Jimin On
O que aconteceu com a garota que eu namorei? A garota do sorriso lindo que adorava criança e não seria capaz de fazer mau a uma formiga?
O que aconteceu com a Jeongyeon que eu conheci? Quando foi que surgiu essa garota fria e obsessiva?
— Jimin, você está bem? — ___ aproxima-se, com dois copos de bebidas em mãos.
— Eu...
— Jimin, preciso falar com você. — Jin entra na frente dela e me puxa para um canto. — Já, já, te devolvo ele, ____.
Vamos para uma área da boate mais reservada, aonde conversas são possíveis, sem precisar gritar.
Também não se ouve muito o barulho das pessoas e a música.
Sento no sofá grande de couro vermelho, ainda atordoado.
Jin me encara por um tempo. Acho que ele espera que eu fale algo, mas estou muito absorto nos meus próprios pensamentos para entender qualquer sinal que o mesmo possa me mandar.
Eu penso em envolver a polícia nisso, mas, com certeza, eles conhecem o pai Jeongyeon. Devem ter um esquema de propina e, obviamente, eles não irão ficar contra o chefe da máfia.
Não sei exatamente o que fazer. Não vejo muitas opções. Na verdade, nenhuma plausível.
— Eu vi a Jeongyeon conversando com você. O que ela disse?
Não quero ter que me separar da ___...
— Jimin.
Temo que a louca da minha ex faça algo depois de hoje. Não duvido de mais nada.
— Jimin.
Não, a ___ não pode morrer. Não quero nem pensar nisso.
— Ei, Jimin.
Não por minha culpa, não quero que ela sofra por minha causa.
Graças as escolhas idiotas que fiz no passado.
— JIMIN! — Assusto-me. — Estou tentado falar com você.
— Jin... ela...
— Você está parecendo um gato assustado.
— Ela ameaçou a ___. Disse que vai matar ela, se eu não terminar.
— Aish, e a situação só piora a cada instante. — Levanta-se do sofá. — E o que você vai fazer? Jimin, não pode deixar ela te controlar.
— E o que eu faço, Hyung? Estou com medo da ___ sair machucada.
— Mas o que é isso, Jimin? Quando foi que você se tornou esse gato assustado? Parece uma criança que corre para o quarto dos pais com medo da chuva forte. Onde está o Jimin ousado que conheci na faculdade? O Jimin esperto que arriscava tudo pelas coisas que acreditava valer a pena? Onde está o Jimin que desafiou o Taehyung na frente de toda a faculdade e o fez passar vergonha. Onde está o Jimin que é o meu melhor amigo? Porque a única coisa que vejo aqui, na minha frente, é um covarde.
— Eu... eu não sei.
— Pois é bom você encontrar esse Jimin, porque as coisas tendem a piorar. E a ___ não merece um cara fraco ao lado dela.
Me dá as costas e deixa a sala.
Engulo em seco.
Ele está certo. Quando foi que me tornei essa pessoa? Esse... Jimin.
Enxugo o meu rosto. Nem percebi quando chorei.
Olho para lado, quando ouço um barulho de salto. É a ___.
Trato de me recompor. Não quero que ela me veja dessa forma. Não suportaria saber que ela também me acha... um fraco.
— Jimin? Amor, o que aconteceu? Por que você está assim?
— Não é nada. — O estofado afunda ao meu lado, por ela sentar.
— Você não confia em mim?
— Não é isso...
— Jimin, me conta. Por favor. — Encaro sua feição.
Seu sorriso que eu tanto amo, sumiu. Só há um semblante preocupado, e eu sei que nada que eu fale, além da verdade, irá fazer ele voltar.
Respiro fundo e decido contar a verdade. Eu a amo e quero protegê-la, mas sei que não conseguirei sozinho.
— Vou te contar, ___. Toda verdade.
Eu nunca conheci o pai da Jeongyeon, mas me lembro muito bem, que, quando estudávamos no fundamental, muitos alunos tinham medo de se aproximar dela, por conta da mesma ter um pai perigoso.
Não duvido que seja verdade, por isso me preocupo tanto com ___. No entanto, tenho que ter coragem, preciso confiar na garota que amo.
Preciso confiar que resolveremos o que for, juntos. Se estivermos juntos, nada será impossível.
Porque eu a amo e ela me ama, e o nosso amor é maior que todas as dificuldades. E nada nem ninguém irá nos separar.
Tenho que confiar.
___ On
Ouço atentamente cada palavra que sai da boca do Jimin.
A sua preocupação, seu cuidado, seu amor por mim. Só tenho mais certeza que eu o amo, como nunca amei ninguém.
Não posso acreditar que exista uma garota louca desse jeito. Isso já se tornou uma doença. Jeongyeon tem que se tratar.
Como Lee Gong pôde se relacionar com uma garota como essa?
E pensando bem nas coisas que Jimin me contou durante o namoro deles, ela agia como outra pessoa.
Não estou nem aí para quem é o pai dela, essa garota ridícula, não terá o Jimin. E não irá se meter no nosso relacionamento.
Jimin e eu lutaremos juntos. Por nós. Contra ela e quem mais quiser nos separar. Eu o amo e não vou deixá-lo, nunca, nunca mais.
