1. Spirit Fanfics >
  2. Meu corpo por alguns dólares (Jikook) >
  3. Cap 43

História Meu corpo por alguns dólares (Jikook) - Cap 43


Escrita por: Satyrus

Notas do Autor


🌜

Capítulo 43 - Cap 43


Fanfic / Fanfiction Meu corpo por alguns dólares (Jikook) - Cap 43

Perplexo, desnorteado, sem chão e outras mil sensações que não era capaz de explicar. Além de se sentir um completo tolo, se viu como um ser totalmente asqueroso. Todo esse tempo pensava que tinha sido traído por seu marido, pai de seu filho e o homem que sim, ainda amava. Todavia, foi uma época tão difícil para a sua pessoa, que se deixou levar por "evidências" tolas, questionáveis, mas que sua pessoa não deu a chance de ao menos indagar. Preciptou-se ao crer no que não devia. Não poderia estar se sentindo menos frustrado. Como pôde ter sido tão tolo? Tão cego? O que havia de errado com sua pessoa. Apesar de saber o quão foi um tempo de fragilidades e dúvidas, sabia também que não era uma justificativa, afinal, Jeon era um homem diferente, e sabia disso. Contudo, se deixou levar por balelas, histórias da carochinha, e pior ainda, fatos que se quer eram de fato fato! Naquele momento, Jimin estava se sentindo um ser muito cruel. Como foi capaz de dúvidar da integridade do homem que provava todos os dias que, ele era o único de sua vida. Quando e onde errou? Como foi capaz de deixar aquela situação se agravar tanto. Seu passado e suas dúvidas eram persistentes sim naquela época, princípalmente sabendo que Jeon era um homem cobiçado. Na mente de Jimin, ele ainda desejava ser Eros, mas agora, com tudo já tão esclarecido se culpava, pois se Jeon voltará a ser Eros, a culpa forá sua, afinal, deveria ter se sentido exausto de tantas desconfianças e de falsas acusações. 

- Jimin? - Disse Taehyung, que percebeu a pálidez nas faces de Park. - Você está bem?

- Você acabou com minha vida. - Disse Jimin, mirando a prima.

- Me perdoa Jimin. Eu juro que estou arrependida

-  Veja o que você fez! - Esbravejou extremamente alterado.  - Por sua culpa meu casamento foi ladeira abaixo!

- Jimin, por favor... - Tentava ela.

- Por sua culpa eu dúvidei do meu marido! 

- Por favor, Jimin, me ouça...

- Eu te acolhi! Te dei oportunidades! Te dei minha confiança! Te coloquei em um pedestal inquestionável Jung! O que te faltou? Queria meu marido também?

A moça estava completamente sem jeito. Abaixou a cabeça e sentia as lágrimas descer por suas faces. Jung jamais se sentiu tão mal em toda a sua vida. O peso do arrependimento era doloroso, e ouviu seu primo era uma pontada maior ainda. Jimin foi o único a acreditar nela. Foi ele quem lhe ofereceu tudo, e todas as chances, e o que ela fez para ser grata? Mentiu e distruiu seu casamento. Não tinha justificativa para nada. Mesmo desejando lhe pedir perdão de joelhos, sabia que mesmo assim não seria o suficiente. Se não fosse por ela, Jimin ainda estaria com o esposo, e certamente não teria perdido a clínica, pois estando ao lado de Jeon, teria o apoio do marido. Contudo, perdeu seu patrimônio e seu esposo, e tudo por culpa de uma prima que simplesmente acreditou que já era hora de ter o que sempre sonhou, pena que Jung dispertou tarde demais. Nunca deveria ter dado ouvidos aquele canalha. 

- Eu espero nunca mais ver você! Suma da minha vida! - Exigiu ele.

As pressas, Jimin se aproximou da porta e abriu.

- Jimin, espera, aonde você vai? - Quis saber Taehyung.

- Preciso resolver esse assunto.

- Não pode dirigir nesse estado. Olhe, veja como está pálido e nervoso. - Observou Kim, preocupado.

- Não tenho tempo a perder.

- Jimin.

Apesar de tentar impedir, foi inútil. Park entrará no carro e deu partida. Taehyung estava preocupado, mas imaginou que nada aconteceria a ele. Voltou a entrar em sua casa, e passou a mirar Jung, que estava totalmente vermelha de tão envergonhada. A jovem chorava, e de fato estava arrependida.

- Não adianta chorar mais, Jung. O que foi feito, foi feito. - Falou ele, dando o copo de água a ela.

- Eu juro que se pudesse, voltava atrás,

- Mas não há como.

- Jimin nunca vai me perdoar, não é?!

- Você mostra está de fato arrependida, e olhe que reconheço isso. Mas não acho que terá o perdão de seu primo tão fácil assim. Por conta de toda essa confusão, Jimin foi muito infeliz, e escondeu o filho.

- Eu lamento muito.

Taehyung não costumava a ser compreensívo assim com ninguém, e muito menos com quem não gostava. Mas tinha que ser justo e admitir que a jovem estava mesmo arrependida, e Kim sabia disso, pois seu radar apuradíssimo nunca falhava. Se ela estivesse mentindo, reconheceria de imediato, o que não era o caso, pois Jung estava de fato arrependida.

- Eu só queria entender porquê decidiu dizer a verdade.

- Acho que acordei, mas tarde demais.

- O que te fez tomar essa atitude.

