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História Meu Caminho para a Luz - Corrida contra o tempo


Escrita por: Nathymaki

Notas do Autor


Yoo Minna!!!!
Mais uma vez atrasada, mil desculpas :c
Mas esse capítulo saiu maior do que eu esperava e toda vez que eu tentava terminar ele sempre esquecia alguma coisa, por isso demorou tanto
Desculpa de novo, meus queridos
Mas chega de papo!
Boa Leitura! <3

Capítulo 39 - Corrida contra o tempo


Entrar fora relativamente fácil e sem imprevistos, fato que ainda surpreendia Natsu, porém, agora, ele percebia o quão ingênuo haviam sido ao traçarem aquele plano de resgate. Sair iria ser infinitamente mais complicado. Não havia a menor condição de Erza - ainda inconsciente - e Lucy - com uma costela quebrada- subirem pelo duto de forma que pudessem sair do mesmo modo que entraram. Sem contar que o cano da subida final era muito íngreme e as chances de conseguirem chegar até o topo seriam quase nulas. Só um milagre poderia ajudá-los agora.

Enquanto a mente de Natsu vagava a procura de um meio de fuga, Lucy divagava pelas palavras de seu captor. Segundo ele, aquela chave dava real acesso ao sistema de todo o prédio, coisa que ela imaginava ser de extrema importância. Aquele cronômetro a incomodava, algo bom ele não significava.

- Jellal! Tem algum lugar onde possamos nos esconder? - o azulado demorou a responder, Lucy imaginava o que ele estaria sentindo no momento, ao carregar o corpo ferido de Erza e sabendo quem fora o responsável; a culpa, a raiva e a dor deviam estar travando uma batalha dentro dele.

- Tem um armário de vassouras se virarmos no próximo corredor à esquerda." Ótimo, mais armários..." Lucy pensou. Eles dobraram no corredor que Jellal apontara e se depararam com um boa quantidade de portas. - É esta aqui. - falou abrindo uma delas e entrando. Ele deitou a ruiva cuidadosamente no chão e conferiu novamente seus sinais vitais. A pulsação estava lá, porém ainda bastante fraca.

Natsu ajudou Lucy a sentar em um caixote a um canto e pôs-se a andar de um lado a outro tentando pensar em uma solução para aquele dilema, porém nada lhe ocorria, sua mente estava em branco.

- Mas o que é isso? - a loira exclamou limpando o pó da caixa ao lado da sua. Natsu pegou o celular do bolso e usou pra iluminar o local e, para a surpresa de todos, letras vermelhas apareceram formando a sigla T.N.T. - O que isso está fazendo em um armário de vassouras?

- Acho que não era armário nenhum. - falou Natsu. - Duvido muito que seja uma mera coincidência. Vamos, é melhor sairmos daqui. Se isso explodir, já era. - ele se inclinou para ajudar a loira mas a encontrou fitando o vazio com os olhos desfocados. - Lucy?

- É isso. Esse é o plano dele. - os garotos se entreolharam antes de se aproximarem mais.

- O que quer dizer? Qual o plano?

- Os explosivos, o cronômetro, não vêem? Ele vai explodir a cidade! - ela se ergueu subitamente, arfando ao sentir a costela machucada. - Enquanto eu estava presa ele repetiu várias vezes que iria ver a cidade queimar. E é exatamente isso que ele vai fazer, explodir tudo. Precisamos impedir! - ela se pôs de pé e apertou a costela, tentando ignorar a dor.

- Mas Lucy, você está machucada, não podemos...

- Não se preocupe comigo, eu estou bem. Temos que voltar àquela sala e desativar o cronômetro, e temos menos de um hora.

- Você não vai sozinha. - Natsu falou.

- Ele tem razão, você não vai. - Jellal concordou.

- Eu vou. E estamos perdendo tempo. - Lucy retrucou.

- Vamos deixar claro: ninguém concorda com você. - Natsu rebateu.

- Vamos deixar claro: eu não ligo. - ela devolveu, teimosa, se dirigindo a porta. Natsu segurou seu braço, a impedindo de prosseguir. Seus olhos imploravam que ficasse, mas ela estava decidida. O azulado suspirou.

- Deixe ela, Natsu. Você não vai conseguir fazê-la mudar de ideia. - o rosado estava prestes a discutir, mas Jellal ergueu uma mão, pedindo que esperasse. - Vamos fazer isso direito. Lucy, você não vai sozinha, Natsu vai com você. Eu ainda tenho que procurar outra pessoa, mas primeiro vou tirar Erza daqui.

- E como vai fazer isso?

- Não se preocupe comigo, eu tenho um plano. Natsu, me dê seu celular.