— Nós ficaremos juntos, meu amor. Não importa o que aquela louca possa fazer, ela não vai conseguir o que quer.
— Eu sei, e eu não vou desistir de nós por nada nesse mundo.
Com os olhos cheios d’água, o beijo, e quando pressiono minhas pálpebras, sinto uma lágrima solitária escorrer.
Eu o amo tanto. E saber que ele me ama na mesma intensidade, faz tudo ser mais forte, mais intenso.
E o nosso beijo, que seria de consolo, se torna quente, necessitado.
Suas mãos se colocam na minha cintura e as apertam com força. Sem querer, um gemido escapa de meus lábios.
— Jimin, vamos para casa. — peço, dando fim ao beijo.
— Está bem.
[...]
— Jungkook, tem certeza que não quer dormir na minha casa?
— E servir de vela para você e o Jimin? Não, obrigado.
— Não seja bobo. Aliás, aonde você estava que não te vi? Era com uma garota?
— E que garota.
— Você a conhece, Jin?
— Apenas vi eles dois se pegando em um canto da boate.
— O quê? Jungkook! Você saiu do hospital hoje!
— Mas já estou novinho em folha.
— E quando você vai me apresentar a ela?
— Não se preocupe. O momento certo chegará.
— É bom mesmo.
— Chegamos. — Jin chama a nossa atenção, ao estacionar o carro em frente a minha casa.
— Obrigada pela carona, Jin. — agradeço.
— Não precisa agradecer. E juízo vocês dois, não façam nada que eu não faria.
— Obrigado pelas palavras de mais cedo, Hyung. Não sei o que faria se não tivesse um amigo como você. — Jimin pronuncia.
— Realmente, seria preocupante, Jimin. — O loiro ri.
— Certo, dirija com cuidado.
— Não se preocupe e aproveite sua noite.
Desço do carro e Jimin faz o mesmo.
Jimin vai dormir na minha casa hoje, apenas para conversarmos.
O dia não foi suficiente.
[...]
— Já tomei banho, Jimin. Você já pode ir. — Desço as escadas, entrando na sala.
— Certo. — Levanta do sofá e passa por mim, indo para o segundo andar.
Vou para cozinha preparar algo para comermos, talvez sanduíches, enquanto o Jimin toma banho.
Faço dois e deixo sobre o balcão, vou esperar o loiro voltar.
Volto para a sala, a fim de procurar um filme na tv.
Assim que sento no sofá, sinto falta da minha mesinha de centro.
Se não fosse pelo Jungkook que chamou uma faxineira para limpar minha casa hoje mais cedo, todos os cacos de vidro estariam aqui ainda.
Aconchego-me e deixo passar o primeiro filme animado que aparece.
Nem sei qual é o nome, mas tem pessoinhas pequenas que moram na cabeça da menina. Um é vermelho, outro verde, e assim vai. Até que o filme é bom.
Passa um bom tempo, mais de quinze minutos e nada do Jimin aparecer. E eu já estou com sono.
Levanto do sofá e vou para o quarto procurá-lo. Talvez tenha acontecido algo.
— Jimin, você já tomou banho... — Abro a porta de uma vez e o encontro de pé, ao lado da minha cama.
Seus cabelos estão úmidos e ele tem apenas uma toalha em sua cintura, mantendo seu peitoral nu amostra.
Sinto o rubor nas minhas bochechas. Faz muito tempo que não vejo um homem assim de perto.
— Me desculpa, Jimin. Não sabia que você estava assim. — Viro de costas.
Não ouço nenhuma resposta sua.
Acho que fui inconveniente.
— Vou te esperar lá embaixo. — Dou um passo, mas logo sou impedida de prosseguir, por ele me abraçar por trás.
— Jimin... o que você está fazendo?
Ele não responde e, em vez disso, esfrega seu nariz sobre meu ombro, e sobe ao meu pescoço. Minha pele inteira arrepia.
Logo, selares são depositados também.
Fecho os olhos, aproveitando seus toques e carícias.
Eu o desejo. Não posso negar que Jimin me atraiu desde a primeira vez que colocou os pés na minha casa, e me trouxe sensações que eu gostaria de sentir para sempre. E acho que eu causo o mesmo efeito nele.
Ele me vira de frente e fita os meus olhos.
— Você é tão linda, ___. Eu poderia te admirar para sempre, que nunca me cansaria.
Esboço um sorriso e selo nossos lábios.
O abraço por cima dos ombros, colando nossos corpos. Sinto sua ereção por baixo da toalha e, por um momento... desejo que a mesma caia.
De forma rápida, Jimin me joga na cama e fica por cima.
Volta a me beijar, dessa vez, sedento. Sua língua invade minha boca e briga com a minha por espaço.
— ___... Você quer continuar?
— Sim... eu quero. — Não hesito.
— Você tem certeza? Eu ainda posso parar, mas se você quiser continuar...
— Eu quero, Jimin... — dito, entre o beijo. — Eu quero ser sua.
Jimin abre um sorriso lascivo, após ouvir minha resposta.
Não teremos apenas uma noite de sexo, teremos uma noite de amor.
Nossos corpos pedem um pelo outro e reagem um ao outro.
Fomos feitos um para o outro.
— ___, eu te amo. — Olha nos meus olhos.
— Eu te amo, Park Jimin, meu advogado.
Continua...
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