Jung sabia que precisava explicar seus motivos, afinal, tinha sim seus motivos. Deu-se que sua vida como alguém que arruinou a vida de outra pessoa, não lhe fez feliz. Depois do plano das fotos der tido êxito, Jung não teve o que de fato desejava, que era Jeon. Sabendo que jamais o teria, aceitou a boa quantia em dinheiro que o verdadeiro dono do plano lhe ofereceu. Sabendo que não tinha nada a perder, Jung pegou aquela fortuna e partiu, para tentar uma nova vida. Era uma moça inteligênte, e logo ganhou fama de boa médica em Nova York, o problema é que a lembrança do mal que havia feito, lhe assombrava. Não suportando mais toda aquela angústia, resolveu que o melhor caminho era ser sincera com seu primo.

- Então, mesmo com fama em Nova York, resolveu voltar?!

- Fama não siginifica nada. Eu fui a médica mais jovem naquela clínica, e desenvolvi uma nova vacina. Ganhei essa fama bem rápido, mas não me orgulho do que fiz a meu primo. Aprendi tudo com ele. Se eu não tivesse dado ouvidos aquele idiota, nada disso teria acontecido.

- Espere! Quem?

- Como?

- Que idiota? - Quis saber, intrigado.

- Acho que falei demais.

- Tem mais alguém envolvido nisso?

- Olha Kim, eu acho melhor ir. - Disse, erguendo-se.

- Não, agora vocâ vai me contar. Quem é essa pessoa? E o que quer?

- Não posso dizer quem é.

- Jung, você não acha que já fez besteira demais?

- Não posso falar nada.

- Qual a intenção dela?

- Olha, a única coisa que posso dizer, é que essa pessoa quer Jimin.

- Jacksson?

- Como? Que Jacksson?

- O maldito Wang! Foi ele não foi?!

- Não, não foi

- Não menti!

- É verdade. Eu não conheço o senhor Wang pessoalmente, nunca estive com ele.

- A única pessoa na face dessa terra com poucos miolos para fazer um planos desses, é esse canalha! E eu sei que ele fez de tudo para voltar a empresa porque quer estar perto de Jimin.

- Não, não foi ele.

- Pode defender! 

- Taehyung, eu não o conheço.

- Já chega Jung! Aquele crétino de uma figa!

Taehyung acreditava mesmo que Wang estava por trás de toda essa façanha. 

***

10:00 da manhã.

Em uma grande velocidade, e quase parado para ser multado, Park chegou a empresa. Não estava se importando com os guardas que seguiram seu veículo em alta velocidade, e tão pouco se teria de pagar uma multa altíssima. Apenas saiu do carro e entrou na empresa. Se quer respondeu ao cumprimento de bom dia que os demais funcionários lhe dirigiam, estava apressado e nervoso. Apenas subiu as escadas em passos rápidos. Apesar de estar se sentindo um monstro e muito mal com o passado, ainda assim, estava disposto a fazê-lo. Andou pelo corredor obstinado, até que finalmente chega em frente a porta. Antes de entrar foi impedido pelo secretário Miguel, que tinha ordens para não deixar ninguém entrar na sala de seu chefe.

- Senhor Park, olá.

- Onde está Jeon?

- O senhor Jeon está ocupado agora, senhor.

- Preciso vê-lo.

- Nã senhor Park! Não pode entrar ai.

- Posso saber porquê? - Quis saber severo, e com as mãos na cintura.

- O chefe está ocupado. Ordenou que ninguém entrasse.

- Eu não sou ninguém! - Insistiu, tentando apertar a maçaneta.

- Senhor Park , por favor... Assim vai me deixar em uma situação complicada.

- Olha Miguel, ou você me deixa abrir essa maldita porta, ou eu a quebro em pedacinho! E então?

- Senhor, eu não posso permitir!

- Que se dane!

Obstinado e estressado, Jimin apertou a maçaneta e abriu a porta. Miguel também entrou na sala, para se explicar ao chefe.

- Jeon, preciso falar com você. - Disse Jimin, decidido.

Jeon o mirou sério e severo. Ao que parece, estava conversando com outros sócios, os dois senhores que estavam sentados nas poltronas na frente da mesa. Os dois senhores miraram Jimin um tanto que assustados com a entrada repentina e o bater da porta. Conheciam senhor Park e sabiam o quanto ele podia ser raivoso.

- Perdão sir, mas não pude impedi-lo. Explicou-se Miguel.

- A culpa não é de Miguel. Eu que preciso falar com você.

- Estou ocupado, senhor Park. - Disse Jeon.

- Tem que ser agora, Jeon! - Reforçou ele.

- Senhor Jeon, não tem problema, depois podemos voltar a esse assunto. - Disse um dos senhores.

- Isso mesmo senhor Jeon. Passar bem. - Concordou o outro, gentilmente. - Foi um prazer revê-lo, senhor Park.

Ambos ergueram-se e sairam da sala. Miguel os acompanhou e fechou a porta. Jimin não sabia por onde começar, mas sabia o que precisava dizer. Por um momento sentiu-se bem nervoso e até trémulo, mas não deixaria sua agitação de espirito transparecer, precisava estar calmo e centrado, para resolver aquela situação.

- Espero que essa pressa tenha um bom motivo, Park.

- Claro que tem um bom motivo!

- Então fale.

- Preciso falar com você sobre algo importante.

- Muito bem, e sobre o que seria?

- Bem... - Deu uma pequena pausa antes de começar. 

- E então?

- Preciso falar sobre aquelas fotos.

- Fotos? - Disse, confuso.

- Sim, as fotos.

A princípio Jeon não entendeu de que fotos Jimin se referia, todavia, depois, entendeu que assunto era, algo que o incômodou intensamente. Ergueu-se desabotoando um pouco seu colete e andando até a janela. Aquele não era bem um assunto agradável para sua pessoa, pelo contrário, o aborrecia e muito.