- Por que?

- Não pergunte, apenas faça. - retrucou impaciente, o rosado entregou o aparelho. - Agora escutem, vocês tem 30 minutos para sair, é o tempo limite antes da explosão. Tentarei estar de volta o mais rápido possível. Até lá, evitem os guardas e o Mystogan, principalmente ele. - ele fitou a loira ao dizer isso. - Sem vingança. - ela retribuiu o olhar e assentiu. - Agora vão. Nos vemos em meia hora.

Assim Natsu e Lucy saíram da sala e refizeram o caminho de volta. Lucy sentia o suor gelado escorrer pelo pescoço e cerrou os dentes para impedir que qualquer protesto de dor escapasse por seus lábios. Conseguiram chegar a sala sem qualquer problema. Lucy evitou olhar o local, se concentrando somente na tela brilante que exibia os números que decidiriam a sobrevivência da cidade. Por longos dez minutos ela tentou invadir o sistema, ao seu lado Natsu se encontrava impaciente, conferindo repetidamente se ninguém se aproximava pelo corredor.

- Consegui! - a loira exclamou. O rosado voltou até onde ela estava sentindo-se aliviado. - É incrível, eles usaram o sistema de esgoto para interligar as cargas e espalharam-nas pela cidade nos pontos que mais causariam danos. Deviam estar trabalhando há semanas. Incrível. - Natsu pigarreou.

- Eles são os vilões, lembra? - ela assentiu e voltou a se concentrar na tela - Descobriu como desligar?

- Não dá, não consigo acesar o sistema principal sem a chave mestra. - ela bateu o punho contra as teclas, irritada. - Se ao menos eu não tivesse perdido ela!

Natsu estava prestes a acalma-la, quando uma voz soou as suas costas.

- Suponho que estejam procurando por isso. - Lucy se virou rapidamente, reconhecendo a voz.

- Você! - ela rosnou para Mystogan que balançava uma chave pendurada em um cordão com sorriso sarcástico no rosto. Antes que Lucy avançasse, o rosado a segurou pelo braço pedindo que esperasse.

- Então é você o responsável por tudo isso? Por esses explosivos? Os assassinatos? Você matou a mãe dela? - Mystogan apenas sorrriu, como se estivesse confrontando uma criança fazendo birra. Aquilo irritou Natsu que partiu para cima na tentativa de  desferir um soco que foi prontamente desviado. Ele só teve um momento para se surpreender antes que o oponente agarrasse seu punho e o voltade contra si mesmo. Com os dedos bem firmes em torno do seu braço, Mystogan o socou várias vezes até que, quando deu por si, Natsu se encontrava no chão.

Lucy assistiu a tudo em choque, seu corpo se contraiu como se ela própria tivesse recebido os golpes, a lembrança dos golpes que levara ainda fresca em seu corpo. Mystogan levantou o olhar do garoto caído no chão e sorriu para ela.

- Devemos continuar de onde paramos? - falou passando por cima do corpo de Natsu e se dirigindo ao local onde Lucy continuava paralisada. "Mexa-se! Mexa-se!" Ela pensava furiosamente, sabia o quanto aquela situação o agradava e não queria dar a ele o prazer de vê-la nesse estado. Cerrando os dentes, Lucy apertou o local onde a costela estava quebrada. A dor percorreu seu corpo e a adrenalina fluiu por suas veias. Ela ergueu o corpo e sorriu de volta.

- Não acha que ja teve o suficiente? - com o canto do olho ela percebeu uma sombra se mover rapidamente. Entendendo o que se passava, Lucy tratou de manter a atenção sobre si. - Tinha razão, eu fui burra por não perceber o código da chave, mas agora que eu já o decifrei tudo que preciso fazer é pegá-la de você e todo o seu plano vai por água a baixo.

-E como pensa que fará isso? - antes que ela pudesse responder, Mystogan sentiu uma forte pancada na cabeça e caiu de joelhos. Lucy correu até o local onde Erza estivera presa, agarrou as correntes e jogou-as para Natsu que largou a ferramenta que havia pego na mesa e prendeu as mãos dele antes que pudesse se recuperar. Assegurando-se de que as correntes estavam bem presas, Natsu pegou a chave e a jogou para Lucy.

- Você descobriu mesmo a senha ou só estava blefando?

- Quase. - ela agarrou a chave e se encaminhou de volta para o monitor. Mas antes que pudesse alcança-lo, algo agarrou seu tornozelo e ela caiu deixando escapar um gemido de dor ao sentir as costelas baterem contra o chão. Virou-se para encarar o vilão que, mesmo com as mãos amarradas parecia mais perigoso do que nunca.

