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História Meu Amigo Bieber - Bagagem


Escrita por: lastbizzle

Notas do Autor


Olha que apareceu? SIM! Euzinha aqui e com um capítulo bem grandinho, espero que gostem.

Capítulo 27 - Bagagem


Abri a porta do armário e tirei os livros que iria precisar parando por um instante e olhando para minha mais nova foto na porta do meu armário. Eu estava sorrindo para a câmera e Justin estava atrás de mim me abraçando e dando um beijo na minha bochecha. Tínhamos tirado aquela foto no dia seguinte ao que ele me pediu em namoro e no dia seguinte eu já tinha colocado no armário, mal fazia uma semana que estávamos juntos, mas parecia que já faziam décadas, eu estava mais feliz do que nunca e queria manter isso por muito e muito tempo.

– Ainda sorrindo até com o vento? – olhei para o lado vendo London com um sorriso no rosto e abrindo seu armário.

– Por aí. – retribui o sorriso e fechei o armário me virando e ficando de frente para London.

– Como foi na praia? – ela pegou seus livros.

– Foi incrível. – o sorriso no meu rosto deveria ser o maior do universo – Ele foi romântico, conversamos bastante, demos alguns beijinhos... – o sorriso bobo no meu rosto ficou ainda maior.

– Hmm... – a malícia bem expressa em sua voz e sorriso – Rolou algo mais?

– Não, foram só uns bons amassos e que amassos. – mordi o lábio inferior com a lembrança, o que fez London bater de leve no meu braço – Mas quando eu fui pra casa e entrei no meu quarto minha mãe estava lá, queria falar sobre sexo.

– E o que ela disse? – ela fechou seu armário.

– Pra tomar cuidado, usar preservativo, não exagerar, ser responsável, não fazer besteiras, essas coisas.

Fiz uma careta e revirei os olhos. London já sabia que eu falava abertamente sobre sexo com a minha mãe e ela sempre me orientava sobre coisas que podiam ser arriscadas pra mim, tínhamos uma relação muito boa.

– Ela sabe que você e o Justin já deram mais do que uns bons amassos? – fomos em direção às salas.

– Não. Ainda não tive coragem de dizer, ela provavelmente me mataria se soubesse agora. – fiz um gesto de desdém com as mãos imaginando a reação da minha mãe.

– Por quê? Porque foi horas antes de vocês serem namorados, isso é estúpido.

– Não. Não é por isso, é que foi muito precipitado, bem, nos termos dela foi, mas enfim, isso não importa agora, eu já resolvi e está tudo bem.

– Certeza?

– Eu não vou falar e a não ser que você fale, ela não vai ficar sabendo, porque o Justin não vai abrir a boca pra isso.

– Ok. Não está mais aqui quem falou, literalmente. – ele falou olhando no relógio que estava em seu pulso – Eu tenho que ir agora, nos vemos no almoço?

– Claro. Mesa de sempre.

Ela me abraçou e depois foi para sua sala, já que tínhamos parado bem em frente a minha, então abri a porta e entrei na sala vazia, tinha que está ali de qualquer jeito, porque não entrar logo e se acomodar. Fui para o lugar de sempre e sentei na minha cadeira e peguei meu celular para ver se tinha alguma coisa e sim, tinha uma mensagem de Justin.

Onde você está, preciso falar com você.

Franzi o cenho pra essa, mas respondi.

Sala quatro, terceiro andar.

Ele respondeu com um ok e depois mais nada. Guardei o celular na bolsa e fiquei esperando, alguns minutos depois a porta da sala foi aberta e Justin passou por ela vindo até mim.

– Hey. – ele me cumprimentou com um selinho rápido.

– Oi. – sorri fraco e ele puxou uma cadeira e sentou ao meu lado.

– Desculpa não ter ligado pra você ontem, é que minha avó veio passar uns dias com a gente e eu acabei esquecendo que tinha celular, isso acontece muito quando estou com ela. – ele falou se justificando por não ter ligado ontem.

– Não, tudo bem, eu também me esqueci do telefone ontem, passei o dia estudando e esqueci-me do mundo, dormi assistindo tevê com meu pai e só acordei hoje de manhã no meu quarto.

– Ele ainda leva você pra cama? – ele estreitou os olhos tentando conter um sorriso.

– Algumas vezes, por quê? Não posso mais? – arqueei as sobrancelhas mordendo a língua entre os dentes.

– Pelo seu pai, não, mas por mim? – um sorriso sacana se formou em seu rosto – Talvez, eu diria com certeza, na verdade.

Ele aproximou seu rosto do meu e eu abri um sorriso tão cafajeste quanto o seu juntando nossos lábios em um beijo lento. Ainda parecia irreal o fato de estarmos juntos e de ele ser meu, era como um sonho virando realidade.

– Eu preciso te pedir uma coisa. – Justin falou parando o beijo.

– O quê? – ele juntou minhas mãos as suas.

– Quero que almoce comigo hoje.

– Fazemos isso todos os dias. – franzi as sobrancelhas, totalmente confusa.

– Não. Não é apenas comigo. – ele fez uma pausa – É com os meus amigos também...

Suspirei me recostando na cadeira, soltando minhas mãos das suas e fechando a cara, eu realmente não queria tocar nesse assunto de novo.

