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História Meu Anjo (Camren) - Koala Hug


Escrita por: CamrenJu

Notas do Autor


espero que gostem
...

Capítulo 20 - Koala Hug


Camila

“Aii”, foi só o que eu pensei ao acordar.

Dor de cabeça e mal-estar, eu nem consegui abrir meus olhos direito. De repente me dei conta de onde estou, e praticamente dou um pulo sentando na cama de olhos arregalados. 

Ah, não... merda, merda, merda!

Camila, sua idiota! Você bebeu demais e Lauren teve que cuidar de você! Que papelão, meudeus...

Peraí, que horas são?

Pego o celular na minha bolsa, que estava em cima da mesa de cabeceira, e clico no botão do meio para iluminar a tela.

12h27

MEIO-DIA E VINTE E SETE!! Acho que se eu arregalar mais os olhos, eles vão saltar do meu rosto.

Além de ser carregada bêbada por Lauren, ainda durmo na sua casa e acordo depois do meio-dia! Que vergonha, senhor...

Nesse momento esqueço qualquer dor de cabeça e pulo da cama, caminhando rapidamente até o banheiro. Passo demaquilante no rosto retirando os resquícios de maquiagem de ontem, tomo um banho na velocidade da luz e coloco a roupa que trouxe na mochila, penteio o cabelo e escovo meus dentes voando também. Depois disso saio do quarto e caminho pelo longo corredor até a cozinha – de onde estava vindo um cheirinho maravilhoso.

Já estava super nervosa, sem saber o que aconteceria quando chegasse lá. Será que ela está chateada, será que eu falei alguma besteira ontem ??

O que me recordo da noite passada é de dançar muito com Lauren na pista. Lembro de rebolar provocante, e de suas mãos passeando pelas laterais do meu corpo, mas acho que essa última parte é alucinação, porque depois disso só lembro de uma loira me beijando e em seguida eu procurando Laur por todo o lugar. Que loucura foi essa? Maldito rum!

Cheguei na cozinha, Lauren não conseguia me ver pois estava cozinhando de costas para a porta. Eu estava muito envergonhada, ainda mais sabendo que Lauren fez o almoço enquanto eu dormia. Tem como eu ser mais folgada?

Estava tão receosa, que nem tive coragem de chamá-la pelo apelido que eu dei a ela.

— Lauren... — minha voz denunciava a vergonha que sentia

Ela virou e sorriu pra mim de um jeito muito fofo.

Quê? Ela não ta chateada comigo?

— Oi, Camz — ela me chamou pelo apelido! — bom dia — disse sorrindo daquela mesma forma.

— Boa tarde, né — disse baixando a cabeça e a coçando — Lauren, eu to muito envergonhada. Desculpa, desculpa por ter bebido demais ontem e ter te dado trabalho! E ainda por cima acordei super tarde e não te ajudei no almoço e.. — iria continuar a me desculpar, mas ela me interrompeu.

— Ei, calma Camz. Tá tudo bem, você só se empolgou com sua bebida favorita, mas nem passou mal nem nada assim. Estava até engraçada falando embolado e dormindo em pé enquanto te colocava no quarto de hóspedes ontem — Lauren disse rindo e me aliviando de um jeito que ela não faz nem ideia.

Ainda estava sorrindo besta quando ela continuou:

— E sobre dormir demais, quem consegue acordar cedo sem despertador depois de uma noite de festa? Eu só acordei porque tinha que ligar pra Ally hoje cedo pra saber de Isa, e pra fazer alguma coisa pra comermos.

— Poderia ter me acordado e me mandado ir pra casa, oras — falei — já fui folgada demais e ainda ganho comida — completei, rindo envergonhada.

— Folgada nada, Camz, deixa de besteira. Mas eu já sabia que você ia ficar assim toda envergonhadinha — ela disse rindo e debochando de mim.

— É, você já me conhece mesmo — falei rindo também e me sentindo muito mais tranquila.

 — Quer saber qual é o prato do dia? — Lauren perguntou toda empolgada, após voltar sua atenção novamente para o fogão.

Ri achando ela a coisa mais fofa do mundo, e respondi que sim.

— Strogonoffê de carnê com arrozê e batata palhê — respondeu fazendo um biquinho, fingindo um sotaque francês fajuto.

Nessa hora eu já estava gargalhando na cozinha.

— Não acredito que você fez strogonoff!!! — falei pulando de alegria e olhando Lauren em sua vez de gargalhar.

— StrogonoffÊ, madame — Lauren disse ainda com o biquinho francês, me “corrigindo”.

E assim ficamos nos divertindo na cozinha. Lolo me fez tomar um remédio para dor de cabeça.

Arrumei a mesa enquanto ela mexia o creme de leite na panela pra finalizar. Lauren disse que quando ligou para Ally de manhã, elas combinaram da anã deixar a Isa aqui antes das 13h, pois o casal Trolly iria almoçar num restaurante romântico à beira mar, que fofos.