- Acha que esse é meu único plano? - e riu abertamente - Muito ingênua. - largando o tornozelo de Lucy, enfiou as mãos no casaco e puxou um controle remoto. Lucy gritou, entendendo o que aquilo significava e, antes que pudesse gritar para Natsu impedi-lo, ele já havia pressionado o botão. Ela virou-se para encarar o cronômetro no monitor que acendeu em vermelho e disparou em sua contagem regressiva. - Ainda acha que vai me impedir agora? Mesmo que consiga cancelar a explosão da cidade, o armazém vai explodir no momento que isso acontecer. Então, loirinha, o que vai ser? Morrer por alguém como sua mãe fez parece uma opção bem melhor, não acha? - Lucy avançou pronta para retaliar aquele homem que havia assolado seus pesadelos por tanto tempo porém, Natsu foi mais rápido, socando repetidamente o rosto dele fazendo o sangue pingar pelo chão.

- Repita isso! - ele rosnou em fúria. - Repita isso e eu acabo com sua raça. - as mãos dele apertavam o pescoço do outro, sufocando-o. Mesmo naquele estado, a postura de Mystogan continuava a mesma.

- Foi... uma das melhores...mortes que eu já cometi... - Natsu apertou o pescoço com mais força pronto para matá-lo. A mão de Lucy pousou sobre a sua e ele levantou o olhar, surpreso.

- Não faça isso. - ela falou gentilmente, e, embora lágrimas escorressem por suas bochechas, ela sorriu.

- Mas por que, Lucy? Você não quer vingança pelo que ele fez com sua mãe?

- Claro que quero, mas não quero ver você descer ao nível dele para isso acontecer. Não quero que a pessoa que eu amo suje as mãos com sangue por mim. - ela apertou mais firme os dedos dele. - Ele já está preso, vamos entregá-lo para a polícia e deixar que a justiça seja feita. - Natsu a encarou e, por fim, soltou o pescoço do outro que tossiu violentente.

Um bib continuo os fez voltar a atenção para o monitor. Faltavam 5 minutos antes que toda a cidade fosse pelos ares. Levantando-se rapidamente Lucy correu até o monitor encaixando a chave no local indicado.

- Lucy, você sabe o que está fazendo? - Natsu falou preocupado ao ver a contagem continuar caindo. 4 minutos. 3, 2 minutos... - Lucy!

Ela tentou bloquear o pânico que ameaçava subir por sua garganta e se concentrou em digitar a senha corretamente. "Se não são letras, só podem ser números..." pensou enquanto digitava: 132841. Eles seguraram a respiração enquanto a senha era processada. 30 segundos, 29, 28, 27...

Uma luz verde cobriu a tela e a mensagem lá exibida fez com ondas de alívio percorressem seu corpo. "Código aceito. Contagem cancelada." Porém o alívio durou pouco, logo a tela escureceu por completo e outra mensagem apareceu: "Auto-destruição iniciada." Lucy engoliu em seco, Mystogan não havia blefado, o lugar todo ia mesmo pelos ares.

- Vamos! Temos que sair! - ela gritou para Natsu e ambos correram para a porta.

- Lucy, mas e ele? Não podemos entrega-lo para a polícia se ele nao estiver conosco. - ela hesitou, nao queria hesitar em um momento como aquele, mas a opção de deixá-lo sair impune depois de tudo que tinha feito não a a agradava. Antes que pudesse responder para arrasta-lo junto, a voz de Jellal passou por sua cabeça: "Vingança não vale a pena, Lucy. O futuro é mais importante que o passado."

- Deixe que ele exploda junto com o que tentou fazer. A Polícia pode encontrar os ossos dele depois. - respondeu de forma fria, aumentando a voz para que Mystogan ouvisse. - Agora temos que sair logo! - Natsu assentiu e voltou a correr. Lucy o seguiu, mas antes que saisse da sala, relanceou os olhos para o homem amarrado que estavam deixando para trás. Ele sorriu e ela sabia que aquele sorriso ainda a assombraria por muito tempo. Eles correram pelo local conpletamente perdidos, Jellal era o único que conhecia o mapa do lugar.

- Para onde estamos indo? - Natsu gritou.

- Não sei, só continue correndo! - ela gritou de volta, o coração martelando no peito e a dor das costelas já esquecida. Ela sabia que, se fosse confiar nos seus instintos  de direção, eles estariam inegavelmente perdidos. Porém, naquele momento, tudo com o queela se importava era em se afastar o máximo possível dali e salvar Natsu que nunca deveria ter vindo, não depois do que havia dito a ele. Sentiu as lagrimas queimarem seus olhos, "É tudo culpa minha." Pensava. Agora os dois iam morrer por culpa da sua vontade de vingança. "Pelo menos estarei com Natsu." Esse pensamento foi o que lhe deu forças para continuar correndo.