– Quero te apresentar a eles oficialmente já que nunca fiz isso e deveríamos ter feito isso há muito tempo. – ele tentou pegar minha mão de novo, mas eu puxei a mesma virando a cara.

– Justin não, já falamos sobre isso, eu não quero conhecer seus amigos. – olhei em seus olhos tentando convencê-lo.

– Mas eu quero que eles conheçam você, espacialmente agora que você é minha namorada. – ele segurou minha mão não deixando seu olhar vacilar.

– Não. – neguei com a cabeça e tentei não olhar em seus olhos, era comum eu me perder neles.

– Por favor, Melissa, eu sei que você pensa que eles não são legais, mas eles são sim, legais. – alguns instantes de silêncio se passaram – Eles são meus amigos e quero que sejam seus também, por favor, nos conhecemos há quase um ano e você nunca falou com eles, por favor.

Desviei meu olhar para seu rosto e fiquei o encarando por um tempo, Justin estava fazendo sua carinha fofa, sim, era a que ele usava pra me convencer a fazer o que ele queria e eu odiava essa cara, ela sempre conseguia me comprar.

– Não. Justin. – ele suspirou derrotado e desviou o olhar, mas voltou a olhar pra mim – Eu não gosto deles, ok? Não preciso ser apresentada a eles pra saber o tipo de pessoas que eles são.

– É só um almoço Melissa, eu só quero que eles te conheçam. E eu vou está lá com você, qual o problema em conhecê-los?

– Não! Eu não vou. E se vai ficar irritado comigo por isso? Ótimo, posso lidar com um Justin zangado por algumas horas.

Ficamos nos encarando por alguns segundos sem desviar o olhar. Justin tinha o maxilar travado, eu sabia que ele estava irritado, mas não iria fazer isso só porque ele queria, não suportava nem ouvir falar dos amigos dele, quanto mais falar com eles, já tinha todo o feedback deles, não precisava conversar com eles pra ter certeza.

– Ok. – ele soltou minhas mãos e levantou – Te vejo depois.

Ele beijou o topo da minha cabeça e foi em direção da porta saindo da sala em seguida. Suspirei tentando não me irritar com isso e peguei minha bolsa retirando de lá o que iria precisar. Não estava aceitando o fato de que Justin tinha ficado irritado com isso. Já tínhamos discutido o assunto várias e várias vezes, mas ele não conseguia entender que eu não gostava dos amigos dele e isso era um completo saco.

[...]

Entrei no refeitório e fui direto para a fila, nem me preocupei em esperar London. Estava morta de fome.

– Com muita fome hoje? – olhei para o lado vendo London com um lindo sorriso no rosto.

– Bastante. – a fila andou e eu peguei uma bandeja e comecei a me servir.

– Como foi a prova de química? – ela perguntou enquanto eu pegava sanduíches.

– Difícil e completamente sozinha.

– Uh! – ela fez uma careta e pegou sua bandeja – O que aconteceu com a sua dupla?

– Ele estava doente, tive que fazer uma prova de dupla sozinha, tive um pouco de dificuldade na parte que ele sabia mais, mas tudo bem, só não vou ter um A dessa vez. – fiz uma carinha triste e peguei um suco.

– Ah, um B não faz mal a ninguém, talvez um pouco a você, mas não da pra morrer só por isso. – ela fez um gesto de desdenho com as mãos e piscou pra mim. Ri de seu gesto então saímos da fila.

– O Justin vai comer com os amiguinhos dele hoje? – London perguntou olhando para a mesa dos populares da escola enquanto íamos em direção à mesa de sempre.

– É. Ele vai. – falei com certo nojo repuxando os lábios. Sinceramente desejei não ter pronunciado essas palavras.

– E pra que esse desprezo maior que o usual? – ela olhou pra mim e eu soltei o ar dos pulmões pela boca.

– Justin queria que eu fosse comer com eles pra ele me apresentar aos amiguinhos dele. Recusei-me a ir, não queria falar com eles ou deixar você sozinha.

London parou de andar e eu fiz o mesmo olhando para ela.

– Você deveria ir falar com eles. – arqueei as sobrancelhas em completa confusão.

– O quê? Por que você acha que eu devo fazer isso, você mesma fez questão de expor pra mim o tipo de pessoas que eles são, por que mudar de ideia agora?

– Eu não mudei de ideia sobre eles, ainda acho todos uns idiotas. – ela revirou os olhos – Enfim, acho que você deveria ir até lá e deixar Justin te apresentar a eles, não estou pedindo pra fazer por eles, estou pedindo pra fazer pelo Justin. Se ele quer que os amigos dele conheçam você é porque ele gosta mesmo de você. – olhei para a mesa em que Justin estava sentado e rindo com os amigos e suspirei – Qual é Melissa, faz esse esfocinho por ele, só vai te custar algumas horas com uns babacas, mas pensa pelo lado positivo, você vai fazer isso pelo seu namorado e estando perto deles vai poder mostrar ao Justin que ele está no grupo de amigos errado.

Fiquei em silêncio apenas olhando para Justin conversando com seus amigos e amigas enquanto ouvia todo o burburinho do refeitório. Eu ia odiar fazer isso, mas como London disse, eu estaria fazendo isso por ele, não pelos amiguinhos idiotas dele.

– Você não quer vir comigo? – perguntei desviando meu olhar pra ela.

– Eu tenho outros assuntos pra resolver.

