1. Spirit Fanfics >
  2. Meu amigo de Infância ( Em Edição) >
  3. O que o mar quer?

História Meu amigo de Infância ( Em Edição) - O que o mar quer?


Escrita por: EveSL

Capítulo 33 - O que o mar quer?


Mesmo depois de três dias, aquelas "cenas" vagavam soltas em sua mente, Anne ainda chorava algumas vezes, não sabia como descrever aquele sentimento e nem sabia o que era aquilo, mas no fundo talvez soubesse o significado e o motivo de estar sentindo aquilo. Nicolas era outra coisa que não saia de sua mente, An parecia estar cada vez mais perturbada com aquilo.

Os dias na escola não estavam mais sendo os mesmos, quando no dia seguinte daquela noite, escutou a menina ruiva declarar como tinha sido a noite com o veterano e jogar do time de futebol da faculdade. Imaginar aquilo tinha sido um verdadeiro pesadelo, Anne já não reconhecia a pessoa por quem a mesma era "apaixonada" quando mais nova, talvez esse fosse o lado ruim de crescer e virar adulto, ou talvez essa fosse na verdade a parte boa.

Lary percebia que An estava meio triste e quieta, a mesma tentava a todo custo lhe perguntar para poder ajudá-la nessa situação, mas a garota apenas lhe respondia mal ou dizia para ela ir ficar com o namorado dela. A amiga logo se tocou que havia ido longe demais, tinha abandonado Anne no momento em que ela mais precisou e agora precisava reparar seus erros, mas sabia que suas atitudes deveriam ser mudadas.

Nicolas por outro lado estava normal, como sempre segurava as duas conchas grudadas em seu bolso, ficava se perguntando quando deveria entregar para An e se a mesma iria aceitar. Ele havia notado algo estranho nos últimos dias, Anne não estava indo jantar com eles e até Meg perguntava , o que perturbava sua mente era se a mesma tinha visto algo naquele dia.

***

Anne acordou se esticando na cama, estava com saudades de Chace naquela casa, sem aquele menino tudo era tão silencioso e a deixava mais triste ainda. Faltava apenas mais uma semana e dois dias, ela sorria um pouco triunfante e sentia que nunca deveria ter ido lá jantar ou ficar com suas "amigas" vendo algum filme ou falando sobre amor verdadeiro.

Talvez o "amor" fosse realmente algo que não existisse de verdade, talvez um mito ou uma lenta, mas nunca algo real.- pensou, se repreendendo em seguida, sua mãe amou-a e a amava, então amor era algo real, mas não dele para com os outros.

Levantando da cama, An abriu a janela, sentiu a brisa fria beijar seu rosto, o mar parecia cantar chamando-o para toca-lo, ela sorriu olhando para o azul que a água refletia, era tão bonito, tão vívido, tão inocente. Ela se arrumou, descendo as escadas o mais rápido que pôde , tomou apenas um copo de suco de morango, e logo saiu correndo até o mar.

A areia grudava em seus pés descalços, ela corria como se fosse uma criança, mas dessa vez sem seu melhor amigo atrás de você, assim que seus pés encostaram na água gelada, An parou para observar o movimento que as ondas faziam, sua mente parecia caminhar novamente para o passado.

Ele sorria. An...- sua voz fina de menino soou em seu ouvido, seus olhos já estavam fechados. Nick estava ali, ainda garoto, pegando água do mar para jogar em Anne, que logo saiu correndo pela areia branca.- Não corra de mim.- ele gritou gargalhando, e correndo atrás da menina.

De repente seus pés começaram a correr pela areia, como se aquela lembrança estivesse ocorrendo naquele mesmo momento, ela sabia que não estava, mas aquela sensação era tão boa. Seus pés não se calçavam nunca, sua respiração parecia cansada , mas na verdade queria mais e mais daquela sensação, de tudo.

O vento fazia seu cabelo claro bailar no ar, foi quando de repente Anne trombou com um corpo mais alto que o seu, e então abriu os olhos voltando para a realidade.

— Anne, Você está bem?.- Nick falou meio rouco. O corpo de Anne se arrepiou, porque ele estava ali. O menino repousou sua mãe sobre o ombro dela.

— Tira sua mão de mim...- ela disse , seus olhos começaram a se encher de pequenas gotas de lágrimas.

— Me diz uma coisa Anne, por que você me trata dessa forma?.- ele disse rispidamente, tirando a mão do ombro dela e passando no cabelo, estava nervoso.- Por que você simplesmente não fica feliz de me ver depois de tantos anos?

— Porque você não é o Nicolas!.- ela gritou empurrando ele, mas o mesmo segurou no seu pulso.

— Eu não sou mais o Nicolas?.- seu ar foi sarcástico.- Droga, você que não é mais você! Olha pra você Anne, vive se escondendo....- ele suspirou.

— Me solta Nicolas, me solta...- An gritava , na verdade ela não queria que ele a soltasse. Estava confusa e perdida.

— Por que eu não sou eu mesmo?.- Nick perguntou, iria soltar depois que ela respondesse aquela pergunta.-Me diz...

— Você... Você tava com aquela menina , beijando aquela menina.- Anne falou, nem ela sabia o que estava dizendo, pela primeira vez ela notou que Nick ainda estava ali, só que ele não era mais a criança que conhecera.

Nicolas apenas sorriu, um sorriso quente e inocente, como o que ele costumava a dar quando era pequeno, Anne sentiu seu coração acelerar, as lágrimas desciam de suas bochechas, realmente ela estava se escondendo, afinal de contas escondia seu rosto do mundo, sempre estava de capuz e tocas para se tampar, para fugir de si.

An sentiu o menino puxa-la para mais perto, um braço envolveu sua cintura, o outro acarenciondo seu rosto, enxugando todas as lágrimas que desciam. Nick tirou o capuz que Anne usava, deixando seu rosto corado e molhado pelas lágrimas a mostra.

Ela era tão linda.

Tão perfeita.

Nick já não estava conseguindo segurar sua vontade, ele queria tê-la para si, não como um objeto , como as meninas que ele dormia apenas um dia. Ele amava ela, amava mais que tudo, e o mar... Bom, o mar sabia daquilo como nenhum outro alguém sabia.

Ambos sentiam a respiração um do outro, o coração estava tropeçando nas próprias batidas, a onda do mar quebrou e a água foi arrastada até os pés deles, molhando-os. Nicolas continuava acarenciando o rosto de An, a mesma olhava dentro dos olhos dele, e eram tão sinceros.

Ela fechou os olhos, apreciando o toque dele. O que estava acontecendo com ela? Porque Nicolas parecia ser o motivo daquela confusão.

Foi aí então, que Anne sentiu os lábios quentes do rapaz, se juntarem com os seus. Os lábios de ambos se movimentaram sozinhos, as línguas bailando juntas esbarrando no céu da boca, a intensidade do beijo ia aumentando cada vez mais, Nick apertou a cintura fina de An, fazendo com que a mesma soltasse um gemido abafado.

Era tão bom beija-la, que Nicolas se arrependia por não ter feito aquilo antes.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...