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História Meu baterista favorito - Será relançada - Meu irmão de coração parte 2


Escrita por: DarkkSweett

Notas do Autor


Último capítulo sobre o Levi.

Boa leitura!

Capítulo 8 - Meu irmão de coração parte 2


Fanfic / Fanfiction Meu baterista favorito - Será relançada - Meu irmão de coração parte 2

Eu não sei como, mas nunca esqueci onde fica sua lápide, mesmo depois de anos. Era inverno, estava frio, mas o céu estava limpo, andei por aqueles corredores sem olhar muito para os lados e em pouco tempo, eu o encontrei. Uma lápide grande de mármore preto com uma grande placa com o epitáfio: "Viveu pouco, nos ensinou muito. Filho amado, para sempre em nossos corações." 


   Eu coloquei as flores em frente ao epitáfio, abri a lata de coca dele, coloquei junto das flores e abri a minha lata de coca. 


- Oi, mano. Sinto sua falta. - Dei um gole na coca. - Trouxe pra você também. - Olhei para sua foto na lápide. - Aconteceram tantas coisas… eu me formei em artes, mas continuo fotografando. Fiz uma turnê com uma banda chamada Nothing But Thieves para fotografar, mamãe ficou preocupada, não queria que nada acontecesse comigo, já foi tanta dor. Mas fui mesmo assim, deu tudo certo. Um ano e meio depois veio o Momentum, outra banda que me convidou para a turnê deles. E é graças à essa turnê que pude visitá-lo. Eu me sinto péssima em não vir te ver há um tempo, pra ser sincera… - Eu notei que já derramei muitas lágrimas e fui tentando secar, mas elas não paravam de cair. - eu queria evitar isso que estou fazendo agora. Eu sei que deveria ser forte, mas estar aqui só me faz querer chorar mais, você faz muita falta. Nunca mais fomos os mesmos depois que você se foi. Nunca me importei de não ser meu irmão de verdade, você cuidou e me amou como irmãos fazem e eu quero te agradecer e dizer que dói tanto, tanto… - Eu já desisti de tentar parar de chorar. - Toda vez que eu lembro de você, aquele momento aparece na minha cabeça, aquele pesadelo que foi te ver sem vida e isso me atormenta, mas eu abro minha carteira e lá está aquilo que você escreveu sobre estar vivo. Você lembra quando escreveu isso? Eu estava triste porque passei mais um aniversário sem receber pelo menos uma ligação da minha mãe verdadeira e tinha terminado um namoro idiota. - Ri e revirei os olhos. - Você não disse nada, bateu na porta, entrou no quarto, escreveu aquilo e saiu. E agora, eu estou aqui chorando por um motivo muito maior do que aqueles. Enfrentando demônios maiores. Era muito difícil ler a parte de estar com quem te faz bem. Como poderia estar com quem me faz bem se você não está mais aqui? Eu não sei se agora você está aqui, se está me ouvindo ou se eu só estou falando  e chorando sozinha, mas hoje eu entendi, eu senti o que é estar com pessoas que me fazem bem, depois de anos, eu senti. Lembrei de você, pareceria mesmo que, por um estante, você esteve lá. Acho que é o que estou sentindo agora, aquela energia contagiante que você tinha obrigada. Se você está olhando por mim, espero que me ajude a estar sempre com as pessoas que me fazem bem, assim você sempre estará presente em memória e eu vou perpetuar isso.


   Fiquei lá mais um tempo falando sobre os caras da banda, falei o que aconteceu entre Jimy e eu, da conexão agradável que tinha com Chris, do vlog do Micky, dos cigarros estranhos do Zack e das façanhas culinárias de Justin e de como está sendo mais divertido do que da última vez. Observei mais um tempo sua foto e fui embora chorando um pouco. 


   Liguei para Chris e ele disse que estavam entrando no restaurante de Edith para almoçar. Avisei que estava indo pra lá e chegaria em breve. 


   Assim que entrei pela porta, eles me encararam como se estivessem preocupados, era evidente que eu estava com uma cara horrorosa depois de tanto chorar. 


- Lua? Está tudo bem? - Jimy se levantou da mesa mas não saiu do lugar.


- Eu só preciso lavar as mãos, então eu já volto. 


- Eu te acompanho, querida. - Ginia se levantou e foi comigo até o banheiro. 


- O que houve? Está tudo bem? - Ginia questionou com preocupação ao entrarmos no banheiro.


- Eu fui ver Levi, mas agora estou melhor, chorei tudo que precisava chorar lá. - Respondi enquanto lavava as mãos. 


- Quem é Levi? Ele te fez mal? - Ginia perguntou colocando uma mecha de cabelo meu atrás da minha orelha. 


- Oh, não. Ele me fez muito bem, mas infelizmente não está mais aqui.


- Sinto muito, não quis ser invasiva. - Ela respondeu adiantada.


- Não se preocupe quanto à isso. Só não comente com os caras lá fora. 


- Prometo que não farei isso. - Ela me estendeu a mão. - Agora vamos, você precisa comer.


Segurei sua não e voltamos para o salão. Mais uma vez ela foi como uma mãe. 


   O pessoal não perguntou o que houve e isso me agradou, na verdade eles me animaram de novo e de novo eu senti um pouco de Levi ali. 


   Andamos pela cidade, fizemos compras, comemos mais, brincamos e conversamos muito, foi um dia feliz, pra falar a verdade. Hoje eles também encontraram alguns fãs e tiraram algumas fotos com eles.