Ela olhou para frente e eu olhei na mesma direção vendo Dylan Herbert sentado a uma mesa com mais três garotos.

– Você ainda não me falou sobre ele. – retruquei olhado pra ela arqueado uma sobrancelha.

– Depois eu conto tudo, mas agora. – ela me deu um leve empurrão – Você vai conhecer os amiguinhos idiotas do seu namorado.

Ela piscou pra mim e eu sorri fraco caminhando em direção à mesa em que Justin estava. Respirei fundo centenas de vezes então finalmente me aproximei da mesa ficando ao lado de Justin e criei coragem para falar.

– Eu posso sentar aqui? – Justin se virou e abriu um sorriso estonteante quando seus olhos encontraram os meus e todos à mesa pararam o que estava fazendo e olharam pra mim.

– Claro. – ele falou e eu coloquei a bandeja sobre a mesa e sentei ao seu lado já ouvindo e vendo as pessoas em volta da mesa cochichar.

Que a adorável surpresa. – Justin sussurrou em meu ouvido e eu contive um sorriso e olhei para a loira de olhos escuros que estava bem na minha frente e não, ela não estava com um cara muito agradável.

– Olá você. – um garoto moreno falou já com um sorriso no rosto, eu não lembrava o nome dele, não era algo que eu precisasse saber.

– Oi. – sorri sendo simpática.

– Então Bieber, quem é sua amiga? – outro garoto de cabelos negros e traços marcantes no rosto, perguntou olhando para Justin.

– Essa é Melissa Wills, minha namorada. – percebi seu tom de posse ao pronunciar as palavras, seu instinto de proteção já falava mais alto que qualquer som – E Melissa esses são Graham, Tucker, Harrison, Sally, Lily e Mirabelle, meus amigos de sempre. – ele falou um a um e a cada nome pronunciado eu recebia um sorriso e um aceno com a mão, exceto pela loira que estava na minha frente, Sally, acho, que apenas sorriu falsamente, ela não gostava de mim, isso estava mais que na cara.

– Então finalmente você quis nos conhecer? – outra loira perguntou, Mirabelle, acho.

– É. Justin falou que seria legal.

– E você não quis nos conhecer antes por nossa reputação, eu entendo você, não somos conhecidos exatamente por ser bonzinhos. – ela rio olhando para a garota ao lado e todos a acompanharam com as risadas.

– Digamos que o estilo de vocês não combina exatamente comigo. – falei começando finalmente a comer meu lanche.

– Tudo bem, a gente perdoa você por isso, mas de agora em diante teremos bastante tempo pra compensar isso, não é Lily?

– Todo o que for preciso. – a garota concordou.

Elas sorriram e eu tentei sorrir também, na verdade eu sabia que elas só estavam sendo legais comigo porque Justin estava por perto, mas quando ele se afastasse elas mostrariam as garras. Eu conhecia exatamente o tipo de garota que elas eram. Já tinha sido próxima desse tipo quando morava em Seattle felizmente me dei conta do quão ruim elas são e me afastei, mas tudo bem, serviu como lição para casos como esse, afinal eu estava pronta para mandar todas elas pro inferno, nem que isso me custasse uma briga com Justin, tudo valeria a pena depois de desmascarar todas elas.

– Mas e aí, Melissa, de onde você é? – Lily perguntou tomando um líquido vermelho, não sabia o que era, talvez vitamina.

– Seattle. Estou aqui há quase um ano.

– Ah! – ela assentiu deixando a boca aberta por tempo demais – E você gosta daqui?

– Bastante, não tem como não se apaixonar por San Diego.

Elas riram e trocaram olhares como se eu não estivesse vendo. Aquelas garotas ainda me dariam algumas poucas dores de cabeça, precisava ficar livre delas e logo.

– Ah! Quase esqueci, precisamos organizar a festa de sexta, aposto que vai ter o triplo de pessoas que na festa anterior e de acordo com os meus cálculos, temos muito a fazer. – Sally falou olhando para as outras garotas. Olhei para Justin e ele deu de ombros, claro, já estava acostumado com isso.

– Você tinha mesmo esquecido isso? – Mirabelle falou fazendo uma careta – Achei que a Willinbring tivesse falado com você.

– Ela não vai participar da organização, disse que tinha mais o que fazer. – Lily retrucou revirando os olhos, claro, elas não iriam querer falar da ex do Bieber na frente dele e da namorada dele.

E então elas começaram a falar sobre isso, mas fui salva por Graham, que puxou assunto e me salvou de ficar falando com aquelas vadias estúpidas.

– Então Melissa, vai ao nosso jogo sexta? – arqueei as sobrancelhas e fiquei olhando para ele, honestidade nem sabia dessa informação.

– Sim, sim, eu vou. – afirmei para que ele não fizesse mais perguntas e ele sorriu.

– É bom você está preparada para ver nossa vitória porque nós vamos arrasar aqueles caras.

Ele e os outros garotos riram e eu os acompanhei, depois outros assuntos aleatórios surgiram e ficamos conversando até o fim do intervalo. Eu não me sentia confortável entre os amigos de Justin e nem queria isso. Sabia que hora ou outra eles iriam se mostrar o que de fato eles eram, afinal, não dava para manter a máscara para sempre.

[...]

