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História Meu Anjo (Camren) - Pedras


Escrita por: CamrenJu

Capítulo 26 - Pedras


Fanfic / Fanfiction Meu Anjo (Camren) - Pedras

Lauren

Eu realmente não tinha me tocado que Camila iria ter dormir no meu quarto, eu juro que não!

E agora eu tô aqui, com o coração na boca enquanto caminho ao lado da Camz pelo corredor, indo em direção ao meu quarto após as meninas se acomodarem nos lugares que escolheram.

Três semanas do primeiro beijo.

Uma semana de namoro.

É muito cedo pra eu empurrar essa mulher na cama e fazer tudo que tenho sonhado nos últimos meses? Meu corpo inteiro responde bem alto que definitivamente não é muito cedo!

Quatro anos achando que nunca mais sentiria desejo por ninguém, quatro anos sem ao menos me tocar intimamente. E isso não me afetava, pelo menos até Camila cruzar a porta da sala de entrevista da empresa.

E na festa, quando dançou colada em mim... se ela me chamasse pra ir transar no banheiro da balada aquela noite eu aceitaria, por mais absurdo que isso possa soar vindo de uma mulher de 34 anos, mãe e dona de uma empresa. É esse o nível de loucura que Camz me faria cometer, apenas por roçar seu corpo no meu.

Eu tenho medo de fazer tudo com pressa demais, tamanho o tesão que essa mulher me faz sentir. Porque né, QUATRO ANOS! Tô com medo até de ter me tornado virgem de novo depois de tanto tempo sem prática...

— Lo, tá tudo bem?

A voz da minha namorada me despertando dos pensamentos.

— Ah, tudo sim, minha linda. — respondi meio envergonhada por ter ido pra tão longe. Eu nem havia percebido que caminhamos o corredor inteiro e já estávamos no quarto.

— Lolo, eu te conheço, tem alguma coisa incomodando essa cabecinha linda, você sabe que pode falar o que quiser pra mim, né? — Camz disse bem próxima de mim, enquanto fazia um carinho gostoso na minha bochecha, que me fez até fechar os olhos sem perceber.

Eu sei que eu posso falar tudo pra ela, e sei que é o justo a fazer. Não posso deixar que a vergonha e o medo afetem nossa relação.

Depois de alguns segundos em silêncio, refletindo e aproveitando a sensação maravilhosa que aquele simples carinho que ela fazia me proporcionava, resolvo colocar pra fora os pensamentos que estão me consumindo.

— Camila, você sabe que eu sou louca por você, não é? — comecei a falar ainda receosa, tentando encontrar palavras pra explicar os meus medos.

— Eu também sou louca por você, Lauren — ela respondeu sorrindo.

— Camz, eu quero dizer.. eu sou louca por você no sentido de..

Para de gaguejar e fala logo, Lauren!

—.. você me deixa louca de tesão! Eu não sinto isso há muito tempo, e é difícil demais me segurar quando a gente ta sozinha.. eu não quero avançar algum sinal e acabar fazendo algo você não queria. Além do mais, faz tempo que eu não faço nada disso, eu tenho medo de não saber o que fazer ou fazer tudo com pressa demais e te assustar e te afastar e.. — fui falando muito rápido sem nem respirar direito, até que Camila me interrompeu:

— Ei, ei, ei! Calma, minha linda — ela disse segurando meu rosto com as duas mãos.

Antes que eu pudesse começar a me desculpar por ter falado tudo aquilo daquele jeito, ela disse:

— Lauren, você não faz ideia do quanto VOCÊ me deixa com tesão — ela disse alternando o olhar entre minha boca e meus olhos — E também não faz ideia do quanto eu me segurei pra não te atacar nas vezes em que ficamos sozinhas. Você não vai avançar nenhum sinal, porque o semáforo ta totalmente verde pra você, na verdade sempre esteve...

Nessa hora eu não consegui segurar o sorriso besta que surgiu nos meus lábios, o que fez Camila sorrir maravilhosa também.

Ela continuou, ainda com as mãos em meu rosto:

— Você não sabe o quanto me deixa feliz em saber que te faço sentir essas coisas de novo. Eu confesso que também tinha medo de tentar algo muito rápido, por tudo que te aconteceu. Mas se você quer, Lolo, saiba que eu quero também... ô se quero — a última frase ela disse mordendo o lábio inferior, o que involuntariamente me fez estremecer.

