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História Meu Chefe -Livro 1 e 2 - Parte 36


Escrita por: NaayPortilla

Capítulo 37 - Parte 36


Meu celular desperta e já é hora de ir trabalhar. Me levanto, tomo um banho, faço minha higiene matinal e desço para o andar de baixo onde tomo meu café da manhã.

Está tudo calmo e tranquilo sem a presença de Matteo, não faço idéia de onde ele tenha dormido e agora que a raiva passou um pouco, me preocupo. Olho as mensagens no meu celular que passou a noite no modo silencioso, e tem diversas chamadas e diversas mensagens que vão direto para a lixeira sem que ao menos eu as abra para ler. Pensando bem, Matteo mereceu, deixou eu ficar sozinha com o Sr. Ramirez sabendo perfeitamente dos meus problemas com ele e não demonstrou nem um pouco de compaixão.

Quando eu abro a porta ele cai para dentro, possivelmente estava sentado no chão e encostado nela. Ele abre os olhos e me encara furioso, os cabelos estão bagunçados, a gravata frouxa e o paletó aberto. Ele se levanta e fica de frente para mim com uma expressão confusa.

-O que deu em você? Eu gritei a noite toda. -Ele reclam.

-Sério? Foi uma das melhores noites, eu dormi feito um bebê. -Provoco.

-Por que diabos me deixou para fora de casa?. -Ele está sem entender.

-Você passou boa parte do dia fora dela, por que queria passar míseras horas?.

-Eu estava com Paola, ela teve um problema. -Ele justifica.

-Não me diga, o que foi agora? Quebrou uma das unhas ou foi o condicionador que acabou?.-Pergunto irônica.

-Por que você está agindo assim?. -Quanto mais eu falava mais ele parecia confuso.

-Não interessa, eu não tenho tempo para ficar dando explicações. Sai da minha frente que eu tenho que trabalhar. -Eu tento passar pelo canto da porta más ele bloqueia toda a passagem com seu corpo.

-Não. -Ele desafia. -Precisamos conversar.

-Conversamos uma outra hora. -Eu digo e fico ainda mais próxima dele, encarando seus olhos. -Sai da minha frente se não quiser que eu te acerte.

Matteo é inteligente, me conhece e sabe que dificilmente eu perderia essa briga, então ele se afasta e me deixa passar.

-Me espera para podermos ir juntos. -Ele propõe.

-Não sou dona da empresa, não tenho a regalia de poder me atrasar quando eu bem quiser. Da ultima vez, você disse que se acontecesse de novo me demitiria. -Eu o lembro e antes que ele pudesse me responder eu me viro e saio dali a passos largos.

...

-O que houve?. -Emma pergunta assim que me vê sair do elevador irritada.

-Seu chefe vai se atrasar, dormiu no corredor do apartamento e só conseguiu entrar em casa agora. -Eu aviso.

-Deixou ele para fora? Não acredito que teve coragem. -Ela parece surpresa.

-Eu disse que o faria.

-É você disse isso, más quando estava irritada. Achei que no primeiro grito você o deixaria entrar. -Ela diz.

-Bom, já vimos que não. Vou para a minha sala, te vejo depois. -Digo antes de rumar para a tal.

Sr. Matteo D'Angelo


Na verdade, eu não sei o real motivo para Kayla ter ficado tão irritada. Surgiu uma emergência familiar que foi preciso minha total atenção, eu só me ausentei por algumas horas. Se ela soubesse o que eu realmente estava fazendo, aí sim, eu entenderia. Agora que pensei melhor nas coisas eu me arrependo por ter agido por impulso talvez minha atitude não tenha sido a melhor.

Estou tão puto quanto atrasado quando entro em meu carro e dou a partida. Eu não me preocupo com as multas ou com o risco em que me ponho - e ponho as outras pessoas - quando ultrapasso os sinais vermelhos, ainda tenho que ligar para Ramirez e resolver todo o trabalho que ficou pendente ontem e os de hoje. Provavelmente diferente de ontem, sairei bem tarde da empresa, o que vai ser cansativo dado a noite de sono que tive no corredor, a danada não me deixou nem sequer uma coberta. Venho aprendendo com o tempo que Kayla é bastante vingativa, e para ter minha princesa bem calminha, eu tento me manter firme no objetivo de não irritá-la, más as vezes isso acaba fugindo do meu controle.