A semana se arrastou em passos lentos e extremamente desagradáveis. Todos os dias London fez questão de me lembrar do maldito jogo de sexta. Eu odeio futebol e sequer suportava ouvir sobre o assunto, quanto mais ir a um jogo, mas tinha prometido a Justin que iria e agora teria que ir ou ele ficaria magoado. Ele era o capitão do time, ter a namorada o apoiando era muito importante para ele e infelizmente eu teria que fazer isso. Maldita hora em que eu disse que iria.

– Pronta? – London falou fazendo com que eu saísse de meus devaneios e assentisse.

– Acho que sim, isso não deve ser muito difícil, hm? – sorri sem mostrar os dentes e London abriu um enorme sorriso.

– Eu te dou cobertura, não se preocupe.

Ela piscou pra mim e fomos em direção à porta saindo da casa e entrando no táxi que nos esperava, tinha quase certeza que ela iria ficar bêbada e como eu pretendia voltar pra casa com Justin, não iria arriscar um acidente, prevenir era sempre melhor do que remediar.

– Então... Tudo certo com o Dylan? – perguntei tentando quebrar o silêncio entre nós.

– Completamente. – um enorme sorriso surgiu em seu rosto – Ele me chamou pra sair depois do jogo.

– Então vocês não vão ficar pra festa, por que não me disse antes?

– Ele mandou a mensagem agora, foi meio que decisão de última hora.

O sorriso ainda continuava em seu rosto.

– Ah sim! – concordei – Quem diria que isso seria algo.

– É... – ela segurou minha mão – Eu sei que usar ele pra afetar você foi errado, mas entenda, eu queria mostrar pra você que sua decisão não tinha me afetado, queria ficar por cima e mostrar que estava bem melhor sem você, o que foi completamente errado e desnecessário, mas enfim, você entende não é?

– Tudo bem, é passado. O que importa agora é que estamos todos bem.

– Completamente.

Ela falou de um jeito engraçado e começamos a rir. London tinha razão, estávamos completamente bem e isso era mais do perfeito.

Alguns minutos depois o carro parou em frente à entrada do local. Havia vários carros e muitas pessoas estavam entrando, com certeza era um evento importante. Saímos do carro e London pagou o táxi então fomos para a entrada dos fundos, era mais fácil entrar por lá e eu teria mais tempo para me preparar psicologicamente antes de encontrar os amiguinhos idiotas do meu namorado.

– Eu adoro isso. – London falou enquanto passávamos por um local escuro.

– O quê? Passar por locais sinistros, porque esse aqui é um deles.

– Eu sei, mas não foi isso que eu quis dizer. – vi uma luz ficando mais forte enquanto nos aproximávamos – Já esteve aqui antes?

– Não, não sou muito fã desse campo, prefiro a pista de corrida.

– Não me diga que nunca veio pra cá pra ver os garotos treinamento?

Andamos mais um pouco então finalmente chegamos às arquibancadas.

– Não. Os treinos deles não coincidem com meus horários vagos.

– Ah, qual é? Nunca matou aula pra fazer isso?

Ela parou e ficou olhando pra mim e eu apenas arregalei os olhos e continuei olhando para ela, que abriu a boca e franziu as sobrancelhas em uma cara de surpresa extremamente engraçada.

– Não acredito nisso, você namora o capitão do time e sequer o viu treinando?

– É. – dei de ombros.

– Qual foi o último jogo dele que você assistiu?

– Eu já te disse, nenhum, esse é o primeiro. – ela negou com a cabeça e sua boca continuava aberta em completa surpresa – Qual é London, eu te disse que odiava futebol, eu disse que isso não era uma conexão entre mim e ele, eu avisei que detestava o assunto.

– Achei que você estivesse brincando. – ela ainda estava surpresa, era até engraçado ver isso.

– Não, eu não estava. Só estou aqui porque ele pediu. E disse que era importante. Nada a mais.

Ficamos olhando uma para a outra por um tempo sem dizer nada, era engraçado ver a London surpresa, a cara dela era hilária.

– Vamos pegar um lugar.

Ela disse por fim e eu dei de ombros contendo um sorriso e fomos para as arquibancadas. London gostava de uma visão total dos jogadores, então fomos para um local mais alto. Eu queria ver Justin antes do jogo pra desejar boa sorte, essas coisas, mas ele provavelmente estava no vestiário e eu não queria ver seus amigos colegas de time, eles até estavam sendo legais comigo, mas ainda não acreditava muito no bom papo deles, eles não tinham um bom histórico, não acreditar fácil era o melhor que eu podia fazer.

– Já vai começar. – London falou olhando para o seu celular e abrindo um enorme sorriso, imitei seu gesto então olhei para o campo em expectativa, eu não queria está ali, mas já que estava, por que não aproveitar?

O cara que narrava os jogos começou a falar, dando boa noite, falando sobre os times, os últimos jogos e sobre a expectativa do jogo de hoje. Eu não entendi boa parte do que ele falou, mas ainda assim gritei junto com os outros torcedores quando eles o fizeram. Depois de um tempo de falatório anunciaram o nosso time e eles entraram rasgando uma faixa com o nome do time e claro, as animadoras de torcida fizeram as coreografias delas animando ainda mais a torcida que já gritava loucamente.

Justin estava à frente do time e parecia os guiar pelo campo, chegava a ser engraçado, porque pra mim ele era só mais um cara da escola que tinha muitos amigos, mas não era isso que os outros pensavam, ele era alguém importante para o time, mas eu podia lidar com isso, afinal ele estava nisso bem antes de me conhecer, o mínimo que eu podia fazer era respeitar.

