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História Meu Caminho para a Luz - Confissões e Espionando


Escrita por: Nathymaki

Notas do Autor


Yoo galera!!!
Como estão?? *papo furado de autora sem ideias*
Ok, esquece!
Bom, o capítulo saiu meio parado e besta, eu admito, mas eu estou tentando terminar essa parte o mais rápido possível. Vamos dar um pequeno (pra não dizer grande) pulo no tempo.
Espero que gostem!!
Boa Leitura!

Capítulo 19 - Confissões e Espionando


Fanfic / Fanfiction Meu Caminho para a Luz - Confissões e Espionando

Tentei tirar as mãos que cobriam os meus olhos, mas a pessoa me impediu e ficou lá, rindo da minha cara. Aquela risada me lembrou algo.

- Loke?

- Estou decepcionado, demorou muito para descobrir. – ele sorriu tirando as mãos dos meus olhos e entrando na água comigo.

- Ei, você tem que... – comecei, mas logo me interrompi notando que ele já estava vestido para isso. Meu olhar passou por seu corpo meio que sem querer, mas também, quem não olharia? Ninguém aqui é santo.

- Tenho o quê? – ele perguntou. Desviei o olhar.

- Nada, nada não. – falei. “Alguém, por favor, dê uma roupa pra ele!” pensei voltando a olhar para o céu e tentando não deixar transparecer nada. – Então, você estava me seguindo?

- Não, ou melhor, quase. Eu acabei acordando com os roncos do Natsu e saí para tomar um pouco de ar, foi então que eu te vi indo em direção a floresta e resolvi te seguir só pra ver se estava tudo bem. – “Sei, de roupa de banho e tudo?” pensei sem acreditar - Afinal, - ele sorriu – eu sei o quanto você ficou assustada com aquelas histórias. – senti meu rosto esquentar.

- Hum. – virei a cara, o que o fez rir.

- Então... – ele começou meio inseguro. – você pensou naquilo?

- Naquilo o quê? – perguntei sem entender, mas ao olhar em seus olhos tudo ficou claro. – Ah, naquilo. Sim, eu pensei muito.

- E...

- E, antes da resposta, você vai ter que me responder uma pergunta. – ele hesitou, mas acabou concordando. – Tem algum outro motivo pra você ter me pedido isso? – ele me encarou, seu olhar era um misto de surpresa e tristeza. Quase o mesmo olhar que eu havia visto na noite em que ele fizera o pedido, só que, naquele dia, também havia uma pontada de arrependimento. Ele sorriu um pouco.

- Você não perde tempo, não é? – ele suspirou. – Às vezes você me faz lembrar dela. – “Sabia.” Pensei comemorando por dentro, mas permanecendo calaada por fora, esperando que ele continuasse. – Ela também era assim, se importava mais com os outro do que com si mesma. – concordei, esse era um dos meus pontos fracos, Jellal sempre me dizia que isso ainda me causaria muito problema e eu detestava admitir, mas ele tinha razão.

- Entendo. – falei calmamente. – Então você está me usando para esquecer ela.

- Nossa, mais direto impossível. – dei de ombros. – Mas é quase isso mesmo. Mesmo eu sendo um conquistador barato, você é legal comigo. – abri a boca para replicar, mas ele acrescentou rapidamente. – Eu sei que isso não importa, mas para a maioria das pessoas é a única que vale. Por isso gosto tanto de você. Você não é como os outros.

Fiquei calada por uns instantes, absorvendo a verdade em suas palavras. Senti que ele me observava, atento a qualquer reação que eu pudesse ter. Suspirei e, em seguida fiz uma coisa que nem imaginei que pudesse fazer um dia. O puxei para um beijo. Senti seus lábios sorrirem sob os meus.

- Vou tomar isso como um sim. – ele me puxou para mais perto.

- Não se apresse tanto, considere mais como um teste-drive. – sorri.

- Teste-drive? E desde quando eu virei um carro?

- Desde que eu quis, oras. – ri.

***

- Você e o Loke estão namorando?! – gritou Erza fazendo com que algumas pessoas que estavam perto nos olhassem surpresas e curiosas. Eu estava caminhando com Erza no dia seguinte, após o almoço, ela estava ansiosa para descer as corredeiras e me arrastara justo para isso.