— E sobre ter medo de não saber o que fazer — ela falava enquanto me empurrava lentamente em direção à parede — ... duvido — completou perto do meu ouvido, respirando fortemente no meu pescoço.

Tudo parecia estar em câmera lenta. Eu não conseguia dizer nada, só dar passos pra trás na direção que Camila me comandava e morder meus lábios na tentativa falha de conter a excitação que só aquilo já estava me causando.

Eu estava de olhos fechados quando senti minhas costas encostarem a superfície lisa da parede do quarto. Quando senti o pequeno impacto, meus olhos se abriram e eu vi Camila de um jeito até então desconhecido por mim.  

Os seus olhos, que normalmente tem um tom castanho, estavam mais escuros e as pupilas claramente dilatadas. Seu olhar estava fixo no meu e exalava desejo, enquanto suas mãos iam em direção aos meus cabelos, segurando levemente enquanto falava no meu ouvido, alternando a fala com beijos demorados no meu pescoço:

— Você.. é .. maravilhosa

Nesse momento eu já me encontrava numa situação ridícula lá embaixo, e estava completamente rendida a ela. Fechei meus olhos e minhas mãos foram pra sua cintura, trazendo seu corpo mais pra perto do meu. Só esse contato já me fez soltar um gemido baixo, denunciando minha situação vergonhosa.

— Ah, Lauren.. — Camila disse praticamente num gemido também, enquanto uma de suas mãos saía do meu cabelo e ia até minha cintura, aproximando mais ainda nossos corpos e causando um contato direto das nossas intimidades. 

Nessa hora nem ao menos tentei segurar o gemido que agora veio alto e arrastado, e ao ouvir Camila gemendo do mesmo jeito... só o que posso dizer é que ela está me devendo uma calcinha.

— Camila.. — eu nem sei o que queria dizer, só sei que amo falar seu nome, porque até o nome dessa mulher é sexy!

As suas duas mãos apertavam o tecido do meu pijama, enquanto ela fazia uma trilha de beijos do meu pescoço até meus lábios, tomando minha boca com vontade e iniciando um beijo repleto de desejo. Enquanto nossas línguas dançavam aquele ritmo perfeito, Camila movimentava lentamente seu corpo, pressionando o meu contra a parede e me levando à loucura. Eu prendi seu lábio inferior entre meus dentes e levei minhas mãos até sua bunda, apertando e a trazendo mais pra mim, aumentando ainda mais o contato dos nossos centros, o que fez Camila gemer na minha boca.

Porra!

Eu estou a ponto de explodir!

Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, senti ela me puxando e virando nossos corpos já desencostados da parede, e assim me guiando em direção à cama, mas sem separar a boca da minha por um segundo sequer.

Após poucos passos chegamos na cama, e Camila foi me deitando lentamente sobre os lençóis. Fui me apoiando com os cotovelos e subindo de costas até chegarmos na altura dos travesseiros.

Camz estava por cima de mim e sorria de um jeito sexy e ao mesmo tempo encantador. Como ela consegue eu não sei, só o que sei é que sou completamente trouxa por esse sorriso. Na verdade sou completamente trouxa por essa mulher inteira.

Camila

P*** que P****!

Eu não sei outra maneira sem ser com palavrão pra expressar o que eu tô sentindo agora.

Faz alguns meses desde que estive com uma mulher, mas nada se compara a isso aqui. Lauren me deixou louca apenas com o atrito dos nossos corpos.

Sempre fui apenas “ativa”, nunca me senti confortável pra ser tocada, preferia apenas ver as mulheres sentirem prazer, já era o suficiente pra mim. Mas agora eu estou louca só de pensar na mão de Lauren passeando pelo meu corpo, da sua língua quente trilhando um caminho até meu centro - que nesse exato momento eu já sentia pulsar, praticamente gritando por ela.

Quando dei por mim já estava por cima dela na cama. Levei uma das minhas mãos para baixo da sua camiseta, e fui lentamente passeando por sua barriga até chegar em seus peitos. Minha outra mão deve ter ficado com inveja, porque sem nem perceber eu já tinha minhas duas mãos nos seus peitos perfeitos. Apertei com a força certa, massageando sem pressa enquanto me movimentava por cima dela e a ouvia gemer meu nome com os olhos fechados.

