Jimin cai de joelhos no chão. Arregalo os olhos, assustada. Não posso acreditar que isso esteja acontecendo.
— Jimin, meu amor! — Jeongyeon joga a arma no chão e se joga sobre meu noivo, chorando. — Me perdoa... eu não queria, por favor.
— Jiminie... — dito, chorosa, me aproximando a passos pequenos.
— FICA LONGE! — grita. — Não chega perto dele! É tudo culpa sua. Você machucou ele!
Fico parada, olhando a cena e Lee faz o mesmo. Em seguida, Taehyung aparece na porta com vários homens.
— O que aconteceu aqui? — Ele pergunta, confuso.
— Jeongyeon e Lee Gong, vocês estão presos! — Um cara que não conheço, mas, certamente, é o policial, aponta sua arma para os dois enquanto vários homens nos cercam.
— Não me tirem de perto dele, por favor! — Jeongyeon chora, não quer soltar o meu noivo.
Jimin pode estar mal, mas ela está pior.
— A peguem!
Com muita dificuldade, os homens conseguem tirar ela de cima dele.
E quando eu consigo me aproximar.
— Meu amor. — Segura sua mão e aliso o seu rosto com carinho. — Senti tanto a sua falta.
— Eu também, minha vida. — Sorriu, tornando os seus olhos, dois risquinhos.
Olho seu corpo e noto que a bala atingiu sua coxa de raspão. Sangra, mas não muito.
— Você vai ficar bem. — Deixo uma lágrima correr pelo meu rosto.
— Nós ficaremos. — Aproxima minha mão dos seus lábios e deixa um selar.
— Jimin. — Taehyung se aproxima e se abaixa ao meu lado. — A ambulância está a caminho. Iremos para o hospital daqui e depois voltaremos para Seul.
— Tudo bem.
— ___. — Tae desvia o seu olhar para mim. — Que bom que está bem. Me abraça, rapidamente. — Fiquei muito preocupado com você, não imagina o quanto.
— Obrigada, Tae. — Esboço um sorriso pequeno.
— Acho que já está bom de abraço. — Jimin dita.
— Ok, ok. — rimos.
— Senhorita Kim. — Direciono o meu olhar para o dono da voz e encontro o policial de mais cedo. — Está tudo bem?
— Ah, sim... Eu estou.
— Eu sou o investigador Mark. — Estica a mão para que eu aperte, e assim o faço. — Comando essa operação para resgatá-la.
— Você? E o que houve com o delegado? — Olho para Jimin, confusa.
— Ele estava junto com a Jeongyeon, eram cúmplices. — Minha boca formou um “o”. Eu não podia estar mais surpresa.
— Então, muito obrigada, investigador Mark.
— Não há de que. Agora irei levá-los para Seul. — Desvio o meu olhar para o canto da sala e avisto Lee Gong e sua cúmplice, algemados.
E sem pensar mais em nada, ando até eles.
Paro frente ao meu ex. Seu olhar é baixo, ele fita o chão, mas não me encara.
— Obrigada. — O abraço.
Com certeza, todos na sala ficam surpresos. Afinal, eu estou abraçando o meu sequestrador.
— Obrigada? Mas… pelo quê? — Sua fala denuncia o quanto ele ficou surpreso.
— Por mostrar que o homem que eu amei um dia, ainda está vivo aí dentro. — Sorrio, o encarando. — Eu sei que você iria me soltar.
— Como sabia?
— Percebi enquanto você falava. — Acaricio a sua bochecha, vendo ele fechar os olhos, aproveitando o meu carinho.
Uma lágrima solitária, escorre pelo seu rosto, seguida de outras.
— Por favor, me perdoa, eu só fiz isso porque…
— Shh, está tudo bem. Já passou. Você é um bom homem, apenas deixou os sentimentos ruins te dominarem.
— Eu te amo. — Olha nos meus olhos. — Sempre amarei. — O abraço mais uma vez.
— Eu também. Mesmo que não seja mais como antes.
— Eu vou provar. — Ele dita, quando me afasto dele. — Te darei o divórcio de verdade. E cumprirei a minha pena.
— Obrigada.
Afasto-me deles e volto para o lado do meu noivo, que agora se encontra em pé, com o apoio de Taehyung.
— Bom, gente. Então, vamos. — dita, o investigador Mark.
— Espera! — Imediatamente, desvio o meu olhar para ela. — Eu preciso falar com a ___. A sós.
Encaro ela, que apenas olha o chão.
— ___, você quer? — pergunta o investigador.
Encaro Jimin e Taehyung, e nenhum dos dois, esboçam uma reação.
Engulo em seco.
— Quero.
— Pois bem. — Respira fundo. — Esperaremos vocês duas na sala. ___, qualquer coisa, é só gritar.
— Certo.
Um a um, começam a sair e descerem as escadas. Jimin e Taehyung são os últimos, e se mostram desconfiados.
— Amor, tem certeza? — Jimin pergunta, enquanto continua apoiado no Taehyung.