– Deve está odiando isso. – London gritou perto do meu ouvido por conta do barulho da torcida.

– Até não é tão ruim. – gritei no ouvido dela vendo o outro time entrar em campo

Uma gargalhada saiu de sua boca e eu sorri com seu gesto, London sabia que eu estava sendo sarcástica, aquilo era um saco e eu queria sair dali o mais rápido possível, odiava todo aquele povo gritando por homens que corriam atrás de uma bola e brigavam entre si por ela, porque era exatamente isso que eles faziam. Por cerca de uma hora eu fique os vendo ficar no meio do campo, irem pra cima uns dos outros, jogarem a bola entre si, correr com ela e dos caras do time adversário, fazer pontos e ouvi o barulho do apito do juiz. Definitivamente aquilo não era pra mim, não tinha gostado nada, nada disso e nem iria fazer isso de novo, nem por Justin, nem por ninguém, aquilo era um saco.

Alguns minutos depois eu estava no estacionamento, sentada no capô do carro de Justin. London tinha ido atrás do amiguinho, Dylan, porque tinha um encontro com ele e eu não queria ficar com as amiguinhas vadias do Justin, então decidi que era melhor esperar no carro, ele logo apareceria, disso eu tinha certeza.

– Por que não estou surpreso com isso?

Olhei para o lado e vi Justin aproximando-se do carro com um sorriso estonteante no rosto, ele tinha uma bolsa em uma mão, a chave do carro em outra e estava gostoso pra caramba em um jeans básico, uma camiseta azul e uma jaqueta da mesma cor, porém mais escura.

– Por que não ficou com as garotas, elas estavam procurando por você. – ele falou deslizando sua mão pela minha cintura e depositando um beijo na minha cabeça.

– Eu te disse que não iria ficar com elas, vir a esse jogo já foi sacrifício o suficiente. – ele olhou pra mim e ficou assim por um tempo.

– Vir me ver jogar é um sacrifício?

– É. Considerando que eu odeio futebol é um sacrifício e tanto, por favor, não me faça fazer isso de novo. – juntei as mãos em frente ao corpo e fiz cara de criança fofa quando quer doce.

– Eu não te obriguei a nada, você veio por escolha sua.

– Você praticamente implorou pra eu vir, não venha com essa de vim porque quis, eu fui coagida a isso, – ele abriu a boca para falar, mas eu levantei o indicador e não o deixei continuar – e nem se atreva a negar.

– Ok. – ele segurou meu dedo e chegou mais perto – Não precisa mais vir a esses jogos se não quiser, mas quero algo em troca.

– O que? – levantei meu olhar para o seu o encarando fixamente.

– Quero que você se relacione mais com os meus amigos, – virei à cara e soltando o ar dos pulmões, mas Justin pegou no meu rosto trazendo meu olhar de volta para o seu – Melissa, por favor, eu quero que você fique bem com eles, não vou deixar eles de lado só porque estou com você, mas também não quero que você fique mal com eles, ambos são importantes pra mim e quero muito que isso der certo, por favor.

– Vamos mesmo discutir sobre isso Bieber? – fechei a cara o encarando.

– Uma chance Melissa, apenas uma, por favor, apenas uma.

– Eu já tentei Justin e não vou fazer isso de novo, por favor, não insista. – tentei ser firme e não ceder a sua carinha fofa.

– Você apenas os conheceu, mal interagiu com eles, nem me acompanhar no almoço você quis, sempre dizendo que queria conversar com a London ou que não estava com fome ou qualquer outra desculpa idiota, por favor, Melissa, eu só quero que tudo fique bem entre vocês, apenas uma chance, só mais uma tentativa, por favor. – virei o rosto e fiz um gesto de negativo com a cabeça – Prometo que se dessa vez não der certo eu não te importuno mais, juro de dedinho. – ele levantou o dedo mindinho e eu sorri fraco desviando o olhar. Ficamos em silêncio por alguns segundos então finalmente voltei a olhar em seus olhos.

– Ok. – ele fechou a mão em punho puxando o braço para baixo e sussurrando um Yes em comemoração – Mas essa vai ser a última vez, que fique bem ciente disso, certo?

– Qualquer coisa que você quiser minha querida.

Ele abriu um sorriso que deixava bem evidente sua felicidade e aproximou seu rosto do meu juntando nossos lábios em um beijo incrivelmente delicioso e degustável.

– É melhor irmos logo ou vamos perder uma festa e tanto.

– Acho que faríamos uma festa melhor na sua cama. – olhei para cima como se estivesse pensando em algo fazendo Justin rir e se afastar do carro e ir até o porta-malas.

– Podemos fazer isso outro dia porque hoje temos uma festa pra ir. – desci do capô e dei a volta indo até a porta do passageiro.

– Não vou te fazer desistir de ir a essa festa, vou? – abri a porta e entrei no carro.

– Não.

Ele abriu a porta do motorista e também entrou no carro olhando pra mim e abrindo um sorriso sacana. Precisava mudar minhas estratégias de convencimento e pra ontem, Justin precisava fazer meus quereres de vez em quando, eu não tinha dito sim apenas para fazer o que ele queria. Meus interesses também estavam em jogo, precisava lutar por eles.

– Então é melhor eu me conformar, não é? – coloquei o cinto assim como ele.