- Isso, grita mais, vai que alguém escuta. – revirei os olhos, dica para um ótimo jeito de começar uma fofoca, contar um segredo a alguém. – E eu já te disse que não é certeza, está mais para um teste-drive. Se eu gostar eu pego. – ela me olhou sem acreditar e balançou a cabeça.

- Você é inacreditável. – suspirei e dei de ombros.

- Só prometa que não vai contar a ninguém. – implorei.

- Não precisava nem pedir. Eu sei guardar segredo. – ela me olhou ofendida.

- Aham. Foi o que você disse da última vez. – falei cética.

- Acredite em mim, - falou enquanto me puxava para o barco. – Ninguém vai saber de nada.

***

- Qual parte de não contar a ninguém você não entendeu? – perguntei furiosa durante o intervalo, no dia seguinte ao voltarmos do acampamento. Pelo visto o boato correra mais rápido que pólvora, e, a essa altura, todos já estavam sabendo, se não, já suspeitavam.

- Acho que tudo. – Erza respondeu em um tom culpado. – Foi mal, Lucy. – suspirei, o que eu podia fazer? Já estava esperando por isso mesmo.

- Eu sabia que ia dar nisso...

- Ah, Lu-chan, o que tem de mais? É só uma fofoca. – Levy falou tentando me animar. – Tente ver o lado bom das coisas.

- Diga isso a elas. – apontei discretamente para um grupo de garotas que conversavam ali perto e lançavam olhares venenosos a cada cinco segundos na minha direção. – E qual é o lado bom, mesmo?

- Você finalmente desencalhou. – elas riram.

- Olha só quem fala. – falei sarcástica, mas elas continuaram rindo. – Sabia que eu odeio vocês?

- A gente também te ama. – Erza revirou os olhos parando de rir.

- Mas é sério, nada vai dar errado. – falei, mas sem acreditar em minhas próprias palavras. Elas deram de ombros e voltaram para a sala quando o sinal tocou. Revi novamente o que havia dito e percebi que era apenas o que eu queria que acontecesse, e, esperava com todas as minhas forças que fosse a realidade.

*** Quebra de tempo *** 3 meses depois ***

- Você não pode me deixar aqui sozinha, criando raízes enquanto espero feito uma idiota por você. – reclamei e ele revirou os olhos aparentemente inflexível com a decisão. Já fazia três meses desde que começamos a namorar - fato que não foi muito bem aceito por alguns, mas eu não me importava, nunca me importei, e esse foi o problema, eu deveria ter escutado mais - e desde então, todas as noites, ele parecia ter algo muito importante para fazer, algo esse que o impedia de ficar um pouco comigo.

Certo, eu podia afirmar com toda a certeza que não estava com ciúmes, isso não fazia o meu estilo, mas digamos que eu estava curiosa ou até mesmo levemente desconfiada. Encarei seus olhos e pude ver que o meu pequeno discurso não surtira efeito algum, ele continuava decidido.

- Sinto muito, Lucy. – ele beijou a minha testa afetuosamente e se dirigiu para a porta. – Eu só queria que você entendesse. – disse e saiu.

Suspirei. Eu também queria entender, mas a sensação de que ele estava escondendo algo não passava. E se eu estava me sentindo assim, só havia uma solução. Era hora de bancar a Sherlock Lucy.

***

- Você tem certeza mesmo disso? – Erza perguntou enquanto espiava pelo arbusto para checar se não havia ninguém ouvindo.

- Tenho certeza. – falei decidida. – Você vai me ajudar? – perguntei. Ela franziu o rosto, pensativa. – Por favor, Erza, vai... – implorei.

- Tudo bem. – ela suspirou, cedendo finalmente. – O que quer mesmo que eu faça?

- Só fique de olho nele e me avise quando ele sair, eu vou estar esperando.

- Vem cá, precisamos mesmo ficar escondidas aqui? – ela suspirou, irritada. – O sinal já vai tocar.

- Ei, que parte de “missão detetive” você não entendeu? – balancei a cabeça sem acreditar. – Se quer fazer um bom trabalho, te que fazer tudo direito, incluindo os esconderijos. Nos filmes, eles sempre se escondem antes de passar as informações secretas. – isso fez com que ela risse.

- “Informações secretas”? Ai você não existe mesmo...

- O quê? – reclamei com as bochechas queimando.

- Do que estão rindo? – Levy perguntou quando nos aproximamos.

- De nada. – falei imediatamente.

- De mais um dos planos malucos da Lucy. – Erza falou e eu lhe lancei um olhar irritado.