— Sim, ela está algemada. E não pode fazer nada.
— Ok, não demore. — Deixa um selar na minha testa.
Com apenas nós duas na sala, me mantenho longe.
Confiar nela será a última coisa que farei.
— Você venceu. — dita. — O Jimin é apenas seu, eu o perdi.
Eu não respondo, apenas continuo a encarando.
Minha vontade é de ir embora e mandá-la para um manicômio. Ela está louca, basta olhar o seu estado.
— Só para você saber... foi eu quem mandou atropelar o Jungkook. — Arregalo os olhos. — Eu que armei o plano para te sequestrar, não o bunda mole do Lee Gong. — dita, com desdém. — Eu ajudei ele a fugir da cadeia, eu atirei na Vitória…
— Você fez o que com a Vitória? — Me aproximo a passos largos.
— Foi uma pena que ela não morreu. Só não sei do feto.
— Você é louca? — grito. — Como pode atirar em uma mulher grávida?
— Querida, eu já fiz coisas muito piores. — Faz pouco caso. — Não me arrependo nenhum pouco. — Olho para ela, desacreditada.
Como pode existir seres humanos assim?
— E você pagará por todos os seus crimes. Você colherá o que plantou!
— Tics, tanto faz. Não ficarei na cadeia para sempre.
— Eu espero que sim. Nossa conversa já acabou.
Lhe dou as costas e deixo o quarto.
Ando em rumo das escadas.
Ouço os seus passos lentos atrás de mim.
— ___, uma última coisa! — Cesso os passos, antes de descer a escadaria.
Ao virar para encará-la, levo um chute.
Me desequilibro e bolo toda a escadaria.
Quando meu corpo finalmente para, eu posso abrir os olhos lentamente. Vejo vários homens correndo até mim e, ao fundo, ouço uma vez inconfundível gritando o meu nome.
Minha visão embaça e minha cabeça lateja. Sobre o piso de madeira, um líquido vermelho se espalha lentamente.
Logo minhas pálpebras pesam e eu mesma, sem querer, adormeço.
[...]
— ___, adivinha quem chegou?
— Quem? — Paro de colorir imediatamente e olho para minha babá que sorri largo.
— Adivinha, ___. — Me incentiva.
— Hum... — Coloco o dedo indicador sobre o queixo, pensando. — Não sei. — Faço bico.
— Quer uma dica?
— Sim, por favorzinho. — Corro até ela.
— Pois bem. Ele é velho, sempre te trás doces, não enxerga quando sorri e te mima muito.
Em seguida, o homem que a minha babá descreve, aparece atrás dela.
— Tio Min! — Corro até ele, que me pega no colo e me levanta no ar.
— Olá, princesa. — Me coloca de volta no chão. — Trouxe os seus doces favoritos.
— Oba!
— E mais uma coisa, ou melhor, alguém. — Olho para o lado e vejo um menino com cabelo escuro e bochechas gordinhas, se aproximando. Ele é tão fofinho. — Esse é o Jimin. Jimin, essa é a ____.
Em seguida, apertamos as mãos.
— ____, por que não vai brincar com o Jimin no jardim? Tenho certeza que ele vai gostar.
— Vem Jimin. — Pego na sua mão e o puxo.
[...]
— Eu conto e você se esconde, tudo bem, ____?
— Sim, Oppa.
— Vou contar até cinco.
— Só? Oppa, assim não vale!
— Tudo bem. Conto até dez.
— O quê?
— Até trinta.
— Oppaaa.
— Até sessenta. Nada mais.
— Ok. — Dou as costas e saio correndo.
O jardim do quintal é enorme, mas muito ruim para se esconder.
Ao longe, avisto uns arbustos e corro para lá.
Fico abaixada atrás deles, prendendo o riso. Certeza que o Oppa não me encontrará.
Ainda consigo ouvi-lo contar, mas é bem baixinho. E isso significa que eu estou longe dele, o que é ótimo. Ele passará anos para me encontrar.
— Pronta ou não, lá vou eu. — grita.
Encolho-me mais, atrás dos arbustos, ainda prendendo o riso. O Oppa é tão lento, que, rapidamente, ficará confuso e desistirá de me procurar.
— Te achei! — grita, me assustando, fazendo-me cair sentada no chão.
— Não é justo! Você viu quando eu me escondi! — Faço bico.
— Claro que não. — Cruza os braços.
— Claro que sim.
— Claro que não!
— Claro que sim!
— Crianças? — Tio Min grita.
— Oi, tio! — Oppa e eu respondemos juntos, ao mesmo tempo.
— Venham comer!
Olho para o Oppa, que estreita os olhos sorrindo de canto.
— Corrida?— pergunta.
— Corrida!
Ele estende a mão, me ajudando a ficar de pé.
— Em suas marcas... — dita e nós ficamos na posição de corredores profissionais.
— Preparar... — dito, respirando fundo.
— JÁ! — gritamos juntos e saímos correndo em disparada.
[...]