- De novo isso Jimin? - Falou, aborrecidissimo. 

- E-eu preciso falar algo.

- Eu acho que você já falou tudo que tinha para falar sobre esse assunto, não concorda?!

- Eu decobrir algo.

- O quê? Outras fotos? Não me surpreenderia.

- Jeon, por favor.

- Afinal,  o que você quer? - Falou ao virar-se a encara-lo.

Por um momento Park ficou em silêncio. Se sentia extremamente sem jeito. Na verdade, se sentia tolo demais. Ficou até mesmo corado de tanta vergonha. Respirou fundo e começou.

- Descobri que elas eram falsas.

Jeon o mirou um pouco surpreso e confuso. Ficou em silêncio enquanto o observava. Jimin apertava as mãos sem jeito, e não conseguia mira-lo diretamente. Não ouviu uma palavra se quer vinda dele, mas sentiu  seu olhar sobre si, algo que o fez estremecer absurdamente. Se sentiu uma estátuenta. Sabia que ele não iria dizer nada, afinal, não tinha nada para dizer. Mas aquele silêncio latente estava deixando Park mais sem jeito ainda.

- E-eu descobri hoje que elas eram falsas. Jung me contou a verdade. - Continuou ele.

Sem jeito e sem conseguir mira-lo, continuou ali. Queria que ele ao menos dissesse algo, mas Jeon não dizia nada. 

- Vo-você não vai falar nada?

- O que quer ouvir? 

- Não sei ué! Não vai jogar minha tolice na minha cara? - Indagou, chateado consigo.

- Era só isso que você tinha da dizer?

Ao que parece, Jeon não estava nenhum pouco interessado naquela conversa. Jimin o mirou aborrecido, mas consigo mesmo.

- Eu sei que errei com você. Não deveria ter dúvidado.

- Não, não deveria. 

Jeon virou-se novamente para a janela. Não estava pronto para aquela conversa, e tão pouco desejava que ela tivesse vindo a tona. Tentou esquecer a história das malditas fotos e o quanto Jimin desconfiou de sua pessoa, contudo, não esqueceu, e não queria mesmo ouvir falar mais sobre um assunto tão incômodo. Jimin, por sua vez, não estava se sentindo um ser humano nobre, mesmo estando ali, tentando acertar os ponteiros. Sem contar que a idiferença dele era tão absoluta, que o frustrava, ao mesmo tempo que chateva. Seu silêncio também não estava sendo um bom incentivo para Jimin, que precisava resolver aquela situação.

- Se era só isso, você pode sair.

Aborrecido com aquela frieza potênte, Jimin, obstinado, se aproximou e o virou, o fazendo encara-lo.

- Olhe para mim, inferno!

- O que você quer, Park? O que quer ouvir? Quer ouvir que foi um tolo? Que deveria ter acreditado em mim? Que na verdade você não me amava?

- D-do que está falando? - Disse, horrorizado com a sugestão. 

- Porquê a surpresa? 

- Como pode dizer isso? Eu amava você!

- Não Jimin, você não me amava. - Confirmou ele, convicto. 

- Mas...

- A única pessoa que amou de verdade nessa história, fui eu. 

- Você não pode estar dúvidando do meu amor, Jeon!

- Você dúvidou do meu! 

- Jeon...

- Todos os dias eu não media esforços para fazê-lo feliz, para fazê-lo me amar, para provar a você que eu o amava. Mas o resultado foi catástrofico!

- Jeon, eu entendo que o que eu fiz foi errado. 

- Isso não mais importa. Não quero mais falar sobre esse assunto.

- Mas você vai falar sim! Eu preciso!

- Jimin, já chega.

- Não, nós precisamos conversar!

- Você já disse o que queria não é? Agora por favor, saia.

- Não! Eu não vou sair!

- Ótimo, então, saiu eu!

Mas Park foi mais rápido, pois correu até a porta e a trancou escondendo as chaves. Jeon o mirou extremamente sério. Pelo visto, iria ficar preso ali com seu ex marido teimoso.

- Você não vai desistir?

- Não, até você me ouvir. - Disse, escondendo as chaves atrás de si.

- Não temos mais nada para conversar.

- Se não quer me ouvir por mim, faça por nosso filho. - Pediu Jimin.

Aquele foi o últimato para Jeon. Jamais iria se negar a fazer nada por Daniel, mesmo que isso significasse aceitar ficar preso ali com Park e suas demais teimosias. Jeon já sentia a cabeça pesar. 

- E então?

- Tudo bem, eu ouço.

- Certo. 

Jeon sentou-se no sofá. Tinha que se resignar, afinal, Jimin não iria desistir. Era teimoso e persistente, um não a qualquer teimosia de Park, poderia resultar em um resultado não muito bom. Mas Jeon se dispos a ouvi-lo por Daniel, além disso, não se sentia mais disposto a fazer nada por Park. Jimin sentou-se a seu lado.

- Não vai pôr a chave de volta?

- Acha que sou tolo?

- Já disse que vou ouvi-lo. 

- Qual o seu problema em ficar trancado por alguns minutos?

- Você que não gosta de ficar trancado comigo.

- Eu não estou reclamando.

Definitivamente, Park era um poço de dilemas. Jeon nem disse mais nada. Park, por sua vez, não estava se sentindo mal em estar trancado ali com ele, pelo contrário. Apenas colocou a chave de ouro em cima da mesinha a ajeitou-se no chão, sentando-se no tapete e encostando-se no sofá, a conversa seria um pouco longa.