- Ali! A saída! - Natsu gritou e ela virou-se para olhá-lo, uma centelha de esperança se acendeu em seu peito. Então veio a explosão.

A onda de choque empurrou os dois contra o portão que, felizmente nãohavia aguentado a pressão e fora arrancado. A última coisa que Lucy sentiu foi sua cabeça bater com força para então desmaiar.

***

Natsu levantou a cabeça sentindo uma onda de dor percorrer seu corpo. A explosão o pegara de surpresa e ele não entendia como havia sobrevivido somente com uma porção de arranhões e machucados,mas agradecia imensamente a isso. O choque inicial se dissipou e logo sua mente se concentrou em algo mais importante e, para tal, só um nome foi necessário "Lucy..." ele procurou freneticamente em volta e tudo que conseguia ver através da poeira e da fumaça eram os escombros do que havia sido o armazém.

Ao longe, tinha a impressão de ouvir alguém chamando seu nome, mas ignorou o fato e continuou procurando até que algo agarrou seu braço e o virou com violência. O alívio percorreu seu corpo ao reconhecer o cabelo azulado de Jellal.

- Eu saio por 5 minutos e vocês destroem tudo. - ele resmungou. - O que aconteceu?

- Mystogan... explosão... Lucy... sumiu... - as palavras se embolaram em sua garganta ressecada pela fumaça. Jellal assentiu e correu pelos escombros. Natsu seguiu seu exemplo e voltou a procurar. Não sabia quanto tempo havia passado até Jellal o chamar, a angústia presente na voz era um indício de que não haviam boas noticias. Ele correu até o amigo, sentindo o coração mal bater no peito. O medo borbulhava pelo seu corpo ao alcança-lo e desabar de joelhos ao lado do corpo estirado no chão. As bochechas, os braços e praticamente cada parte do corpo estava coberta de cortes e arranhões,  o sangue escorria de um ferimento profundo da testa manchando os cabelos loiros de um vermelho escarlate. A respiração estava fraca e, quando Natsu encostou a cabeça em seu peito para ouvir, o coração batia quase se força.

- Não... - sussurrou. - Por favor... Não...- mal percebia a intensidade com que Jellal o sacudia, tudo que conseguia ver era o corpo machucado de Lucy.

- Natsu! Natsu! Ela vai ficar bem... - o azulado insistia. - Temos que levá-la para o hospital, a polícia vai chegar logo. Temos que sair daqui logo, vão fazer perguntas demais.

Natsu absorvia apenas pedaços do que ele falava, mas o bastante para despertá-lo do estado de topor que havia entrado. Levantou o corpo de Lucy delicadamente e assentiu para Jellal ir na frente.

- Vai ficar tudo bem, Lucy. Você vai ficar bem, eu prometo. - sussurrou olhando para ela uma última vez antes de começar a correr e ele pôde jurar que sentiu o coração dela bater com mais firmeza.

***

Parte do seu inconsciente conseguia associar aquele lugar as memorias do que havia acabado de acontecer. A outra parte, uma parte maior e que queria se ver livre da dor, a manteve imóvel no escuro, afundando cada vez mais pela sua própria mente. Lucy odiava o escuro, já estivera nele tantas vezes e aempre sentia que, naquele lugar, poderia esquecer para sempre quem era. Em meio a escuridão, uma fagulha se acendeu e ela sentiu o calor bem-vindo aquecê-la a partir da ponta dos dedos. A pequena chama cresceu e ela teve esperança de que a escuridão se afastaria completamente. Mas estava enganada.

A fagulha se tornou uma chama que logo correu em sua direção, subindo  labaredas pelo seu corpo e tornando o calor insuportável. Ela abriu a boca para gritar, mas nenhum som saia. E então, ela queimou.

***

Nos dias que se seguiram à explosão, Natsu não saiu do lado de Lucy. Os amigos vieram e tentaram convencê -lo a sair um pouco e comer algo mais do que apenas Lamen, mas ele dispensava  os cuidados, preocupado apenas com a garota deitada na cama. A maioria das feridas haviam sido tratadas, porém algumas eram mais graves e demorariam mais tempo para cicatrizar, assim como as costelas quebradas.

Ele segurou a mão dela enquanto ela murmurava incompreensivelmente ainda inconsciente, chamando pela mãe e pedindo desculpas, às vezes gritando de terror, de modo que Natsu só podia imaginar com o que ela estaria sonhando.

