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História Meu adorável Sanji - Capítulo VIII


Escrita por: TheWritersRefuge

Capítulo 8 - Capítulo VIII


Capítulo VIII

PROTAGONIST’S POV

       ❀      

            Desde Wano, essa deve ser a primeira vez que finalmente descansava. Conseguia ir dormir cedo e acordar depois das oito sem qualquer tipo de interrupção. Tudo isso pelo fato que meus nakamas só precisam da menor desculpa possível para beber e comer aos montes, havia três dias que eles estavam fazendo esquenta festa para o aniversário de Sanji. O turno de vigia da madrugada foi meu e agora estava tendo meu descaço merecido, meus olhos pesavam quando ouvi minhas amigas chamando por mim, fingir que estou dormindo não está mais funcionando e nem puxar o cobertor para me "esconder" deles.

            — Saori! Saori! Acorda! — me contorci debaixo do lençol — Não temos tempo para isso!

            — O que houve? Por favor, digam que foi algo urgente!

            Minha reposta foi ser puxada para fora da cama, as vezes meu amor pela tripulação não é o suficiente para me sujeitar a essas situações. Robin abriu a porta da cozinha com cuidado, creio que não querem que o cozinheiro percebam que entramos, ele tem um sexto sentido para isso — por culpa do Luffy — e sempre sabe quando tem alguém na cozinha. Eles sempre conseguem montar um plano mais louco que o outro e nunca sei quando deve argumentar contra ou só entrar na onda, a segunda opção geralmente é a melhor, não vale a pena tentar evitar o caos quando se mora junto com o caos em forma de pessoas.

            Deveria ser por volta das cinco para seis horas da manhã. Já que o Sol estava mostrando sinais de aparecer, tivemos que acelerar um pouco o passo por conta que ele acordava muito cedo para preparar o café da manhã. Disse que deveríamos acelerar o passo para deixar tudo pronto, na realidade eles ficaram ainda mais caóticos e barulhentos, eles apenas parara quando a porta foi aberta. A expressão do nosso cozinheiro foi a mais bonita possível, ele segurando o sorriso para tentar fingir que não sabia o que estávamos fazendo.

— Querem que eu volte mais tarde? Prometo que vai ser as mesmas reações.

Um silêncio constrangedor, que somente poderia ser causado por nós, se instalou na cozinha. E como um milagre de aniversario, Zoro disse:

— Surpresa?

Nos entreolhamos, e como se tivéssemos dividindo o mesmo neurônio por um milésimo de segundos, gritamos juntos.

            — SURPRESA!

            Logo a gritaria e a festa começou, tenho quase certeza que Franky tentou convence-lo a subir em seus ombros e foi recusado com a desculpa que tinha que ajudar o pessoal com a comida, tentamos dizer que poderíamos terminar sozinhos por ser o aniversário dele, mas fomos rebatidos com sua fala de que permitir que ele nos ajude é o melhor presente que ele poderia vir a ter de todos nos.

            Mesmo não seguindo o plano inicial, tudo ocorreu perfeitamente barulhento, coisa que no bando do Chapéu de Palha é sinônimo de bem, já que o silencio por aqui era um sinal de que havia algo muito errado. Mesmo ele estando no centro da festa, com até mesmo Zoro o convencendo a beber a essa hora da manhã, ele conseguiu olhar para mim no mesmo momento que olhei para ele. “Isso é vergonhoso” — mas não desviei o olhar, apenas sorri de volta quando ele sorriu para mim.

            Notei que quando olhamos um para o outro, Robin aproveitou para olhar para nos dois. Falar para ela sobre minha confusão mental foi o pior erro que vim a cometer, apesar que seus conselhos são bem úteis.

            — Pessoal, o que acham de ir para uma ilha próxima daqui? São a umas duas horas daqui e é bem famosa pelo centro comercial.

            Nami teve sua resposta com mais berros empolgados, após Luffy acatar o pedido dos tripulantes, ela foi estabelecer a rota de navegação. A verdade é todos estão pensando em comprar algo para Sanji, já que ele sempre compra presentes para todos, até mesmo Zoro teve um presente ano passado e foi algo que ele genuinamente gosta.

            “Também deveria fazer isso?” — a verdade é que nós estabelecemos como amigos, passamos a nos provocar mais e brigar muito menos, além de que quero passar da fase de amizade e explicar como me sinto para ele. Toda essa confusão emocional, e talvez um presente seja o ato para lhe dar um sinal sobre a nossa relação.

            — No que está pensando tão seriamente? Sua testa está com rugas.

            — Não consigo esconder nada de você? — ela se sentou ao meu lado e me trouxe uma taça de champanhe para me incentivar a falar — Estou pensando em comprar um presente para o aniversário dele, não sei se deveria fazer isso.

