História Meu delírio - Min Yoongi (Suga) - BTS - 8

- Não conseguiu dormir? – Yoongi falava ainda de olhos fechados alisando meu braço que estava em cima de seu peitoral.

- Dormi sim. Você que é uma pedra. – Levantei minha cabeça e selei o canto de sua boca, ia levantar-me, mas ele me puxou. O tom humorístico em minha fala se dava unicamente em razão de meu bem-estar, eu estava me sentindo resolvida, apesar de todo o ocorrido da noite passada, eu me sentia bem e viva. Não queria que Suga ficasse preocupado.

- Nós precisamos conversar sobre ontem. – Continuei lhe encarando, pois eu também achava que precisávamos, afinal, eu queria saber quem era aquela gente e porque chegou àquele ponto. – Você está realmente bem?

- Eu juro que sim. – Suga coçou a cabeça e fitou o teto.

- Eu gastei uma boa parte do dinheiro que você está guardando. – Me olhou preocupado. – Prometo que irei lhe pagar tudo.

- Esqueça aquilo... Nós estamos vivos, não estamos?

- Não é justo um idiota como eu desperdiçar o dinheiro que você está guardando há sei lá quanto tempo... Você começou a guardar antes de ir pro Brasil?

- Não. Eu comecei a juntar lá e trouxe pra cá. Era só isso? – Ele assentiu. – Bom, vou preparar algo pra comermos, não demore. – Saí de seu quarto e parei em sua porta para lhe olhar mais uma vez.

Nós tomamos café da manhã juntos e Suga estava um pouco melhor de seus roxos, seu olho já estava com total movimento, porém suas costas ainda doíam muito já que ele tinha recebido duros golpes ontem. Ficamos a manhã inteira abraçados no sofá assistindo desenhos animados. Mandei uma mensagem para Taehyung o avisando que precisava falar com ele naquela tarde.

- Mamãe não ligou nenhuma vez. Isso é estranho, não é? – Perguntei enquanto estávamos almoçando macarronada na mesa.

- É... – Levou uma garfada até a boca. – Por que não começa a chama-la de Seohyun? – O olhei e ele estava preocupado com seu prato, não me dando atenção.

- Eu não quero magoá-la, coisa que você está fazendo com o papai.

- Ele não é meu pai.

- Se acha tanto isso, por que ainda me chama de maninha quando estamos fazendo... – Pausei. – Amor? – Pude notar um sorriso brotar em seus lábios, ele levantou-se e veio até mim.

- Não é gostoso quando você escuta eu te chamando assim? – Falava em meu ouvido com uma voz arrastada. Um arrepio se propagou por todo meu corpo.

- Idiota. – O empurrei e ele retornou vitorioso para sua cadeira. Uma mensagem em meu celular chamou nossa atenção para o aparelho eletrônico, o peguei para olhar. – Lave os pratos pra mim, maninho? – Fui depressa lhe dar um beijo na bochecha, seguindo para meu quarto para vestir uma roupa adequada.

- Aonde vai? – Suga perguntou quando me viu retornar das escadas e indo em direção a porta.

- Encontrar Taehyung. – Não esperei ouvir sua raiva ser propagada, apenas saí de casa para encontrar meu vizinho.

(...)

- Estou ansioso para saber o que quer falar comigo. – Tae sorria feliz ao me receber na porta de sua casa. Sorri fraco.

- Onde está sua mãe? – Estranhei, já que era ela quem sempre me atendia na porta.

- Estamos sozinhos. – Caminhou até a sala e o segui. Sentei no sofá maior e Tae se posicionou justo ao meu lado, pôs a mão sobre meu joelho fazendo-me um carinho. – O que tem pra me dizer, (S/N)? Está me matando de curiosidade!

- Tae... – Empurrei sua mão que encostava em minha pele. – Não posso mais encontra-lo dessa forma.

- Que forma? – O sorriso em seu rosto havia sido desfeito.

- A partir de hoje, só posso te dar minha amizade.

- Mas por que isso agora? – Fiquei calada, não consegui pensar em uma resposta convincente que não fosse a de estar apaixonada pelo próprio irmão. – Está saindo com alguém? – Assenti com a cabeça e Tae se levantou, ele caminhou até a janela e a encarou por alguns segundos. Pareceu uma eternidade todo aquele silêncio. – Tudo bem (S/N). Aprecio sua sinceridade em me contar agora no início e não quando estivéssemos casados. – Riu ao pronunciar a última palavra. Tae me olhou e sorriu de maneira forçada tentando parecer bem com aquilo.

- Desculpe V, você é uma pessoa incrível e tenho certeza que irá encontrar alguém especial. – Ele apenas concordou positivamente. Fui até onde ele estava e beijei sua bochecha, em seguida, o deixei sozinho, estava ansiosa para contar à Suga sobre isso.

Fazer aquilo com Kim Taehyung me partiu o coração, mas não tinha outro jeito. Era por Suga que meu coração batia mais rápido, era com ele que eu desejava passar o resto de meus dias e por mais que V fosse um cara perfeito, ele não era perfeito para mim.

(...)

