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História Meu demônio alaranjado. - Os latidos do inferno.


Escrita por: Kakashi_os

Notas do Autor


Mano parece que faz tanto tempo desde que eu postei o ultimo cap... Ainda existe alguém ai?
Olha, eu não vou pedir desculpa por não ter postado semana passada, pois não foi minha culpa e eu estou realmente muito puto com o que aconteceu.
Essas semanas para mim foram bem livres, literalmente, eu tive muito tempo para escrever. Esse cap ta pronto desde... um dia depois que eu postei o ultimo cap, ai vem a pergunta: "Se estava pronto porque você não postou?" E as resposta é simples, eu não postei porque a desgraça do meu pc resolveu parar de funcionar... Ai eu fiquei sem computador por... mais de uma semana, ele voltou ontem e graças a Deus não preciso formatar, pois se tivesse formatado pode ter certeza que não teria cap essa semana também.

P.S: Sei que é Sábado, mas postei hoje, pois amanhã não vou poder postar.
Enfim...
Colequei algumas coisas que aconteceram em caps passados para vocês relembrarem sobre a fic.
Boa leitura e bem vindos a saga infernal.

Capítulo 19 - Os latidos do inferno.


Anteriormente...

-Qual é o seu nome? -Perguntou ela.

O ruivo parou de comer o pão que ele estava saboreando e respondeu.

-Kurosaki Ichigo.

---

-O que diabos você é? -Indagou ela um pouco assustada ao ver aquilo.

-O que eu sou? Eu sou Kurosaki Ichigo, um demônio...

---

 -Calma aí baixinha, não precisa se assustar, eu não vou te devorar, não nesse sentido. -Afirmou ele com um sorriso cafajeste. -Na verdade eu não vim para cá para me alimentar de humanos.

Derrepente a baixinha pareceu interessada novamente naquele ruivo e então decidiu perguntar:

-E o que você veio fazer aqui, então? 

-Eu fugi... -Disse ele com um tom mais sombrio.

A morena arregalou os olhos em surpresa, ela não esperava esse tipo de resposta, talvez ela esperava que ele dissesse que ele só estava passeando, estava perdido ou qualquer outra coisa.

-Você fugiu? Por acaso você é algum tipo de demônio criminoso? -Perguntou ela com sua voz autoritária.

-Não, claro que não... -Respondeu ele com nojo. -Eu fugi de casa, eu queria me afastar da minha família, principalmente do meu pai estúpido.

---

Ao sair do motel ele sentiu um cheiro bastante conhecido por ele, imediatamente começou a farejar um pouco mais forte para ter certeza.

-Ora, ora... parece que tem alguém na minha área.

Grimmjow estava com um sorriso insano pregado em seu rosto enquanto sentia o cheiro de outro demônio na cidade, ou melhor sua área.

---

 O cara de cabelos azuis movimenta a espada em direção ao ruivo, mas o mesmo da um salto alto fazendo com que o azulado cortasse apenas o ar.

-Quem é você? -Indagou o ruivo em cima da lata de lixo com um pose like a homem aranha. -Você foi enviado pelo meu pai?

-Não... 

---

-Vou perguntar de novo, quem é você? -Indagou o ruivo repetindo sua primeira pergunta para aquele cara.

-Me desculpe, foi uma falta de educação minha não lhe permitir saber o nome do cara que cai lhe matar. -Disse o azulado com o tom zombeteiro na voz. -Meu nome é Grimmjow Jarguejaquez.

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-Eu? Me chamo Kurosaki Ichigo... -Respondeu ele ainda se perguntando o que ele havia falado que fez efeito para aquela mulher dar uma risada

-Desculpe que falta de educação a minha, me chamo Inoue Orihime. -Se apresentou ela dando um piscadinha.

---

  -Foi divertido... -Disse a garota ao sentir o ar gelado da noite bater contra seu rosto. -Mas não posso esquecer o motivo pelo qual fui enviada aqui.

-Te achei... príncipe Kurosaki.

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-Seu pai está preocupado com você. –Disse ela fitando o homem que estava com uma cara fechada.

-Claro que ele está. –Disse ele cinicamente.