– Sempre certa, não é senhorita Wills.

Ele sorriu de canto e ligou o carro manobrando esse e saindo dali. Sorri com suas palavras e me recostei no banco ficando calada durante todo o percurso, que não foi muito longo. Dez minutos depois Justin já estava estacionando em frente a uma enorme casa com várias pessoas dentro e fora do local e uma música ensurdecedora vindo dela, já que o estacionamento improvisado para os carros já estava lotado, já até imaginava como estava dentro da casa.

Tirei o cinto de segurança e saí do carro assim como Justin e de mãos dadas fomos até dentro da residência. Mal entramos na casa e Justin já estava cumprimentando e falando com seus amigos, que agora eu teria que lidar e suas insuportáveis amigas que me davam embrulhos no estômago.

– E aê Bieber, achei que não viria mais. – Tucker falou batendo na mão de Justin com um gesto deles.

– Tive alguns contratempos no caminho, mas estou aqui, por que eu perderia essa festa? – os dois riram e Tucker me notou.

– Oi Melissa, tudo bem.

– Oi. Tudo sim, obrigada por me convidar. – acenei com a mão e sorri fraco, quanto menos interação melhor.

– Que isso, a garota do Bieber também é minha amiga, não precisa agradecer. – ele piscou pra mim e eu sorri tentando ser o mais verdadeira possível.

– Olá meninos. Melissa! – Mirabelle apareceu sabe se lá de onde com um sorriso falso no rosto. Lily e Sally também estavam com ela. E mais outra garota que eu não sabia o nome.

– Olá Mirabelle. – tentei soar animada em vê-la.

– Justin, podemos roubar sua namorada por alguns minutos?

Ela olhou para Justin e ele olhou pra mim me incentivando a ir apenas com o olhar.

– Claro. Sem problemas.

Dei uma boa olhada pra ele então segui junto com as garotas seja lá para onde fosse que elas estavam me levando e não demorou muito para que elas se mostrassem o que de fato eram, apenas o suficiente para que Justin não nos visse ou ouvisse, o que era a maior preocupação delas, acredito eu.

– O que está fazendo aqui Wills, você não parece o tipo que curte festas assim, por que fazer esse sacrifício idiota e desperdiçar bebida? – Lily falou ríspida, obviamente estava irritada comigo.

– Não me diga que foi pelo Bieber, porque com certeza não foi. – Sally falou sendo sarcástica, o que me fez revirar os olhos.

– Por que não me diz logo para onde está me levando em vez de ficar fazendo perguntas idiotas? – falei de uma vez não aguentando mais ser boazinha com elas enquanto desviava das pessoas a nossa frente.

– Por que não cala a maldita boca e segue a gente sem reclamar? – Mirabelle falou me olhado no olho tentando me impor medo.

– Por que fingirem ser legais comigo na frente do meu namorado? Na boa garotas vocês não precisam fazer isso, nenhuma de nós precisa, apenas digam a verdade e a gente acaba aqui.

Elas pararam de andar e eu fiz o mesmo com todas elas me encarado e me encurralando entre elas, já que todas ficaram ao meu redor.

– O quê? – Mirabelle falou fazendo uma careta e colocando as mãos no quadril – E acabar com a chance de mostrar ao Bibs a vadia que você é? Nunca Wills, de jeito algum. Só porque ele está com você agora não significa que ele vá continuar com você. – meus olhos deveriam está quase saindo do meu rosto de tão esbugalhados que estavam – Tirar a inapropriada da Willinbring da jogada foi um ótimo trabalho e facilitou muito nossa vida com ele, mas você não vai ficar com o nosso Justin Wills, ele é nosso não seu, rapidinho você sai da jogada e recuperamos nosso Bieber.

– Como é que é? – me fiz de desentendida – Vocês me trouxeram até aqui só pra dizer que querem tirar o meu namorado de mim? – elas sorriam sínicas e eu deixei uma risada nervosa escapar – Inacreditável, como ele pode ser tão cego e não ver isso, vocês são terríveis, eu sabia que não eram confiáveis, mas isso? – balancei a cabeça em negativo intercalando meu olhar entre elas – Eu não preciso aguentar isso, falem a merda que quiserem pra ele, mas não vou mais fingir que posso ficar perto de vocês porque eu não posso, vocês são desprezíveis e hipocrisia não é bem algo com que eu possa lidar, com licença.

Tentei passar entre elas, mas Mirabelle segurou meu braço não me deixando dar um paço à frente. Puxei meu braço de uma vez fazendo ela me soltar fazendo uma carranca.

– Ainda não terminamos Wills, quem disse que liberamos você?

– Quem disse que precisam me liberar? Eu não devo nada a você Mirabelle, você não pode me chantagear e caso queira o fazer, tente. – dei de ombros – Quem sabe no processo sua máscara de boa moça não caia. Hm.

Ficamos nos encarando por um tempo até que finalmente elas saíram do meu caminho e me deixaram passar. Revirei os olhos e bufei completamente irritada. Eu sabia que elas eram vadias e que minha presença não agradava a elas nem um pouco, apenas tinha tentado ser amiga delas porque Justin tinha pedido e não iria desistir até eu dizer sim. Esperava que elas dissessem tudo, mas isso? Tinha sido o limite. Eu não faria mais isso nunca, Justin teria que acreditar em mim e se não o fizesse, ficaria bem claro de que lado ele estava e infelizmente eu sabia o que isso implicava.

