História Meu Caminho Errado- Kim SeokJin - A Caminho de Matar a Saudade.

Eu estou parada na porta esperando o momento de ele sair por ela. Eu estou a mais de três minutos em pé no mesmo lugar olhando para o homem em minha frente, que algumas vezes me olhava nos olhos e depois para minha pequena deitada na cama. Seu rosto perdeu a cor e ele piscou algumas vezes antes de dar alguns passos para trás um pouco tonto. Minha escrivaninha ao lado da minha cama serviu como apoio para Seokjin. Além de pálido está suando.

Saindo da porta fui de encontro ao homem que estava ofegante. Passei a mão em seu rosto suado e levantei sua cabeça que estava olhando para o chão. Seus olhos estão confusos, perdido e ao mesmo tempo vazios.

– Seokjin...Você está....bem?– Perguntei

Uma de suas mãos que o apoiavam escorregaram e ele se desequilibrou o fazem cair um pouco para o lado. Lhe segurando pelo braço para não cair, entrei em desespero.

– Ei– O segurei mais forte quando escorregou mais uma vez.

Eu não iria conseguir segura-lo para não cair, esse homem é dez vezes mais que o meu tamanho, é mais provável que nós dois caiamos no chão.

– O que você está sentindo? Me conta.– Perguntei avaliando seu rosto.

Sua cabeça se moveu de um lado para o outro dizendo que ele está bem. Não, ele não está bem.

– Assim não vai ter como eu te ajudar.

Ele levantou a cabeça para cima, respirando descontroladamente, sua boca o ajuda a colocar todo o ar em seu pulmão. Quando eu soltei seu braço para abrir os primeiros botões de sua camisa, ele caiu sentado no chão.

– Ei, Seokjin– O chamei– Vernon, Vernon me ajuda– Gritei desesperada.

Desabotoando sua camisa. Procurei algo que o apertava, e abri o botão de sua bermuda e em seguida abaixei o zip. Vernon entrou no quarto, e deixou um xingamento escapar por sua boca ao ver Seokjin no chão com as costas na escrivaninha.

– O que aconteceu?– Perguntou se aproximando e deu alguns tapas leves no rosto pálido de Seokjin para ver se reagia.

– Eu contei para ele sobre a Jinjoo– Falei em desespero.

–Droga!– Vernon soltou– Está me escutando, Jin?– Vernon perguntou para Seokjin que balançou a cabeça.– Apenas preste a atenção na minha voz, consegue?– Ele balançou a cabeça mais uma vez.

Eu estou me sentindo inútil e culpada, comecei isso tudo gritando com ele sem saber o que ele acharia e contei tudo sobre jinjoo sem antes perguntar se ele está preparado para saber, apenas soltei. Se levantando, Vernon pegou meu travesseiro colocando o em meu colo, antes de voltar a falar com Seokjin.

– Vou te ajudar a deitar.

Segurando o mais velho, Vernon colocou a cabeça do mais alto em meu colo com cuidado. Sua respiração ainda está acelerada, seu peito sobe e desce rapidamente tentando encontrar mais ar.

– Ele está tendo uma crise.– Me informou.

Agora estou me sentindo ainda mais que inútil, mas eu não sabia que ele podia ter crises, para mim é mais fácil eu ter crises do que ele. Porém, hoje eu percebi que qualquer pessoa pode ter crise, independente de ela ser mais alta, mais baixa, mais magra, mais gordinha ou mais saudável. Eu não sabia o que fazer a não ser olhar tudo que Vernon estava fazendo. Tirou o celular do bolso de Seokjin junto com a carteira e chave do carro, abriu mais sua camisa abaixando um pouco mais sua bermuda. Ao olhar para Seokjin, faltava pouco para ele perder a consciência, seus olhos estão fechados, suas sombrancelhas estão franzidas e sua mão não tinha nem força para apertar a minha quando eu a peguei.

– Jin, respira devagar. Coloca o ar para dentro– Seokjin o fez– Agora para fora– soltou o ar.– Repita com calma.

Meu irmãos me olhou, dizendo sem sair som que iria pegar um copo com água.

– Me desculpa, eu não sabia..– Falei sem conseguir terminar.

Meus olhos se apressaram em reproduzir minhas lágrimas as fazendo cair por minha bochecha. Estou com tanto medo e nervosa em vê-lo nesse estado que eu nem sei como ajudá-lo.

– Me desculpa, por favor– Passei a mão em seu rosto que está com menos suor.