---

Ao tocar no pulso de Orihime para a mão ela não acerta-lo novamente, sentiu um queimamento na sua mão, era como se o pulso dela estivesse corroendo toda a sua mão.

-Ahhhh... –Gritou ele afastando sua mão do pulso dela.

Ele olhou para sua mão e viu a ferida formada por causa daquilo, era uma queimadura bem feia, mas como ela causou aquilo.

“Não pode ser” Pensou ele tendo uma breve ideia.

---

-Então você está indo matar demônios? Que ocasião rara. –Disse um homem também de branco e com os cabelos prateados ao entrar no local.

-Tenho motivos para isso pai. –Respondeu ele sem encarar seu pai.

-Sei muito bem qual são esses motivos Uryuu.

---

Até que enfim, pelo tempo que você demorou pensei que você ia morar lá dentro. –Disse uma voz sarcástica.

-Pensei que fossem apenas dois, mas ao julgar pela sua energia espiritual eu diria que você é um demônio. –Afirmou Uryuu com uma feição séria.

-Bravo, meus parabéns Sherlock... –Aplaudiu o sarcástico, enquanto se aproximava cada vez mais do Quincie. –Sabe, já faz algum tempo que eu não vejo um Quincie, por um tempo achei que esse objetivo suicida de eliminar todos os demônios havia levado vocês a ruína.

---

-Vocês demônios são uma raça superestimada, se acham os dono do pedaço depois da última guerra mesmo ela nem tendo tido um vencedor... –Falou Uryuu enquanto Grimmjow estava caído no chão a ponto de desmaiar, porém seu esforço o impedia de fechar seus olhos. –Muitos humanos morrem só para sessar essa maldita fome de almas que vocês têm. Os Quincies querem acabar com isso, demônios são raças que nunca deveriam ter existido nem nesse mundo ou em qualquer outro.

-Você não têm o direito de falar isso... –Respondeu Grimmjow tossindo por causa do esforço para se manter acordado. –É verdade que os demônios devoram almas humanas, eu faço isso com o maior prazer, mas existem demônios que não acham isso correto, conheci vários demônios que nunca se alimentaram de almas em toda a vida deles e ainda defendiam os humanos, eles lutavam por igualdade entre ambos, sem nenhum se tornando comida do outro, mas... Mas todos eles morreram. Eles foram assassinados por caçadores de demônios... –Mais uma vez Grimmjow tossiu pelo o esforço daquelas palavras, mas toda a sua irritação por aquele cara esnobe tinha que ser desabafada. –Vocês se dizem que nós não deveríamos existir, mas nunca lhe ocorreram na mente que humanos e demônios poderiam ser iguais? Existiam demônios que lutavam por isso e apoiavam isso, mesmo sendo difícil se adaptarem a não se alimentarem de almas humanas, mas parece que isso é a ultima coisa que vocês querem...

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-Riruka... –Disse o homem com o tom grave.

-Eu mesma queridinho, em carne, osso e glamour.  –Respondeu ela jogando uma de suas maria chiquinha ao vento.

-Insolente como sempre. –Afirmou ele.

-Coisa nunca mudam queridinho...

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-Essa é a minha resposta para essa missão, eu não aceito. –Respondeu ela sorrindo debochadamente.

-Posso ao menos saber o porque? Pelo que conheço você poderia estar fazendo isso só para se achar.

-Sim, é verdade eu adoraria ter que ver você com cara de taxo, mas dessa vez eu sou contra a isso porque como você disse eu sei o porque dele ter fugido e não serei eu quem vai atrapalha-lo. Ichigo já me ajudou muito nessa vida e se não fosse por ele eu já estaria até morta, por isso tenho uma grande divida com ele.

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Urahara caminhava lentamente até onde Rukia estava, parou na frente da mesma e estendeu a mão.

-Urahara Kisuke vendedor, qual o seu nome?

-Kuchiki Rukia, é um prazer conhece-lo. –Respondeu o cumprimento.

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-O que acha disso? –Perguntou o tiozinho do chapéu.

-O que é isso? –Perguntou ela olhando.

