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História Meu adorável Sanji - Capítulo X


Escrita por: TheWritersRefuge

Capítulo 10 - Capítulo X


 

Capítulo X

PROTAGONIST’S POV

  ❀

            Estava frustrada, estava sendo evitada ou ignorada — talvez os dois — a dois messes por Sanji, isso martelava minha mente de uma maneira que não consigo dormir direito. O que fizemos no meu quarto foi definitivamente um erro na opinião dele, ele se recusa a conversar como os adultos que somos. Se não admirasse nosso capitão, iria matar o cozinheiro dele.

            A hora das refeições são as mais estressantes, nem mesmo consigo lidar com ver a cara dele, a expressão que ele faz quando olha para mim é de puro desconforto. Agora tenho que lidar com ele e Usopp conversando como se nada estivesse errado. “Estou tão brava” — notei que não estava sendo nada discreta quando todos olharam para mim, havia fincado a faca na mesa.

            — Saori, você está bem?

            Essa pergunta vindo de Robin tem muitos significados, principalmente sendo ela quem me flagrou após chorar no quarto e notar que havia dado algo muito errado entre Sanji e eu. Apenas forcei minha melhor cara neutra e respondi:

            — Estou, apenas um pouco cansada — me levantei da mesa — Acho que vou me retirar mais cedo.

            — Mas ainda nem comeu nada.

            Luffy conseguiu deixar todos mais preocupados em uma única fala, mas no momento o que estava percebendo era como Sanji tinha uma expressão única de confusão, e se negava a ao menos me olhar nos olhos.

            — Estou sem fome, mais tarde venho comer alguma coisa.

            Menti quando afirmei que iria comer algo mais tarde, passei o resto do dia evitando o bando, não era por algum tipo de raiva deles, mas sim por conta que eles me perguntavam como eu estava, e eu não quero pensar sobre isso agora.

            — Então é aqui que se esconde — anunciou Robin ao entrar —, acredito que não queira falar sobre hoje mais cedo. Mas quer me contar o que está na sua mente a dois messes?

            Nem tem mais sentido esconder isso dela, afinal sempre esteve à frente de tudo o que acontecia na minha tentativa de me confessar, uma ideia tola que foi descartada a dois messes após uma rejeição indireta.

            — Lembra da noite em que você me flagrou limpando lagrimas? Havia outra pessoa no quarto antes de você, Sanji estava lá — minha barriga dói só de lembrar — Tínhamos nos beijado, e ele tinha me abraçado. — nos duas sentamos lado a lado — Mas quando Usopp estava chamando por ele e nós paramos, o arrependimento no olhar dele foi tão cruel

            — Pode ter que tenha sido apenas confusão, não é comum beijar seu nakama dessa maneira e não acabar tendo um conflito interno na hora de saber lidar com isso.

            — Ele se desculpou! Ele olhou para mim e pediu desculpas. Sabe o quão patética eu me senti?

            Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, nossa conversa foi interrompida por um grito de indignação — por algum motivo sou boa em identificar os motivos dos surtos desses idiotas — e tivemos que ir ver o que está ocorrendo, pelas pilhas de papeis em cima da mesa diria que esse era o motivo dos gritos, apesar que o rosto de Luffy fala que tem algo errado antes mesmo que ele abra a boca.

            — Como pode não nos contar algo assim?

            A reação deles não era para qualquer um dos papeis, não desviaram o olhar para eles nem por um segundo, na realidade pareciam bem mais atentos em Luffy e em tentar arrancar dele uma explicação plausível.

              — Podemos apenas dizer que eu me esqueci? — ele sorriu, mas dessa vez nem todo mundo caiu nas graças dele e esqueceu do sermão que iria levar.

            — Luffy, como pode esquecer de algo assim? — acredito que estejam realmente chateados, Nami havia colocado a sua xicara de café em cima da sua mesa cartografia, algo que jamais faria se não estivesse muito distraída — O único que poderia ser idiota assim é o seu imediato, vamos ter que fazer um quadro informativo.