Cheguei finalmente à cozinha já pegando um copo e enchendo com a primeira bebida que eu vi pela frente, não estava me importando com o que tinha ali dentro, só queria um pouco de álcool pra espairecer um pouco, precisava disso depois de tudo aquilo, não dava pra ficar sóbria depois disso. Virei mais um copo na boca fazendo uma careta assim que o líquido passou pela minha garganta como se fossem milhares de pedacinhos de estilhaço.

– Ei, vai com calma Wills, ainda tem bastante pra todo mundo. – olhei para o lado vendo um dos amigos de Justin, Danny, eu acho, não lembrava bem.

– E você acha que eu não sei disso?

Virei o quarto copo de bebida na boca ainda sentindo minha garganta arder, mas não me importando com a presença daquele idiota bem ao meu lado, depois daquelas vadias eu não queria conversar com mais ninguém. Enchi mais um copo e novamente o virei na minha boca.

– Qual o nome dela?

Ele perguntou pegando uma bebida para si e eu franzi as sobrancelhas, não fazia ideia do que ele estava falando.

– Dela quem? – enchi mais um copo, mas dessa vez tomei todo de uma vez.

– Da garota que te deixou irritada, claramente está com ciúmes.

Uma gargalhada saiu de minha boca em alto e bom som, ele achava mesmo isso?

– Não estou com ciúmes. E não estou com raiva de uma garota e sim, de várias.

Tomei um gole da minha bebida e me virei ficando de frente para o cara.

– Ah é? – ele deu um passo ficando mais próximo de mim – E quem são essas garotas? – ele tomou um pouco da sua bebida não desviando o olhar do meu, claramente ele estava flertando comigo.

– Suas amigas. – tomei o resto da minha bebida.

– Seja mais especifica, eu tenho muitas amigas.

– Isso não é uma informação necessária e não, não quero compartilhar com você.

Mostrei um sorriso falso e dei um passo pra sair dali, mas o cara segurou meu braço me impedindo de continuar.

– Porque não fica e conversamos mais um pouco? – ele me olhou nos olhos e repuxou os lábios em um sorriso fraco.

– Porque eu preciso falar com meu namorado.

– Quem? Aquele cara bem ali?

Ele fez um gesto com a cabeça indicando onde Justin estava, virei o rosto vendo pela porta de vidro da cozinha Justin conversar e beber tranquilamente com um de seus amigos, Graham, acho, ele estava em boa companhia, eu acho.

– O que você quer? – falei virando meu rosto e olhando para Danny.

– Apenas conversar, por quê? Você não quer? – ele arqueou uma sobrancelha ficando um tanto quanto mais bonito.

– Você não quer conversar, está flertando comigo desde que me viu aqui.

Continuei olhando para ele e esse abriu um sorriso muito mais sacana do que eu gostaria.

– Olha, eu tenho que admitir, você é bem mais esperta do que eu pensei, percebeu bem antes do que eu pensava. – ele deu de ombros – Então... Já que recebeu a mensagem, o que me diz?

Ficamos nos encarando por um tempo, até que eu cansei de olhar para o rosto de mais um amigo hipócrita de Justin.

– Eu digo que preciso falar com meu namorado, porque realmente precisamos conversar.

– Por que perder tempo com esse cara, ele não é bem o que parece. – franzi as sobrancelhas e neguei com a cabeça.

– Não é da sua conta!

Afastei-me dele e fui em direção de Justin pegando meu celular e digitando uma mensagem para ele avisando que estava indo embora e olhando para ele assim que passei por ele, que foi no mesmo instante em que ele leu a mensagem. Caminhei o mais rápido que pude e contei até cinco então senti sua mão no meu braço e parei imediatamente me virando e olhando para ele.

– Por que está indo, acabamos de chegar, está tudo bem? – ele deu de ombros, a dúvida bem explícita em seu rosto.

– Sim, eu estou bem, só não quero mais ficar nessa festa. Seus amigos são... – fiquei com a boca aberta por alguns segundos e tentei falar algo, mas não falei nada e Justin mudou sua expressão de preocupado para irritado.

– De novo essa história Melissa? Você disse que iria tentar e agora já quer apunhalar eles de novo?

– Qual é Justin, eles não são as melhores pessoas daqui, vamos ser honestos e admitir que eles não são exatamente seus amigos.

– Não são meus amigos? Melissa eu os conheço pelo que parece uma vida, por que você insiste tanto em dizer que eles não são boas pessoas, você mal os conhece, não pode jugar as pessoas assim.

– Eu não estou julgando Justin, só estou dizendo o que eu vi, eu não diria isso se não fosse verdade. – fiz uma careta cruzando os braços.

– Olha. Eu sei que não está acostumada com pessoas como eles, mas... – ele se auto interrompeu e pareceu pensar um pouco antes de falar – Você nunca quer almoçar com eles ou vir a festas comigo ou ver os meus jogos, mas, por favor. – ele juntou as mãos em frente ao corpo e me olhou nos olhos – Você pode ao menos tentar ter uma boa relação com eles, digo... Não precisa ser amiga deles, pode ser só colega ou sei lá o que, mas eu não posso ficar entre você e eles, uma hora a corda rompe e eu não quero ficar sem vocês, ambos são importantes pra mim.