***

Senhor Kim acabava de chegar a empresa. Depois de deixar Jung no hotel em que a moça estava, destinou-se a empresa. Tinha muito o que fazer, sem contar que havia uma reunião para ser marcada. Analisava as horas no celular enquanto andava pelo corredor. Miguel, que estava com alguns documentos nas mãos, não notou o senhor Kim e sem querer esbarrou em sua pessoa. Quando notou o equivoco, se desculpou.

- Sorry, mister.

- Não se preocupe, Miguel.

- Eu estava distraído.

- Eu entendo.

- Os papéis dos novos gráficos já estão em sua mesa.

- Tudo bem. Jeon já os viu?

- Ainda não. 

- Deixe que eu os mostro então.

- Tudo bem sir, mas agora o senhor Jeon está um pouco ocupado.

- Ainda com os sócios?

- Não. Ele está conversando com o senhor Park.

- Jimin está com Jeon?

- Sim. Estão conversando.

Claro que Taehyung imaginava sobre o que era, e agora entendia a pressa de Park quando saiu da sua casa. E entendia inclusive os guardas plantados lá fora. Ao que parece, Jiminzinho desafiou as leis de transito. 

- Tudo bem Miguel, Obrigado.

- Disponha, mister.

Miguel seguiu pelo corredor e Taehyung seguiu para a sua sala. Aproximou-se da porta, abriu e entrou em sua sala. A primeira atitude que tomou foi abrir seu notebook, e depois, analisar os gráficos em cima de sua mesa. Ouviu o som da porta ao se abrir e achava ser sua secretária, todavia, e para sua infelicidade...

- Kim, preciso falar com você.

- Não sabe bater?

- É urgênte.

- Cínico!

- Am?

- Como se atreve?

- Fiz algo de errado?

Taehyung o mirou tentanto entender que estado de tentativa de tolice era aquela. Apesar do cínismo agudo, Wang nunca foi do tipo atrasado para entender as insinuações. Wang, por sua vez, não compreendia aquela ofensa grátis logo pela manhã e sem ter feito algo de errado.

- Eu fiz algo de errado? - Voltou a perguntar.

- Das duas uma; Ou você anda meio lerdo, ou é um quadrupite!

- Não estou entendendo esse seu aborrecimento comigo. Será que ainda não aceitou que eu voltei?

- Isso é pouco pra me estressar!

- O que deu em você?

- Olha Wang, rodeios não são bem o meu forte. - Disse, colocando as mãos na mesa, se inclinando um pouco e o encarando. - Vou ser direto.

- Ok.

- O que diabos você tem haver com o plano daquela desmiolada?

- Como é? Que plano?

- Não se faz de tonto!

- Do que está falando?

- Você que armou aquele plano rídiculo de separar Jeon e Jimin, não foi?

- C-como é? De onde tirou isso?

- Fala sério Jacksson! Bancar o tolo comigo, não vai funcionar.

- Taehyung, você está enganado.

- Ah, estou é?!

- Eu não fiz nada. 

- Vai mesmo tentar me convencer disso?

- Olha, eu nem sei o motivo da separação deles, como acha que iria bolar um plano, e pra quê?

- Oras pra quê?! Pra ter Jimin! Ou será que vai ter a cara de pau de negar que não está interessado nele?!

- É, eu estou, mas eu não fiz isso.

- Até parece!

- Taehyung, por favor, acredite em mim.

- Acha que sou um idiota é?

- Eu sei que você é inteligênte.

- Que bom que sabe! Por tanto, não me faça de idiota.

- Taehyung, sendo você tão perspicáz, será que não consegui ver que eu não tenho nada haver com isso? Quando Jimin se separou, eu nem estava aqui, como é que iria bolar um plano?

- Você é esperto, sabe que pode fazer isso a distancia, afinal, estar do outro lado do mundo não te impediria.

- Olha, obrigado pelo elógio, mas, eu não fiz isso.

Taehyung custava a acreditar e Wang compreendia. Seu passado e sua personalidade de antes não eram tão agradáveis, por tanto, era mais que natural que Kim dúvidasse de sua pessoa, e até mesmo acreditasse nas demais calúnias. Jacksson não julgava, e depois, se fosse Kim ou qualquer outra pessoa, pensaria o mesmo. Estava disposto a ter uma conversa franca com Taehyung e colocar os pingos dos "Is". Desejava que Taehyung conhecesse seu lado já mudado, e de fato, Wang estava mesmo mudado. Ainda não teve a chance de demosntrar isso a Jimin ou a qualquer pessoa, mas agora, e diante daquela acusação, estava preparado para revelar a Taehyung seu novo eu.

- Eu posso conversar com você?

- Conversar?

- Sim.

- Sobre o quê, Wang?

- Sobre mim.

- O que o faz pensar que quero saber sobre você.

- Tae... Me dá uma chance de falar.

Kim poderia até pensar que era um chiste ou coisa do tipo, vindo de Wang, era de se esperar. Todavia, as faces dele não pareciam faces de alguém que estava tentando pregar alguma peça, ou inventar alguma mentira. Ao que parece, Jacksson estava falando sério. Resignou-se então a ouvi-lo.

- Muito bem, o que tanto você quer falar sobre você.

- Sabe Tae? Eu mudei.

- Mudou de casa?

- Não, eu mudei.

- Mudou o quê?

- Bom, digamos que o Eu de agora, não se assemelha ao eu de antes.

- Está querendo dizer que ficou bonzinho? Da noite pro dia?

- Não digo bonzinho, mas alguém melhor.