            Cocei a garganta para fazer com que eles notassem que eu e Robin havíamos entrado.

            — Nami, Usopp e Capitão. O que ‘tá acontecendo?

            — Saori — a navegadora choramingou para mim — O mané do nosso capitão esqueceu de dizer que o aniversário dele é hoje. A única ilha próxima para comprar qualquer coisa está a dois dias ainda.

            Me lembro por cima de que íamos comprar suprimentos em uma ilha chamada Bellstorm, a última ilha acabou por terminar em um conflito contra outros piratas.

            — Podemos comemorar daqui a dois dias, não é como se ele fosse morrer até lá. Capitão, feliz aniversário.

            Acho que sou uma das únicas daqui que consegue manter o cabeça aqui, eles dois parecem realmente chateados com isso e Robin parecia entretida com o problema em si. O fator que não lembrávamos ou não saibamos a data de aniversário de Luffy foi o bastante para navegarmos mais rápido e gerar uma certa comoção na tripulação.

No momento em que chegamos na ilha, eles conseguiram ficar ainda mais agitados. Uma viagem de dois dias, foi feita em um dia e meio com direito a evitar aventuras que antes entraríamos de cabeça.

            Íamos sair para comer, beber e dançar — programação de Nami —, apenas aproveitamos a chance de podermos sair do barco sem quase morrer por piratas ou marinheiros, vezes ou outra, os dois. A ilha foi intitulada pela nossa navegadora como ‘A Era Dourada dos Vestidos’ e com a desculpa de disfarce, fomos caracterizados como tal.

            Para mim foi um slip dress, seu tecido era seda e era ainda mais leve e macio no corpo do que já aparenta, era um vestido simples mas glamoroso, mas ainda assim era meio vergonhoso por conta de que o tecido e leveza me lembravam uma roupa de dormir. Apesar de não ser apertado, ainda ressaltava meu corpo de uma maneira que minhas curvas não se escondiam na fluidez do vestido.

            O decote ficava um tanto quanto vazia, já que o vestido era da ruiva, e digamos que nossos bustos são diferentes.

            — Saori, você está maravilhosa! Deveria lhe dar esse vestido, super combinou com você! — ela pegava o casaco que havia jogado em cima de minha cama, e os acessórios que largamos na de Robin — Mas que bicho te mordeu?

            — Isso é uma boa pergunta — Robin interviu, passou os braços por cima de nossos ombros e afirmou positivamente — Mas hoje você vai dançar! E vai terminar a noite sorrindo.

            As duas pareciam satisfeitas com o plano, e assim que foi feito. Arrastada até o clube na beira mar, cheguei lá fui puxada para a pista de dança com elas. Meu corpo girava e rodopiava, meu cabelo pulava junto comigo e meu quadril parecia viciada no ritmo da música, a música contaminava cada partezinha do meu ser e do mesmo jeito meus olhos não paravam de buscar por ele. Eu realmente queria poder ver sua reação ao me ver dançando na pista, mas ele estava no bar quase desde que chegou e não parecia estar disposto a dançar, havia rejeitado algumas mulheres que se aproximaram.

            — Saori, pode dançar comigo? — Usopp parecia sério e por isso aceitei, descobri que ele é um melhor dançarino do que imaginava — Por que está me ignorando?

            “Ele havia reparado” — estava estranha com ele desde que chamou por Sanji naquela noite, obviamente não era culpa dele e não me afastei dele por conta disso. Me afastei porque me trazia memorias para mim, e não sabia se queria lidar com isso.

            — Desculpa, foram messes estranhos e difíceis para mim. Eu não deveria ter me afastado, realmente me perdoe.

            — Então, continuamos amigos? — ele tinha um tom de alivio na voz.

            — Obvio que sim!

            Involuntariamente, meus olhos procuraram por ele e encontrei no mesmo lugar de antes, dessa vez acompanhado por Robin. Com meu parceiro de dança ainda embalado no ritmo, anunciei que iria pegar um bebida, respirei fundo e andei com o maior grau de confiança que me estava disponível no momento, e no mesmo momento que cheguei, a arqueóloga saiu.

