eh, nunca saberemos.

Abaixo minha cabeça olhando pro chão sujo da praça. Olho para o meu lado direito. O banco rachado estava vazio. Olho pro meu lado esquerdo. O banco quebrado estava vazio. 

É verdade, praça tá vazia. E eu fiquei... Sozinho.

Heh. Eu tô me sentindo solitário, que coisa não?

Eu, Natsu Dragneel, me sentindo solitário... Faz tempo desde a última vez que me senti tão agoniado, como se meu coração estivesse sendo apertado por algo. Meu peito tá tão pesado que não consigo respirar direito.

Meu peito subia e descia rápido rapidamente em busca de ar. Abro minha boca em busca de ar enquanto agarro meu cabelo e puxo tentando aliviar aquele desespero.

Que saco, tô tendo um crise. E a culpa é somente minha. Culpa minha de ser um fodido louco. Culpa minha de ser uma pessoa tão merda no passado. Culpa minha de ser uma pessoa tão merda agora. Culpa minha de continuar sendo uma pessoa tão merda todo esse tempo.

Posso me perder em meus pensamentos sempre pra fugir dessa realidade, mas quando eu olho em volta... Eu vou estar sempre sozinho. Pra sempre sozinho.

— É assim que você é.

Ouço uma voz. Ela vinha do meu lado e estava contaminada de uma animação nojenta.

Olho pro meu lado e o vejo vestido com um moletom vermelho. Aquele garoto de cabelos rosas, o mesmo que possui um sorriso nojento, aquele mesmo garoto que ri e se diverte manipulando as pessoas ao seu redor, pra se satisfazer e se sentir superior.

Sou eu que estou ali. O verdadeiro.

— O... Que você tá fazendo aqui?

Meu peito finalmente se livra de toda aquela agonia. Consegui me recuperar em algumas respirações, mas não é hora de se importar com isso.

— O que mais, meu querido eu? Eu vim aqui pra uma reunião de condomínio, afinal... Moramos no mesmo lugar, não é?

Ele dá aquele sorriso sádico. Sinto ânsia de vômito encarando aquele rosto, o meu rosto, que se encaixava perfeitamente com essa expressão nojenta.

— ...

— Não fique calado... Faz tanto tempo que não conversamos, não é? E um local como esse é perfeito, não acha?

Ele olha em volta e para o olhar na mesa do centro da praça.

— Era ali que eu humilhava o Zeref no xadrez, não era? Aaaaah, que boas memórias. Foi tão bom fazer ele chorar depois de o fazer perder tantas vezes.

Olho pra ele. Confuso pela fala dele.

— Eu não me lembro de ser assim.

Ele se vira, me encarando nos olhos.

— É claro que não.

Hm?

— O que quer dizer com isso?

— O que será que eu quero dizer com isso?

O encarando em silêncio. Por longos e intensos cinco minutos.

— Sabe... Mesmo você sendo uma consequência infeliz e uma falha do meu perfeito ser, eu amo te observar.

Ele diz aquilo sem sorrir e de forma séria, o que me surpreendeu. Será que...

— Amo te observar, pra ver como você vai usar aquelas pessoas. Não acha excitante a expressão de superioridade daquela albina? Imagine como deve ser quebrar e distorcer completamente Mirajane Strauss...

O sorriso volta. E eu suspiro. Eu sou meio retardado por pensar que ele pode mudar.

— Eu não vou fazer isso. Não sou você.

— De certa forma é sim. Ou ainda não percebeu o que você é, aberração?

Ele se aproxima e toca meu queixo.

— O que... Eu sou?

Ele se afasta um tanto quanto... Decepcionado?

— Você é mais burro do que eu pensava.

— Somos a mesma pessoa.

— Você mesmo disse. “Eu não sou você.”

— ...

— E talvez tenha um pouco de razão... Sabe porquê?

Ele se aproxima da minha orelha soltando o meu queixo.

— Eu sou completamente superior, sua aberração.

Sabe o desespero que havia sumido a poucos minutos atrás. Pois é, voltou com tudo e eu caí deitado no chão sem conseguir respirar. O céu estrelado era a única coisa na minha visão.

Arqueio minhas costas desesperado. O ar que entrava parecia areia, era como se me rasgasse por dentro. Ardia muito.

Muito mesmo.

Minha consciência se esvai... Lentamente... Até... Desmaiar completamente.

— NATSU!



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...