Em menos de vinte minutos, eu, Isa e Lauren já estávamos sentadas à mesa da cozinha saboreando aquele almoço divino. A pequena nos contava como foi sua noite com a "titia ally", e eu não conseguia tirar o sorriso bobo que estava em meu rosto. Aquele clima de família era tão gostoso, e eu só pensava no quanto queria que aquilo fosse parte da minha rotina, ao mesmo tempo em que assustava com esse desejo.

Após terminarmos de comer, levantei retirando os pratos e indo lavar a louça. Lauren protestou tentando me arrastar pra sala, mas eu estava determinada, tinha que ajudar em alguma coisa. Laur levou Isa para tomar banho, e nesse meio tempo limpei toda a cozinha.

Queria tanto passar a tarde com elas, aproveitando um pouco mais desse clima tão gostoso, mas estava com receio de pedir isso a Lauren. Para a minha felicidade, Isa voltou do banho e logo pulou no meu colo, apertando carinhosamente minhas bochechas e pedindo manhosa pra eu passar a tarde aqui. Lauren reforçou o pedido e eu obviamente aceitei.

O dia passou voando, e eu parecia estar num sonho. Mas me forcei a acordar e voltar a minha realidade, pegando meu carro e indo pra casa.

Lauren

O fim de semana passou voando, principalmente o sábado quando Camz passou o dia na minha casa. Eu parecia estar num sonho, e não queria acordar.

Ainda no sábado liguei para Dinah para saber mais do desfecho de sua noite, e para brigar com ela por ter sumido quando Camila me achou na pista. Ela disse que queria deixar a gente se resolver e foi ficar com o boy dela, é o que eu tinha imaginado mesmo. Minha amiga sempre sabe o que é melhor pra mim. Ela contou que Rodrigo foi super fofo durante a noite toda, e acha que pode dar futuro. Eles estavam ficando no mês passado, mas ele teve que viajar para resolver pendências do novo empreendimento e por isso se afastaram um pouco. Mas conheço Dinah o suficiente pra saber que ela vai investir nessa relação, e eu desejo tudo de melhor pra ela. A gigante só se faz de pegadora, mas sei que é uma manteiga derretida. Ela já teve muitas decepções, então espero que esse cara seja bom pra ela – senão eu acabo com a raça dele.

A semana passou voando, cheia de trabalho. Minha relação com Camz estava ótima, parece que nos conhecemos de outra vida... eu sei lá. Nossos gostos e assuntos se combinam, e o riso é fácil com ela. Infelizmente o contato que podemos ter na empresa é limitado, e não convidei Camz para ir lá em casa nesses dias pois vi que ela estava cheia de trabalho extra com os consertos de notebook. Tenho tanto orgulho dela... é muito raro ver alguém com tanta responsabilidade com tão pouca idade. E ver o gosto com que ela faz as coisas aqui na empresa é lindo demais.

Por esses dias a vi ficando sempre chegando mais cedo ou ficando até um pouco mais tarde, e vidrada na tela do computador. Estava ansiosa pra saber do tal projeto da minha geniazinha e acabei perguntando. Fiquei de boca aberta quando ela me contou que era um SSD – Sistema de Suporte à Decisão, que possibilitaria integrar os mais variados setores de qualquer empresa comercial ou industrial, e forneceria informações valiosas para a gestão, como num passe de mágica. Isso é um sonho pra qualquer Gestor de empresa, mas no mercado ainda é visto como longe de ser realizado, pois exige softwares não apenas avançados, mas com uma espécie de AI – Inteligência Artificial, para se adequar às necessidades de cada negócio. É um sistema muito avançado, e saber que Camila trabalhava nisso me deixou besta. Não requisitei nenhum feedback de seus resultados, não quero parecer estar pressionando.

Ela cumpre todas as metas que eu estipulo pro pessoal do Desenvolvimento, e ainda por cima trabalha em projetos solo...

Sabe o orgulho que eu disse ter dela? Então, ele só aumenta a cada dia. 

SEXTA-FEIRA
          Jauregui Tecnologia Ltda.

19h15

Já havia se passado ¼ de hora do final do expediente, e como é sexta-feira, é de esperar que o andar estivesse vazio. Mas não, uma pessoinha habitava sua cadeira, e essa pessoinha era a latina mais linda... minha nerd favorita. Fiquei a encarando por alguns minutos através dos grandes vidros da minha sala, e ela permanecia do mesmo jeito, concentrada única e exclusivamente no computador. Acho que ela nem percebeu que é a única pessoa no andar. Quer dizer, além de mim. Ela está tão linda com essa calça branca colada e essa blusa que mostra um pouquinho da sua barriga perfeita...

Olha eu aqui babando nela, quero é a novidade.

Até que a vejo levantar da cadeira e dar um grito, grito esse que era 100% euforia. Levanto rapidamente e saio da minha sala, sem nem fechar a porta atrás de mim. Qual é, como não vou ficar curiosa depois de toda aquela empolgação?

Ainda longe dela, digo alto:

— O que houve, Camila?? — olhei para a mulher que só faltava explodir em felicidade.

— Eu finalizei a programação do SSD, executei o Software e DEU CERTO, LOLO! — ela falou essa última parte dando pulinhos, e a essa hora eu estava a uns três metros dela.