- Tinha que ser. – Levy também riu. – E o que é dessa vez? – perguntou, mas antes que Erza começasse a falar, eu tapei sua boca dirigindo-lhe um ohar duro.

- A sua promessa, lembra? – ela suspirou, mas não falou nada. Respirei aliviada, meu plano perfeito não podia ser arruinado por uma simples fofoca.

Não prestei muita atenção nas aulas seguintes, estava ansiosa pela noite, e pelo que iria descobrir. Antes de a última aula acabar, revi o plano mais uma vez com Erza. Ela seguiria Loke até a casa dele e ficaria observando até o momento em que ele saísse, e então me ligaria e eu passaria a segui-lo. Caso ele a visse, ela justificaria que tinha ido comprar algumas coisas, já que ele morava perto de uma lojas.

- Tudo certo, né? – perguntei e ela assentiu. – Então eu saio primeiro, como sempre, ele vai me encontrar no portão antes de ir. Depois você vai, ok? Então daqui a pouco.

Quando o sinal tocou, saí da sala calmamente e fui até o portão. Esperei por uns minutos e logo avistei Loke através da multidão. Ele caminhava com as mãos nos bolsos e de cabeça baixa, parecia estar tentando resolver algum problemas. Me aproximei dele e notei que seu olhar estava um pouco triste.

- Está tudo bem? – perguntei em voz baixa. Ele levantou a cabeça e sorriu, um sorriso meio forçado se quer saber.

- Lucy. Sim, está tudo bem, – falou passando o braço pelos meus ombros. – por enquanto. – murmurou para si mesmo, mas eu ouvi. – Ouça, eu sinto muito por ontem, eu realmente queria...

- Eu sei. – o interrompi. – Eu entendo.

- Entende? – ele me encarou surpreso e meio desconfiado.

- Bem, se você não pode me contar, o que eu posso fazer? – dei de ombros. – Só me resta aceitar.

- É, acho que sim. – ele me olhou parecendo não aceitar muito bem a idéia. Fiquei nervosa, com medo de ter exagerado demais.

- Bem, eu tenho um trabalho para fazer e entregar amanha, então vou indo. – dei um selinho nele. – Te vejo mais tarde, eu acho. – ele deu um meio sorriso e eu saí.

Pronto, fase 1, completa! Agora era só esperar que Erza ligasse, e isso me dava tempo mais que suficiente para ir em casa e trocar de roupa. Após um banho rápido, coloquei um short jeans com umas correntinhas que tilintavam um pouco e uma blusa preta de mangas compridas com um capuz, amarrei o cabelo na metade e enfiei os pés nos tênis. Com isso, corri de volta para a casa dele, meu plano era ficar o mais perto possível para que eu pudesse segui-lo sem ser vista.

Estava prestes a virar a esquina, quando meu celular vibrou – eu tinha colocado no silencioso, só por precaução. Era Erza. Atendi.

- Ele saiu? – perguntei.

- Sim, mas...

- Ótimo, valeu pela ajuda e... – ela me interrompeu, parecia ansiosa.

- Não, escuta, ele...

- Eu sei, fico te devendo uma, eu... – ela me interrompeu novamente, a voz soando ainda mais nervosa.

- Lucy, ele está indo na sua direção!

- O quê? – levantei o olhar e vi uma sombra aparecer lentamente. “Puta merda, o que eu faço?”. Olhei para os lados me sentindo encurralada, e fiz o que qualquer pessoa na minha situação faria. Pulei nos matinhos bem cuidados de uma casa e me encolhi, torcendo para que ele não tivesse visto nada.

O som de passos estava perto, cada vez mais perto. “Por favor, vá embora, vá logo...” pensei desesperada, com os dedos cruzados. Aos poucos, os passos se afastaram, mas eu continuei escondida, esperei o silencio tomar conta do ambiente para respirar aliviada. “Foi por pouco.” Suspirei saindo do esconderijo, se é que eu podia chamar aquilo de esconderijo.

E com esse pequeno acontecimento, puxei o capuz da blusa e fui atrás dele. Ele andava calmamente, mas estava claro como água que alguma coisa o perturbava e, apesar do andar altivo, seus olhos estavam da cor da tempestade, sem contar que ele não estava sorrindo nem piscando para outras garotas. E isso era uma coisa gravíssima.