- Me poupe Wang. É essa a desculpa pra tentar se desviar do assunto?

- É sério Taehyung! Eu não sou mais o mesmo.

- Muito bem.. E então, o que foi a causa desse milagre? 

- Bom, digamos que aprendi muito, e me aconteceram coisa muito boas.

- Que coisas?

Havia uma parte naquela história, que Jacksson ainda não estava pronto para revelar. Ficou em silêncio por um tempo, enquanto Taehyung o observava.

- E então?

- Eu não posso dizer.

- Olha Jacksson, o truque já deu! 

- Porquê não acredita em mim?

- E eu deveria?

- Deveria!

- Não, não deveria! Você é um canalha!

- Eu sei que você tem motivos, mas eu gostaria que você acreditasse em mim.

- Não dá!

Wang sabia que seria difícil. Na verdade, seria difícil convencer a todos sobre sua mudança, mas mais difícil ainda seria convencer a Taehyung, afinal, Kim nunca teve motivos para confiar em sua pessoa, e sendo ele tão astuto.

- Olha, eu entendo sua dúvida sobre mim.

- Não é dúvida! É certeza!

- Eu sei que você me considera o pior dos piores, mas eu vou provar a você que não sou. - Falou, decidido.

- Não perca seu tempo.

- Não interessa! Eu vou provar!

Um tanto que aborrecido, Wang saiu da sala. Estranhamente a dúvida de Taehyung magoou sua pessoa. Tinha a certa necessidade de provar a ele sua verdadeira mudança. Talvez se tivesse revelado o que de fato o fez mudar, Taehyung tivesse acreditado, contudo, Wang ainda não estava preparado para falar a verdade. Com paciência, daria tempo ao tempo, e decidido, aos poucos consquitaria a confiança de Taehyung, afinal estranhamente a desejava mais do que qualquer outra confiança.

***

Ainda encostado ao sófa, calmamente Jimin explicava e contava a Jeon os momentos difíceis que passou na época em que andava tão frágil e desconfiado. Não deu o detalhes princípais, afinal, tinha algo que ainda não estava pronto para revelar ao ex marido, contudo, contou sobre as intrigas de Jung e o quanto ele confiava nela, a ponto de acreditar que as insinuações dela eram verdadeiras. Explicou também que sendo Jeon tão cobiçado, pensava dia e noite em fatos que não eram fatos, mas que o incomodavam. Falou sobre sua natureza desconfiada, e até mesmo citou a época da escola, mas, tomava cuidado para não falar o princípal motivo de todas as duas desconfianças. Pois, se a época da escola fez Jimin tornar-se alguém desconfiado, um certo casamento fez mais ainda, contudo, isso ainda não diria a ele.

Explicou-se de maneira calma e serena. Ainda citou que não era uma justificativa, afinal, deveria ter confiado nele, contudo, naquele ano, foi um ano muito turbulênto para a sua pessoa. Sem contar que a distância que travou entre ele e Jeon, só deu mais intensidade. Sabia que a distância tinha sido por culpa sua, mas que achava que talvez ele estivesse se reconfortando nos braços de outra pessoa, e tudo por culpa de Jung, que sempre enfiava caraminholas em sua cabeça. 

- Olha Jeon, eu realmente não estou tentando me justificar. - Disse, calmo e tranquilo, apoiando os cotovelos no sofá. - Eu sei que eu deveria ter confiado em sua palavra, e me arrependo por isso. - Jimin ergueu sua cabeça e o mirou bem nos olhos. Jeon o encava, sem muitas expressões.-  Me desculpe.

Jeon ouviu o pedido de desculpas. Sentiu um certo aperto no peito e desviou o olhar. Ainda era extremamente pesaroso e doloroso. Jimin o observava, percebeu os olhos negros sutilmente lagrimejados, e notou a mágoa que ainda perpetuava em Jeon. 

- Eu fui um tolo, Jeon. Me desculpe, me perdoe. - Continuava ele, ainda a mira-lo e rezando para obter ao menos um sinal de esperança.

O magnata, ainda muito resentido, ergueu-se e caminhou até a sua mesa, apoiou suas mãos ali. Apesar do pedido de desculpas e até do pedido de perdão, Jeon ainda se sentia muito ferido. Sofreu muito com as desconfianças de Jimin. Passou noites sem dormir, tentava entender onde errou, até que se deu conta que não, não errou. Foi um ano longo e difícil, achava que não iria acabar nunca. Era muito complicado esquecer que Jimin preferiu acreditar em fotos, do que na palavra dele. 

- Jeon, você não vai me dizer nada? - Disse, erguendo-se.

- Porquê não acreditou em mim, Jimin? - Indagou, em voz melancólica e decepcionada.

- E-eu sei que errei. Me desculpe. - Pediu novamente e já sentindo as lágrimas quase vacilar.

- Não é tão fácil assim, ainda não consigo.

- Não vai me perdoar, não?! 

- Eu não sei. 

- Eu o magoei muito, não foi?!

- Sim, muito. - Revelou sem receios.

- Você, não vai nem pensar? - Disse, sem jeito.

- Jimin, concordei em ter uma boa relação com você por Daniel, mas não me peça mais nada. Eu não posso perdoa-lo agora.