   Mais tarde voltamos ao trabalho, faltando uma horas para o início do show e sendo começo da noite, estranhei meus pais não terem ligado, mas ao conferir suas mensagens, viu que sua mãe havia mandado alguma coisa e foi conferir antes de começar o trabalho: 


   "Olá meu bem, como vai? Seu pai e eu viemos visitar Levi e saímos de lá não tem muito tempo. Você apareceu por lá também, não é? Tenho certeza que, onde quer que esteja, ele ficou feliz pela homenagem. Pensamos em encontrá-la para vermos como você está, mas não vou mentir que não estou muito bem e por isso decidimos voltar para a casa, por favor me perdoe. Mas passamos na Edith e ela me disse que vocês estiveram lá, que você estava sendo forte e que tinha boas pessoas para te ajudar. Acho que esses meninos são bons para você. Coma direitinho, se cuide para não ficar resfriada e dê notícias. Bom trabalho e até depois. Nós te amamos."


   Meu coração apertou, não conseguia imaginar como era para ela perder um filho. Claro que compreendia sobre ela não estar bem, jamais ficaria brava por não tê-los visto.


   Mais um show, mais um trabalho, mais uma noite animada. Eu realmente estava pensando em fazer esse tipo de trabalho para sempre. O local estava lotado, fãs gritavam e cantavam, era lindo de ver, era lindo de capturar. Eu queria mesmo saber como era estar em cima de um palco sendo responsável por momentos tão empolgantes de muitas pessoas, deveria ser extremamente satisfatório. 


    Ao sair do banho mais tarde, Justin e Jimy decidiram tomar banho no ônibus e dei de cara com eles na porta do banheiro com suas toalhas e roupas em mãos. Jimy foi primeiro e não posso mentir que vê-lo pós banho era muito tentador, seu cheiro era maravilhoso, seus cabelos molhados… era tão bonito, as vezes eu só queria voltar naquele quase beijo nosso, mas tinha que tirar essa ideia da cabeça.


- Ah, Lua. Tenho uma coisa pra você. - Jimy foi até sua cabine e voltou com um pequeno embrulho nas mãos. 


 - Era um colar com um pingente com as iniciais da banda. 


- Todos temos um, faltava o seu. Foi bem complicado de negociar para retirá-lo na loja hoje mesmo, mas eu cuidei bem dessa parte. - Ele sorriu tímido, era a coisa mais fofa. - É um presente nosso. 


- Você mostrou uma parte sua para nós hoje, uma parte que aparentemente é uma ferida aberta ainda, fizemos o nosso melhor para tornar o seu dia melhor. Somos uma equipe, cuidamos uns dos outros. - Zack chegou se sentando no outro sofá e Jimy sentou ao meu lado. 


- Nesses momentos com todos aqui, temos que contar com a amizade de todos, então não carregue tudo sozinha, certo? Você não precisa dizer o que é, mas se te dói, peça ajuda. - Chris disse e Micky chegou se sentando ao lado dele e Justin saiu do banheiro.


   Acho que era hora de contar. Eles estavam se levantando quando perceberam que ia falar alguma coisa e voltaram. 


- Levi. É o nome dele. Ele era filho da Luna de seu primeiro casamento. Mas desde que ela começou a namorar meu pai, estávamos sempre em contato, nós éramos irmãos. Quando me mudei para cá, ele estava no último ano do ensino médio e eu no primeiro, ficamos mais próximos que nunca. Sempre dizíamos que éramos irmãos, pois era a coisa certa. Quando iniciei na faculdade, ele estava para se formar em Letras. Nessa mesma data à quatro anos atrás, ele estava voltando da universidade para passar o feriado conosco, eu estava em uma festa numa casa na avenida principal e ele ia pra lá também e mais tarde íamos para casa. Mas ele nunca chegou. Eu estava com amigos o esperando quando escutei um barulho estrondoso vindo da pista, minha intuição alertou-me na hora e corri para ver o que aconteceu. Lá estava ele, com metade do corpo para fora da janela do banco do carona do carro de seu amigo. Eles tinham batido com um caminhão num cruzamento e capotou diversas vezes. O motorista do caminhão atravessou o cruzamento descuidadamente e deu no acidente. Ele morreu na hora, mas eu me recusei a deixá-lo até que o levaram de lá. Foi a pior sensação da minha vida. Luna vai visitá-lo na data de sua morte todo mês até hoje. Eu parei de ir alguns meses depois do ocorrido por não aguentar, e hoje, nessa coincidência de estar aqui justo hoje, vi que estava forte o bastante para vê-lo. Eu sou muito grata por terem me apoiado mesmo sem saberem e por serem pessoas boas, foi muito importante para mim. Eu também queria dizer que mesmo em pouco tempo, gosto muito de estar com vocês. Obrigada.


   Estava quase chorando quando senti um abraço me envolver era aquele perfume bom… Jimy. Sinceramente não importava se iam achar estranho, mas eu só o abracei, abracei forte e afundei meu rosto em seu pescoço e chorei. Ele fazia carinho em minha cabeça e mais tarde senti outros abraços, eram os outros caras. Outro abraço em grupo.


 Quando eles saíram do abraço, Jimy ainda me abraçava como no início. 


- Eu cuido disso, podem ir. - Jimy respondeu. Todos deram boa noite enquanto eu me afastava e ele me observava. 


- Obrigada à todos, mesmo. - Eu os olhei antes que fossem dormir.


- Vou fazer um chá, fique aí. - Jimy se levantou e foi até a bancada ao lado do sofá. - Quero ficar mais um pouco com você. 


Notas Finais


Caso tenha algum erro, venho pedir desculpas pois fazer tudo pela celular é uma m**da, eu revisei, mas se algo ficou de fora me desculpem. Outro aviso: o próximo capítulo será o último antes de avançar bastabte no tempo e vou logo para a folga de final de inverno da turnê... serão muitas emoções rs

Obrigada por ler!


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