Quando saio do elevador, Emma me olha de cima a baixo questionando o que eu não sei bem o que é e nem faço questão de saber. Eu a cumprimento com um leve aceno de cabeça e vou direto para a minha sala.

Eu deixo minha pasta sobre a mesa e pego o telefone, disco o número da sala ao lado a qual pertence a Kayla e espero que ela me atenda.

-Pode falar. -Ela diz ríspida do outro lado da linha.

-Venha até aqui, precisamos conversar. -Digo com a voz segura e autoritária.

-Está usando um tom autoritário comigo?. -Ela pergunta do outro lado, desafiadora.

-Não. -Eu respondo com receio.

Vocês também teriam medo se fossem eu.

-Foi o que eu pensei. -Ela ainda tem a coragem de debochar.

-Precisamos conversar. -Eu insisto.

-Pode me adiantar o assunto?. -Ela questiona.

-Como qual assunto, Kayla?! O motivo que fez você me deixar para fora de casa!. -Eu digo de forma mais desesperada do que eu pretendia.

-O senhor está cheio de trabalho, Sr. D'Angelo, se eu fosse o senhor, começaria o quanto antes. -Diz calma. -Eu também tenho muito o que fazer, então bom trabalho. -Ela diz por fim antes de eu começar a ouvir o "tu tu tu" a diabinha desligou na minha cara. 

Ela não vai me evitar o dia todo, trabalhamos juntos e teremos que ter alguns contatos ao longo do dia se quisermos continuar trabalhando, certo?

Errado!

Em todos os contatos que temos ao longo do dia, ela não me da espaço algum para entrar no assunto pendente, e quando eu insisto o suficiente ao ponto de forçar uma conversa, ela finge não ouvir.

-Kayla, pelo amor de Deus, me escuta! -Eu peço enquanto a encaro, estou sentado em minha cadeira enquanto ela me olha com desdém.

-Eu preciso que assine esses papéis, Sr. D'Angelo. -Ela diz formal.

-Amor!.

-Não me chame assim, estamos trabalhando. -Ela pede, o tom calmo más eu sei que usar um apelido carinho mexeu com ela.

-Você está naqueles dias ou o quê?.

-ASSINE AS DROGAS DOS PAPÉIS, MATTEO!. -Ela altera a voz.

Eu finalmente desisto de tentar uma conversa, estava tão claro quanto água que ela não queria conversar ali e eu não iria mais insistir.

Ela saiu da sala quando eu entreguei os papéis assinados e eu não a vi mais ao longo do dia. Ela ficou o dia todo trancada na sala, e eu preferi não me aproximar mais.

No fim do dia, eu finalmente liguei para os clientes que deixei na mão quando saí da empresa mais cedo ontem, Sr. Ramirez fora o ultimo. Ele descaradamente usou um tom insinuante dizendo que Kayla o tratou super bem no dia antetior e só então eu me lembrei de toda a história repugnante dele assediar ela, eu me detestei por ter esquecido um detalhe tão importante quanto esse, só de pensar que eu a deixei sozinha com ele mesmo que por míseros minutos fazia eu me odiar extremamente.

Eu precisei cancelar aquele contrato e não entendi como ainda não tinha o feito antes, seria uma perda para a empresa mas eu sei que Kayla não queria e não podia voltar a vê-lo. A empresa que supere.

Claro, Sr. Ramirez ameaçou arruinar a empresa por conta da maneira nada gentil da minha escolha de palavras ao me dirigir a ele, más eu também não me importava. Dei uma mancada enorme com a mulher que amo.

São quase meia noite quando eu ponho o telefone no gancho e me levanto as pressas para ir embora, Kayla já havia ido a muito tempo e eu precisava me desculpar.

Nem preciso dizer o quanto eu dirigi perigosamente outra vez, eu estava desesperado e me sentindo um tanto impotente, não protegi Kayla quando ela precisava e agora entendo o motivo de sua fúria e com total razão.

Subo de pressa pelas escadas quando chego e vejo o elevador do apartamento se fechar na minha frente. São três lances de escadas que eu subo na velocidade da luz, um desempenho que faria um corredor se orgulhar.

Quando eu abro a porta, lá está ela sentada no sofá, a Tv ligada más ela não presta atenção, tem um papel em suas mãos quando ela se vira para mim enquanto eu ofego.

-Você fez uma transferência de quase quinhentos mil dólares!. -Ela diz, não é uma pergunta já que eu imagino que a prova esteja em suas mãos.

...



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