Ichigo chegou onde eles estavam e viu Rukia segurando uma espada. A lamina da mesma estava sendo coberto por sua bainha, enquanto Rukia a segurava pelo cabo.

-O que está fazendo Urahara? –Perguntou Ichigo olhando a cena.

O dono do estabelecimento olhou para o ruivo, sua cara não era nenhum pouco simpática.

-Estou dando uma arma de defesa para a bela dama... Ela têm muita sorte, essa espada é muito cara eu a venderia por um preço MUITO alto, que até mesmo você teria uma certa dificuldade em pagar, mas estou disposto a dar a espada de graça.

---

-Eu gosto de chama-lo de “labirinto da confiança”. –Afirmou o loiro.

-Labirinto? –Perguntaram os dois ao mesmo tempo.

-Exato. O teste é bem simples, o labirinto é grande e não possui saída apenas duas entradas que serão fechadas quando os dois estiverem dentro, o objetivo de vocês é chegar até o meio que liga as duas partes do labirinto, quando ambos estiverem lá terão de apertar um botão, se os dois botões forem pressionados ao mesmo tempo o labirinto inteiro irá sumir, mas senão vocês ficaram presos ali para sempre.

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–Então príncipe Kurosaki, de acordo com o teste que eu fiz vocês dois confiam cegamente um no outro... Receio que ambos tem muita coisa para me contar não é mesmo?

-Bem... –Ichigo ia dizer algo, mas foi interrompido.

-Sei o que vai dizer... –Urahara se sentou no chão e olhou para o ruivo. –Temos todo o tempo do mundo, acho que Grimmjow e Neliel não vão ligar de esperar mais um pouco.

---

-Desculpe Orihime... É meu dever limpar o nosso mundo dessa criaturas.

Ryuuken saiu da sala, já não aguentava mais olhar aquela cena deprimente.

-Não Uryuu, você não pode mata-lo... EU NÃO VOU DEIXAR.

---

-Ah... E você é o tal de príncipe do inferno, o filho de Lúcifer... ou prefere que eu lhe chame pelo seu nome citado na bíblia anticristo?

-Nah, me chame de Ichigo ou Kurosaki... eu acho muita baboseira esse titulo, príncipe infernal me soa melhor...

---

-Então você não se lembra? –Perguntou Urahara.

-Lembrar do que?

-Do que aconteceu lá dentro... Você derrotou o Hollow Kuchiki-san.

---

-Eu quero que veja uma coisa Yoruichi, me diga a sua opinião sobre isso.

Urahara mandou Yoruichi se aproximar do computador para mostrar a imagem. Ela viu que se tratava de uma das áreas do labirinto com aquela garota que estava com o Ichigo, notou que ela já havia perdido aquela luta, já que o Hollow havia a desarmado e a jogado contra parede, ao que parecia Rukia tinha o mesmo pensamento, pois se encolheu próxima a parede e esperou pelo golpe final, o Hollow preparava um cero na sua boca pronto para mata-la, mas no momento em que ele jogou o cero a pele de Rukia lançou uma luz branca e fez com que o golpe fosse se dispersando, assim como o Hollow que a lançou.

-Wow, isso é...

-Pelo que parece você teve os mesmo pensamentos que eu... –Disse Urahara ao ver a reação da mulher. –Eu só não esperava que o sobrenome Kuchiki que ela carrega não fosse o mesmo sobrenome dele...

 

Saga Infernal.

Os latidos do inferno.

 

2:00 - Em uma casa qualquer.

Após ouvir um barulho vindo do lado de fora de sua casa, uma mulher de cabelos vermelho vinho estava descendo as escadas até o andar de baixo da sua enorme casa. Já fazia duas noites que ela escutava barulhos estranhos vindo do nada.

A primeira vez ela sentia que estava sendo seguida por alguma coisa ou por alguém.

A segunda vez ela começou a sentir alguém correr, literalmente em volta de si.

A terceira vez ela começou a escutar latidos.

Como dessa vez, ela acordou no meio da noite escutando o barulho de um cachorro latindo. O estranho é que a vizinhança onde ela mora não possui cachorros, ela conhecia seus vizinhos e sabia que nenhum possuía qualquer tipo de cachorro.