- Natsu. - ela murmurou e o corpo dele congelou de surpresa, ela havia acordado? Não. Seus olhos continuavam bem fechados.

- Estou aqui, Lucy. - segurou a mão dela com mais força, o polegar desenhando circulos nas costas da mão em uma tentativa de acalma-la.

- Natsu. - ela repetiu. - Me desculpe. É culpa minha. Tudo culpa minha. Não vá.

- Não vou a lugar algum, Lucy. Prometo. - Natsu podia jurar que sentiu os dedos dela apertarem os seus.

A noite caiu e finalmente o cansaço de tantas noites acordado se abateu sobre Natsu que acabou domindo, a cabeça apoiada na cama e os dedos entrelaçados com os dela. Dormia tão profundamente que não percebeu quando a loira acordou e passou a observá-lo, as vezes passando a mão delicadamente pelos cabelos sedosos dele. Não demorou muito até que a porta fosse aberta e o barulho despertasse a loira de seus pensamentos.

- Jellal. - ela suspirou.

- E aí, loira. - ele sorriu, feliz ao finalmente vê-la acordada. - Como se sente?

- Normal. - ela deu de ombros. - Mas provavelmente é culpa da morfina. - Então ela se lembrou do que tinha acontecido. - Como está a Erza?

- Ela... - ele hesitou, uma faísca de dor passando por seus olhos. - Está bem. - respondeu por fim. Está dormindo em outro quarto aqui.

- Sinto muito. Por tudo, Jelly. Nunca quis que nada disso acontecesse. - Lucy sentiu os olhos arderem. O azulado se aproximou e afagou seus cabelos gentilmente.

- Eu sei, Lucy. Nada disso é culpa sua. O irmão do mal era meu, lembra? - e riu sem humor.

- Alguma notícia do... corpo? - ele balançou a cabeça, negando. - Eles vão encontrar. - ela tentou manter um tom displicente.

-  O que você vai fazer? - ele perguntou subitamente. - Fugir de novo? - ela desviou o olhar, evitando a pergunta.

- Teve notícias do meu pai?

- Ele está te procurando, mas você já esperava por isso, não é? - ela assentiu e suspirou.

- Que escolha eu tenho? Se eu não voltar, ele vem atrás de vocês. E eu não posso suportar isso. - o azulado nada disse. - Jelly, pode conseguir papel e caneta?

- Vai deixar uma carta dessa vez? Muito romântico, loira. - ele revirou os olhos mas conseguiu o que ela havia pedido, observando enquanto ela soltava sua mão delicadamente da de Natsu e se inclinava contra a parede se apoiando para escrever a carta.

- Acho melhor você não está aqui quando eu sair, não vai querer que te culpem por isso. - ele assentiu de forma séria.

- Se cuida, loira. - e se encaminhou para a porta, parando antes de sair. - Só lembre-se que sempre temos escolha.

Ela o observou sair com um peso a mais no coração. Realmente não queria fugir de novo. Se afastar de Natsu agora, depois de tudo, lhe causava ainda mais dor. "Lembre-se de que ele vai sofrer mais se você ficar." Ela tentou acreditar nessas palavras, mas seu coração se contorcia no peito. Correu as mãos uma última vez pelos cabelos rosados e beijou sua bochecha deixando cair lá as lágrimas que tentava deter.

- Me desculpe, Natsu. - colocou a carta na não que antes estava entrelaçada em seus dedos, trocou de roupa e subiu na janela, olhando para trás uma última vez. - Eu te amo. - e pulou.

***

"Natsu,

desde que eu te conheci só trouxe problemas para a sua vida, enquanto você só trouxe luz para a minha. Eu te amo demais para deixar que algo de ruim te aconteça novamente por culpa minha. Sinto muito por tudo, mas acredite quando eu digo que meu coração sempre vai pertencer a você. E se nos encontramos novamente em outra vida, eu espero que possamos finalmente viver felizes juntos.

Agora eu estou aqui, vendo você dormindo tão tranquilamente que uma sensação de paz que há muito eu não sentia se instalou em mim. E só de pensar em ir novamente é o bastante para desistir de tudo. Mas eu não posso.

Eu te amo mais do que a mimha própria vida, por isso não me procure. Se você realmente me amar, vai me deixar fazer isso por você.

Com amor, Lucy. "


Notas Finais


E então, gostaram?
Espero que sim!
Estamos chegando perto do final e eu queria muito saber de vocês, como acham que vai acabar?? :3
Obrigada por todos os comentários e por continuaram acompanhando, vocês são o meu caminho para continuar motivada <3
Até o próximo!!
Beijinhos *3*


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