— Não tão alto, Oppa. Eu vou cair! — Tenho certeza que se ele me empurrar com mais um pouquinho de força, eu darei uma volta completa no balanço.
— Se você cair, eu te pego. Não se preocupe, seu Oppa sempre estará aqui para te salvar. — dita, convencido.
— Eu sei, mas vai devagar!
— Tudo bem, sua medrosa.
E assim, ele vai empurrando mais devagar, até diminuir a velocidade por completo, e eu finalmente aterrisar os pés em terra firme.
Respiro, aliviada.
— Sua vez.
— Até que enfim. Vou te mostrar como sou forte e corajoso. — Desço do balanço e cedo o meu lugar para ele se sentar.
Pego nas correntes perto da madeira aonde ele está sentado, e vou andando para trás e puxando.
— Se segura!
— Não se preocupe comigo, ____, eu… — O empurro com toda força que tem no meu corpo. — Ah!
Cubro o meu rosto com as duas mãos e, em seguida, ouço o barulho de algo caindo no chão.
— Oppa? — Quando enfim tenho coragem de olhar, encontro o meu Oppa forte e corajoso, de bunda para cima, com a cara enfiada na areia fofa. — Oppa! — Corro até ele. — Você está bem? Se machucou? Está doendo em algum lugar? — O viro, o colocando de barriga para cima. — Fala!
— Está doendo.
— Aonde?
— Aqui. — Aponta para a bochecha.
— O que eu faço? Já sei! Vou chamar o tio Min!
— Não!
— Por que? — pergunto, desconfiada.
— Porquê... se você me der um beijinho, vai sarar.
— Um beijinho? Tem certeza, Oppa?
— Tenho.
— Ok. — Me aproximo dele e deixo um beijinho suave na sua bochecha. — Está melhor? — Olho para e ele, e suas bochechas estão... vermelhas? — Oppa, suas bochechas estão vermelhas!
— Ah... isso quer dizer que funcionou, ___.
— Jura? — pergunto, animada.
— Sim. Você sempre terá o poder de curar as minhas feridas.
— Sempre?
— Sempre!
Não sei porque, mas isso me deixa feliz, muito feliz.
Depois disso, nos levantamos e voltamos para dentro de casa, logo o Oppa irá embora com o tio Min. Mas o bom é que eu o veria logo, como foi nesses cinco meses que nos conhecemos.
Ele se tornou muito especial para mim. Até pedi ao papai do céu para um dia me casar com o meu Oppa, apenas não disse nada para ele. É um segredo.
[...]
Abro os meus olhos com uma certa dificuldade.
O cheiro de rosas ao meu lado, me faz abrir um pequeno sorriso, antes mesmo de as fitar.
Quando tenho a completa visão de aonde estou, avisto Jimin sentado em uma poltrona, ao lado do Jungkook, Isabella e Taehyung.
Do outro lado do quarto, está Jin com Vitória, tio Min e Nana.
Estão todos reunidos.
— Por que vocês estão com essas caras? Alguém morreu?
Dito isto, todos olham para mim. E ao ver que eu me encontro acordada, correm para cima, cheios de sorrisos e perguntas.
— Finalmente você acordou, minha filha. — Tio Min dita, muito feliz.
— Nunca mais te deixarei sozinha. — Jungkook me abraça e enche o meu rosto de beijos.
— Bem-vinda de volta, cunhada. — Isabella me abraça, carinhosamente.
— Oh, meu bem. Senti tanta a sua falta. — Nana está toda chorosa.
— Baixinha, estou junto com o Jungkook. Você nunca mais andará sozinha por aí. — Me abraça e deixa um selar na minha testa.
— Ei, cunhada, já estava na hora. Precisava ver o seu sobrinho nascer. — Jin dita, passando a mão na barriga da sua esposa que ainda está pequena.
— Bem-vinda de volta, ____. — Vitória sorri.
Eu estou feliz de apenas encontrá-los bem.
Meus olhos se encontram com os do Jimin, mas antes que eu pronunciar algo, tio Min fala:
— Bem, gente, poderemos falar com minha filha depois. Agora, vamos deixá-la a sós com o noivo.
Após a sua fala, todos saem do quarto, lentamente.
Fica apenas Jimin e eu no quarto.
Nossos olhares se cruzam novamente, e eu mal posso me aguentar.
Minha vontade é de levantar dessa cama e me atirar em seus braços.
— Jimin...
— Meu amor. — Corre até mim e sela os nossos lábios com um beijo.
Seus lábios macios, liberam uma descarga elétrica pelo meu corpo, arrepiando-me por completo.
Sinto uma lágrima descer, quando encerramos o beijo.
— Eu te amo, eu te amo, eu te amo. — Jimin dita de olhos fechados, com as nossas testas coladas.
— Eu te amo muito. — confesso.
— Por favor, nunca mais fique longe de mim.
— Nunca mais, querido. Nunca mais.
E assim, selamos os nossos lábios mais uma vez.
Continua...
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