Andou até a janela a procura de ver algum cachorro latindo, mas não havia nada na rua e o latido continuava como se um cachorro estivesse realmente ali.

-Meus Deus...

A mulher começou a fazer uma oração por causa do medo que ela estava sentido.

Ao olhar para a rua ela pode ver o gramado se mexer ao contrario do vento, como se tivesse algo andando por ali... como... se o cachorro que estivesse a perseguindo fosse invisível.

 

 

13:00 – Apartamento da Rukia.

Rukia havia acabado alguns projetos para próxima semana no seu trabalho, mesmo sendo domingo convenhamos que uma grande trabalhadora nunca para.

-Boa tarde Kuchiki-sama... –Cumprimentou Neliel quando a baixinha chegou na sala.

-Kuchiki-sama? Finalmente vão me tratar com o devido respeito que eu mereço?

-Não... Urahara me contou sobre o possível envolvimento entre você e Kurosaki-sama, então se você acabar se tornando a rainha do inferno já quero estar acostumada a lhe servir. –Disse Neliel dando um sorriso irônico.

Rukia ficou calada por quase um minuto até que algo passou por sua mente.

-Isso foi uma piada? –Indagou ela.

-Claro que foi... Não achou que eu estava falando sério, não é?

-Não, é estranho te ver fazendo uma piada, já que você é tão robótica.

-Falou a mulher que trabalha no domingo.

-Você não pode falar de mim, já que você nunca para... Diferente do... Cadê o Grimmjow?

Grimmjow já estava sumido a uns três dias, ou melhor não voltou para lá desde que saiu a três dias atrás.

-Ele foi embora, agora que não precisamos nos preocupar com os caçadores ele decidiu voltar para sua vida de vagabundo.

Rukia percebeu um certo rancor na voz da verdinha, mas resolveu ignorar aquilo uma vez que não era da sua conta o que ocorria entre aqueles dois.

-Boa tarde moças. –Cumprimentou Ichigo chegando no apartamento.

-Onde esteve Kurosaki-sama? –Indagou Neliel com o olhar de “se tiver feito besteira eu relato tudo para seu pai.”

-Fui comprar sorvete. –Anunciou mostrando a sacola cheia de potes de sorvete.

“Tava demorando.” Pensou a Rukia.

-Não adianta ficar frustrada Rukia. –Disse Ichigo.

Só então ela lembrou que eles conseguem ler os sentimentos e so então lembrou de como aquilo era irritante.

Saiu de seus pensamentos ao escutar o telefone tocar, sem demora ela atendeu.

-Alô...

-Rukia, é você? –Perguntou a voz feminina.

-Sim sou eu, quem está falando?

-Sou eu, não acredito que esqueceu da minha voz.

-Ah...

-Você esqueceu mesmo? Como pode?

-Bem...

-Vou refrescar sua memória... Faculdade... Colegas de quarto... A cirurgiã chefe mais jovem do japão...

-Chizuru?

-Ae garota, eu mesma...

-A quanto tempo. Como você está? Como anda a carreira?

-Eu estou ótima, e a carreira ao meu auge.

-Nem acredito que você foi nomeada cirurgiã um ano depois da faculdade, geralmente isso demora anos.

-Eu sei, eles reconheceram meus talentos.

-Haha, sempre modesta não é?

-Sempre... Mas indo ao ponto, eu queria que você viesse a minha casa, passar uns dias quem sabe...

-Ah, eu não sei...

-Por favor, já faz seculos que eu não te vejo, quero por as fofocas e dia.

-Ah...

-Kuchiki Rukia você não vai deixar sua melhor amiga na mão, vai?

-Tudo bem, chego ai em duas horas.

-Ok, até la linda.

-Até.

Rukia desligou o telefone cheia de pensamentos e lembranças na sua mente, Chizuru era mesmo uma figura, foi sua melhor amiga na faculdade e inclusive sua colega de quarto, embora ela fizesse medicina.

-Quem era? –Perguntou o ruivo.

-Uma amiga, quer que eu vá passar uns dias na casa dela.