Porra, não existe nada mais excitante do que Lauren Jauregui gemendo seu nome e totalmente entregue a você!

Eu já estava completamente molhada... ela não faz ideia do que causa em mim.

Fui distribuindo beijos por seu pescoço e descendo até a parte descoberta da sua barriga, passando a língua lentamente abaixo do seu umbigo, sentindo-a se arrepiar e arquear a cintura.

♪ Ding Dong ♪

TÁ DE BRINCADEIRA?!

— Mas o quê..

A campainha tocou novamente interrompendo minha frase. Eu já havia saído de cima de Lauren, e no momento nos encontrávamos sentadas na cama olhando uma pra outra com caras de frustração, com as roupas amassadas e as respirações falhas.

A campainha tocou pela terceira vez e Lauren levantou rapidamente da cama, abrindo a porta do quarto e seguindo a passos largos até a porta de entrada da casa. Segui minha morena e estava a alguns metros dela quando a vi olhar pelo olho mágico da porta.

— Oh Meu Deus!

O desespero era claro no seu rosto enquanto ela girava a chave para abrir a porta, e a essa hora eu já havia corrido e chegado a seu lado. Antes que eu tivesse tempo de perguntar o que estava acontecendo, ela abriu a porta e eu vi um casal de cerca de 60 anos, a mulher segurava Isa no seu colo.

A pequena tremia e sua cabeça suava.

Tudo aconteceu muito rápido nos minutos seguintes. Lauren pegou Isa no colo e a senhora, que deduzi ser Dona Patrícia, mãe de Ally, falou que tentou ligar nos celulares de todas, e só então lembramos que nossos celulares estavam desligados porque é um costume das meninas quando se reúnem, pra curtirem totalmente a companhia umas das outras. Ela também disse que ligou pro telefone fixo, que só dava ocupado. Olhamos para a mesinha onde ele se encontrava na sala e constatamos que estava fora do gancho. Lauren ficou se culpando por ter esquecido de religar o celular e por não ter encaixado o telefone corretamente na base quando finalizou a ligação pra pizzaria mais cedo, e eu tentava tranquiliza-la dizendo que ela não tinha culpa. Dona Patrícia disse que não levou a pequena no hospital particular aqui da região porque estava sem a carteirinha do convênio de saúde de Isa, e o hospital público mais perto fica há cinquenta quilômetros daqui.

A essa hora as meninas já tinham acordado e todos se encontravam desesperados na sala. Ficamos cuidando de Isa enquanto Lauren saiu correndo pra pegar as coisas que precisava para levar pro hospital. Trocamos de roupa nos quartos em questão de segundos e num piscar de olhos eu, Lauren e Isa já estávamos no carro. Eu iria dirigindo porque ela não estava em condições. As meninas e os pais de Ally iriam logo atrás no carro de Mani. 

Lauren chorava e fazia carinho na pequena na cadeirinha no banco detrás. Isa ainda tremia muito e suava. Eu já estava ficando desesperada com aquela situação, com medo do que poderia acontecer, mas tinha que me manter firme para poder ajudar Lauren nesse momento.

Eu dirigia rápido, mas muito atenta. As ruas estavam desertas por ser madrugada, o que facilitou meu trabalho. Em dez minutos estávamos estacionando no hospital do convênio particular que Lauren possuía, e em mais cinco minutos Isa já estava sendo atendida pelo clínico geral em plantão.

Não pude entrar no consultório com Lauren, então fiquei na sala de espera andando de um lado pro outro, meu coração batia forte.

As meninas, Dona Patricia e Seu Jerry chegaram uns dois minutos depois que Lauren entrou no consultório, e ficamos reunidos na sala de espera mandando todas as energias positivas possíveis.

Infelizmente na vida nem tudo são flores, às vezes aparecem pedras no caminho. Só o que peço é que essa não seja pesada, porque Lauren já sofreu demais.

Que essa pedra só tenha aparecido para que possamos juntá-la, guardá-la como aprendizado e construir nosso castelo.  

  


Notas Finais


É... sei que não era o capítulo que vocês esperavam, levando em conta como terminou o cap anterior, maas como Camila disse, na vida infelizmente nem tudo são flores :/

Apesar de tudo, espero que tenham gostado.


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