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História Meu dentista favorito - As vantagens de ser gay


Escrita por: RichWP

Capítulo 5 - As vantagens de ser gay


Fanfic / Fanfiction Meu dentista favorito - As vantagens de ser gay

O que ele quer comigo? Não sei. Pra falar a verdade não sei quase nada sobre esse cara, a única coisa que sei é que ele é muito gato, ainda mais com essa camiseta branca super coladinha no abdômen dele. Esse tanquinho, uau.

Decido não deixar que Bruna veja isso, então digo pra ela que vou lá fora tomar um ar. Ela se oferece para ir junto, mas digo que quero ficar um pouco sozinho e ela cede. Só por esse fato já gostei dela, amo pessoas que respeitam a minha privacidade. 

Levanto da cadeira, e vou até ele olhando para os lados, tentando fazer com que não me reconheça, mas o problema é que não tenho uma boa noção de espaço,  ainda mais quando estou completamente bêbado, o que faz com que esbarre nele. Ele coloca a mão nas minhas costas para que eu não caia, já que agora estou mais desequilibrado do que já sou quando estou bem. Isso me deixa todo derretido, porque sinto o braço forte dele. Oops, ereção.

- Como soube que eu estava aqui?- Pergunto sem querer saber a resposta, só querendo que ele me beije de uma vez. 

- A música. Este é o único bar da cidade que ainda toca Deep Purple. Eu seria um tolo se não reconhecesse. - Pera aí... o quê? Ou ele deve vir muito aqui ou ele ama demais essa banda.

- Não havia percebido. - O silêncio começa a tomar conta da conversa, mas impeço: - O que você faz aqui? 

- Me preocupo com os meus pacientes.- Ele fala e dá um sorrisinho sexy e quase desmaio. Literalmente, sério mesmo, talvez a bebida esteja querendo ferrar comigo logo agora. Mas não caio, porque ele ainda está com as mãos nas minhas costas; Bruna chega e acaba com todo o tesão que está no ar: 

- Ei, você disse que ia ir lá pra fora.- Ela fala com uma certa preocupação, mas se esvai quando ela olha para o meu dentista. Percebi um certo tesão, mas só da parte dela, porque o dentista está muito preocupado cuidando do seu paciente, que neste momento, está muito indefeso. 

- Acho que ele passou um pouco da conta, não? Vamos levá-lo para fora.- O dentista fala para ela como se eu não estivesse ali, como se estivessem falando sobre outra pessoa. 

Eles me levam e acho isso engraçado: começo a soltar gargalhadas. Todo mundo naquele bar deve ter percebido que eu estava podre de bêbado. 

Todos começamos a rir juntos, talvez a minha risada seja mesmo contagiante, mas Bruna interrompe o momento: 

- Acho que eu deveria levá-lo para casa, você se importa? - Ela fala para o dentista como se ele fosse o meu dono ou algo assim. Não fico envergonhado, porque na boa, tô bêbado. Nada me deixa constrangido, pelo menos agora. 

- Você sabe onde ele mora? Se não souber, deixa que eu levo ele. - Porra, esse cara andou lendo muito a minha ficha, hein? Mas não interessa, isso é muito bom, porque significa que também gostou de mim. Ele não para de olhar pra mim com esse olhar preocupado e Bruna e eu não paramos de rir. 

- Sei onde ele mora.- Ela fala com uma certa autoridade (mesmo sendo mentira), como se estivessem disputando quem me levaria pra casa. - Mas antes tenho que voltar lá dentro e pegar a minha bolsa. - Ela fala e automaticamente sei que ela só quer dar uma palavrinha comigo a sós. Nós vamos e peço uma marguerita, só para ver se é tão boa assim e Bruna começa com uma série de perguntas: 

- Quem é ele? 

- O meu dentista. 

- Por que está aqui? 

- Porque liguei pra ele. 

- Você quer que eu o leve pra casa ou ele? 

- Prefiro que você me leve. Mas não sabe onde eu moro, então vou ter que ir te guiando mesmo bêbado. - Falo isso mentindo, porque na verdade, queria que o dentista me levasse. Mas... se quero arrumar uma amiga fiel, é melhor fazer isso.

O garçom me entrega a marguerita e dá um sorriso que vai de orelha até orelha, mas não posso flertar com ninguém, já que agora todo mundo parece bonito pra mim. 

- Ele ainda está lá fora me esperando? - Falo querendo não olhar pra lá. 

- Sim, e acho que ele tem uma quedinha por você. - Ela fala num tom engraçado, que me faz sorrir e que também me dá uma ideia maravilhosa: ir lá fora de derrubar um pouco de marguerita nele. Talvez ele tire a camisa ou fique ainda mais sexy com o corpo molhado, sei lá. 

- Vem comigo, vadia.- Puxo-a pela mão, mas não sei como estou conseguindo fazer isso se não aguento nem meu próprio peso agora. 

Faço exatamente o que estava pensando, mas a reação dele não foi como esperava: Ele tirou a camiseta mesmo. 

- Odeio pegar gripe.- Fala brincando, obviamente. 

- Eu também. - Falo e tiro a minha camisa e a gravata. Nem acredito que fiz isso, mas não me importo.  O que a bebida é capaz de fazer com a gente, né? Olho para Bruna e ela está quase babando, o que me faz rir. O que nós estamos pensando? Será que o meu dentista está bêbado também? Ah, que se foda, quero ir pra casa. Está começando a ficar frio aqui.

- Ei Bruna, vamos?- Falo e ela assente, mas ele não parece gostar nem um pouco disso. 

- Pensava que eu iria levar você! - Fala como se já fosse meu namorado. Caramba, como assim? Qual o problema? Começo a ficar tonto, mas não desmaio. Bruna me puxa pelo braço e solto imediatamente e vou em direção ao dentista, como se fosse beijá-lo, mas não o fiz. Nossas bocas estavam a uns 2 centímetros uma da outra e minha mão no peito dele, quando ele disse: 

- Não quero que seja assim, o.k.? Você bebeu demais, e quero você consciente quando isso for acontecer. 

- É... tudo bem. Nos vemos semana que vem. - Falo isso e Bruna me puxa novamente, mas dessa vez eu deixo que me leve. 

Já são 4h da manhã, mas não tem nenhuma chamada perdida da minha mãe, então ela deve estar dormindo. Bruna está seguindo as minhas coordenadas rapidamente. Nessa hora me lembro da minha mochila, droga! Mas só tinha uma roupa normal e uma máscara idiota dentro, que se foda. 

Chegamos em casa e o alarme de segurança disparou, porque Bruna pensou que não  tinha e foi logo entrando, essa descabeçada. Pedi para que ela dormisse ali e aceitou. Talvez tenha se preocupado comigo, porque não havia ninguém em casa. Minha mãe não tinha chegado ainda. 

Me jogo na cama como se não houvesse amanhã e Bruna faz o mesmo. O bom de ser gay é isso, você pode dormir na mesma cama de conchinha com a sua amiga, fazer tudo com ela, exceto, claro, transar, porque no final, não há nenhum interesse sexual entre os dois. Ela gosta de rapazes e você também, então é óbvio que não acontece nada. Isso me faz bem. 

O despertador toca e o dia terrível começa. Como sobreviver à ressaca?

 



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