-Ah... Posso ir?

-Como é? Claro que não.

-Porque?

-Eu não vou levar um completo estranho para casa dela.

-Você me trouxe para sua casa quando eu era um estranho... e nos dois sabemos como aquilo acabou. –Disse ele com um sorriso safado no rosto.

-Ichigo eu...

-Leva ele logo Kuchiki-san... Você sabe que mesmo dizendo “não” ele vai te seguir, então façam as coisas de um modo mais civilizado. –Disse Neliel.

Rukia suspirou, pois o argumento de Neliel era bem válido. Com certeza ele a seguiria.

-Se comporte e não faça nada que eu não permita entendeu?

-Sim chefe... Mas porque não e conta mais sobre essa amiga?

-O nome dela é Chizuru, foi minha melhor amiga na faculdade, mantínhamos contato, mas o trabalho puxava muito o tempo de nós duas e ficamos sem conversa por muito tempo... Tempos depois eu soube que um ano depois da faculdade ela se tornou uma cirurgiã chefe...

-Cirurgiã? Quantos anos ela tem? –Indagou Neliel.

-30 anos, eu sei, ela é bem jovem, mas quem sou eu para criticar o hospital que a nomeou isso. –Disse Rukia dando de ombros.

-Estranho, pensei que cirurgião precisava de mais anos de trabalho para se tornar cirurgiã chefe. –Afirmou Neliel.

-Como eu disse, quem sou eu para questionar o hospital... Não vamos mais enrolar, vamos se arrumar Ichigo... e Neliel se comporte, não quero minha casa destruída quando eu voltar.

Ichigo e Rukia foram até o quarto preparar suas malas, embora Rukia não achasse necessário, não ficaria mais que dois dias lá.

-Isso é tipo aquelas situações onde os pais saem e deixam a adolescente sozinha em casa... –Divagou Neliel lembrando de um filme que viu. –Eu devo dar uma festa?

 

 

15:45 – Casa da Chizuru.

Chizuru era uma moça de cabelos com a cor do vinho e usava uma armação de óculos vermelha, mesmo sendo muito jovem era uma cirurgiã chefe, considerada a melhor onde trabalhava. Naquele momento ela estava em frente ao balcão de sua cozinha enquanto preparava algumas massas de biscoitos.

Ainda tinha lembranças de Rukia, lembrava das conversas da faculdade, das loucuras e até mesmo das brigas. Vai ser ótimo reve-la novamente.

Tomou um susto com o tocar da campanhia da sua casa, rapidamente ajeitou a massa de biscoito na forma e a colocou no forno. Correu até a porta para atender e esperava muito que fosse sua amiga.

Tomou outro susto ao abrir a porta e dar de cara com um cara ruivo estranho, ele deu um pequeno sorriso e um aceno com a mão. Rukia apareceu logo atrás dele.

-Chizuru, a quanto tempo... –Disse a baixinha indo dar um abraço na amiga.

-Rukia, como é bom te ver... –Falou devolvendo o abraço. –Eu ia dizer que você cresceu, mas você está exatamente do mesmo tamanho daquela época.

Rukia riu pelo que a amiga disse, o que chamou a atenção do ruivo, pois quando era ele que a chamava de baixinha ele corria o risco de levar uma enorme surra. Saiu de seu pensamento e notou o olhar de Chizuru sobre si, só então lembrou que nunca tinha visto aquela mulher em todo a sua vida.

-Ah... Chizuru, esse é o Ichigo, ele literalmente me implorou para vir te conhecer. –Disse Rukia notando o clima estranho que tinha se instalado ali.

-Oh, sim... Prazer Ichigo... –Cumprimentou a ruiva com um sorriso estampado na cara, em seguida se virou para Rukia com um sorriso bem irônico. –Por acaso ele é seu namorado?

Rukia ficou um pouco envergonhada com a pergunta, não por causa da pergunta em si, mas porque ela não tinha exatamente uma resposta para sua amiga. Afinal ela e Ichigo não tinham títulos, o máximo que ela tinha confirmado é que são amigos ou colegas de casa.

-Ah... Não... Somo amigos... –Respondeu a que mais estava na sua cabeça.