            — Por que não deveria? É uma boa maneira de demostrar que pensa nele e ser um ato romântico quando feito corretamente. Sei que deve estar nervosa em comprar algo que ele não goste, mas acredito que ele vai gostar de tudo que comprar para ele, mais do que imagina.

            — E como sabe disso?

            — Intuição feminina, deveria escolher seu presente assim também, tenho certeza de que vai acertar com facilidade assim.

            Quando sua mente está presa em um dilema, duas horas de viagem se transformar em cinco minutos e o cansaço parece de uma viagem de dez horas. A tripulação desceu em massa. Robin, Chopper, Sanji e Jimbe queriam permanecer no barco, entre todos eles, Robin foi a que teve o comportamento mais suspeito em relação a isso.

            Vi que Capitão estava encarando o mapa que ficava na entrada da vila, acredito que estava tentando escolher um lugar divertido com base na sua própria sorte ou por qual tiver um nome mais engraçado. “Tem um tempo que não converso com ele” — falar com Luffy sempre foi tranquilizador, não tinha que pensar demais em cada palavra que era me dita, era apenas conversar.

            — Capitão, quer ver o centro comercial comigo?

            Andamos por todas as barraquinhas de comida, e provamos de praticamente todas, haviam algumas que nem nosso esfomeado Capitão teve a coragem para provar. Havia comidas e especiarias vindas do oriente, me fez lembrar das poucas boas lembranças que tive em casa. Depois que Luffy parecia estar minimante satisfeito, passamos as outras barracas que não vendiam coisas comestíveis.

            — Você e Sanji parecem estar mais próximos, fico feliz que minha ideia de mandar vocês para o Baratie tenha dado certo.

            — Nos mandou juntos de propósito?

            Naquele dia, Luffy havia ignorado todas as minhas perguntas e apenas se despedia de nos de maneira que parecia querer nos expulsar de lá. “E ele queria.”

— Não me entenda mal, eu adoro vocês dois com todo meu coração — ele sorriu —, mas me deixava preocupado a maneira que sempre brigavam. Fico feliz que tenham trocado isso pela amizade e pela picuinha.

— Desculpe por preocupa-lo, Capitão.

            — Não tem que pedir desculpas, apenas saber que veio até aqui comprar um presente de aniversário para ele já é um bom sinal.

            Luffy passou a olhar para as joias artesanais que um grupo de artesões familiares tinham feitos. “Ele não teria percebido meus sentimentos, teria?” — essa dúvida martela minha mente, se ele conseguiu notar nossa intrigar e resolve-la assim, o que o impediria de perceber minha — provável — paixão por Sanji.

            — O que acha desse aqui? Ele usa algo como isso na camisa todas as manhãs.

            Eram abotoaduras, diria que foram feitas de opalas, o tom de cinza azulado me lembra os olhos deles. Me permitir imaginar como seria ele colocando-as todas as manhãs e inconscientemente levando uma parte minha com ele, controlei meu coração antes que deixasse transparecer minha felicidade por algo tão trivial

            — Parece feliz com elas, por que não as compra?

            — Realmente vou, obrigada por me mostra isso, é muito bonito. Precisa de alguma ajuda para escolher seu presente?

            — Não, estou bem. Ouvi ele estar chateado por conta que em uma das nossas lutas em Wano, o prendedor de gravata que Zeff deu a ele havia quebrado, então levei para o conserto na outra ilha que estávamos. — de todos os presentes do mundo, jamais achei que ele que traria um com um significado emocional tão grande — Acho que ele vai ficar muito feliz com o nosso presente.

            Sua atenção foi fisgada novamente por algo na mesa, dessa vez uma pulseira do mesmo material que as abotoaduras. Ele a comprou.

            — Considere um agradecimento por ter vindo comigo e pago todos aqueles lanches deliciosos.

            Ele pediu meu braço para que pudesse prender a pulseira lá.

            — Obrigada.

            Aquela ansiedade me consumia, abri e fechei aquela caixinha milhares de vezes em uma dúvida interminável se deveria entregar ou não. Assim que subimos ao convés, conseguimos ver as milhares de sacolas que Nami havia comprado, ela noticiou ao Capitão com empolgação o novo kit de costura que havia comprado, possivelmente com o intuito de consertar o chapéu de palha.

            — Chegaram juntos, significa que foi a pobre coitada que foi arrastada pelas aventuras gastronômicas dele?

            — Foi mais um voluntariado, e confesso que ele me foi de grande ajuda. — eu e Nami havíamos o hábito de provocar uma a outra com coisas que compramos, não perdi a oportunidade de fazer isso com minha nova pulseira — Além de que ganhei um presente de agradecimento.

            Seus olhos brilharam para minha pulseira. “Essa gata vigarista” — raramente conseguimos de volta as roupas que emprestamos para ela, Robin e eu temos que esconder nossas coisas.