E de novo ficamos nos encarando por um tempo e em silêncio, então suspirei e decidi que isso tinha que acabar, não aguentava mais discutir sobre isso.

– Olha. Talvez eu não os conheça tão bem quanto você, mas eu já vivi com pessoas como eles e sei exatamente como eles são. Por que você acha que eu tento me manter distante disso ao máximo? Por que você acha que nunca gostei da sua ex ou de qualquer um dos seus amigos? – ele desviou o olhar – Eu não faço o tipo deles Justin, eu não sou como eles e odeio a forma como eles tratam os que não têm status na escola, odeio isso. E sobre não vir a seus jogos, – fiz sinal de negativo e ri sem humor – Eu odeio futebol, eu te disse isso quando você quis ser meu amigo, eu sempre odiei isso e você está mais do que ciente dessa informação e honestamente... – fiz um gesto de positivo com a cabeça – Eu só vim a esse maldito jogo por você, porque você pediu, porque eu respeito você e suas vontades, não por mim ou pelos seus amigos ridículos...

– Eu só pedi que você tentasse, ao menos uma chance Melissa, uma, apenas isso e você nem sequer tentou. – ele estava tentando se controlar.

– Ah eu não tentei? – o sarcasmo ali era mais que evidente – Ser legal com as suas amigas não foi o suficiente? O que mais você queria? Que eu aguentasse as provocações dos seus amigos? Porque acho que eles não levaram muito a sério o fato de que sou sua namorada. Ou você não notou isso, porque eu vi claramente.

– Você está louca, eles são assim com todos e achei que você entenderia já que sabe como pessoas como eles são. Você está fazendo tempestade em copo d'água e isso não é necessário.

– Tempestade em copo d'água. Oh, por favor. – eu já estava cansada dele defendendo os amigos idiotas – Vai me dizer que não viu suas adoráveis amiguinhas dizendo que eu era um erro na sua vida e que era questão de tempo até você me deixar e ir até elas? Ou seu perfeito amigo Danny me dizendo para cair fora e esquecer você porque você era perca de tempo e não me faça mencionar o que eles falaram sobre você, francamente Bieber, queria mesmo que eu aguentasse isso?

Continuei olhando para ele esperando uma resposta, mas ele ficou apenas me olhando no olho por um tempo até abrir a boca e falar o que eu preferia que ele sequer tivesse cogitado falar.

– Eu achei que você soubesse o que te esperava quando aceitou ser minha namorada.

Arqueei as sobrancelhas e fiquei olhando pra ele completamente em choque. Não acreditava que ele estava defendendo os malditos amigos ao invés de mim. E de novo.

– Eu aceitei ser sua namorada Justin, não da sua reputação. Desculpa se eu precisava saber disso antes, não sabia que aceitar seus amigos hipócritas estava na lista de requisitos em ter você. Eu não sei como é perder você porque eu nunca te tive antes, mas... – olhei para o chão, mas voltei a olhar em seus olhos – Se você prefere acreditar e defender eles e não a mim, então... – engoli em seco sentindo um nó na garganta – Isso não vai funcionar, não assim, não com eles.

– O que está fazendo? Está terminando comigo?

– Não. Justin. – soltei o ar dos pulmões sentindo-me cansada – Eu só não quero mais ficar perto ou falar com os seus amigos, você vai precisar de um tempo para ver o quão estúpido eles são. Até lá, não posso ficar com você quando sei que você vai defender eles.

– Vai mesmo me fazer escolher entre eles ou você?

– Claro que não, apenas quero que separe as boas das más amizades, você tem alguns amigos descentes, admito, mas aquelas garotas, por céus, não suporto nem falar delas. – revirei os olhos lembrando a conversa ridícula que elas tiveram comigo.

– Então está com ciúmes agora? – a sua voz já não estava em um tom baixo.

– Ciúmes? Justin faça-me o favor, eu não estou com ciúmes, apenas odeio suas amigas idiotas e quero que você se livre delas, mas ciúmes?

Ri completa e totalmente sem humor, estava sendo uma merda perder para aquelas vadias, e de novo.

– Então por que agir como se estivesse?

– Mas que droga Bieber, você não consegue ver que eles não são seus amigos? Eles só estão com você pelo status, perca os seus privilégios e verá quem são seus verdadeiros amigos.

– Então o que sugere agora, que eu saia do time, é isso?

– Não. Justin. Não. – soltei o ar dos pulmões como se eu estivesse cansada, e realmente estava eu tinha que acabar com isso – Quer saber, faz o que você quiser, eu não ligo mais pra isso e não vou mais te avisar. Mas quando você perceber que eu estava certa e você não, você pode me ligar. Já sabe o número.

Dei de ombros e virei dando um paço para ir embora, mas parando ao ouvir sua voz pronunciando meu nome. E juntando todas as minhas forças, sentindo um nó se formar na minha garganta, ignorei a sua voz e continuei andando, eu já tinha feito o bastante.


Notas Finais


Bem, depois de quase um mês sem postar, aqui estou eu de volta. Mab está mais ou menos na metade, então não se preocupem que ainda tem algumas coisinhas para acontecer, vou tentar muito e bastante postar na semana que vem, mas já sabem, imprevistos acontecem, porém espero que eles não aconteçam, vejo vocês loguinho.

Pra falar comigo: http://ask.fm/anakryne e https://twitter.com/anakryne
See U Soon! Beijo!


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