Chizuru parecia decepcionada com a resposta, mas depois se animou novamente.

-Ah... Tudo bem então... Vamos entrando, ainda temos muito o que conversar e já estou com os biscoitos no forno. –Disse Chizuru abrindo espaço na porta para os dois entrarem.

Antes que fechasse a porta ela olhou para os lados por causa da mesma sensação de estar sendo observada por algo invisível. Após olhar para todos os lados ela finalmente conseguiu avistar, ela viu perto do seu jardim. Era um cachorro enorme, de pelagem inteiramente preta com alguma partes com um líquido vermelho escorrendo dele e seus olhos eram inteiramente da cor do sangue que escorria na sua pele.

Assustada Chizuru fechou o porta e tentou se acalmar, colocou novamente seu sorriso no rosto e foi até onde seus convidados estavam.

 

 

16:15 – Casa da Chizuru.

-É realmente muito hilário. –Disse Chizuru rindo do que Rukia havia contado.

Rukia estava estranhando aquilo, tinha alguma coisa errada com a sua amiga, ela parecia nervosa mesmo com aquele sorriso estampado no rosto, quando ela soltava uma risada ela ria de um jeito muito exagerado e de vez em quando ela olhava pela janela como se estivesse procurando algo.

Rukia parou com aquele pensamento quando escutou um barulho veio da cozinha.

-Ah... São os biscoitos, eu já volto.

Chizuru foi a cozinha mais animadamente o possível, o que deixou a Rukia mais preocupada. Ela lembrava que Chizuru não era uma pessoa animada, ela era muito séria e raramente ria, agora ela está parecendo a Orihime de tanta alegria que ela emana.

-Rukia, tem alguma coisa acontecendo... –Alertou Ichigo ao ficar a sós com a morena.

-Como assim? –Perguntou ela.

-Estou sentindo o nervosismo da sua amiga, sem contar que eu estou sentindo uma presença muito poderosa perto dessa casa.

Rukia arregalou os olhos, começou a pensar que sua amiga corria perigo.

-O que você acha que é? Um demônio? Um Quincie? Um Hollow?

-Nenhum desses, mas chega a se parecer a Hollow... pela a intensidade de energia espiritual só pode ser um...

-AHHHHHHHH...

Ichigo e Rukia correram até a cozinha, local onde haviam escutado o grito, ao chegarem ao local encontraram Chizuru ajoelhada no chão com a mão nos ouvidos.

-Para... por favor...para... me deixa em paz... para de latir...

-Chizuru...

Rukia foi até sua amiga para tentar acolhe-la, enquanto Ichigo tentava localizar a fonte da energia espiritual.

-Chizuru, olha para mim... –Pediu a morena segurando os dois lados do rosto da ruiva com suas mão. Quando Chizuru abriu os olhos a baixinha pode ver o medo e o desespero dentro de sua pupila. –Você esta bem...

Viu algumas lágrimas saírem dos olhos de sua amiga e em seguida escutou o choro dela.

-Não... eu não estou bem...

Rukia se surpreendeu ao sentir Chizuru a abraçar extremamente forte, mas sem pensar duas vezes devolveu o abraço para tentar reconforta-la.

---

-E então? –Indagou Rukia.

-E então, o que? –Indagou Ichigo.

Eles estavam conversando na cozinha, enquanto Chizuru estava no sofá da sala, com um cobertor a cobrindo.

-Você sabe o que está atormentando ela? –Perguntou a baixinha.

Ichigo não respondeu, apenas olhou para chão e depois para janela, ele sabia que a resposta que ele iria dar não iria agradar a baixinha nenhum pouco.

-Sei...

-Ótimo, então vamos mata-lo ou então leva-lo para onde ele saiu.

-Não.

Rukia congelou sua expressão ao ouvir aquela resposta vindo do ruivo, ela olhou para o ruivo na esperança de que ele estivesse fazendo uma brincadeira, mas a expressão dele provava que a ultima coisa que ele faria naquele momento séria uma piada.

-Não? Como assim?

-Não vamos ajuda-la... Na verdade nós não podemos ajuda-la.