Ele balançou a cabeça e abriu os olhos, me olhando segundos depois que os abriu, teve um pouco de força para apertar meus dedos. Aproximando-me de seu rosto, deixei um beijo em sua testa.

– Estou me sentindo muito culpada, eu sou o motivo de você está assim e...– Olhei para os lados muito nervosa.

A procura de algum lugar para me salvar de tanto que eu me sinto culpada.

– Não...se.sinta...assim– Ele falou com difículdade em sua voz.

Forçando um sorriso, ele me olhou da forma mais doce mesmo estando nesse estado. Eu que devo o acalmar, não ao contrário, ele que é o paciente agora.

– Mesmo que você fale, não vai passar– Falei sincera.

Com a minha mão que estava livre, passei por minhas bochechas molhadas e tentei me controlar para não solta mais lágrimas e o deixar preocupado.

– Por que... não.me. Contou antes sobre a Jinjoo?

– Podemos conversar sobre esse assunto mais tarde?– Perguntei enquanto ajeitava seu cabelo.

Olhando seu peito desnudo, que estava ficando um pouco mais controlado, coloquei minha mão ali, para sentir seu coração que batia forte e acelerado.

– Está se aproveitando de mim?– Falou com calma.

– uhm?– perguntei sem entender, mas automáticamente minha mente juntou todas as palavras me fazendo assimilar o que disse– Que? Não!– no mesmo momento tirei minha mão.

Vernon chegou assim que ele soltou um riso fraco, se aproximando de nós dois que estávamos no chão, se agachou me entregando um copo com alguma coisa dentro, que deduzi ser açúcar. Ajudando Seokjin a levantar de meu colo, Vernon o olhou estreitando os olhos.

– Já está rindo, então está melhorando.

Depois de darmos atenção a Seokjin, esperamos que a respiração dele voltasse ao normal, e nisso me falou que tem crise situacional que é quando ele recebe a notícia de algo que não esperada, como a morte de algum ente querido e entre outras coisas que o faz ficar assim. Meu coração apenas voltou ao normal quando ele voltou ao normal, minha filha agora estava sendo olhada por Lilian que chegou de algum lugar. Espero que minha filha me perdoe por a deixar assim, mas eu precisava ajudar seu pai que estava quase morrendo em minha frente.

Alguns minutos depois parecia que nada havia acontecido com ele, já estava tagarelando com Vernon e se divertindo com algumas coisas que sua filha fazia. Me sentei ao lado dele no sofá da sala o fazendo me olhar. Eu ainda me sinto culpada pelo acontecimento anterior, e já me praguejei tantas vezes para ver se esse peso saía de minhas costas, mas nada adiantou. Sua destra foi para minha perna, dado algumas batidas em minha coxa, dando um leve sorriso. Se levantando e pedindo que eu o seguisse, o fiz. Saindo de casa ele entrou no carro e trancou as portas, colocando uma música suave soltou um ar antes de começar a falar.

– Me diga, por que escondeu de mim?– Suas palavras saíram sérias.

Meu corpo se estremesseu ao ver seus olhos sérios direcionados a mim que estou sentada ao seu lado do banco do motorista.

– Eu tive medo de você rejeitar ela.– Confessei.

Abaixando a cabeça, olhei para a minha mão sem coragem de olha-lo.

– Mas eu sou o pai dela– Passou a mão em seus fios.

Colocando sua cabeça deitada para trás, ele endireitou o assento para que ficasse um pouco mais deitado e fechou os olhos.

– Eu deveria saber, HaeWon.– Cruzou os braços ainda de olhos fechados.

Me apressei em admirar seu rosto, tão Angélical e doce. Não haviam marcas de expressão nem espinhas. Suas bochechas são tão suaves, me lembrei delas na palma da minha mão da última vez que as toquei, são tão sensíveis que, ao encostar, parece que vai machucar-las. Rosadas e lindas. Seus lábios são lindos e bem desenhados, convidativos e chamativos ao meus olhos. Quando seus lábios estão juntos aos meus, é uma sensação maravilhosa, coisa de outro mundo, eu me perco totalmente e esqueço o que estou pensando, é como se seus lábios dessem uma limpeza em meu cérebro, que eu não penso nada sem ser em beijá-los com toda vontade que tenho. Agora eu quero beijá-los, para lembrar da sensação de meses atrás, eu estou toda arrepiada apenas de lembrar pequenas cenas e toques quando estamos em um ósculo.

–....eu vou te beijar– Sai dos meus pensamentos quando escutei suas palavras.