            — Oi.

            — Oi.

            Apesar de estar sentado no bar a algum tempo, ele não parecia estar bêbado, parecia nem ter bebido na realidade. Invés de pedir uma bebida como disse que faria, decidi que iria resolver aquela situação de uma vez por todas e não deixar isso se estender por nem um minuto a mais.

            — Podemos conversar? — olhei para nossos companheiros dançando e bebendo — Lá fora?

            Então foi assim que fizemos, apesar de que até agora não havíamos dado uma única palavra. Do lado de fora estava frio, pouquíssimas estrelas brilhavam no céu, a maioria estavam cobertas por nuvens que pareciam estar carregadas de chuva. Apesar de gostar de chuva, era uma pena que o céu estivesse se fechando, principalmente com a lua estando tão bonita e tinha um brilho tão forte esta noite.

            — Você não tinha que fazer isso, me ignorar — fui a primeira a falar, e da mesma maneira, não tive uma resposta — Eu não sou uma criança, poderia ter me dito que o que fizemos naquele dia para você foi erro, um grande erro. Teria entendido o recado que me passou me evitando por dois messes.

            — Não estava te evitando, só não sabia como falar com você ou o que falar para você. Somos amigos e nakamas, estava com medo de perder isso e eu me odeio tanto por ter magoado. Deveria ter agido mais rápido e falado isso antes de dois messes, eu errei com você naquela noite.

            — Sanji, sabe no que errou naquela noite? — ri da minha própria cara, e de como poderia estar mais ridícula — Você não errou quando me beijou ou quando me tocou, permiti que fizesse isso e realmente gostei, eu me senti bem. Naquela noite, poderíamos ter dito que seu erro foi ir embora quando Usopp chamou, só que entenderia seu lado e não ficaria chateada. — as gotas de chuva começaram a cair, mas nenhum de nós dois dava sinal que queria entrar de volta ao clube, que já havia ficado para trás a bastante tempo — Seu erro foi ter se desculpado, aquilo me magoou, aquilo me fez sentir péssima, indesejada. Não queria que tivesse parado.

            “Não quero chorar na frente dele de novo” — e os céus me ouviram. A chuva caiu em peso de maneira rápida, minhas lágrimas se misturam com a chuva. Continuei a andar, lhe deixando para trás, queria de um tempo sozinha ou talvez me esconder dele e da afirmação vergonhosa que o fiz.

            Havia uma pequena cabana ali, era um espaço para todos os pescadores descansarem um pouco, não havia ninguém dado ao horário e mesmo assim permanecia destrancada. Achei que ele havia voltado ao clube, mas ele passou por aquela porta com a mesma expressão da de quando atravessei a mesa com uma faca, só que mais encharcado de chuva.

            — O que quis dizer com ‘não queria que tivesse parado’? — ele entrou na cabana, o piso tinha um rangido que não tinha percebido até então — Queria ter dormido comigo?

            — Do que adiantar ter uma resposta, não muda nada nosso relacionamento, somos apenas colegas. — seu olhar parecia ter uma luz mesmo no escuro, nesse momento isso não ocorria, seus olhos pareciam tão escuros quanto o cômodo que estávamos — Não quero ser sua amiga, na realidade, acho que não consigo ser ‘só a sua amiga. Vamos apenas esquecer tudo isso.

            — Não ferra comigo! Realmente acha que podemos só esquecer isso? — ele estava irritado, sua voz parecia frustrada como a minha — Acabou de dizer que deveríamos ter transado, minha mente volta para você gemendo em cima de mim toda vez que eu te olho, e acha que podemos só esquecer isso?

            Seu corpo prensou o meu contra a parede, não desviávamos o olhar um do outro. A maneira que seu olhar tinha controle sobre meu corpo, sua presença me deixava confortável a ponto de querer lhe contar tudo, desde a minha paixão por ele até o problema com minhas irmãs.

            — Como pode me pedir para esquecer se continua me olhando assim? Só não tesão não explica a maneira que olha para mim — ele sorriu apesar de seus olhos não o acompanharem — Tem noção da maneira que está olhando para mim agora?