Por um momento o ar escapou de sua boca, quase como a sensação que recebemos ao descobrir que alguém querido havia acabado de morrer.

-Ichigo... Porque? Porque não vamos ajuda-la?

-Porque... isso que esta acontecendo com ela não pode ser evitado... e é meio que culpa dela.

Agora Rukia estava incrédula das palavras do ruivo.

-Culpa dela? Do que esta falando? Por acaso ela pediu para ser atormentada por essa coisa?

-Não tecnicamente, mas é bem por ai.

Rukia ia dizer algo, mas o ruivo foi em direção a sala. Sem pensar duas vezes ela o seguiu, viu ele sentar no sofá a frente de onde Chizuru estava e Rukia foi bem atrás dele.

-Chizuru... você se importa se eu te fazer algumas perguntas?

-S-Sem pro-problemas... –Respondeu ela com a voz trêmula.

Ichigo olhou para Rukia, que o mandava um olhar irritado.

-Quantos anos você tem?

-30 anos.

-A  quanto tempo você foi promovida a cirurgiã chefe?

-5 anos... Mas porque está me perguntando sobre isso? Pensei já ter falado quando estávamos conversando.

Ele olhou para a janela da casa e em seguida para Rukia enviando um olhar sério, como se quisesse transmitir a frase: “Escute bem essa conversa e você vai saber o porque de não podermos fazer nada.”

-Sim você disse, mas me ocorreu na cabeça que alguém com tão pouca experiencia jamais séria promovida a um cargo tão alto como o que você está... Chizuru por acaso a cinco anos atrás você se encontrou com um demônio?

Chizuru arregalou os olhos e se encolheu mais no sofá.

-Do que você está falando? Demônios não existem...

-Nós dois sabemos que não é verdade.

Ichigo fez seus dois chifres vermelhos brotarem em sua cabeça e aquilo assustou a mulher de um modo imensurável.

-Ahhhh... Você é um deles?

-Calma, eu não vou te machucar... só quero que me responda com sinceridade... A cinco anos atrás você fez um pacto com um demônio?

Rukia se surpreendeu com a pergunta, mas não disse nada por causa da expressão de sua amiga, notou que ela ficou com a mesma cara como quando adolescentes são pegos fazendo coisa errada.

-Sim... A cinco anos atrás eu estava trabalhando como interna no hospital, eu era um desastre e todos diziam que eu nunca seria promovida. Ai teve um dia que eu enchi a cara e conheci um homem, não me lembro o nome dele, mas me lembro que conversamos muito e eu contei o meu problema a ele... então ele disse que poderia tornar meu sonho realidade... ele revelou que era um demônio e sugeriu um pacto... Eu seria muito bem sucedida na carreira, contanto que cinco anos depois a minha alma pertencesse a ele... Não pensei duas vezes e aceitei.

Rukia estava chocada com a historia, não imaginava sua amiga vendendo a alma, por causa da carreira.

-Então o seu tempo acabou... passaram-se cinco anos e agora ele veio pegar sua alma... ou melhor o cachorro dele veio pegar sua alma.

-Cachorro? –Indagou a baixinha.

-É um cão do inferno, o mascote dos demônios, criaturas muito poderosas, mas muito leais aos seus donos... os cães do inferno levam as almas ao inferno, principalmente quando um pacto está envolvido... Não tem nada que possamos fazer.

-Claro que temos... Vamos matar esse cão. –Disse Rukia determinada.

-Não é tão simples... cães do inferno são extremamente poderosos e mesmo se matarmos ele, outro cão virá terminar o serviço... não existe salvação para pessoas que vendem as almas.

Chizuru começou a gritar novamente e Ichigo começou a escutar os latidos do cachorro, a única que não ouvia era a Rukia.

-Está vindo. –Alertou o ruivo.

Logo escutaram fortes batidas na porta, como se algo estivesse tentando arromba-la.

-O que é isso? –Indagou a Rukia.

-Acabou o tempo...

Ele olhou para Rukia e viu o olhar triste estampado no rosto da baixinha. Com um pensamento em mente Ichigo foi até Chizuru e a pegou no braço.