– O que?– Olhei para seus lindos olhos castanhos que estão me estudando descaradamente.

– Eu falei que se você continuar me olhando assim, eu vou te beijar.– Ele repetiu

Sua voz de repente ficou tão sedutora que me fez morder o lábio inferior involuntariamente, eu não consegui segurar. Meus olhos se fecharam tentando bloquear o que estou pensando antes que ele descobrisse o motivo de que estava olhando-o tão intensamente. Escutei nitidamente ele respirar funto e uma de suas mãos ir para a minha coxa e apertá-la mais forte do que antes, fazendo-me abrir os olhos para olha-lo. Está crescendo tão do nada uma tensão entre nós dois, e mais uma vez eu que comecei olhando-o como eu olhei.

Seus olhos não saíram de mim até escutarmos um barulho do lado de fora do carro que ele não deu muita importância, a música que começa a tocar, deixou o ambiente mais quente entre nós dois, dessa vez eu respeirei fundo para não me descontrolar e fazer alguma coisa que não fosse certo da minha parte.

"Quanto tempo você esperou por mim"

" Eu vou fazer você sentir isso"

"Garota, eu vou fazer você dizer"

A letra da música está tão nítida que Seokjin voltou a apertar minha coxa deixando um barulho sair por sua boca. Minha respiração falhou e dentro do meu peito começou a se agitar com seu simples aperto em minha coxa.

"Seu pescoço, suas pernas, seus seios e seu corpo"

Todos os lugares que falou ele olhou com os olhos intensos e pegando fogo, me fazendo reagir a isso, com arrepios da cabeça a ponta do pé. E está se crescendo ainda mais esse fogo dentro de mim. Antes eram apenas brazas, mas seus olhos os fizeram queimar e acender deixando meu corpo totalmente em chamas. Aproximando de uma forma lenta para meu pescoço, espalhou alguns beijos pela região me fazendo apertar o assento. Nosso desejo agora é intenso e grande, são tempos sem nos ver, e eu entendo porque está acontecendo agora, estamos sozinhos. Caso Jinjoo não estivesse no quarto, isso teria acontecido lá. Sua respiração está ofegante e acompanhava a minha que está acelerada. Segurando em minha nuca, puxou minha cabeça um pouco para o lado tendo mais livre acesso a meu pescoço, subindo para meu ouvido puxou meu lóbulo com o dente gemendo baixo em meu ouvido. Para mim naquele exato momento eu perdi minhas forças e esqueci que estavamos dentro de um carro e na rua. Todos que passassem podiam nos ver. A mão que estava em minha coxa, foi para minha cintura e me puxou para perto dele, aquele local foi apertado por ele e eu me contorci e mordi meus lábios para que nada saísse por minha boca. Sua mão subiu para dentro da minha blusa de dormir com intenção de pegar um de meus seios. Foi questão de segundos minha mente me lembrar que eu estava dentro do carro de Seokjin.

– Seokjin– O chamei com difículdade.

Não recebi nenhum resposta do mais velho, me fazendo chamar atenção dele outra vez.

– Estamos no carro– O lembrei.

Sua mão saiu debaixo da minha blusa e seus beijos foram parando aos poucos.

– Merda!– Xingou– Estou excitado para caralho– Revelou.

Se afastou um pouco de mim e olhou para si em direção a sua bermuda, acompanhei seus olhos e o vi apertar aquele local mais duro.

– Entra, depois eu vou para ver a Jinjoo– Destrancou a porta do carro.

Saí sem olhar para trás, mas uma coisa eu tenho certeza, ele está me olhando, sinto seus olhos em peso na minhas costas. Assim que entrei me deparei com Vernon e Lilian juntos no sofá dando mamadeira para a pequena. Agora eu me sinto uma mãe desnaturada.

– O Jin foi para casa?– Vernon perguntou.

Olhando para o lado a procura de alguma resposta, pensei em apenas omitir.

– Ele está fazendo um negócio no carro.– Dei de ombros para mostrar que eu não estava me importando tanto.

Agradeci por eles olharem a pequena enquanto eu estava "conversando" com Seokjin. Da próxima vez, para conversarmos sobre esse assunto, tem que ser em algum lugar público e com pessoas, porque se não for assim, a saudade vai falar mais alto, e vai ser como foi agora pouco. Zero diálogo. Peguei a pequena e esperei Seokjin entrar para vê-la. Meu corpo agora começa a se tranquilizar e me forcei a esquecer o que aconteceu para que nada me fizesse voltar a aquele evento. O evento com mais tensão e quente que já participei.