Mesmo frustrado com aquelas palavras, Park entendia. Foi um longo tempo de sofrimento para ele, princípalmente porque foi acusado de traição e canalhisse. Jimin não gostava nem de lembrar das crueis palavras que usou quando viu as tais fotos, se sentia totalmente envergonhado. Agrediu Jeon verbalmente com tudo que ele não era e nem nunca foi, óbvio que isso e ter sido alvo de desconfianças o magoou. Não tinha o direito de estar ali pedindo seu perdão, não depois de tudo o que fez. Era claro que o compreendia. Perdoar quem o ofendeu e desconfiou de seu amor e lealdade, foi de fato uma grande dor para Jeon. Park compreendia porque se colocava em seu lugar, era muito ruim ter o amor desacreditado, e inclusive, ainda a pouco, Jeon afirmou que ele não o havia amado de verdade, algo que o horrorizou e magoou, mas com certeza entendia, pois fez o mesmo com ele, e inclusive, pior. Se Jimin pudesse voltar atrás, voltaria sem sombra de dúvida. Perdeu o homem da sua vida, e tudo por conta de uma infeliz mentira, e de suas desconfianças tão ilógicas. Não tinha nem coragem de dizer que ainda o amava, pois certamente ele não acreditaria, e com razão.

***

5:00 da tarde.

Naquela tarde, Dominika e Hwasa passeavam na pracinha em frente a mansão. Hwasa estava com o fofo Daniel em seus braços, enquanto Domi revirava páginas de um livro sentada em um banquinho. Era uma linda e agradável tarde. A pracinha do condomínio não era tão frequentada, haviam poucas pessoas. Domi gostava daquela tranquilidade, e imaginou que faria bem ao neto, que passava a maior parte de seu tempo brincando, mordendo as mãozinhas e pulando. Daniel ainda engatinhava. Era muito inquieto e era necessário estar sempre trocando suas roupinhas, pois sempre gostava de brincar no chão, e se o tirassem, não era uma boa ideia, pois chorava muito. Era uma criança que gostava de brincar. Era muito difícil fazê-lo dormir, era uma senhora guerra. Ao que parece, tinha muito de Jimin no bebê.

Apesar de uma criança já saber caminhar com um aninho, Daniel ainda não caminhava. Tinha as perninhas gordinhas, e emobra fosse bem agitado, não caminhava ainda. Era uma criança pequena, quem o via jurava ter uns seis ou sete meses. Era extremamente fofo, com as bochechinhas cheinhas e rosadas. Saúdavel e muito doce. Domi via muito de ambos os pais em Daniel. Tinha a aparência de Jeon, e a inquietação de Jimin. Uma vez quase que ele descia as escadas, algo que foi alvo de desespero para seus avós. Era um bebê muito curioso e parecia não gostar de nãos. 

Hwasa, a avó totalmente doce e derretida pelo neto, já estava um pouco cansada, mas Daniel não queria parar a brincaderia, por tanto, engatinhava para um pouco longe, enquanto sua avó corria para apanha-lo. Se o colocasse no colo o impedindo de brincar, ouviria um berro. 

- Dani, por favor, vovó já está cansada. - Disse ela, abaixando-se enquanto o pequeno deitava no gramado. - Não faça isso Daniel.

- O coloque no colo. - Sugeriu Domi.

- Não, ele não vai gostar.

- Você é uma avó muito bobinha.

- E você? O que é?

- É, eu também sou. 

Dominika sorria do esforço da amiga para tentar convencer um bebê. Voltou a atenção a seu livro, contudo, algo incômodou Dominilka. Na verdado, algo a incômodava desde que sentou-se ali. Mirou novamente os lados, mas nada viu. Estranhamente estava sentindo uma sensação peculiar, algo como se estivesse sendo observada. Sempre mirava os lados para saber o que a estava inquietando, mas nada via, contudo, agora, quinta vez que olha, vê um carro um pouco distante, mas notou que o vidro estava baixo e que havia alguém ali dentro. Ergueu-se para olhar melhor e tentar conhecer a pessoa, mas assim que o fez, o vidro baixou rápidamente. Domi achou muito estranho. Não passava muito por situações iguais aquela, mas não era tola, e sabia quando algo estava errado. Não desejava interromper a diversão do netinho, mas precisou.

- Hwasa, pegue Daniel e vamos.

- Já? Mas ainda não anoiteceu Domi.

- Eu sei, mas você está cansada e ele precisa de um banho.

- Tudo bem.

Hwasa colocou seu netinho no colo e ambas sairam da pracinha seguindo de volta para a mansão. Antes de passar pelo portão, Domi olhou novamente o carro e guardou na mémoria a cor e o estilo. Era um veículo bem caro, em Las Vegas, aquele carro custava uma fortuna, por tanto, deveria pertencer a uma pessoa rica. Entrou e fechou o portão, desconfiada. Entrou na mansão pensativa, enquanto Hwasa levava Daniel para um banho.

- Já querida? - Disse Namjoon.

- Hum?

- Porquê entrou tão cedo? Ainda não anoiteceu.

- Daniel precisava de uma banho.

- Entendi. E o que você tem?

- Eu?

- Sim, parece preocupada.

Pensou se deveria falar sobre o possível espião, mas para não preocupar Namjoon, resolveu manter isso somente com sua pessoa. Se voltasse a acontecer, falaria.

- Não, não é nada.

Namjoon voltou a sua revista. Já estava muito farto da vida dentro de casa, sem sair com seus amigos e sentindo aquele gesso incomodando, mas, certas curas exigem certos sacrifícios. Sujeitou-se aquela vida parada para seu próprio bem. Daqui pra frente, dirigiria com mais cuidado.

***

Dominika subiu para o quarto do neto, aonde Hwasa agora o secada com sua toalha de coelhinho branca. Daniel é inquieto, por tanto, seca-lo é tafera meio árdua. Hwasa tentava distrai-lo colocando um brinquedo em suas mãozinhas. Domi estava encostada da porta, extremamente pensativa. 