-Vamos.

Os três subiram as escadas para o segundo andar da casa. Colocou Chizuru no chão e pensou em uma saída.

-Chizuru sua casa tem sótão? –Perguntou ele.

-Ah... Sim puxe uma portinhola que fica no teto.

Ele correram até uma parte do corredor onde tinha uma portinhola no teto. Todos se assustaram com o estrondo vindo do andar de baixo, era o barulho da porta sendo quebrada.

Ichigo puxou a porta do sótão e uma escada desceu até o chão, ele subiu o mais rápido possível, mas não a tempo. Ele pode ver o cão no final do corredor e como a primeira coisa na mente ele puxou Rukia para o sotão e em seguida ergueu a mão para Chizuru.

-Vem Chizuru...

Mas ela não se mexia, ela continuou encarando o cachorro e quando ela menos imaginou ele avançou sobre ela cravando suas garras no corpo dela e mordendo todas as partes do seu corpo.

Ichigo vendo que ela não tinha mais salvação, fechou a porta do sotão.

-Rukia tapa os ouvidos.

-Cadê a Chizuru?

Ichigo só pode mandar um olhar que Rukia percebesse que sua amiga havia acabado de morrer.

Eles ficaram ali até os gritos de Chizuru cessarem, Ichigo abriu a porta novamente e viu que o cão tinha ido embora, deixando apenas o corpo morto de Chizuru. Ela estava coberta com o próprio sangue, cheia de arranhões e mordidas profundas.

Agora o único som que ele estava ouvindo era o de Rukia chorando baixinho por causa da morte de sua amiga.

 

 

??? – Castelo do Lúcifer.

-Que porra ta acontecendo aqui? –Perguntou a ruiva com suas maria chiquinha.

Riruka estava andando pelo castelo de sua majestade e notou a enorme movimentação e conhecendo bem o inferno aquilo não era o sinal de que uma festa iria começar, mas sim que algo grande estava para acontecer. Ela continou caminhando até o salão principal que era decorado por várias estatuas e quadros, tinha paredes de coloração branca, quem visse pensaria até que estava no céu.

Após sua breve caminhada ela havia encontrado o demônio pela qual ela estava procurando.

-O que está acontecendo Sosuke? –Indagou ela chegando até o mesmo, que estava sentado no trono real de Lúcifer.

-Onde está o respeito sua garota insolente?

-Desculpe meus modos... O que está acontecendo idiota?

-Eu não sou considerado o cavaleiro da guerra para ser insutado por uma garota que nem deveria estar aqui.

-Chora que passa meu bem... Agora me diga o que está acontecendo aqui?

Aizen estava com sua típica expressão, mesmo diante daquela garota que ele faria de tudo para mata-la se ela não estivesse sendo protegida pelos guardas do principe.

“Sinto saudades da época em que os quatro cavaleiros do apocalipse tinha mais poder.” Pensou o Aizen.

-Já está tudo pronto para a minha saida? –Indagou uma voz vindo do corredor oposto ao qual Riruka havia vindo.

-Sim, o portal para o mundo humano já está aberto Lúcifer-sama...

Riruka se surpreendeu com que ouviu, Lúcifer estava indo para o mundo humano. Aquilo não era nada bom.

-Lúcifer cansou de esperar Riruka... Ele disse que se ninguem vai entregar o principe... –Disse olhando cinicamente para ela. –Então ele decidiu ir busca-lo ele mesmo, nem que seja necessário traze-lo puxando pelas orelhas....

-Lúcifer está saindo do inferno para buscar Ichigo? Mas ele não pode deixar os demônios sem liderança...

-Ele sabe... Por isso EU estou no comando até Lúcifer voltar...

Com certeza aquela situação era a famosa situação onde está todo mundo fudido.

 

*Continua...


Notas Finais


Desculpem qualquer erro ortográfico, mas por causa do acontecido não tive tempo para fazer uma correção, provavelmente deve estar cheio de erros.

Enfim...
Quero todo mundo presente nos comentários...

*Pergunta do dia:
Além de Ichiruki que casal você gostaria de ver com mais presença na fic?


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