O caminho por onde passava era bem familiar, mas eu não conseguia lembrar por quê. Quando ele finalmente parou, corri para trás de uma árvore e olhei o que ele observava com tanta atenção, imediatamente percebi o porquê de achar o caminho tão familiar. Estávamos no hospital. Mas o que ele viria fazer no hospital todos os dias? Era para isso que eu estava ali. Para descobrir a verdade.

O segui até a recepção, e, enquanto eu fingia falar com uma das recepcionistas, acabei entreouvindo o que ele dizia:

- Quarto 206, por favor. – a atendente apertou um botão e digitou alguns comandos.

- Pode ir. Boa sorte dessa vez. – ele assentiu com a cabeça e se dirigiu para o elevador.

- Senhorita! Senhorita! – a atendente que estava na minha frente balançou a mão em frente ao meu rosto. Pisquei para afastar os pensamentos que envolvia minha mente. – Posso ajudá-la em algo?

- Não, obrigada. – consegui dizer. Voltei para o lado de fora para tentar assimilar melhor o que estava acontecendo.

Quer dizer que havia uma pessoa, e era esse alguém que ele vinha visitar todos os dias. Mas quem seria? Senti a curiosidade arder, eu precisava dar um jeito de entrar lá. Meu olhar se deparou com uma placa onde havia escrito: “Entrada de funcionários.”

“Isso pode até dar certo.” Pensei e caminhei lentamente em direção a porta observando se havia alguém me olhando. Por enquanto, parecia que estava tudo bem.

Ao entrar, fechei a porta atrás de mi e passei a explorar o ambiente. Em um certo canto haviam uniformes limpos, uma pilha de cobertores  e outra com toalhas, alem de um pequeno vestiário. Peguei uma das roupas de enfermeira e a vesti, enrolando a que eu estava usando em um dos cobertores e o escondendo em um canto.

Abri lentamente a porta que dava para o hospital e saí devagar, e com devagar eu quis dizer que acabei esbarrando em um carrinho daqueles que usam para levar comida. Por sorte, nada havia quebrado. Olhei para a bandeja e tive uma idéia. Alguém poderia me chamar de louca, mas pelo menos eu era uma louca inteligente – e sortuda – devia até ganhar o Oscar por melhores ideias.

Peguei a bandeja e entrei no elevador. Como eu já havia estado ali com muita freqüência - principalmente para consultas e exames - sabia que os quartos a partir do 200 estavam localizados no terceiro andar. Apertei o botão e esperei as portas fecharem, batendo o pé com impaciência.  O elevador parou no 2º andar e uma garota baixinha de cabelos curta também vestida de enfermeira entrou. Senti o nervosismo penetrando fundo em minha pele.

- Está um dia bem tranqüilo, não é? – perguntou com um sorriso.

- Sim. – respondi um pouco nervos. Por que tinha que demorar tanto? Finalmente as portas se abrira, e eu rumei para o quarto 206, parando a porta. Respirei fundo e empurrei a porta bem devagar.

O quarto era de um azul bem claro, com uma janela de cortinas brancas. Em um canto havia um monte de aparelhos eletrônicos que emitiam bibs em tons variados, todos ligados a cama. Vi na hora os cabelos de Loke, ele segurava a Mao de uma garota de pele clara e aparência frágil. Sua pele era clara e os cabelos fofos e rosados. Loke acariciava sua mão com delicadeza e cantarolava baixinho. Algo brilhava em seu rosto. Lágrimas.

Não queria ter feito nenhum barulho, mas, com certeza, no consegui conter a exclamação abafada que escapou dos meus lábios. Ele se virou. E me viu.

- Lucy?! O que... – a surpresa sufocou sua voz.  Me virei e fechei a porta. – Como você...? – ele tentou de novo, mas a voz saiu engasgada. Passou as mãos pelo rosto para limpar as lagrimas e me encarou, agora um pouco receoso. – Eu... – começou, mas eu interrompi.

- É bem que saiba mesmo, pois eu só tenho uma pergunta. – fiz uma pausa e cruzei os braços, encarando-o com o olhar decidido. – Quem é ela?


Notas Finais


Gostaram? Mereço algum comentário/favorito? Pedradas?
huehehe, ninguém adivinha quem é ela, né?
Finalmente a história está se encaminhando para a sua verdadeira trama... (Spoiler: Vai ter NaLu no próximo!! \o/)
Obrigado por lerem!!
Até a próxima!!
Kissus ^^


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