- Posso entrar? – Perguntei ao ver Yoongi fitando a paisagem de nossa rua através da janela de seu quarto.

- Voltou tão rápido...

- Você achou?

- Sim.

- Terminei com Tae. – Suga virou-se para mim com a mão nos bolsos e sorriu alegre. – Não é dele que eu gosto. – Yoongi veio até mim e agarrou minha cintura, me puxando para junto de seu corpo selando nossos lábios.

- E eu posso saber de quem minha irmãzinha preferida gosta? – Revirei meus olhos ao ouvi-lo falar daquela maneira tão melosa, lhe fazendo rir. – Isso é uma ótima notícia. – Selou rápido meus lábios. Nossos beijos cheios de querer logo se iniciaram e suas mãos percorriam meu corpo em busca da barra de minha blusa. – Ai! – Reclamou quando toquei forte em suas costas.

- Desculpe.

- Estou brincando. – Riu colado em minha boca e em um impulso me elevou para junto de seu corpo, onde agarrei sua cintura com minhas pernas.

A mão grande de Suga apalpava minha bunda sobre o jeans de meu short. Nos desejávamos fortemente.

Trim Trim Trim

O barulho do telefone da casa foi suficiente para nos olharmos, ele fazia uma cara de pidão, não queria que eu fosse, mas poderia ser algo importante.

- Não demoro. – O deixei sozinho e seu volume já marcava sua calça. – Sim, mamãe, estamos bem... Sério? Por mais quanto tempo ficarão aí? Tudo bem... – Retornei ao quarto e Suga me chamou para se juntar a ele na cama. Deite-me em seu ombro um pouco triste com a notícia de nossa mãe ao falar que vovó estava muito mal. Expliquei tudo e ele também pareceu abalado.

- Quando eles voltam?

- Não sei. Podem demorar algumas semanas ou voltar hoje mesmo, eles não sabem ainda...

- Quero vê-la, (S/N)... Não me perdoaria se algo acontecesse e eu não pudesse tê-la visto uma última vez.

- Nada de ruim vai acontecer, Yoongi.

Ele me puxou para seu lado e ficamos assim até adormecermos. Uma vibração no celular dele me despertou e o chamei, era uma mensagem de Jungkook nos convidando para mais uma de suas festas. Concordei em ir, contanto que Suga me prometesse não engolir nenhuma gota de álcool sequer, o que ele aceitou muito rápido. Nós matamos um pouco de tempo assistindo televisão e comendo, esperando dar a hora certa de se arrumar.

- É uma honra poder sair com você. – Ele me estendia o braço do final da escada.

- Já saímos tantas vezes.

- Mas agora estamos saindo como um casal. – Beijou as costas de minha mão, eu apenas ri sentindo-me incrivelmente feliz.

Nós logo chegamos na festa e novamente a casa estava lotada com pessoas por todos os cantos e uma música alta tocando.

- Finalmente! – Jungkook estava com o braço enroscado na cintura de uma garota e apertou firme a mão de Suga. – Como vai, (S/N)?

- Bem, obrigada!

- Ah, que mal educado eu sou. Essa aqui é a Isabela, minha namorada. Ela é brasileira também, (S/N).

Após as apresentações, conversei um pouco com a namorada de Jeon enquanto ele conversava com meu irmão. Nós mantínhamos uma curta distância e Suga ficava o tempo inteiro me lançando olhares. Em uma dessas vezes em que procurei por seu olhar, acabei esbarrando com os olhos de Taehyung. Ele sorriu fraco e eu retribuí. Logo, foi em busca de cumprimentar o dono da casa. Observei aquela cena de longe, queria ver como Yoongi e Tae iriam interagir, mas não foi nada que me surpreendesse, os dois deram um aperto de mão e nada mais. V logo saiu dali com Jungkook e os dois subiram as escadas, Suga retornou para onde eu estava e ficamos nós três comentando sobre o Brasil até que Jeon voltasse.

Demorou aproximadamente dez minutos e assim que Jungkook retornou para sua namorada, Yoongi desapareceu.

“No banheiro de Jungkook. Agora.”

Mordi o lábio inferior ao ler sua mensagem em meu celular. Sabia que o que ele queria fazer naquele banheiro eu também queria muito.

Subi as escadas e após entrar em um quarto que eu deduzi ser o dos pais de Jeon, retornei para o corredor e me deparei com uma outra porta.

Bem, só poderia ser aquele.

- Por que no banheiro e não no quarto? Ele está vazio, sabia? – O indaguei assim que entrei no quarto, e ele saiu do banheiro.

- Você não tem fetiches? – Ri sarcástica e fui a seu encontro.

Minhas mãos foram rápidas até sua nuca e o puxei para um beijo com muito desejo. Ele retribuía apertando minha cintura, subindo suas mãos até meus seios, os quais apertava por cima da blusa.

Andamos sem nos separar até a cama e ele me deitou, tirou sua blusa, deixando-a cair no chão e voltou-se para ficar em cima de mim, depositando beijos úmidos em meu pescoço.

- Que porra é essa? – Aquela voz rouca era de Taehyung anunciando que tinha nos descoberto.