- Qual o problema, querida? - Quis saber Hwasa, notando a abstração da amiga.

- Hwasa, eu acho que tinha alguém nos observando na pracinha.

- Como?

- Você não viu, mas estava em um carro preto, perto dos carvalhos do outro lado.

- Não foi impressão sua, querida?

- Não, eu sei que alguém dentro daquele carro estava nos observando.

- Que estranho.

- Estou com uma angústia, sabe?

- Não fique pensando nisso. Vai ver era um conhecido.

- Conhecidos que espiam?

- Bem, vai ver era alguém conhecido seu e que estava com receio em se aproximar.

- Não sei não.

- Querida, não seja tão desconfiada. Aqui, tente vestir isso em Daniel, eu vou buscar suas meias.

Domi sentou-se na cama e passou a vestir a roupinha no neto, enquanto Hwasa revirava o guarda-roupas do bebê. Domi não conseguia parar de pensar no possível espião. Não estava considerando a teoria de Hwasa, conhecidos não espiam e tão pouco se escondem quando são notados, por tanto, não deveria ser um conhecido. Intrigada, era assim que Domi estava,intrigada.

***

9:00 da noite, mansão Jeon.

Taehyung sorria ao ver super bobo o video que Domi mandou para o celular do filho. Era um video de Daniel brincando com seu avô. Era para Jeon ter ido ver o filho naquela noite, mas precisou ficar em casa esperando Taehyung, para que ambos pudessem analisar aqueles gráficos. Kim repetia o video mil vezes, estava totalmente derretido pelo bebê, enquanto Jeon separava os gráficos. Precisava deles prontos e sem erros, haveria um reunião importante no dia seguinte, e gostava de saber pessoalmente como as paltas andavam. Com Kim não tinha erro, era tudo perfeito, mas fazia questão que o amigo sempre análisasse.

- Ele se parece muito com você. - Disse Tae.

Jeon sorriu simples com a comparação do amigo, mas sim, Daniel tinha muito de sua pessoa. Se tinha algo que fazia Jeon sorrir como um bobinho, era o filho. Apesar de notar o simples sorrido no amigo, Kim também notou que Jeon parecia um pouco abstrato as vezes, e lá pelas tantas, jurava ver uma pontada de melancólia no amigo. Claro que, imaginou que isso se deveria ter se orginado depois da conversa entre ele e Jimin. Certamente, não deve ter sido uma conversa tão agradável, e logo, Jimin deve ter tocado no assunto que Jeon mais evitava.

Desdo do divórcio e da causa dele, Jeon nunca e sobre hipótese alguma comentava nada, absolutamente nada sobre. Não gostava se quer de ouvir qualquer comentário, nem de seus pais ou de qualquer outra pessoa, Taehyung sempre respeitou essa resolução do amigo, e nunca falou nada, nem mesmo para perguntar sobre algum possível sentimento. Jeon ingnorava e se mantinha calado sobre qualquer conversa que envolvesse Jimin e o motivo do divórcio. Durante o percurso do ano passado, e da metade desse, ele se manteve assim, até que descobriu que Daniel era seu filho, sendo assim, não seria mais capaz de evitar o assunto Park, mas, seria capaz de evitar o assunto das fotos, algo que não conseguiu naquela manhã, pois certamente era isso o que o deixou incômodado, e certamente outros motivos.

Kim era um amigo discreto. Sabia se manter calado em relação a um assunto que o amigo não desejasse falar, todavia, sabia também que se acaso viesse a tocar sutilmente no assunto, Jeon não iria ficar agastado com sua pessoa. Apesar de não ser direto, e sendo sempre muito fechado, Jeon só conseguia falar de certas coisas com Taehyung, mesmo indiretamente.

- Jeon, hoje eu conversei com Jimin. Jung esteve falando comigo e me pediu ajuda para levar Jimin até a ela. Contou que as fotos eram falsas.

Jeon não disse nada, ficou calado, todavia, sentia uma pontada incômodar sua cabeça.

- Eu sei que você não gosta de falar sobre esse assunto, mas como foi a conversa de vocês dois? Jimin saiu de minha casa as pressas. Conversaram?

- Sim.

- Ele disse a você?

- Sim, disse.

- E você? 

- Eu?

- Sim, quero saber como se sentiu? Quer dizer, foi bom ouvir que ele sabe a verdade?

- Não fez diferença.

- Não?

- Não. Ele deveria ter acreditado em mim antes, e não esperado um ano só pra ter a maldita verdade. - Disse, erguendo-se.

- Mas, a conversa não foi boa?

- Conversamos e ele me pediu desculpas.

- Pediu? - Falou, ânimado e esperançoso. - E então?

- Taehyung, a única coisa que me prende a Jimin é o meu filho. Se não fosse por Daniel, eu não iria querer ter mais nada haver com ele.

- Então, não teve êxito. - Disse frustrado e encostando-se. - Eu achei que ele lhe pedindo desculpas iria aquietar suas mágoas.

- Não, isso não aconteceu. 

- Olha Jeon, tá certo que você não consiga perdoa-lo, e tem razão, mas, será que você não pode pensar um pouco? Quero dizer, Daniel precisa de vocês.

- Não penso na possíbilidade de perdoa-lo, mas estarei sempre aqui para meu filho. - Revelou, sincero.