— NÃO ACREDITOO, CAMZ! — falei com a mesma empolgação.

E foi aí que ela me pegou de surpresa, correndo a pequena distância que nos separava e pulando no meu colo, passando as pernas por volta da minha cintura numa espécie de abraço de Coala. Tive que me manter firme para não cair pra trás devido ao impacto inesperado, mas quando me estabilizei em pé e me permiti sentir aquele abraço perfeito, fui ao céu e voltei.

Minhas mãos estavam unidas em suas costas e as suas estavam uma em minha nuca, e uma em meus cabelos. Suas pernas firmes em volta da minha cintura, e meu rosto na dobra de seu pescoço.

O abraço já durava mais de dez segundos, e nenhuma palavra foi dita. Queria parabenizá-la e dizer o quanto estava orgulhosa, mas meu cérebro não conseguia formar qualquer frase, nem meu pulmão produzia o fluxo de ar necessário e muito menos minhas cordas vocais tinham força pra transformar ar em pulsos sonoros. Tudo que eu pensava era que eu ficaria minha vida toda dentro desse abraço se eu pudesse.

Inconscientemente minhas mãos foram para suas coxas, e eu as segurei forte apenas para manter Camila com as pernas ao redor de meu corpo. Camz é tão leve...

Aproximei meu nariz de seu pescoço, aspirando seu perfume e soltando o ar fortemente sobre sua pele. Senti Camz apertando as mãos no meu cabelo e sua respiração ficando mais forte, acompanhando a minha.

Céus, o que está acontecendo??

Eu deveria me separar dela, mas em vez disso meus lábios foram ao encontro da pele macia do seu pescoço, e ali deixei um beijo repleto de carinho. Eu a senti estremecer e nessa hora esqueci todo e qualquer resquício de razão que ainda sobrevivia em mim naquele momento.

Ela não me empurrou, não protestou.

Não.

Ela massageava meus cabelos e minha nuca, e seu coração batia tão forte quanto o meu. Nossas respirações intensas se misturando.

Ela também quer.

“Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.”

E foi isso que eu fiz...

Fui apenas e completamente alma enquanto deixava uma trilha de pequenos beijos em seu pescoço, até chegar no seu queixo e me separar alguns poucos centímetros para olhar em seus olhos. Por alguns segundos o castanho dos seus hipnotizaram o verde dos meus, e naquela hora eu tive certeza que o que faria a seguir era a coisa mais certa do mundo. Camila fechou os olhos, fazendo meu coração pular uma batida e minhas mãos apertarem mais ainda seu corpo.

Fechei meus olhos e aproximei ainda mais meu rosto do seu, fazendo nossos lábios se roçarem. Cheguei a pensar que se meu coração batesse um pouco mais forte pularia do meu peito. Camz movimentou lentamente seus lábios sobre os meus, intensificando o contato entre eles. Involuntariamente suspirei, como se meu corpo me perguntasse se aquilo não era um sonho. Camila apertava meus cabelos e eu apertava suas coxas ao redor de mim, como que para me certificar de que ela não iria a lugar nenhum.

Nossos lábios já úmidos se acariciavam como se fossem velhos conhecidos, como se aquela não fosse a primeira vez que eles se encontravam. O ritmo era lento e perfeito. Os lábios já se entreabriam, como se ambas clamássemos pela língua da outra.

 Então, quase como suplicando, minha língua pediu passagem e ela cedeu, fazendo-nos iniciar uma dança lenta e sincronizada. Explorávamos cada canto da boca da outra, e eu queria tocar seu rosto, queria sentir sua pele pra saber que aquilo era real. Eu sabia que estávamos do lado de uma mesa, virei meu corpo com ela ainda em meu colo e, sem separar nossos lábios, coloquei-a gentilmente sentada no grande tampo de madeira, que era alto e deixava nossos rostos na mesma altura.

Agora estava em pé na frente da mesa e entre as pernas de Camila. Ela estava sentada bem na ponta, então eu sentia a parte interna de suas coxas apertando as laterais da minha cintura, o que já estava me deixando quente... muito quente.

Minhas mãos agora estavam eu seu rosto, tocando-a de forma carinhosa enquanto saboreávamos aquele beijo, que era inacreditavelmente perfeito. Nem em meus sonhos nossos lábios se encaixavam com tanta perfeição e os movimentos aconteciam tão naturalmente.

Puxei de leve seu lábio inferior e ouvi um gemido baixo saindo daquela boca perfeita. Isso foi o suficiente para me fazer gemer também, com seu lábio ainda entre meus dentes. Camila me puxou ainda mais contra seu corpo e voltamos ao roçar de lábios, mas agora com urgência. Nossas línguas bailavam um ritmo quente, e eu já estava a ponto de enlouquecer. Suas mãos passeavam pelas minhas costas, e as minhas foram até sua cintura, apertando e recebendo um gemido abafado em resposta. Meu corpo inteiro fervia, e eu não pensava em mais nada além do quanto eu queria aquela mulher pra mim.

 



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