            “Eu sei” — e por isso quero sair dali, antes que eu perca todo o controle do meu corpo e diga coisas da qual jamais poderei desfazer — “Mas do que adianta fugir?”

            Se fosse para ser rejeitada, isso poderia vir de ocorrer em qualquer momento e se fizesse isso agora, pelo menos teria um motivo para conseguir superar tudo isso mais rápido.

            — Te olho assim por causa da maneira que me sinto, eu gosto de você bem mais do que uma companheira de bando gostaria — pela primeira vez, não tive a menor ideia do que se passava na sua mente, ele apenas se afastou de mim e continuou apenas olhando para mim — Desculpa por ter te dito isso, é crueldade se confessar para alguém que vai ver todos os dias sabendo de que ela não gosta de-

            — Saori — sua voz estava tensa, mas não de irritação e sim de nervosismo. Ele tocou meu rosto, o calor de sua mão me causava espasmos — Posso te beijar?

            Me sentia envergonhada para responder algo assim, fechei olhos e senti ele se aproximar de mim. Seus lábios foram até minha testa com ternura, apesar de que não foi isso que estava imaginando quando pediu para me beijar.

            — tão fofa

            Agora sua boca se aproximava da minha em um beijo mais delicado que o nosso primeiro, me dava beijos curtos em meio àquela beijo longo, sua língua parece mais calma dentro da minha boca. Segurava seus ombros para me manter firme, minhas pernas ficavam cada vez mais fracas toda vez que ele mordiscava meu lábio ou gemia contra a minha boca. Meu corpo cedeu porém o seu se manteve firme, me deitava em um sofá que estava ali, Sanji continuava a me beijar ardentemente. Minha mente flutuava, já não sabia se ainda chovia ou não, apenas sabia que queria aquela proximidade cada vez mais queimando sobre a minha pele. Cada vez que ia de me preocupar em voltar para Sunny ou para tripulação, ele apenas me dizia que voltaríamos assim que a chuva parasse, mesmo que nenhum de nós dois estivéssemos prestando atenção nisso. “Mas como negar isso?”

            Uma felicidade tomou conta do meu peito quando percebi que ele estava tão frustrado quanto eu quando ouvíamos a voz de Nami nos chamar, não parecia muito preocupado em deixá-los preocupados, já que tentou me beijar novamente — e conseguiu — antes que Nami gritasse por nos um pouco mais preocupada e próxima.

— Vamos?

Posso jurar que ouvi um pouco de manhã na sua voz, como uma criança chateada por ter sido chamada pelos pais enquanto brincava no parquinho. Logo após que saímos da cabana, encontramos com a ruiva.

— Pelo amor, aonde vocês estavam? — achamos que ela estrita mais furiosa, mas acabou por se acalmar ao notar que estávamos encharcados — Se Chopper ver isso vai acabar por ter um infarto antes mesmo de chegar aos trinta, vamos voltar para o Sunny e secar os dois. Estão bem?

— Sim, nós dois estamos bem.

            O duplo sentido dessa fala fez com que meu coração batesse ainda mais rápido, tentei controlar o sorriso enquanto andava para que a ruiva não desconfiasse, mas um certo alguém fez questão de encostar sua mão na minha em cada momento que pode. Acredito que ele esteja com o mesmo sentimento, já que durante a preparação do churrasco para comemorar o aniversário de Luffy, o mesmo foi perdoado por roubar a comida que ainda estava sendo preparada — algo que raramente acontecia —, e quando nos sentamos na mesa, ele segurou minha mão por debaixo dos anos.

            Tentava acalmar meu coração sob o olhar atento e afiado dele, não demostrava nenhuma preocupação em que acabem descobrindo sobre o que estávamos fazendo, apesar olha para mim com carinho e sorri de uma maneira ainda mais bonita do que achei que ele pudesse ficar. Ainda não havia acreditado nos eventos de hoje: Eu gosto de Sanji, e ele gosta de mim também.



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