Taehyung compreendia bem o amigo, e sabia que não seria fácil, afinal, foi muito difícil para ele. Kim só desejava que um dia Jeon pudesse ser capaz de perdoa-lo, e não somente por Daniel. Kim também desejava muito saber se Jeon ainda sentia algo por Jimin, mas isso ele não perguntaria, afinal, o amigo jamais tocava no assunto de um ainda possível sentimento. Lá pelas tantas, Kim se via pensando que talvez Jeon não mais amasse a Jimin, mas as vezes, tinha esperança de que essa hipótese fosse das mais erradas. Seja como fosse, compreendia o amigo, e sabia que ele ainda era muito ferido com tudo o que aconteceu, mesmo não falando sobre. Afinal, Jeon nunca fala sobre seus sentimentos, mesmo eles estando tão sofridos e sufocados.

Kim já não tinha tanta esperança assim na apoximação de ambos por parte de algum sentimento, mas tinha fé que talvez, com o fato de que ambos precisavam estar unidos por Daniel, algo viesse a se redescobrir. Seja lá como fosse, Taehyung ainda torcia para que ambos viessem a estar juntos novamente. Ele mesmo seria capaz de fazer o que fosse preciso, só para reaproxima-los. Seu plano ainda estava de pé, agora só precisava entender quem era a tal pessoa que havia elaborado o plano das fotos. Jacksson afirmava que não tinha sido ele, e depois de pensar o dia todo no assunto, Kim se convenceu que não, não poderia ser ele. Jacksson podia ter todos os defeitos do mundo, mas ele era um péssimo mentiroso, e se disse que não tinha nada haver com o tal plano e com tanta convicção, significava que não, não teve mesmo. 

- Se não foi Wang, quem foi?

Era essa a sua pergunta, e iria atrás da resposta.

***

9:40 da noite.

Naquela noite Hoseok recebeu a visita do amigo. Jimin estava muito triste, cansado e frustrado. Desde que chegou, deitou-se na cama do amigo aconchegando-se em seu colo, enquanto Hoseok fazia um delicado carinho em seus fios. Jimin explicou que descobriu sobre as malditas fotos e que eram falsas. Disse também que falará com Jeon e lhe pediu perdão, mas que ele não cedeu. Claro que, entendia, mas, estava sendo muito difícil. Na verdade, tudo estava sendo muito difícil. Desdo fato de ter perdido o esposo por conta de uma estupida mentira, ao fato de que não iria ter seu perdão tão fácil assim ou talvez, nem o tivesse algum dia. 

Hoseok tentava tranquilizar o amigo, Jimin não podia passar por essas situações. Sua pressão poderia baixar resultando em um mal estar. Esticou um pouco o seu braço e pegou na mesinha do abajur alguns comprimidos e água, para que seu amigo tomasse. Jimin até mesmo deixava algumas lágrimas vacilar por seu rosto, estava sendo muito pesaroso. Jamais se sentiu tão mal em sua vida. 

- Tome isso querido, vai lhe fazer bem.

Jimin sentou-se na cama, não estava em posição de negar os calmantes, precisava dormir um pouco, passou o dia mais longo de sua vida, e o peito apertava intensamente. Pegou os rémedios e os ingeriu, sem reclamar, algo que sempre fazia, mas naquele momento não estava com forças pra se mostrar teimoso ou pávio curto. Secou as lágrimas dos olhos, e seu rosto estava rosado. Hoseok não sabia nem o que dizer. Sempre soube que as tais fotos eram uma grande mentira, mas na época, quando tudo aconteceu, quando tentou alertar o amigo e dizer que ele deveria investigar melhor, Jimin não quis dar ouvidos, e agora o amigo estava se deparando com muitos sentimentos misturados. A raiva de si, arrependimento, lembranças, se sentindo injusto e ainda completamente apaixonado por seu ex marido. E ainda por cima, tinha também que lidar com o fato de que escondeu Daniel por um ano, pensando que Jeon não o merecia, sendo que a tal traição nem havia existido. Todas as vezes que Jimin pensava em tudo isso, sua dor multiplicava.

- Fui tão tolo Hoseok.

- Não fique assim querido. O que passou, passou.

- Sabe? Quando eu vi aquelas fotos e ouvi que eram falsas, eu juro que meu mundo caiu ali mesmo. Foi um choque maior do que quando pensei que elas eram verdadeiras.

- Eu tentei alertar você.

- Eu sei, todo mundo tentou! Mas eu, o cabeça dura, nunca quis ouvir ninguém! E pior ainda, não ouvi Jeon...

- Querido, por favor, olha a sua pressão.

- Eu pedi desculpas, pedi perdão, mas acho que nunca vou tê-los.

- Não se precipte. Jeon só precisa de um tempo.

- O pior é que ele não me ama mais.

- Como é que você sabe? Perguntou a ele?

- Como você acha que vou ter a cara de pau de perguntar isso a ele? 

- Querido, há muito a ser dito entre vocês.

- Ele já deu tudo por encerrado. Não posso mais pedir nada dele.

- Resgni-se a sua nova realidade querido. Ao menos vocês concordaram em se dar bem por Daniel.

- Resignar-me? Resignar-me a essa maldita realidade?

- Bem...

- Hoseok, eu perdi meu marido por que fui tolo! E por culta de uma naja sorrateira! Não consigo aceitar isso!

- Mas Jimin, não pode voltar ao passado. 

- Não, não posso. Mas, posso fazer diferente, afinal, Ainda o amo.

- E o que você pretende fazer?

- Eu vou reconquistar Jeon.

- Co-como? - Falou, perplexo.

- É isso mesmo que você ouviu Hoseok! Eu vou reconquista-lo! Nem que eu passe a vida tentando.

Hoseok ficou perplexo com a decisão do amigo, mas Jimin parecia obstinado a ter Jeon de volta. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...