            — Capitão, por que nunca comprou um presente de agradecimento para mim? — a resposta dele foi um da próxima vez, e posso ver que isso vai acabar virando um hábito de toda a tripulação — Recomendo que não o tire do braço, Saori Wen.

            — Tenha certeza disso, ele não está disponível para empréstimos. Gata Ladra Nami.

            Acabamos por rir da nossa palhaçada, mesmo sabendo que tem a possibilidade de ser assaltada de verdade por Nami ou acabar perdendo ele em uma jogatina durante uma noite de bebedeira.

            Fui até a biblioteca para encontrar Robin, soube que ela havia mandado Usopp em uma missão de arranjar alguns livros para ela e ele concluiu essa missão graciosamente. Ela parecia um tanto quanto distraída com os livros, por isso bati na porta antes de entrar.

            — Ocupada?

            — Um pouco, mas minha curiosidade é maior. O que você comprou? — lhe entreguei a pequena caixa onde estavam guardado as abotoaduras que agora estavam sob o olhar crítico de Nico Robin — Acredito que tenha acertado em cheio, consigo até imaginar o quão contente ele vai ficar.

            — Por uma estupidez como essa? Foi uma loucura, não deveria entregar isso para ele. Acredito que ele ficara mais feliz se o deixar em paz.

            — Já que acha que as abotoaduras são um presente ruim, tem mais uma coisa que pode lhe dar e isso é sucesso garantido. — ela apontou para a própria bochecha — Um beijo na bochecha é sempre um sucesso garantido!

            Joguei a almofada mais perto de mim nela, como se eu pudesse chegar e simplesmente fazer isso, se eu pudesse fazer isso, não estaria com dificuldade de me declarar para ele, sentei no sofá e assisti Robin arrumar os novos livros na prateleira.

            — Deveria entregar o presente para ele, é perfeito! Lhe prometo.

            Mesmo após ela sair, continuei na biblioteca encarando o teto. “Talvez ela tenha razão” — em algum momento deveria avançar, hoje pode ser um dia um tanto quanto menos constrangedor por conta que todo o pessoal vai lhe entregar hoje.

            Meu transe foi interrompido quando alguém bateu na porta.

            — Pode entrar.

            Por um momento, meu cérebro havia imaginado que era a arqueóloga voltando por esquecer alguma coisa aqui dentro.

            — Sanji?

            — Me pediram para vim lhe perguntar se vai jantar — ele franziu a testa —, você está bem?

            “Eu fiquei aqui por tanto tempo?” — lá se vai pensar mais um pouco sobre o que fazer em relação ao seu presente, cogitei em começar dizer que não era nada demais, só que isso seria um mentira. Já que estou fazendo uma grande confusão emocional em uma torcida para que ele goste do presente.

            — Pode se sentar aqui, do meu lado?

            E assim foi feito, sua proximidade com meu corpo me deixava confusa em vários pontos, mas mantive meu foco em entregar o seu presente sem dizer qualquer besteira ou ceder ao meu instinto de fugir na primeira oportunidade. Meus dedos pareciam tremer, os olhos dele seguiam meus movimentos e sua expressão demostrava o quão curioso ele estava nesse exato momento.

            — Sabe, eu prometi a mim mesma que não começaria isso dizendo que não é grande coisa, e bem, eu não vou — mordi a minha boca em uma tentativa burra de conter meu nervosismo, já que ele pareceu notar o quão nervosa estava por conta disso — Para mim, isso é grande coisa e espero mesmo que goste. Mas também não estou tentando lhe forçar a gostar do presente, apenas dê uma chance.

            Me arrependi no exato momento que lhe entreguei, abracei a almofada, havia desistido de conter meu nervosismo ou qualquer tipo de idiotice como essa.

            — Saori, você pode olhar para mim? — não fiz isso sozinha, na realidade, foi ele quem levantou minha cabeça segurando meu queixo. Seu olhar parecia tão amoroso que me deixava confusa — Eu realmente as amei, quer me ajudar a colocar?

            Peguei uma das abotoaduras e ajeitei na sua camisa, o tremor na minha mão não me impediu tanto quanto imaginava que iria atrapalhar, fiz a mesma coisa na outra manga da sua camisa social. Havia combinado com ele e com a pulseira que havia ganhado de presente, ele olhou para os próprios pulsos e sorriu.

            — Obrigado, acredito que seja o melhor presente que recebi hoje.

            “Mentiroso” — ele já havia recebido o presente de Luffy e estava usando-o, então é improvável que tenha sido realmente seu favorito. Notei que estava inclinado em minha direção, nossa diferença de altura estava quase imperceptível assim.

            E foi assim que levei meus lábios até sua bochecha, a barba está por fazer fazia uma sensação de cocegas na minha boca, havia também uma sensação duradora de uma ardência em seus lábios e um gosto extremamente doce.

            — Obrigada por ter nascido, realmente fico muito feliz que esteja na minha vida. Feliz aniversário, Sanji.



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